Como Ser Expulso de Casa

Parte 12 - Iluminando a cidade toda

Chegaram na casa dos Byun no começo da noite.

— Você... só me ajuda a levar tudo lá dentro? — Baekhyun pediu, com as sacolas em mãos.

— Claro — Chanyeol descia da moto, tirando o capacete. Estava esperando pelo convite, se tivesse que ser sincero.

Baekhyun foi até o portão, para não acabar tentando olhar Chanyeol de cabelo solto e logo o canceriano chegava ao seu lado. O Byun nunca soube se foi sem querer ou se Chanyeol sabia como aquilo o afetava, mas teve calafrios quando sentiu os dedos dele se perdendo entre os seus e as sacolas, para roubar algumas para poder carregar. Era difícil de raciocinar e o abatia de uma forma inusitada porque, diferente do que jamais pôde imaginar, ficava carente dos menores toques, quando se tratava de Chanyeol.

Quando Chanyeol fazia aquilo, que mais parecia que queria segurar em sua mão, então era garantido que seu coração fosse errar a batida.

— Seu pais sabem que você saiu comigo? — o Park perguntava, vendo o carro da família estacionado lá dentro.

— A-Ah... não. — Tentava se recompor, finalmente abrindo o portão.

— Vamos direto pro seu quarto com as compras, então? — Chanyeol deduziu que seria mais seguro contar uma coisa de cada vez. Primeiro deixá-los saber que tinham saído, para depois saberem que estavam fazendo compras, porque isso era algo que eles, com certeza, iriam reclamar.

— Perfeito — Baekhyun concordou.

O plano deu tão certo que, depois de passarem no seu quarto, no segundo andar, só foram ver os Byun, na cozinha, quando desceram as escadas.

— Oi, pai. Oi, mãe — Baekhyun falou, indo para perto deles, distribuindo pequenos abraços.

— Oiii — Chanyeol dizia, acenando timidamente da porta.

— Ah! Aí, ó, onde o Baekhyun estava — a mãe dizia, dando um pequeno tapa na própria perna, então levando as mãos até a cintura. — Eu sabia que tinha dedo de Chanyeol nisso.

Ela falava brincando. Mas todo mundo ali sabia que a indignação de sua brincadeira tinha um pingo de verdade.

— Fui levar meu mocinho pra passear um pouquinho, só. Mas devolvi antes das nove da noite, não tá bom, não? — ele respondeu, rindo, apertando os olhos.

Baekhyun sabia que Chanyeol estava sendo um pouco passivo agressivo com sua frase. No fundo, ele fazia uma crítica disfarçada de sorriso. Como é que ela poderia ficar brava por ele ter levado Baekhyun para passear se ainda voltaram cedo para casa? Como é que ela "deixaria" o filho namorar se ele não poderia nem sair um pouco? — era o que o Park queria dizer, mas fingia ser só simpatia.

— Vai jantar aqui com a gente, Chanyeol? — o pai de Baekhyun convidou, porque sacou no ar a briga discreta que os dois começavam a armar e queria dissolver o atrito antes que começasse.

— Hoje é o meu dia de cozinhar lá em casa — falou, olhando para a tela do celular, só para checar.

— Troca com o Sehun e janta aquiiii — Baekhyun pediu, segurando seu braço, quase implorando.

— Não, pequenininho, eu nem posso — falou, guardando o celular outra vez, tentando não surtar com aquele jeito pegajoso e afetivo que Baekhyun passou a falar, agarrado ao seu braço. — A-A gente... combinou de ver um jogo que o Jongin quer ver, aí... tenho que estar lá.

— Ah... tudo bem, então.

— Quer ir? — Chanyeol perguntou, segurando sua mão quando Baekhyun estava prestes a soltá-lo.