CUT

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CORTE
"você está sangrando."

—CORRENDO PELOS CORREDORES, ALEXANDRIA PAROU, OFEGANTE

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—CORRENDO PELOS CORREDORES, ALEXANDRIA PAROU, OFEGANTE. "Onde ele foi?" Ela perguntou à pessoa mais próxima, franzindo o nariz em desgosto quando percebeu que era um Grifinório.

O grifinório engoliu em seco e saiu correndo, sem responder.

"Tanto para a bravura da Grifinória," zombou Alexandria, segurando o peito na tentativa de parar sua respiração ofegante.

Draco, que acabara de alcançá-la, revirou os olhos— nem mesmo ofegante. "Você precisa de ajuda, princesa?" Ele perguntou com sarcasmo.

"Não é a hora," apontou a garota com um olhar furioso.

"Nós temos que alcançá-lo."

"Nós?"

"Sim," assentiu Draco como se fosse óbvio. "Ele pode ser perigoso pelo que sabemos—"

"Ele está longe disso."

"Tenho certeza," ele revirou os olhos de novo, algo que era frequente perto da garota. "Vamos apenas alcançá-lo."

"Você não vem," ela apontou um dedo para ele, obviamente o ameaçando. "Eu posso cuidar disso sozinha, Malfoy."

"Professor!" exclamou uma voz no corredor vazio naquela noite.

O professor Selwyn parou de andar e se virou. "Sim, senhorita Slytherin?"

"Você está sangrando," ela apontou para o braço dele, então olhou em seus olhos.

O professor deu a ela um sorriso agradecido. "Eu sei, mas obrigada. Há algo em que eu possa ajudá-la?"

"Eu estava na biblioteca outra noite.." começou a jovem. "E eu li algo estranho. Necromancia. Dizia que o feitiço para trazer os mortos de volta era—"

"Não é um feitiço, Srta. Slytherin. É um ritual."

Alexandria deu a ele um pequeno sorriso malicioso. "Como você sabe disso, professor?"

"Eu tenho que ir—" ele apontou para seu corte, que estava ficando maior a cada segundo e estava sangrando, parecendo bastante dolorido.

"Por quê? Você não quer que eu veja você morrer?"

O professor Selwyn suspirou, parecendo ansioso.

"Alexandria—"

"Eu já vi você morrer uma vez."

Ele piscou, chocado. "Perdão?"

"Certo, Cedrico?"

O professor Selwyn— não, Cedrico, tentou engolir o nó na garganta, agarrando-se ao grande corte em seu braço— que estava se espalhando. "Andria, sinto muito. Estou tão—"

"O que aconteceu, Ced?" Os olhos dela lacrimejaram acima. "O que aconteceu com você?"

"Eu.. eu morri. Então, meu pai não conseguia entender. Ele foi para as artes das trevas em busca de conforto— de alguma forma, acreditando e sabendo que Dumbledore me matou. Ele leu sobre necromancia e tudo que precisava saber sobre isso, então me trouxe de volta."

"Por que você está aqui agora? Por que Hogwarts? E como Dumbledore não sabe?"

"Eu precisava ter certeza de que você estava bem. Mesmo que isso significasse que eu teria que trocar de identidade. Dumbledore acreditou que eu era um Selwyn assim que me viu no Ministério— onde eu estava planejando mudar minha identidade. Ele me ofereceu a trabalho de Defesa ou eu seria morto. Eu queria encontrar uma maneira de vir para Hogwarts, de qualquer maneira, então foi perfeito. Mas obviamente, você descobriu tudo."

Sem se preocupar em perguntar por que ele não a deixou saber, Alexandria assentiu. "Ced, sinto muito.. Eu nunca quis que você tomasse aquele feitiço para mim—"

"Eu fiz. Eu queria," Cedrico a cortou, estremecendo com a dor em seu braço, mas optando por ignorá-la. "Não foi sua culpa, Andria, e não me arrependo de nada."

"E agora?" Ela perguntou com os olhos marejados— recusando-se a realmente deixar as lágrimas caírem. "Você vai morrer de novo."

"Aceitei a morte desde que fui trazido de volta. A morte faz parte da vida."

"Então.. eu nunca vou te ver de novo?"

Ele balançou a cabeça, olhando para ela. "Bem provável que não."

Ela soltou um suspiro. "Eu.. eu sinto muito novamente—"

"Você não tem nada pelo que se desculpar."

"Eu tenho, Ced. Eu não poderia te amar de volta, nem poderia te dizer essas três palavras—"

"Então?" Cedrico franziu a testa. "O amor não é algo que deva ser forçado. Andria, tudo que me importava era a sua felicidade. Estou feliz por ter sido a causa disso, mesmo que seja por um tempo."

"Você foi," sorriu a garota pela primeira vez em anos. "Você realmente foi.."

Ele sorriu de volta, então sibilou de dor. "Vai."

"Não," ela balançou a cabeça, correndo para pegá-lo quando ele caiu. Segurando seu corpo ensanguentado, ela embalou sua cabeça em seus braços, tentando não desabar o choro.

"Alexandria, saia—"

"Eu não quero te deixar," algumas lágrimas escaparam de seus olhos finalmente quando ela começou a afastar o cabelo de seu rosto. "Eu também não quero que você saia."

Cedric— mesmo em extrema dor— conseguiu dar a ela um sorriso suave. "Eu não tenho nenhum problema em morrer. Mas você não deveria ver isso. Não de novo. Vá embora, Andria. Vá embora enquanto você ainda pode—" ele soltou um grunhido de dor de repente— significando que ele estava perto de morrer. "Andria, saia."

Alexandria teimosamente recusou, deixando escapar um suspiro trêmulo.

Foi a primeira vez que ver alguém morrer a assustou.

Foi a primeira vez que ver a dor de alguém não lhe trouxe nenhuma alegria.

Ela pode não tê-lo amado, mas ele a amava.

Ele a amou a ponto de desistir de sua vida por ela. E quando ele teve uma segunda chance na vida, tudo que ele queria era vê-la segura.

E foi isso que partiu seu coração.

E alguns minutos depois, quando ele finalmente estava morto, ela desabou e começou a soluçar, segurando seu cadáver em seus braços.

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