34 - Campo minado

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Atualmente

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Atualmente.

— Não acha que Reed e Greg formam um casal primoroso? — enquanto termino de montar meu sanduíche, ergo os olhos para a figura esparrama no sofá por cima da bancada de cozinha americana.

Samantha tem a cabeça apoiada em um dos braços do sofá e um livro estendido que esconde seu rosto e a expressão que está fazendo agora.

Ela só usa uma camisola preta de seda com alças finas, e uma dessas alças pende em um de seus ombros desleixadamente. Suas pernas macias brilham, a pele de amêndoas um pouco mais bronzeada que de costume estão me convidando para realizar ideias muito pecaminosas e nada dignas de serem  mencionadas na próxima semana quando Sam for se confessar na igreja.

— O que disse? — pergunto, esquecendo absolutamente qualquer palavra que tenha saído da sua boca, porque estou focado demais em enxergar pela pequena brechinha de suas pernas separadas para descobrir se existe uma calcinha por baixo da camisola. Deus, por favor não tenha, eu imploro.

Coloco fatias de tomate por cima do queijo.

— Reed e Greg, o que acha? — não abaixa o livro.

Território perigoso. Falar sobre outras mulheres com a esposa SEMPRE é um campo minado. Talvez seja só uma pergunta, ou talvez seja uma armadilha mortal. Mas se tratando de Reed... A coisa fica ainda mais feia.

Estreito os olhos para o livro que ela mantém na frente do rosto. Você não vai me pegar, espertinha.

— Acho que eu não tenho o direito de achar nada. É a vida deles. — dou de ombros, embora ela não veja. Boa, Adam!

Finalmente, Sam abaixa o livro para me lançar uma sobrancelha arqueada.

— São seus amigos, não tem nenhuma opinião?

Campo minado. Alerta. Campo minado.

Cubro o sanduíche com o pão.

— Princesa, não gasto meu tempo pensando na vida amorosa de outras pessoas — porém, eu concordo que Greg e Reed é uma combinação bastante agradável.  — Eu gosto deles, quero que sejam felizes, se encontrarem isso um com o outro da maneira que encontramos, ótimo.

Pego meu prato e me dirijo para a sala, sento no espaço vago no sofá e ponho suas pernas sobre meu colo e o prato sobre elas.

Suas pernas no meu colo depois de um dia de trabalho é um das minhas 7 coisas favoritas no mundo todo.

Samantha põe o livro mezanino de vidro, esticando-se para isso, e me dá toda sua atenção em seguida.

— Eu não odeio ela, Adam — diz. — Se eu odiasse, não teria feito dela um sucesso.

Fico calado, porque eu sei que ainda estou no campo minado e que qualquer palavra errada pode ser usada contra mim e me fazer parar no quintal dormindo na casinha do cachorro, o que definitivamente não se enquadra em uma das minhas sete coisas favoritas.

2 •Esqueça Ela - Blue Sky CityWhere stories live. Discover now