32 - Peter Brooks

En başından başla
                                    

Dá vontade de rir.

não sinto nada a respeito disso, nenhum remorso ou culpa. Poderia facilmente tê-lo matado e não sentir nada.

Absolutamente zero coisas.

E é ai que entra o dilema moral: que tipo de pessoa não sente nada ao detonar alguém?

Acho que isso me tornava o cara ideal para ter esmurrado Louis Hantsberg. Se fosse Greg no meu lugar, o maldito estaria a caminho do necrotério agora e não dá emergência, e Greg estaria a caminho de uma cadeia, porque ele não é tão discreto e calculista como eu.

Ainda bem, estou aqui para assumir as merdas das quais Adam e Greg não podem lidar, e gosto desse papel. No entanto...

Continuo Não sentindo nada.

Dou o gole na bebida âmbar, amarga e fria, na minha garganta ela desce com uma ardência familiar e bem-vinda.

Seria irônico pedir a Deus para que me fizesse sentir alguma coisa, qualquer coisa, se eu ao menos acreditasse na sua existência.

Ser filho de um pastor e descrente já é ironia o bastante para mim. O senhor Brooks deve orar todos os dias pela minha alma, não que orações constantes sejam capazes de limpar meus pecados e comprar minha salvação.

Quase matei um homem, e não tenho arrependimentos.

Se Deus existe, não é ao seu encontro que vou depois de minha morte.

O banco a meu lado é ocupado abruptamente.

- Que dia de merda - um cara engomadinho fala com o barman. - Odeio treinar novatos, principalmente os que se acham espertinhos demais - balbucia. Pelo penteado com gel e a camisa xadrez, deve ser um veterano da Journal, todos eles vestem quase as mesmas roupas.

De canto de olho, vejo o barman lhe oferecer um copo de chopp.

- Nunca tem espertinhos na Sky Journal - até mesmo o funcionário do bar parece ciente disso. - Principalmente quando são novatos.

- Pois é - o homem bufa. - Mas essa garota é, e ela sabe disso, o que é um completo pesadelo - geme como se sentisse dor. - E piora.

- Piora?

Piora?

- Ela apresentou uma pauta de temas mais interessantes do que falar da vida sexual dos riquinhos de Blue Sky, na frente de todos, deixando todo mundo de queixo caído, até mesmo nosso chefe. E ele amou a audácia e ideias dela - nossa, ele deve estar mesmo tendo um dia difícil. - Acho que essa pirralha vai roubar meu lugar.

Com essa confiança de merda, até eu roubaria o lugar dele.

O barman ri e se sai, porque o assunto se torna deprimente demais para que ele finja interesse. Até eu, como dignissimo curioso e sedento por entretenimento fútil, perco meu interesse.

Essa cidade têm ficado chata demais.

A porta barulhenta do bar, que range cada vez que alguém a abre, anuncia a entrada de mais gente. O estranho se vira para olhar, provavelmente esperando que seja mais gente de seu trabalho ou algum conhecido qualquer.

- Droga, a espertinha já está enturmada - resmunga encarando o trio que entra no recinto. É fácil descobrir quem é o alvo de seu ódio, das três pessoas, só uma delas é uma garota, e bem pequena. Ele tinha comentado que era novata, então talvez seja uma estagiária.

Os dois homens, ambos provavelmente na faixa dos quarenta e poucos anos pelos ombros curvados, enquanto ela não deve ter sequer vinte e cinco com base na sua postura e sapatos coloridos, dizem algo que a faz rir jogando a cabeça para trás deliberadamente.

2 •Esqueça Ela - Blue Sky CityHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin