- Eu gosto de você, Jun, e eu jamais, nunca, me afastaria de você por causa disso, a única coisa que eu posso fazer, é tentar te ajudar. - Disse abafado por conta de estar com o rosto em meu peito. - Mas, Jun, me promete, por favor, que por mais tentador que seja, não usa mais, não siga pelos seus amigos, por favor.

- Eu prometo, Ji. Não vou te decepcionar. - Faço um carinho em sua cabeça e ele chora mais. - Por que está chorando? Eu é que deveria estar chorando de nervoso. - Ouço ele dar uma risadinha e o vejo levantar a cabeça. - Eu também gosto de você, Ji. Muito.

Vejo ele sorrir envergonhado, suas bochechas apesar da pouca iluminação, consigo ver suas bochechas gordinhas ganharem uma coloração rosada, me fazendo sorrir em admiração.

- Jun, não tô te forçando a nada, mas nos somos o que? - Pergunta, seus olhos azuis voltaram a ter seu brilho natural, faço uma carinho em seu rosto e deixo um selinho rápido em seus lábios gordinhos.

- Eu não sei, Ji. - Conto sincero. - Mas somos algo, eu não fico com mais ninguém, por quê eu sei que temos algo, eu só ainda não sei classificar. Podemos dizer que somos sérios um com o outro?

- Claro que sim, então somos sérios um com o outro. Isso significa que somos exclusivos, que não ficamos com mais ninguém? - Aceno com a cabeça em confirmação, vejo ele sorrir abertamente e me abraçar pela cintura, apoiando a cabeça em meu peito.

Essa sensação é tão gostosa, a sensação de ser correspondido, por mais que eu negasse, eu conseguia sentir todo carinho que o moreno tinha por mim, e me deixar ver isso abertamente, seguir o exemplo da vovó Ming, me ajudou bastante com o lance da perspectiva com romance.

Ficamos mais um tempinho ali sentados, apenas abraçados e trocando uns selinhos de vez em quando. Quando nos pusemos a caminhar de volta pro carro, coloquei minha máscara de volta que havia sido tirada para poder falar abertamente com o moreno aqui do meu lado.

Nossos dedos das mãos, estavam entrelaçados, fazendo um contraste fofo, a diferença de tamanho era nítida. Suas mãozinhas eram pequenas e gordas, seus dedinhos da mesma forma, seu mindinho era o mais fofo, já a minha mão, era grande e magra, meus dedos eram cumpridos e cheios de tatuagens, Ji usava alguns anéis em seus dedos, deixando suas mãos lindas e fofas ao mesmo tempo.

Chegamos no carro e abri a porta do carro para ele, que agradeceu e entrou no carro, fechei a porta e dei a volta entrando na porta do motorista.

- Obrigado por hoje, Jun, foi incrível. - Disse depois de um tempinho em silêncio, o carro já estava em movimento, sorrio e aperto sua coxa em resposta.

- De nada, moreno, vamos no cinema na próxima vez, que tal? - Olho de relance para ele, que acena de forma positiva. - Então vamos marcar. Quem sabe na próxima semana?

- Parece bom para mim, os meninos queriam marcar de fazer algo lá em casa, aí podemos marcar para depois disso.

Concordo e continuo dirigindo, o silêncio presente era confortável e aconchegante, não era necessário muitas palavras para demonstrar o que sentíamos.

O passo que demos hoje foi muito importante, não me abri totalmente, por que tem muita história para contar, nas por enquanto, acho que era o suficiente.

Considero um grande passo, já que nunca falei sobre meus problemas pessoais assim, com ninguém além da vovó Ming, essa que por sinal não retornava minhas chamada, precisava ligar para ela mais tarde.

Sempre fui mais reservado sobre meus sentimentos, talvez por traumas do passado ou algum tipo de bloqueio, o que fazia tudo ser mais complicado para com relacionamentos, atividades ou qualquer outra coisa que envolva pessoas. Começar esse algo sério com o Ji, era um passo enorme que eu não sabia se um dia teria coragem de dar, mas com ele tudo parecia mais fácil, e mais proveitoso.

RockStar PJM+JJKWhere stories live. Discover now