𝐹𝑜𝑟𝑡𝑦-𝑛𝑖𝑛𝑒

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𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩 

Acabo por acordar atrasada hoje, e com isso não dando tempo de ir caminhando para a escola. Então acabo por pegar carona com Fátima e seu pai. Eu realmente gosto de ir caminhando, escutando minhas músicas e sentido o movimento da cidade, porém hoje não foi possível.

Esses dias Fátima estava insuportável. Por mais que nós não moramos na mesma casa, moramos em casas de frente para a outra. Sem contar que ás vezes temos que nos comunicar, então ela dava um jeito de me encher a paciência. Ultimamente Amir anda me estranhando, porém de uma maneira um pouco diferente, pois não usava seu deboche e sarcasmo. Apenas olhares que pareciam jogar todas as energias ruins possíveis. 

~ A mulher da minha vida já tem par para o baile? - meu deus, esse garoto é muito brega.

- Se estiver falando de mim, não eu não tenho. - digo seco.

~ Então será que a senhorita aceitaria ser meu par?

- Não. 

~ Qual é, Fanni! - apenas a cigana me chama assim... ~ Eu não posso deixar uma beldade dessas sozinha...

- E para que? Para depois do baile, você espalhar mentiras sobre mim? Que transou comigo, fez isso, fez aquilo... Não fode, Fábio. 

~ Isso foi no calor do momento...

Tem que ser muito cara de pau mesmo...

- Nem um pedido de desculpas você me deu. Eu me segurei para não voar na sua cara, então some daqui! - perco a paciência. 

[...]

Chegando em casa, me dou o trabalho de abrir meu armário a procura de uma roupa descente para esse tal baile, que novamente todos continuaram a comentar. Passando por todos aqueles cabides, não encontro nada que se assemelhasse a gala, apenas um vestido da festa de Fátima, mas havia usado-o a pouco tempo. 

- Que porra - resmungo após bater com força a porta do guarda- roupas, impaciente. 

Eu com certeza teria que comprar algo.

Me jogo na cama junto ao celular, entrando em qualquer rede social para passar o tempo.  Hoje foi um dia bem entediante no colégio, visto que não é todo dia que consigo ver a cigana e hoje não foi diferente.  

Falando nela...

Uma notificação de Saray aparece na barra de notificações, e claro logo vou ver do que se tratava.

...

..

.

𝗦𝗔𝗥𝗔𝗬 𝗣𝗢𝗩

- Estamos solas. - digo fechando a porta com os pés, atrás de Lascurain. 

~ Então o que está esperando, hm? - sussurra sorrindo maliciosamente.  ~ Não quer tentar me fazer gritar?

- Tentar?...

Puxo a mesma pela cintura e junto nossos lábios em um beijo que se tornou desesperado, quando começamos a sair de trás da porta e "caminhar" pela casa, ainda com os lábios unidos. Ela tira suas duas peças de cima.

Carrego Estefânia em meus braços, subindo as escadas até meu quarto. A garota aproveitou para descer seus lábios para o meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse. Ela não poderia imaginar como eu já estava lá embaixo. 

No trajeto, derrubamos um quadro, e acabo por escutar uma gargalhada de minha mulher. 

Nós sempre fazemos isso!

Chegando no destino, jogo Fanni com certa força contra a cama. Logo me livro com os dentes, daquelas peças que restaram em seu corpo. 

Estefânia fazia gestos com os dedos, me chamando para mais perto. Então por cima de seu corpo, acabo por tirar minhas peças de roupas. Mordendo os lábios, e com um olhar para o meu corpo desnudo, eu pude notar o quanto Lascurain pegava fogo.

~ Tá gostando do que vê? - pergunto.

Ela nada responde, apenas junta nossos lábios novamente, mas desta vez, de modo mais tranquilo. Estefânia passava suas mãos em minhas costas, deixando arranhões nela e prensando mais nossos corpos um contra o outro.

Rapidamente começo a estimular seu clitóris com os dedos, enquanto depositei beijos em seus seios. Os movimentos circulares começaram calmos, mas a medida que sua intimidade se situava lubrificada, os movimentos se tornaram intensos e precisos. Fazendo com que os gemidos de Fanni também não fossem controlados. Trago minha língua para sua intimidade, usando-a com devoção, como se fosse a última vez. 

~ Saray, por favor... 

Ela sussurra entre arfadas, e já sabendo do que ela queria, introduzo dois dedos de uma vez. Pude assistir Estefânia se contorcer de prazer e revirar os olhos. 

E que cena!

Seu corpo tremia, e vendo que a garota estava quase lá, juntos nossas intimidades. Nossos movimentos eram sincronizados e cada vez se tornando mais intensos, fazendo com que chegássemos ao ápice juntas. 

Acabamos por ficar exaustas, suadas, com a respiração descompassada, então me deito ao seu lado. Fanni entrelaça nossos dedos e traz seu olhar a mim. Solto uma risada fraca, ao nos encararmos sorrindo feito bobas, por um longo tempo. 

- O que foi? 

~ Eu te amo, cigana. 

Seu sorriso se desmancha e o silêncio se faz presente naquele quarto. Pude ver a garota cada vez mais desesperada, parecia que seu coração estava prestes a sair pela boca, quando a corrente de silêncio é quebrada pela mesma.

~ Fala alguma coisa, porra!

- Eu também te amo. 

Eu estava como uma adolescente apaixonada, ao ouvir as três palavrinhas saírem de sua boca, que soaram como uma melodia para meus ouvidos. Fanni nunca havia dito por pura e espontânea vontade própria, eu sempre era a primeira a dizer.

Deposito um beijo em sua testa, e Lascurain me envolve em um abraço.

Eu já amei antes, já amei outras pessoas, mas eu sinto cada vez mais que fomos feitas uma para outra. 

Somos iguais, sangue quente. 

E ninguém vai poder tirar isso da gente, nem Macarena, nem Santiago ou qualquer um que tentar. 

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Where stories live. Discover now