Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
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Magnético, tudo sobre você Você realmente me pegou agora
Você faz isso comigo tão bem Hipnótico, tomando conta de mim Me faz sentir como outra pessoa.
Hypnotic - Zella Day.
Atualmente.
— Foi ideia de quem?! — olho para Peter ao meu lado, sentado comigo de frente para o bar da boate Onix, indignado, mas não realmente surpreso.
O barman põe outra cerveja à minha frente, na bancada, e eu agradeço com um maneio de cabeça.
— Reed, ela se preocupa com você — o moleque esclarece se servindo de sua bebida, gin com tônica.
Claro que ela se preocupa. Pedir que Peter me leve para tomar quantidades absurdas de álcool e paquerar mulheres é uma ótima definição de preocupação.
Diabos, essa mulher é doida ao quadrado. Nada sobre ela é coerente ou faz o mínimo de sentido.
Minha cabeça lateja, então agarro a garrafa e ignoro o abridor disponível na bancada, o barman da Onix nunca se dá ao trabalho de abrir às bebidas, por algum motivo, talvez preguiça. Levo a longneck a boca e encaixo a tampa entre os dentes, abrindo-a com um estalo.
É, talvez ela esteja certa, a solução pode ser trepar com outra garota, e depois outra, e outra, até que a vontade de joga-la em minha cama passe. Não que eu precise de fato joga-la na minha cama, ela mesma se deita sobre ela todas as noites por conta própria.
Para meu martírio pessoal.
Confessar que meus impulsos diários se resumem a querer comê-la como um animal, afundando impiedosamente na sua pele pálida, cobrindo cada tatuagem sua e marca de seu corpo com minha boca e dedos; não é de todo mentira.
No entanto, curiosamente, esses não são os únicos instintos incontroláveis que venho tendo.
— Ela achou um apartamento na noite passada — menciono a visita noturna com a corretora de imóveis que eu não fui convidado. Aposto que o lugar deve ser horrível e ter mofo nos cantos das paredes.
É isso que ela faz quando algo foge de seu controle: age sozinha, por sua própria conta, para mostrar que não precisa de ninguém. Nem mesmo de mim.
Gostaria que ela entendesse que pode precisar de mim. Gostaria que ela precisasse.
Bebo a cerveja, virando o conteúdo da garrafa, ingerindo-o em grandes goladas, seguindo a sugestão de Peter - a qual, na realidade, é a sugestão de Reed - sobre encher a cara.
— Hum... Pelo visto não vai rolar a fic de "melhores amigos morando na mesma casa" por mais tempo — me lança um sorrisinho debochado, se divertindo com algo sobre isso que eu mesmo não estou ciente do quê.
