Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
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Vamos estragar a amizade Venha, entre na minha cabeça Querido, reduza a tensão Estou pendurada por um fio Talvez seja algo Mas não vamos fingir Ou talvez não seja nada E este é o fim.
Fuck Up The Friendship - Leah Kate.
Atualmente.
Não surta, Reed. Isso é o álcool, é só o álcool fazendo seu sangue acelerar, e a sua cabeça estúpida ter ideias idiotas como a de dar um bom soco na cara de Gregori.
Não sei para onde estou indo, apenas vou me afastando ao máximo das pessoas, porque está muito quente. E eu sei o motivo de todo esse calor.
Primeiro, eu fiquei irritada. Sei que não devia estar, afinal, desde que cheguei tudo que fiz foi dançar com estranhos. Alguém precisava traçar um limite, se deixasse aparente que não somos exclusivos talvez essa sensação estranha que estou sentindo passasse. Até que ele teve a mesma ideia que eu.
Os braços em torno da garotinha. Aquelas mãos grandes. A boca perto do pescoço dela.
Tudo estava me irritando. Então, de repente, não estava mais. Ele olhava para mim a cara novo passo, a cada novo gesto. Era como se a tocasse pra mim.
A garota estava toda mole nos braços dele, os lábios entreabertos em deleite. Ela era bem bonita, com lindos cabelos de fogo.
Toda a visão estava mexendo comigo da maneira errada. A garota era tão bonita, e Greg não parava de me encarar, sua mão subindo pelo vestido dela e quase lhe agarrando o seio na frente de todos.
Não estava mais irritada porque fiquei terrivelmente excitada. Ficar excitada com tal disparate havia novamente me deixado irritada.
Isso era loucura. Absolutamente.
Não surta, Reed. Não é como se eu nunca tivesse feito um ménage ou algo mais exótico, só que isso... Ele nem me tocou e eu fui reduzida a fogo líquido. Só de vê-lo.
Foque no que importa, Reed. O maldito quase agarrou uma garota na sua frente!
É, e eu meio que gostei. Mas não é esse o ponto! Argh!
Se ele tivesse mesmo agarrado, o cenário teria ido de sensual para sangrento. Quebraria cada dedo dele sem remorso.
Minha cabeça parece um tumulto de pensamentos conflitantes e contraditórios.
Eu quero bater nele ou quero beija-lo?
Não sei. Os dois.
Vejo o corredor do banheiro e passo direto, sigo para o corredor seguinte, ele é estreito e cheira como cinzeiro. Não há pessoas nele, e quanto mais eu entro, mais escuro fica.
