𝑇𝑤𝑒𝑛𝑡𝑦-𝑓𝑖𝑣𝑒

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1 semana depois:

𝗘𝗦𝗧𝗘𝗙𝗔̂𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗢𝗩

Eu fiquei ausente da escola por sete dias, desde quinta-feira não piso os pés no colégio. Em uma manhã eu acordei com febre, calafrios, dificuldades para engolir e dores musculares causados pela febre. Estou tomando remédios desde então e ganhei atestado.

Ficar deitada o dia inteiro está me deixando mais deprimida, visto que não vejo a senhora Vargas. Não só ela, como mais ninguém.

Se contassem para a Estefânia de três meses atrás que hoje ela iria ter vontade de ir para a escola, ela iria rir e achar que é piada. Especialmente pelo motivo principal:

Ela,

Saray Vargas.

Minha professora de Sociologia.

...

Observava o teto escuro do meu quarto. Uma reta de luz reflete na parede, pela fresta da cortina que estava aberta. A porta de meu quarto se situava entre aberta, mas um silêncio ensurdecedor se fazia presente em casa. Minha cabeça queimava, porém já havia pegado no sono umas três vezes somente naquele dia.

Era um sábado na ocasião em que a campainha de casa toca e tenho que levantar da minha cama para atender, visto que estava apenas eu em casa. Abro a porta e dou de cara com Altagracia, Yolanda, Antônio Hierro e Fábio. Fiquei contente em vê - las, mas o que esses dois estavam fazendo ali?

~ Oi!!! Nossa, você está acabada... - Montero exclama.

- Valeu pelo elogio.

Eu realmente não estava muito apresentável, já que me encontrava doente, me situava com olheira e um coque que havia feito a quatro dias atrás.

~ E aí amiga, tá melhor? - Alta pergunta enquanto cumprimento os garotos com um sorriso sem graça e acenando com as mãos.

- Estou sim, só estou tomando uns remédios. Entrem, fiquem a vontade. - eles se sentam ao sofá.

~ Fábio quer te dar uma coisa... - diz Yolanda sorrindo, imediatamente meu olhar vai para o garoto.

Fábio me entrega um buquê de rosas vermelhas e tira de seu bolso uma caixinha pequena de veludo.

- Valeu Fábio, são bonitas.

Fico meio sem jeito e apenas sorrio forçado. Olho para Alta que está fazendo gestos de vômito, me fazendo segurar o riso, e Yolanda que está sorrindo com um olhar orgulhoso. Hierro aquele mongoloide, permanece em sua expressão habitual de paisagem.

~ É para você. - ele abre a caixinha, e nela posso ver um colar dourado delicado que havia dois pequenos pingentes. Um em formato de coração e o outro, uma letra F.

O garoto pega o colar e traz o seu corpo para atrás do meu. Ele dispõe o colar em meu pescoço.

~ Está linda. - ele sussurra por trás do meu ouvido.

- Tá, obrigada. - me afasto dele.

~ Que brega, uma letra F. Tá querendo prender a menina, filho? - Guerrero debocha. ~ É tipo aquelas coleiras de cachorro com o nome do cachorro e o nome do dono?

~ GUERRERO! - Yolanda chama a atenção de Alta.

A porta de casa abre e graças a Deus minha mãe chega do trabalho, para me tirar dessa situação desagradável.

~ Oi! São seus novos amigos Estefânia? Prazer! - Carmen disse.

- Uhm...

~ Oi tia! - Alta cumprimenta.

Todos a cumprimentam e ela sobe para o segundo andar, nos deixando a vontade.

~ Teve alguém que sentiu sua falta na escola... - diz Altagracia. Automaticamente um sorriso com os lábios unidos se forma em meu rosto, ao lembrar da senhora Vargas. ~ Você sabe quem...

~ Quem? - Fábio pergunta.

- Ninguém. Altagracia é piadista assim mesmo. - eu fiquei visivelmente nervosa.

~ Enfim, esse alguém perguntou para mim o porquê da falta por tantos dias. Mas relaxa eu avisei para ela, porque pelo visto você não. A mulh-

- Chega Guerrero, leu fanfic demais. - a interrompo e disfarço, mas a mesma não me ajuda com suas gargalhadas abafadas por suas próprias mãos, que foram levadas ao seu rosto assim que ela percebeu que disse demais.

Eu fiquei toda boba, sorrindo internamente ao saber que a Vargas sentiu minha falta...

Não demorou muito para eles se despedirem e irem embora.

~ Então agora você traz garotos em casa quando eu não estou presente...

Não se preocupe, a próxima eu trago uma professora.

- Eles que vieram.

~ E você ganhou flores e um colar... Então um desses é o seu namoradinho? - minha mãe questiona curiosa com um sorriso de orelha a orelha no rosto. 

- O que? Eu não ganhei nada não.

~ Você acha que eu não vi as rosas brancas que você trouxe da excursão? E hoje as novas flores e esse colar que não estava no seu pescoço antes? Esses garotos estão mais românticos do que na minha época.

- Que tipo de fã você é? Para com asneira. 

~ Não vou te xingar, meu bem. Eles são bem melhores do que a ralé que você andava...

- Que isso mãe!? Meus antigos amigos combinavam mais comigo... Mas enfim, eu vou para o meu quarto, ainda estou passando mal... - digo já me dirigindo ao quarto e desconversando. 

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Eita, alguém segura a boca dessa Altagracia... Não esqueçam da estrela e dos comentários heim!

𝐌𝐲 𝐅𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Where stories live. Discover now