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Luna Oliveira

O andar de cima estava cheio - para a minha surpresa - especialmente pelos casais. Fui abrindo todas as portas, pedindo desculpas quando alguma estava ocupada por outras pessoas, até que finalmente encontrei os dois em um quarto.

A garota morena estava sentada em cima de Russo, deitado na cama, enquanto rebolava no seu colo. Ele ainda estava vestido, a menina seminua.

Abri a porta um pouco mais e entrei sorrateiramente.

— Atrapalho? — Falei com a voz carregada de ironia, fazendo com que os dois pulassem de susto.

— É claro que sim, sua burra! Sai daqui agora! — A garota gritou escandalosa, tampando os seios com as mãos.

Soltei um risinho debochado e a ignorei.

— Está fazendo o quê? — Russo me olhou, e era evidente que estava com raiva de mim.

— Não sei, acho que estou procurando o banheiro.

— Já viu que aqui não é porra de banheiro? Pode dar o fora. — Russo retrucou, sentando no colchão e segurando a menina pela cintura. Aquilo me encheu de ódio, não sei por quê.

— Sabe que não estou afim?! — Respondi, me sentando em uma poltrona que havia no canto do quarto e cruzando as pernas. Se ele pensava que me faria de idiota, estava muito enganado.

— Era só o que me faltava. Você é pervertida ou o quê? Tem fetiche de assistir os outros transando? — A menina se meteu novamente, me olhando toda raivosa. — Ou você tira ela daqui ou eu vou embora. — Ela reclamou, virando-se para o outro.

— Pois é, Russo, você não pode ficar com as duas. Quem você quer que fique? — Ergui a sobrancelha, abrindo um sorriso malicioso. — Ela ou eu?

A garota o olhou confiante, mas fechou a cara assim que notou que ele não respondia.

— É melhor você meter o pé, então. — Ele falou simplesmente.

— É isso aí, fofinha, pode saindo. — Deu um tchauzinho debochado para mim.

— Estou falando contigo, pô. — Russo a olhou.

— É o quê? — Rebateu incrédula.

Abri um sorriso vitorioso e acenei para ela.

— Fecha a porta quando sair, tá bom? — Provoquei.

A menina bufou, vestiu a roupa e saiu me xingando em trinta idiomas diferentes.

Engoli em seco quando vi o Russo se levantando da cama, e ele veio em minha direção perigosamente, se inclinando para que nossos rostos ficassem a poucos milímetros de distância.

— Puta que pariu, você é uma diaba provocadora, não é? — Ele falou, me encarando diretamente nos olhos.

— Você me tornou assim. — Dei de ombros e soltei um suspiro surpreso quando ele me puxou para um beijo bruto.

As suas mãos agarraram minha cintura quando me levantou em seu colo sem parar de me beijar de forma afoita. Senti quando minhas costas tocaram o espaço macio do colchão.

— Não se ilude não, vou descer agora. — Falei ofegante, e ele me impediu de levantar segurando o meu braço.

— Tu que pensa que vai me deixar de pau duro assim. — Ele apontou para o volume grande no meio da sua bermuda e colocou a minha mão por cima.

Arregalei os olhos, sentindo o quão duro ele estava. Sem pensar muito, minha mão começou a acariciá-lo lentamente. Russo não perdeu tempo e desceu a bermuda juntamente com a cueca até o meio das suas pernas, colocando o pau para fora.

Sombras do Amor [M]Where stories live. Discover now