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Patrão 🎭

Eu tava tentando trocar uma ideia com a Letícia sobre esses bagulhos acontecidos mas os moleques invadiram na maior euforia trancando a porta, ela continuou segurando minha mão e olhou pro F6.

F6: Tem polícia por todo lado.- Encarei eles.

Patrão: E como faz pra sair daqui cara? - Soltei da Letícia cruzando os braços.

Ryan: Pedindo licença pra sair pô, tá na cara.- Falou indo até a janela.

Laura: Alta não é, mas tem polícia por todo lugar lá embaixo.- Falou olhando a janela com o Ryan.

Preto: Eu vou botar a cara e chamar atenção dos malucos, o bagulho é vocês arrumarem um jeito de meter o pé daqui.- Falou apontando.

F6: A escada de emergência é a segunda porta na esquerda, vocês descem direto pro estacionamento.

Ryan: Bagulho de pagar de herói mano, se tu cai preso só sai quando o mundo acabar.- Falou bolado com a ideia, os dois podiam implicar pra caralho, mas bagulho que um se preocupava pra carai com o outro.

Preto: Eu que tive a ideia de vim aqui, bagulho tá no meu comando.- Falou pegando o raidinho.

Patrão: Ninguém vai se entregar não, ou sai os três ou não sai ninguém desse caralho.- Falei alto.

Preto: Não tô pedindo permissão.- Me encarou sério e eu olhei pra Letícia.

Ryan: Os moleques que tavam jogando tiro pro alto lá fora podem entrar no hospital trocando. Vai ficar maior confusão e a gente consegue passar despercebido.- Falou batendo na mão do Preto.

Laura: Isso fica muito arriscado, vai ser tiro pra todo lado. Fora as pessoas inocentes que vão ficar no meio.- Encarei ela.

Ryan: Se machucar alguém já tá no hospital mermo, da em nada.- Eu ri fraco e olhei pro Preto que se afastou falando com os moleques.

Letícia me cutucou e eu olhei pra ela que me olhou preocupada, fez sinal apontando pra mim, Preto e Ryan e fez um legal em seguida.

Patrão: Eu te prometo que deixo esses dois moleques salvos.- Falei me abaixando perto dela que negou e colocou a mão no meu rosto.

Letícia: Você...- Sussurrou baixinho, quase que eu não ouvia nada.- Também.

Patrão: Eu sei, minha princesa.- Falei beijando a mão dela e ela fez cara de dor, passando a mão na garganta.

Peguei água entregando pra ela e ela bebeu com calma, quando eu escutei barulho de tiro olhei pro Preto que balançou a cabeça, me despedi dela e Preto e Ryan fizeram o mesmo, quem colocou a cabeça de fora foi Ryan, ele colocou pra dentro em questão de segundos, mas quando abriu de novo mandou a gente correr.

A gente saiu abrindo a porta que o F6 falou e eu escutei policial gritando atrás de nós, aí que a gente meteu o pé da descer a escada mesmo. Ryan tava por último pulando parecendo um macaco, eu tava no meio e Preto na frente limpando caminho. Quando a gente abriu a porta do estacionamento e os três passaram, a gente fechou a porta por fora e escutou os policiais batendo.

Enquanto a gente corria atrás do carro, Preto falava pros moleques recuarem. Quando a gente conseguiu sair dali, eu respirei aliviado dentro do carro mas bagulho não durou muito tempo.

Ryan: Essa porra não cansa.- Falou puto pra caralho, ele quem tava dirigindo e a polícia atrás.

Patrão: Vai pro morro.- Falei olhando pra trás.- Cadê os fuzil?

Preto: Embaixo do banco.- Falou olhando pra trás, ele tava no banco de passageiro e eu tava sozinho atrás.

Levantei o banco vendo o Preto vim me ajudar e peguei o fuzil, carreguei e me sentei perto da janela, baixei o vidro e coloquei só o fuzil pra fora segurando o dedo no gatilho, sem nem saber aonde vai pegar.

Ryan: Velhinho ainda tá bom de mira, qual foi ein.- Falou rindo quando eu acertei o pneu fazendo o carro girar.

Preto: E tu tá ruim pra caralho como piloto, num é atoa que assalto a gente chama outros moleques.- Falou e eu me ajeitei no banco, vendo Ryan indo em direção ao morro.

Ryan: Claro que não chama, eu sou gerente da boca, piloto só nas horas vagas.- Debochou buzinando pros moleques da entrada e eu coloquei o fuzil dentro do banco.

Preto: Ta maluco, Patrão? Bagulho vai falir, entrar em crise. Única solução vai ser eu voltar pro morro, se fuder.- Eu ri batendo na cabeça dele.

Mandei os dois ficarem quieto e a gente subiu pra minha casa, mandei os moleques derem fim no carro e me joguei no sofá, adrenalina tava no pico, Ryan só sabia reclamar e Preto implicar com ele. Mas era um bagulho que me fazia bem, me deixava tranquilo saber que eu tenho esses moleques chato pra caralho do meu lado.

Todo amor do mundo Where stories live. Discover now