33 - Duas batidas

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Silêncio, eu sei que eles disseram que o fim está próximoMas ainda estou na ponta dos pésGirando em meus saltos mais altos, amorBrilhando apenas para você

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Silêncio, eu sei que eles disseram que o fim está próximo
Mas ainda estou na ponta dos pés
Girando em meus saltos mais altos, amor
Brilhando apenas para você.

Taylor Swift - Mirrorbal.

Atualmente.

Duas batidas na porta são o suficiente para me fazer saltar do colchão e correr em disparada do quarto para a sala. Com o ar-condicionado ligado, até o piso do apartamento está frio, e os meus pés descalços pagam o preço de esquecer de pôr sandálias. Mas meus pés podem sofrer um pouco, porque só uma pessoa poderia bater na minha porta às duas da manhã, e eu o estava aguardando a noite toda.

Assim que alcanço a porta, paro. Mal tirei toda a maquiagem pesada, e abaixo dos meus olhos deve haver manchas pretas horrendas. Seja lá o que a pessoa na porta pretende encontrar, tudo que vai receber é: uma Reed de calça moletom e blusão masculino com o cabelo uma merda preso no topo da cabeça.

A visão do inferno, é isso que eu vou proporcionar.

Com os dedos dos pés encolhidos, abro a porta parcialmente me agarrando a ela.

Com as mãos nos bolsos de uma calça jeans e usando uma regata branca surrada, Greg tem uma mão apoiada no batente e a cabeça baixa como um cachorro abatido.

— Oi — Ele fala, e por alguma razão é o "oi" mais triste que já ouvi alguém dizer.

— Oie — respondo, um pouco aflita, meus pés congelando contra o piso. — Não imaginei que fosse aparecer — só desejei que isso acontecesse com todas as minhas forças.

— Não estava nos meus planos vir aqui.

— E mesmo assim, cá está você — observo. Esse chão está mesmo frio.

— Eu ia te dar mais espaço — diz. — Discutimos, eu disse aquela coisa há algumas horas... — coça a nuca. — e foi sua exposição, você teve que tirar fotos e falar com diversas pessoas. Hoje, ia te deixar em paz.

Ainda bem que não deixou.

— Mas...?

Gregori suspira.

— É difícil ficar longe de você, principalmente sem saber o que se passa nessa sua cabecinha perturbada para um caralho — ouch. — Sempre teve o péssimo hábito de interpretar as coisas de maneira errada, e não queria que tentasse achar desculpas ou motivos ocultos para o que eu disse.

Bem, ele estava certo. Passei algumas horas tentando imaginar qual vantagem ele poderia ter sobre mim ao confessar seus sentimentos tão deliberadamente.

Só que... Não havia nenhuma. Se fosse por sexo, ele não precisava se declarar para consegui-lo.

— se preocupa com bobagens demais, Greg — digo contendo um sorriso. — Está ficando paranóico.

2 •Esqueça Ela - Blue Sky CityWo Geschichten leben. Entdecke jetzt