Todo amor do mundo

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Letícia. 🎭

Letícia: Pretinho, tô te pedindo. Se o Bruno me deixou vim foi porque ele sabe que você pode não voltar.- Falei segurando o rosto dele quando meu pai saiu.

Preto: Ah Lê, para com esses dramas.- Falou se soltando de mim e tomando o refrigerante.-  Patrão deixou tu vim porque Gabi deve ter mexendo na cachola dele.

Letícia: Se você não voltar, eu fico como?

Preto: A mesma de sempre, a que existia antes de mim.- Não me olhou.-Bagulho de drama atoa.

Eu fiquei calada e me encolhi no sofá cruzando os braços, ele terminou de comer e limpou a mão deitando a cabeça no meu peito, por cima dos meus braços cruzados.

Preto: Tipo assim, é um bagulho que eu quero fazer, tá ligada? Errei com o Bruno e quero consertar dessa maneira, não é parada de outro mundo.- Olhei pra porta e vi meu pai encostado nela.

Patrão: Não tô mandando tu ir, tu não precisa me provar nada.- Cutuquei o Preto.- Te falei desde o início que não boto fé nessa ideia.

Preto: A ideia já foi dada, só falta cumprir a missão.- Fiquei caladinha.- Quando eu voltar, eu posso namorar a Letícia?

Patrão: Se tu voltar daqui dois meses.- Sorri fraco.- E se ela gostar de cadáver.

Preto: Essa foi foda.- Falou gargalhando e eu coloquei a mão no rosto tentando prender o riso.- Vou meter o pé, não deixa minha casa ficar na bagunça não, jae?

Letícia: Ué, deixa dinheiro que eu limpo.- Ele bateu na minha cabeça.

Preto levantou pegando o celular e tirou a arma da cintura e entregou junto com o raidinho pro Bruno, ele segurou minha mão enquanto a gente caminhava pra fora e eu suei, mas quando chegamos perto da moto ele me soltou beijando minha cabeça e me abraçou.

Preto: Uma semana só, pode botar fé.- Segurou meu rosto e me deu um beijo rápido.

Letícia: Se ver que vai dar errado só mete o pé, não importa o que aconteça.- Falei me separando do abraço dele novamente.

Andrey tirou o cordão do pescoço dele que tinha sua inicial e colocou no meu pescoço, jogando pra dentro da minha blusa. Beijei sua bochecha e Patrão abraçou ele de lado, batendo na cabeça dele.

Entre si eles murmuram alguma coisa e o Preto sorriu soltando dele, Bruno permaneceu de cara fechada e eu abracei meu pai vendo o Andrey sair de moto todo felizinho.

Ficamos ali por uns dois minutos e depois a gente foi caminhando pra casa sem trocar nenhuma palavra.