Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
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Com o gosto dos seus lábios, eu viajo Você é tóxico, estou derretendo Com o gosto do seu veneno, paraíso Estou viciada em você Você não sabe que é tóxico? E eu adoro o que você faz Você não sabe que é tóxico?
Toxic - Britney Spears.
Atualmente.
As tatuagens em chinês no topo de sua cabeça tentam me atrair para o mundo real, me recordar do Greg troglodita de quem gosto de bater e discutir, no entanto, os lábios roçando em meu joelho me empurram de volta para a bolha mágica e colorida, repleta de prazer e olhares lascivos como os que ele me dá agora.
Estou em torpor, febril e oscilante. Quero tomar uma atitude racional, mas as sinapses que conectam meus neurônios aparentam ter falhado.
Greg tira o vibrador de minha mão e afasta seu corpo do meu, sentando-se sobre seus calcanhares.
A letargia de seus movimentos, a forma suave como mexe cada braço, dedo, e até respira, é alarmante de tão predatória.
Ele é imenso nessa posição, e parece estar no controle dos próprios atos e dos meus.
Observo, com a respiração suspensa, ele guiar o brinquedo pela minha barriga, deslizar sobre minha pele, apertando no regulador para que a coisinha volte a pulsar.
Meu ventre se contraí em ansiedade.
Estou exposta e a sua mercê, da pior - ou melhor - maneira possível.
Na cama, nunca me permito ser tão dominada. Sendo honesta, deixo apenas que pensem que estiveram próximos de me dominar.
A sensação de perder o controle as vezes costuma ser perturbadora, mesmo assim, com Greg, me sinto estranhamente excitada com a hipótese dele fazer o que quiser de mim.
É loucura.
Minha capacidade de puxar o oxigênio necessário se perde, enquanto Greg passeia o vibrador até meu púbis, lentamente, e desce, sem hesitar, na direção da região que antes eu mesma atiçava.
Se ele ao menos soubesse no que pensava quando estava sozinha...
Se Greg imaginasse que a mesma mão que mantém um de meus calcanhares no lugar, para que não feche as pernas, segurava meu pescoço nos cenários obscenos de minha cabeça...
Isso definitivamente alimentaria seu ego.
Meu peito sobe e desce. Gregori acompanha o movimento com os olhos.
— Muito linda... — então o brinquedinho impróprio me toca, toca na parte mais sensível de meu corpo, naquele ponto desesperado por atenção. Desesperado.
Me encolho ao toque, as vibrações causando arrepios por toda minha coluna, o metal gelado provocando um misto delicioso de dor ao se mesclar com a pressão causada naquele pontinho sensível.
