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Na manhã da segunda-feira, acordei disposta, graças ao fato de eu ter ido para a cama relativamente cedo. Consequentemente levantando-me em um horário que eu não costumo quando se é feriado, podendo ter calma e tranquilidade ao me preparando para o dia que vinha pela frente.

Tive, também, a oportunidade de tomar café da manhã com meu pai, aproveitando para avisá-lo que sairia com Audrey para vermos nossos vestidos para o evento anual realizado por nós. Claro que não era somente por isso que eu sairia, eu só precisei omitir a segunda parte, porém não deixei de dizer a verdade já que Audrey e eu realmente planejamos ver nossos trajes logo após atendermos àquele pequeno primeiro compromisso que vocês sabem bem qual é.

-Querida, se conseguir, depois de ver os vestidos e tudo mais, passe no hotel, estarei praticamente o dia todo resolvendo certas coisas da decoração e do evento, em geral, e, embora seu velho aqui tenha um gosto refinado, não se compara ao seu e eu gostaria da sua opinião.

-Vou tentar sim, pai. – Afirmo para ele de forma verdadeira, tentaria sim ajudá-lo com isso, caso meus compromissos não tomassem muito de meu tempo, o que eu, particularmente, espero e muito.

-Eu já vou indo, querida, afinal a temporada está só começando e nós ainda temos um império para reerguer! – Diz extasiado, assumindo o espírito quase que natalino, fazendo me rir e quase engasgar-me com o chá matinal que sempre tomava.

-Tchau, pai! – Grito da cozinha quando ouço o clique da porta se abrindo.

-Tchau, filha. – Ele retribui e então a porta se fecha mais uma vez.

Uma vez sozinha, pego meu celular e abro no meu contato frequente: Audrey.

Vou bebericando meu chá enquanto mando para a mesma uma rápida e curta mensagem, nela sugerindo que eu lhe dê carona para irmos juntas ao café, e então meu motorista poderia nos aguardar e nos levar para as lojas onde veríamos nossas roupas do Dia de Ação de Graças, afinal, de um jeito ou de outro iriamos juntas.

Demorou alguns minutos para que ela respondesse confirmando, acatando minha sugestão e dizendo que já estava indo se arrumar, deixando avisado quando eu poderia passar.

Decido que, assim como Audrey, iria me arrumar, já estava mais do que na hora, e, de qualquer forma, detesto atrasos, como já disse outra vez, e bem, este é o tipo de compromisso no qual eu nem sonharia chegar atrasada, nem um segundo sequer se passaria do combinado.

Hoje é possivelmente o dia em que saberíamos quem assassinou Rose. E isso me deixava em total êxtase.

Sigo para as escadas e, em um piscar de olhos, me encontro no meu quarto escolhendo a roupa que usaria para pegar um assassino.

Cara, é, de fato, empolgante dizer isso, não?

Eu, Ashley Scott, juntamente com uma equipe seleta – ou não tão seleta assim – prenderemos o maldito desgraçado que matou Rose.

Rose, eu prometi que te vingaria e estou cumprindo.

Pelo menos, no final, essa missão serviu para alguma coisa, não sendo inteiramente assim tão ruim.

Visto minha calça preta de couro não muito justa e uma blusa de mangas e que preenchia todo o meu pescoço da mesma cor, esta, porém, sendo colada ao meu corpo, combinando perfeitamente com a jaqueta, também de couro, que preparei.

Me sentia uma superagente secreta muito bonita, dotada de qualidades valiosas para uma boa... boa não, uma ótima detetive. Confesso que é este o único e solene motivo da minha escolha da paleta de cores.

Certifico-me se meu carro já me aguarda e, uma vez tendo a confirmação, pego minha bolsa com a minha carteira e meu celular e sigo para o elevador.

O carro, como de esperado, estava a minha espera logo a frente do prédio.

O Lado Mais Sombrio de Nova Iorque (EM PAUSA)Where stories live. Discover now