𝑆𝑒𝑣𝑒𝑛

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𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩
O resto da semana se passa e o sábado tão esperado, finalmente chega.

A semana toda a senhora Vargas me evitou. Ela me tratou como uma aluna qualquer. Como se há duas semanas atrás, ela não tinha insinuado a me beijar. A mesma se quer olhou para mim nas aulas e isso estava me consumindo por dentro. 

Será que eu tinha feito alguma coisa de errado? Ou ela não gostou do beijo?

Eu não me apaixono facilmente, mas aí quando eu me apaixono é por uma professora com mais que o dobro da minha idade provavelmente, e que está me evitando.

Oh deus, Eu mereço.
Acho que isso já passou de apenas uma admiração.

...

A campainha de casa toca. Sem esperar ninguém, abro a porta.

~ Oi - Yoli diz com voz de choro e ainda soluçando. Seus olhos estavam vermelhos e marejados.

- O que houve Yolanda? - Ela desaba em lágrimas e me abraça forte. Não gostando muito de contato físico, dou uns tapinhas em suas costas. - entra e respira.

Dou espaço para ela entrar e fecho a porta.

- Vamos lá para o meu quarto, antes que minha mãe chegue e nos encha de perguntas. - desse modo, subimos as escadas e entramos para o meu quarto. Ela se senta na minha cama, desmorona em lágrimas segurando uma almofada.

~ O Hierro amiga. Ele me traiu com duas mulheres! Elas são do terceiro ano, mas de outra escola. - ela diz entre soluços e fungadas.

- Oh Yoli... Ele não te merece. Vou pegar uma água para você.

~ Desculpa comparecer nesse estado na sua casa.

- Se quiser pode dormir aqui hoje... - digo acariciando seus cabelos. - eu vou chamar a Alta também.

Então ligo para Altagracia, que em poucos minutos chega em casa.

~ Gente, eu tive uma ideia. Aqui tá uma depressão pós término terrível... Que tal a gente sair? Ir para uma bar, ficar bem gostosas e pegar todo mundo? Daí você dá o troco no Antônio. - diz Guerrero, animando o grupo de amigas.

- Eu topo, tem tanto tempo que não posso sair.

~ Mas a gente nem tem 18. - diz Yoli.

~ Olha para a Estefânia, ela parece ter uns 20 anos. O resto a gente se vira lá.

Então primeiro pedi autorização para minha mãe, ela acabou conhecendo as meninas e gostando delas.

Enquanto nos arrumávamos, colocamos música e conversamos para distrair a Montero.

Emprestei roupas as meninas. Eu me apresentava bem maquiada, com um batom vermelho e o delineado de sempre.Meu cabelo estava todo definidinho e cheio. Em meus pés um salto preto alto. E meu corpo foi coberto por um vestido da mesma tonalidade curto e colado no corpo. Não é o meu estilo, mas em algumas ocasiões eu me visto assim.

A Alta estava com duas trança embutidas, batom nude, salto vermelho e um vestido também colado e curto da mesma tonalidade.

Yoli trajava uma saia preta e uma blusa brilhante vermelha. Seu cabelo estava solto com ondas.

Todas nós estávamos lindas!

Pedimos um uber e fomos para o bar mais próximo.

Chegamos no bar e entramos tranquilamente, não precisamos apresentar a identidade, nem mesmo para beber. Lá era bem sofisticado e mantinha -se bem cheio.

Logo pedimos um drink. Yoli pediu o mais forte, e eu a acompanhei. Uma Beer Brandy e várias doses de vodka, seguindo de whisky.

Yolanda era tão certinha, provavelmente não era de beber. Então comecei a prestar mais atenção na garota.

- ela bebe esse tanto? - pergunto um pouco alto, tentando fazer Altagracia me escutar com a altura que a música do bar estava.

~ Não, mas que se foda! Ela vai se soltar hoje! - Altagracia diz animada e logo nos arrastando para a pista de dança.

Nós três experimentamos de tudo naquele dia, coisas que nem são possíveis de serem citadas.

Fomos pegar mais drinks. Estávamos na bancada quando chega um garoto falando com Yolanda. Ela logo sai de mãos dadas com ele e nos olha com um sorriso de orelha a orelha. O garoto era Antônio Hierro. Como ele descobriu que nós estávamos lá eu não sei, e nem fiz questão de peguntar.

- Ele é um filha da puta e ela trouxa.

Logo vejo eles se pegando no fundo do bar.

Então permanecemos eu e Alta virando mais doses em nossas bocas.

Um cara desconhecido cochicha algo no ouvido de Alta e eles saem de perto de mim.

~ Já volto amiga...

- Vai!... Vai beijar... - dou de ombros um pouco cabisbaixa.

Acabei ficando sozinha naquele lugar, eu já estava muito bêbada mas decidi ir ao banheiro. Minha visão estava um pouco turva, acho que estava muito alterada e fazia muito tempo que não bebia daquela forma.

Entrei no banheiro e usei a pia. Tentei ligar para as duas, mas estava dando caixa postal. Então a porta do banheiro se abre, um HOMEM entra e logo fecha a porta.

~ E aí Estefânia!...

Forço a visão para reconhece - lo. Aquela voz não me era estranha... Até que percebo quem é o dito cujo.

- Ismael? O que você está fazendo aqui?

Ismael, meu ex ficante da outra cidade que eu morava. Nós ficamos apenas uma vez, mas ele ficou obcecado, o que me deu muito medo naquele momento. Ele não tem um bom histórico com as mulheres.

~ Surpresinha meu amor!

- Não me chama de amor Ismael. - digo me contraindo em um canto.

~ O que foi? Nós só vamos nos divertir.

Ele me agarra no banheiro e começa a me beija descontroladamente. Eu desvio o meu rosto, mas ele não para. Sua língua entrelaça a minha, fazendo o trabalho todo sozinha. O seu hálito de álcool se misturava ao meu. Ele me beijava com tanta agressividade, que faltava me engolir.

- Por favor, me solta! Me solta agora!

Ele continua agora tampando minha boca, mas eu continuo gritando por ajuda e o implorando. Uma lágrima escorre de meu rosto. Minha visão estava um pouco embaçada, mas eu tinha total consciência do que estava rolando e sentindo.

Suas mãos passam nos meus seios, cintura e vão para as coxas. Ele passa sua mão por baixo do meu vestido, me fazendo chutar sua perna, mas ele me segura forte de qualquer maneira.

Quando a porta do banheiro se abre com muita força e logo reconheço meus anjos da guarda.

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Where stories live. Discover now