𝑆𝑖𝑥𝑡𝑦-𝑠𝑒𝑣𝑒𝑛

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Então finalmente chego á escola de Estrella. A escola possui um pátio principal exposto, no qual é lícito a vista dos alunos nele. Cerro meus olhos mas não vejo minha garotinha me esperando, brevemente meu desespero torna-se mais intenso á cada segundo.

- Com licença, Estrella já saiu? - pergunto á uma tia da escola que encontrava-se na porta conversando com outra mãe, contudo as interrompo pelo meu desespero, fodas.

~ Que Estrella, que turma?... - pergunta e me irrito facilmente.

- Estrella Vargas, terceiro ano do fundamental, pelo amor de Deus, que porra! - altero o tom de voz.

~ Muita calma senhora, nós cuidamos muito bem de nossos alunos. Irei checar.

A mulher entra para dentro da escola a procura de Estrellita, e a mãe me olha torto por ter sido um pouco mal educada naquele momento.

- O que foi caralho?

Me viro de costas e mando mensagens á Cachinhos, atualizando do que estava acontecendo.

~ Mama!!

Me viro de frente ao escutar aquela voz, me faz a angustia do meu peito passar em um segundo.

- Mi gitanita! - ela se aconchega em um abraço forte de saudades.

~ Estava no banheiro.

- Tudo bem, minha Estrella.

Entramos no carro á caminho de casa, assim podendo conversar a sós.

- Você está bem? - pergunto olhando-a pelo retrovisor.

~ Sim, por que não estaria?

- Nada... E você viu seu pai hoje?

~ Não, mamãe. - diz e volta a prestar sua atenção á janela do carro.

O filha da puta do Santiago como sempre chantagiando e não fazendo nada... Mesmo assim se trata de minha filha, devo tomar todas as medidas para torna-la segura.

- Olha, quem te busca sou eu. Não importa se é seu pai, não vai embora da escola com ele, com ninguém! No máximo a Estefânia, ok?

~ Sim, mamãe.

[...]

~ Nossa menina linda tá bem, que alívio... - disse cachinhos ao me ver na porta.

Eu amo quando ela chama a Estrellita de "nossa menina"...

Deposito um beijo e um abraço em Fanni. Entro em casa, coloco as chaves do carro em cima da mesa de vidro e relaxo no sofá junto á ela depois daquela amanhã cansativa.

- Aquele merdinha não faz nada, só ameaça.

~ Se ele te irritar, você dá uma porrada nele, BEM FORTE!!! - Fanni exclama, fazendo com que eu risse de seu modo temperamental. ~ Eu te ajudo, com muito prazer.

~ Uma porrada nele... - Estrella repete.

~ Não, não Estrella não foi isso que eu quis dizer. - responde apertada ao dar má exemplo e logo rio.

- É filha... Vai subir pra tomar banho. - digo.

~ Cigana, olha pra mim. - ela traz sua mão ao meu queixo para focar nela. ~ Isso é sério, a gente tem que fazer alguma coisa.

- Eu vou conversar com meu advogado sobre a medida protetiva, mas mesmo assim, não confio na lei desse país. Vou ficar de olho na Estrella.

~ Ele é maluco!

[...]

𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩
3:26 am

Acordo ao meio da madrugada para ir ao banheiro, havia bebido bastante água antes de dormir. Então saí de minha cama sonolenta e acendi a luz do corredor. Cerrei os olhos pela claridade que batia em meu rosto.

Uso o banheiro e caminhava em direção ao quarto, quando algo me chama a atenção. A porta do quarto de Estrella estava aberta, então meu olhar mira automaticamente dentro, e a garotinha não está em sua cama. Ainda com o raciocínio lento, desço as escadas e vou á cozinha em busca da ciganinha, porém está tudo escuro.

- Ela deve ter acordado com meu barulho e ido pra nossa cama - penso alto.

Volto para o quarto, mas Estrella não está, como eu imaginei que estivesse.

- Saray, saray. - balanço a mulher mas ela tem o sono mais pesado que uma pedra. - SARAY!

~ Hum? - resmunga sonolenta e ainda com os olhos fechados.

- Cadê Estrella?

~ Dormindo?

- Se estivesse dormindo não teria te perguntado.

A cigana imediatamente desperta e começa a procurar a garota desesperada. Chamávamos pelo nome, mas nada de sermos respondidas. A única coisa que nos veio a mente era o Santiago e sua última ameaça.

Saray já estava surtando e dizendo cem palavrões diferentes, e eu já estava começando a ficar apreensiva. Passei esses anos com a criança, como se ela fosse minha filha de sangue. Aprendi tanto e melhorei minha forma de ver o mundo, depois dela, e não posso imaginar algo de ruim acontecendo com nossa ciganinha.

- E agora Saray?

A mulher que estava na sala, sobe para o quarto calada e eufórica, e eu a acompanho. Ela abre seu guarda- roupas e o remexe.

Por que em um momento de desespero desses a Vargas tá mexendo no armário?

- A gente precisa ligar pra polícia.

~ Não, não ainda.

Do armário, ela tira um cofre e rapidamente o abre com sua digital. Do cofre ela tira uma arma e começa a carregá-la.

Eu não imaginava que ela tinha armas em casa...

Ela pega mais duas armas, e também começa a carregá-las.

- Me passa uma.

~ Não, Estefânia.

- Por que não?

~ É perigoso, você já mexeu com uma antes? - ela pergunta.

- Lógico que sim, você sabe que eu era uma adolescente apocalíptica.

Era verdade, até certo ponto.

Já havia tocado em uma arma, porém nunca atirado.

Saray lança a arma em direção a mim, eu a pego e coloco na cintura.

~ Tá pronta?

- Sempre.

.......
Socorro, minha última postagem foi em março e já estamos em dezembro! Aconteceram muitas coisas, por isso sumi, (e a criatividade também não estava vindo kkkk). Mas agora já tenho os capítulos escritos, então espero que vocês gostem!!! Não esqueçam da estrela,que me motiva :)

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Where stories live. Discover now