Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
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Dizemos que somos amigos, mas eu estou te olhando do outro lado da sala Não faz sentido, porque estamos brigando por causa do que fazemos E não tem como eu acabar ficando com você Mas amigos não olham para amigos desse jeito.
That Way - Tate McRae.
Atualmente.
Se iniciou como um leve pulsar abaixo da pele, porém, agora que minhas mãos se cruzam atrás de sua nuca e seu braço rodeia minha cintura; a sensação triplica, torna meus sentidos aguçados ao ponto de me deixar atordoada. Meus batimentos cardíacos ressoam em meus próprios ouvidos. Vi cavalos em uma corrida certa vez, o som é assustadoramente familiar aos galopes selvagens.
— Reed — geme meu nome em suplício. Os dedos que contornam meu rosto se movem, arrastando-se até minha nuca, emaranhando-se nos fios de meu cabelo.
Meus lábios se espremem aos seus, sem suavidade ou carinho.
Eu o quero. E isto é insano.
Greg quer de mim o que todos querem. E eu irei dar. Irei dar exatamente o que ele vem buscando nos últimos dias.
O que todo homem que cruza o meu caminho acaba ansiando uma hora ou outra. Ficar entre minhas pernas.
Me estico sobre os calcanhares, minha lingua procurando a maciez da sua ao atravessar minha boca e invadir seu espaço, o saboreando.
O pensamento de querer lambê-lo em todos os cantos possíveis me vem a mente.
Poderia desenrolar minha língua por ele como se fosse um doce, em cada tensão e músculo, em cada ponto firme e rijo de seu corpo orgulhosamente esculpido.
E eu gostaria disso. Tanto que sou incapaz de me imaginar dizendo tal barbaridade em voz alta.
"Quero prova-lo como um pirulito, Greg".
Deus.
Quando sua língua toca a minha, toda a coerência em minha cabeça conturbada se dissolve em algo similar a uma geleia bastante maleável. Os pensamentos se revertem.
Talvez ele devesse me lamber toda, passear sobre minha pele como um geográfico analisando um atlas. Meticulosamente, em cada dobra e relevo de meu corpo.
Sua boca rude me chupando... Só a ideia me aquece.
— Vamos pro quarto — digo, afastando-me o suficiente para fita-lo nos olhos. Vejo chamas, chamas ardentes.
Ele vai me incendiar.
Greg não dá iniciativa alguma, aguardando para ver meu próximo passo, embora eu esteja deixando óbvio às minhas reais intenções. Estou dando todas as brechas, só um tolo não veria.
