𝑇𝑤𝑒𝑛𝑡𝑦 -𝑜𝑛𝑒

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𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩
No recreio, eu me situava na quadra junto a Alta e Yoli. Montero desejava ver seu namorado jogar futebol, então nós a acompanhamos. Mas eu nem prestava atenção no jogo, meus pensamentos estavam avoados, aéreos, e para ser sincera, eles tinha relação a senhora Vargas. Não tinha visto a mulher ainda na escola. Por mais que eu não tivesse aula com ela hoje, eu deveria a ver pelos corredores.

~ Tefânia! - uma garotinha diz alto e vem em minha direção.

Percebo que ela se refere ao meu nome, então forço a vista deixando meus olhos cerrados para enxergar quem era a dita cuja. Mas aqueles cabelos longos, nariz adunco e traços que me lembravam um certo alguém. Logo reconheci a Estrella, filha de Saray.

- Oi! Como você está? - a garotinha se senta na arquibancada junto a mim.

~ Tudo bem.

Estrella tem uma boa memória, para se recordar de mim a meio a tantas pessoas, sendo que a vi uma vez.

- Cadê sua mãe? - digo olhando por todos os lados, procurando a professora.

~ No sei. - disse distraída com o jogo. Ela parecia nem se importar em ter perdido sua mãe.

~ Desde quando você virou babá e gostou de criança? - Alta pergunta ao ver aquela cena.

- Eu nunca disse que odeio crianças, só não tenho paciência.

~ E você tem paciência com quem? - Yolanda debocha.

- Com você eu tenho certeza que não.

Ás vezes eu sou estupidamente grossa sem querer, quando vejo, já disse. Mas Yolanda estava me deixando irritada, em razão de que desde o acampamento, ela me empurra para o Fábio descaradamente.

~ De quem é essa menina? - Guerrero questiona.

- Filha da senhora Vargas.

~ Ah, entendi. Madrasta tem que se dar bem com a enteada mesmo. - ela solta risadas fracas.

Fábio faz um gol, fazendo meus olhos mirarem para o garoto. Nosso olhares logo se conectam, com isso o colega de classe acena para mim, e eu nada respondo.

- Vamos procurar sua mãe? - digo levando a garotinha para fora da quadra e saindo daquela situação.

A menininha segura minha mão, portanto desço as arquibancadas com ela. Logo em seguida, o sinal toca anunciando o fim do recreio.

Procuro por Saray por todos os intermináveis corredores daquele colégio e nada de encontrar a mulher alta dos cabelos cumpridos.

Minha próxima aula seria Filosofia, mas já não tinha esperanças de conseguir entrar na aula, pelo horário "avançado".

Essas regras são muito rígidas, díos!

As pernas de Estrella são curtinhas, consequentemente seus passos também. Portanto, carrego a garota em meus braços para o meu atraso ser menor.

Entro na sala dos professores, onde finalmente encontro a mulher, não só ela como a professora Macarena. Estava ofegante por correr com a garotinha para tentar entrar na aula a tempo.

~ Estrella! Se você quiser matar a mãe, mete logo um tiro, é uma dor menos lenta. Não precisa sair do meu lado para tentar me matar do coração! - ela se agacha na altura da criança e fala com ela, com se Estrella entendesse algo.

Solto gargalhadas entre arfadas pelo comentário da mulher, visto que ainda estava ofegante. Saray se levanta mirando seus olhos em mim.

~ Onde a encontrou?

- Ela veio até mim na quadra.

~ Obrigada. - a mulher abre um sorriso e eu desvio meu olhar dela, dado que a presença da senhora Ferreiro me deixava tensa em cometer algum deslize perto dela.

Rapidamente saio da sala sem estender a conversa, até porque, eu precisava ir para aula.

𝗦𝗔𝗥𝗔𝗬 𝗣𝗢𝗩

~ Como a senhorita Lascurain sabe que Estrella é sua filha, Saray? - assim que Estefânia fecha a porta, Macarena me aborda.

- Estrella provavelmente disse para ela. - digo em um tom de naturalidade, enquanto organizo meus materiais na mesa.

~ Ah sim. É que a senhorita Lascurain acabou de dizer que Estrella veio até ela... Achei que já se conheciam.

Hija de puta.

Arqueio as sobrancelhas, meus lábios se situavam entre abertos e meus olhos encaravam friamente a loira por um tempo.

- Não?...

~ Bom, já deu minha hora, até mais cigana. - disse a loira já saindo pela porta com um sorriso simpático no rosto.

[...]

O último horário finalmente havia se encerrado e eu poderia voltar para a casa com Estrella. Ela está em uma fase onde sente curiosidade com tudo, então só faltava ela colocar fogo naquela escola. Estrellita aprontou pelo colégio inteiro, se encontrando até com Estefânia.

Necessitei levá - la hoje ao trabalho, visto que Casper adoeceu e precisou faltar ao trabalho. Eu nem pedi esse favor ao Santiago, pois quero evitar de ver aquela cara.

Depois de correr por aquela escola inteira, Estrella adormeceu enquanto eu dava a última aula do dia. Então quando a aula se encerra, levo a criança até a sala dos professores que havia um pequeno colchão azul e a coloco no canto da sala para terminar de resolver algumas coisas.

Quando vejo a maçaneta girar devagar, a porta se abre e avisto a garota do segundo ano com um sorriso com os lábios unidos.

~ Oi. - ela fecha a porta.

- Oi. O que está fazendo a essa hora na escola Fanni?

~ A aula de Biologia atrasou. E você me deve uma aula particular... Esqueceu? - ela diz com um olhar sedutor e sorriso de canto. A garota joga a mochila no canto da sala e se aproxima.

Essa garota é o veneno!

Ela sobe em meu colo e junta nossos lábios em um beijo apaixonante e energético. Sua mão quente vai de encontro a minha nuca, e as minhas em sua cintura. Nossos corpos se movimentam em perfeita sincronia junto ao beijo. Ela está sedenta e era a primeira vez que via a garota com fogo maior que o meu. Sentia seu corpo queimar em cima do meu, ela está feroz.

- Estefânia, calminha mocinha. - quando finalmente consigo desviar os lábios dela, digo. Seu olhar era de decepção por tê - la impedido de continuar suas carícias.

~ O que eu fiz?

- É que minha filha está ali. - aponto e seu olhar vai em direção a garotinha que permanecia dormindo.

~ Desculpa... - ela rapidamente sai de cima de mim, se sentido envergonhada.

Solto gargalhadas da garota, que agora ficava ainda mais constrangida.

- Mas mesmo que Estrella não estivesse aqui, é melhor não Fanni. Não aqui. Mas passa lá em casa hoje. - pisco um olho, fazendo a garota sorrir e morder os lábios fortemente.

Ver a Estefânia tomando iniciativa, fez a minha consciência mais leve. Eu constantemente me sinto suja por desejá - la, mas ver que ela me deseja também me causa tranquilidade.

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Where stories live. Discover now