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Letícia 🎭

Os dias se passaram tranquilos e calmos, os meus dias de folgam chegaram ao final e eu tive que voltar a minha realidade.

Hoje era o primeiro dia pós atestado e eu tava descendo o morro de moto com o Ryan, passei pela casa do Preto e apenas observei enquanto a gente passava. Trabalhei tranquila e meu amigo veio me buscar, me deixou em casa e ficamos conversando na porta.

Quando entrei a Gabriela tava lá, coloquei minha mochila em cima do sofá e estranhei a ausência do Bruno.

Letícia: O Bruno tá aonde?

Gabi: Disse ele que foi resolver um bagulho da boca, que em dez minutos voltava.- Balancei a cabeça indo pro meu quarto.

Coloquei minhas coisas em cima da cama e fui tomar um banho, quase meia hora depois eu sai, me vesti e fui jantar, vendo que o Bruno já tava por ali, apenas me sentei e fui me servir com a comida que eu não sabia nem a procedência.

Letícia: O que tá rolando? - Falei curiosa.

Patrão: Babu ficou sabendo de alguma forma da confusão lá com o Preto, ai resolveu chamar o moleque pra trocar uma ideia.

Letícia: Não entendi a piada.- Falei rindo sem graça.

Patrão: Eu não contei nenhuma, tá se emocionando por quê? - Deu os ombros.- O moleque lá falou que queria ir e ele vai. Vê se consegue confiança ou qualquer bagulho que ajude a vencer.

Letícia: Você vai mesmo deixar o Andrey ir assim pro inimigo? Você não é burro e eu também não, tá falando sério?

Patrão: Eu não dei ideia, o moleque que me chamou e falou do plano. Não vou impedir ninguém se é o que ele quer.- Engoli no seco balançando a cabeça e me levantei da mesa.

Letícia: Você sabe muito bem o que vai acontecer com ele por qualquer vacilo.- Falei indo em direção a porta de casa.

Patrão: Pra onde tu vai? Não vai comer? - Falou sério.

Letícia: Perdi a fome, eu vou dar uma volta na rua.

Patrão: Não esquece do que foi prometido.- Fez questão de lembrar e eu bati a porta ao sair.

Abri o portão vendo os moleques tudo lá na frente e ignorei todos descendo o morro, fui caminhando devagar enquanto sentia o vento gelado bater no meu rosto. Passei pela casa do Andrey e olhei pros lados, quis bater ou esperar ele sair só pra ver como ele estava, mas não podia e afinal parecia que não havia ninguém em casa.

Continuei descendo o morro pra entradinha e mandei mensagem pro Ryan perguntando se ele poderia descer pra lanchar comigo, ele demorou mas disse que vinha.

Quando eu tava indo em direção da lanchonete vi algo que me incomodou muito, tipo pra caralho.

O Preto tava conversando e rindo pra caraca com a viúva do galego, eles pareciam estar se divertindo e se dando muito bem, porque eu só consegui ver sorrisos ali. Chega que o meu peito apertou e eu respirei fundo pra não chorar, quando ele me viu fechou o sorriso aos poucos o que vez a viúva perceber e olhar pra trás.

Eu virei o rosto indo na direção oposta deles e me sentei na pracinha perto das crianças que brincavam, baixando minha cabeça ao olhar pro chão e fiquei ali até o Ryan chegar.

Todo amor do mundo Where stories live. Discover now