Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
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Eu não acho que devemos estar perto do outro Quando você está na sala, você tem meus olhos Você abre sua boca, eu estou hipnotizado Eu posso fazer você rir até você chorar Você sabe que tem toda a minha atenção.
Single - The Neighbourhood
Antes.
— Você gosta dela — Peter sussurra em meu ouvido como uma mosquinha irritante. A diferença é que não posso esmaga-lo com as duas mãos como faria com uma mosca.
Estamos em mais uma festa, a terceira da semana, e Adam e Reed jogam Beer Pong na sala ao lado.
Do sofá, apenas observo os dois competirem e se provocarem. Os olhos de Adam Storm brilham com a ideia de cada vitória, já os de Reed, bem, eles brilham com a possibilidade de ganhar outra coisa.
Só que essa possibilidade não existe.
Adam namora, e ama a namorada, por mais problemático que o relacionamento dele seja, seu coração e sua cabeça só possui espaço para uma garota, e ela não é loira.
Mas Reed não parece lidar muito bem com isso. Na verdade, acho que ela tem algum problema com situações impossíveis, pois venho notando que a garota adora se pôr em tais cenários.
Com os cotovelos apoiados nas costas do sofá, pairando atrás de mim, que me encontro sentado, sinto o sorriso de Peter.
— Você gosta dela.
— Mal conheço ela — rebato.
— E mesmo assim, gosta dela — esboça choque. Eu o odeio. — E ela está caidinha pelo Storm.
Nossa, que novidade, apenas eu e toda a cidade havíamos reparado nisso.
— O que não faz sentido, ela passa muito mais tempo conosco do que com ele — aponto, revelando a questão que martela em minha cabeça.
— Ciúmes, Gregzinho? —debocha, sem medo de perder os dentes. — Você sabe que eu admiro pessoas bonitas, e o Adam com toda certeza preenche o topo de caras mais atraentes da cidade. Honestamente, quando ele e a Samantha estão no mesmo cômodo eu fico meio atordoado. Se ele não fosse meu amigo, eu daria em cima dele e de sua namorada , talvez tivesse sorte e ficasse com ambos — declara com facilidade.
Finjo não ficar mortificado.
Coloco uma mão na testa, para não parecer envergonhado. As vezes o moleque perde seu filtro.
— Você é tão estranho, Peter — murmuro para mim mesmo. O pirralho aproxima o rosto de minha orelha.
— Não fique constrangido, Greg. Se não fosse meu amigo, eu também teria uma quedinha por você. Há algo de sexy na beleza rústica — acrescenta, praticamente flertando comigo.
