(26) oh, and not virgin, just to be clear.

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vince

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vince.nt hacker
point of view
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  MEU PAI NÃO DAVA PONTO SEM NÓ. E
ele também odiava essas merdas de eventos beneficentes; eu podia contar nos dedos o número de vezes que ele compareceu em algum.

Mas, dessa vez, ele brigou comigo para que eu fosse. Eu tinha medo do motivo, mas só descobriria se o obedecesse. Então me arrumei, usando um terno Armani e sapatos Di Pollini, e fui.

No meio do caminho, dentro da SUV que ele confia ao seu motorista particular, ele faz uma ligação. No começo, não tenho nenhum interesse, realmente achando que fosse algo insignificante, mas...

─ Sim, ele está comigo. ─ ele soa feliz, tão feliz que me assusta, na verdade. ─ Estamos chegando, na verdade... Sim, no trânsito... Entendo... Tudo bem, nos vemos daqui a pouco.

Me viro para ele.

─ Quem era?

─ Apenas um colega de trabalho. Você vai conhecê-lo quando chegarmos.

Sim, aposto que vou.

O local do evento era, sem surpresas, uma casa enorme. Quase uma mansão. O foco da noite era doações de qualquer valor para a nova área especializada em câncer de mama no hospital geral da cidade; uma iniciativa muito boa, mas menos da metade dessas pessoas estão aqui por isso.

Descemos do carro, eu e meu pai, e o motorista seguiu para sabe-se lá onde. Meu pai me puxou para perto enquanto entramos na casa.

─ Você vai ser educado. E vai sorrir. ─ meu pai murmura. ─ Se você me envergonhar, Vincent Cole Hacker, eu vou fazer questão de transformar o resto da sua vidinha medíocre em um verdadeiro inferno.

Como se ela estivesse muito boa agora.

Calado, segui meu pai até o salão de festas. Enxerguei muitos pontos azuis, a cor dos ternos da maioria dos homens reunidos aqui. Suas esposas ou acompanhantes estavam ao seu lado, ou perto da mesa de bebidas e aperitivos, conversando umas com as outras.

Continuei seguindo meu pai.

─ Martin! ─ meu pai chama, com um humor diferente de qualquer um que já foi usado comigo. Os dois homens se cumprimentam, e meu pai se vira para mim. ─ Filho, esse é Martin Devora, o anfitrião.

─ Boa noite, senhor. ─ o cumprimento com um aperto de mão e um aceno de cabeça.

Não falo mais nada por um bom tempo.

Consigo pegar uma taça de vinho da bandeja de um dos garçons em certo momento, e esse foi o único movimento que eu fiz por uma hora inteira.

Peço licença para ir ao banheiro, mesmo que eu não saiba onde fica, e saio do salão. Um pouco mais aliviado por estar longe daquele ambiente grosseiramente educado, me encosto na parede do lado de fora, com uma nova taça na mão, e puxo o celular do bolso do paletó para ter alguma distração.

bad day  ꪵWhere stories live. Discover now