O que ele realmente precisa é de disciplina.
Alexander Lightwood acaba de receber o trabalho mais fácil do mundo: ser babá do filho mimado de um senador conservador, mantê-lo longe de problemas, e receber um salário de seis dígitos. Um salário que...
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Alec
No momento em que Alec limpou Magnus e se acomodou no sofá com o jantar, ele voltou ao silêncio melancólico.
Alec não sabia o que ele achava que o sexo na cozinha conseguiria além de provar o ponto de que Magnus era apenas – como Catarina disse – uma "coisa de sexo".
Quando ele perguntou por que Alec agia como se ele se importasse, ele congelou. Era uma porra de pergunta simples com uma porra de resposta complicada.
Claro que Alec se importava. Ele se importava demais. Cuidar de Magnus era a coisa mais fácil do mundo, mas era também uma série de minas terrestres.
O garoto precisava de um guardião, alguém para cuidar dele, vigiá-lo, guiá-lo. Alec queria ser esse alguém.
Ele quis dizer tudo o que disse. Magnus era perfeito como ele era... mas tinha apenas vinte e dois anos. Sua vida nem tinha começado ainda.
Alec se sentia com cem anos em um bom dia e seu Estresse Pós-Traumático era imprevisível.
Alec não sabia como dar a Magnus o que ele precisava quando suas vidas eram tão iguais, mas desastres opostos.
Ainda assim, ele poderia ter dito algo mais reconfortante do que "eu queria foder com você desde que te conheci", mas agora era tarde demais.
Uma vez que ele terminou de arrumar a cozinha, ele se esparramou na extremidade oposta do sofá, uma perna ainda empoleirada no chão. Magnus o observou com cautela como se estivesse esperando por algo.
Jesus, Alec tinha realmente fodido isso.
— Venha aqui, bebê.
Magnus não hesitou, se lançando em direção a Alec e caindo em cima dele, seu corpo aninhado entre as coxas dele e sua cabeça em seu peito.
Ele enterrou a mão nos cabelos de Magnus, dando um beijo em sua cabeça, esperando transmitir com ações o que ele não podia dizer com palavras.
Alec poderia ser feliz com apenas Magnus em seus braços. Seus olhos se fecharam enquanto a respiração de Magnus se equilibrava sob suas palmas.
Ele acordou com o som da porta batendo no batente enquanto alguém tentava forçar a entrada na cobertura.
— Por que diabos a trava está trancada?
Magnus se levantou, olhos arregalados ao som da voz de seu pai, seu terror claro. A trava em questão impediu que a porta se abrisse o suficiente para o senador vê-los, mas Alec gesticulou para Magnus ir para seu quarto, de qualquer maneira. Magnus lançou um último olhar em pânico para a porta antes de se esforçar para fazer o que Alec pediu.
Ele se levantou, passando os dedos pelo cabelo e se certificando de que suas roupas não pareciam muito amarrotadas.
