Capítulo 02 - Carlos Hou

315 19 0
                                    

Depois de beijar o Carlos, Debbie se retirou imediatamente e fugiu diretamente à sala. -Debbie! - Karen gritou quando fechou a porta. - Você foi incrível, garota! - Ela disse com orgulho, batendo nas costas da Debbie. Respirando profundamente, Debbie suspirou com alívio.
Enquanto isso, o rosto de Carlos escureceu após o beijo surpreso, ele congelou no lugar, vendo a garota desaparecer no quarto 501. O homem estava prestes a pedir aos guarda-costas para arrastar Debbie para fora do quarto e jogá-la no mar quando o telefone tocou. Ele ficou irritado com a interrupção, mas atendeu o telefone. Depois de atender o telefone por alguns segundos, ele respondeu:
- Tudo bem. Vou em seguida. - Ele desligou o telefone e olhou para o quarto 501. Ele respirava profundamente para controlar sua fúria. Havia uma emergência na sua empresa que ele precisava atender imediatamente.
- Tem sorte hoje, mulher. É melhor rezar para que nunca mais te veja. Você não vai fugir na próxima vez que me provocar - murmurou Carlos quando se irou para sair. Dentro do quarto 501, Debbie esfregou as bochechas vermelhas e as sentiu queimar de vergonha. Essa foi a coisa mais louca que ela fez na sua vida. Com o coração batendo forte, ela tinha a cabeça num turbilhão.
- Oh, Meu Deus! Esse foi o meu primeiro beijo, e eu nem sei quem foi! - Foi uma traição do casamento? Oh, isso não importava!
- Eu já assinei o acordo de divórcio, isso é suficiente, mesmo que Carlos não esteja disposto a assinar. Segundo lei, um casal que se separa por mais de dois anos, é automaticamente considerado divorciado. - Não o vejo há três anos desde que nós casamos. Então, talvez legalmente, eu não sou mais a esposa dele. Isso significa que eu não estava traindo ele.
- Afinal, foi apenas um beijo. - Debbie estava absorta e se esqueceu de todos ao seu redor. De repente, Karen gritou:
- OMG! - E todos os seus companheiros ficaram surpresos com sua explosão.
- O que está fazendo, Karen? Você quase me assustou de morte! - Kristina Lin estava prestes a beber um copo de vinho, mas derramou o líquido e estava batendo no peito para se acalmar.
Karen estendeu a mão para Debbie, quem ainda estava perdida nos pensamentos, e a sacudiu pelos ombros.
- Você sabe quem é esse homem? - ela perguntou com determinação. O homem que Debbie beijou era um homem com quem as mulheres sempre sonhavam. Ele era jovem, bonito, rico e poderoso, e possuía um grande grupo multinacional. As pessoas o chamavam de Sr. Huo. Era um homem conhecido por toda a cidade.
- Não, quem é ele? - Debbie perguntou enquanto tomava um grande gole de uma taça de champanhe.
- Carlos! Carlos Huo! - Karen chamou o nome enquanto olhava para o rosto da Debbie..
O nome deveria ser suficiente para saber tudo sobre este homem, então ela queria ter certeza de que Debbie o ouvisse direito. O champanhe derramou da boca da Debbie no momento em que Karen disse o nome de Carlos. Debbie começou a tossir violentamente, sem saber que havia cuspido o líquido no rosto da Karen. Em vez de ficar irritada depois que ela cuspiu na cara dela, Karen ficou atordoada.
Até Jeremias ficou surpreso ao ouvir o nome.
- Senhor Carlos? Debbie, acho que você está com problemas. - disse Jeremías, filho do CEO duma empresa financeira em Cidade E, e o nome de Carlos atingiu seus ouvidos como um trovão vindo de um raio.
Este nome também fez Kristina gritar.
- Debbie, você beijou o Sr. Carlos! Ohhh. Deixe-me beijar você porque é como beijá-lo também. - gritou Kristina.
Debbie pegou um punhado de lenços e passou a limpar o rosto da Karen, mas ficou surpresa demais para pedir desculpas. Quando Kristina se adiantou, Debbie jogou os lenços sobre a mesa e fugiu o mais rápido que pôde. De repente, ela se lembrou de algo.
- Karen, você disse meu nome quando eu estava no corredor? - ela perguntou, e estremeceu ao pensar nisso. Droga! E se ele se lembrar do nome dela?.
Então Karen pegou mais lenços para secar o rosto e respondeu com uma voz furiosa:
- Sim, eu diz. Não precisa de ser tão excita. Sim, deve ter sido emocionante beijar o Sr. Carlos, mas você estava apenas exagerando, não estava?- Neste momento, ela amaldiçoou Debbie em voz baixa:
- Seu pirralha! Veja o que você fez! Minha cara! E meu cabelo! Todo ensopado de champanhe!
Debbie deu um tapinha no braço de Karen para confortar e se desculpar, e de repente disse:
- Divirtam-se, pessoal. Tenho que ir embora agora. - Assim que ela disse essas palavras, a garota saiu com pressa. Todo mundo assistiu sua silhueta se afastar com uma expressão atordoada. Todas as suas amigas estavam pensando a mesma coisa. O que ela ia fazer? Alcançava o Sr. Carlos? Ela estava doida! Todos sabiam que muitas mulheres estavam atrás de Carlos, mas, para se livrar delas, o homem simplesmente pediu a seus guarda-costas que tirassem suas roupas e as jogassem na rua. Em vista do exposto, todos pensaram que deveriam parar Debbie. Então, as suas amigas saíram da sala, esperando impedi-la de fazer o que ela planejava fazer. Mas a garota já saiu. Assim que Debbie saiu do bar, chamou um táxi e pediu que a levasse para a casa onde estava hospedada.
- Espero que Carlos não tenha me reconhecido e que ele não vá a casa hoje à noite. Caso contrário, ele talvez pense que me arrependi de ter pedido o divórcio e o beijei para chamar sua atenção. - Depois de encostar-se ao encosto do banco, Debbie ficou pensando no que aconteceu. Depois de obter a certidão de casamento, nos três anos, Carlos designou Philip para cuidar de sua comida, roupas e tudo mais que ela precisava. Mas ela nunca tinha visto o homem com quem se casou. Por um lado, ele estava ocupado com o trabalho e passava a maior parte do tempo no exterior para cuidar de seus negócios. Por outro lado, mesmo quando ele estava em Cidade E, ficou na outra casa. Eles tinham amigos diferentes e ficavam nos diferentes círculos sociais. Então eles nunca se conheceram, nem mesmo uma vez, nesses três anos. Quanto à certidão de casamento, o pai da Debbie a manteve com ele enquanto ele ainda estava vivo, mas, pouco antes de sua morte, ele a deu a Carlos por medo de que Debbie se divorciasse com Carlos. Por esse motivo, Debbie não sabia como era o seu marido até hoje. Enquanto estava sentada, de repente se lembrou de algo e deu um tapinha na testa. 'Ah, lembro de tê-lo visto uma vez', pensou a garota. Ela visitou o escritório dele algumas vezes, mas todas as vezes foi o assistente de Carlos que a cumprimentou, impedindo-a de qualquer chance de dar uma olhada no seu marido. A última vez que ela foi à empresa, Debbie não disse ninguém quem ela era, então os guardas a impediram de entrar no prédio, momento em que Carlos acabou de voltar de uma viagem ao exterior. E enquanto estava do lado de fora, ela viu o marido sair do carro ao longe.
Infelizmente, estava muito longe para dar uma boa olhada nele, além de ter sido há muito tempo. Mesmo sabendo seu nome, ela nunca conseguiu encontrar nenhuma foto de Carlos na Internet. Ele era um homem discreto, nunca dando entrevistas na mídia e não permitindo que ninguém publicasse sua foto online.
No entanto, uma vez alguém postou a foto dele, onde ele dizia estar segurando a mão de uma atriz, mas, antes que Debbie pudesse vê-la, eles a fizeram desaparecer da rede.
Quem pensaria que hoje, finalmente, pudesse ver o rosto do marido. E ela até o beijou! Se ele tivesse assinado o acordo do divórcio, tecnicamente, ele seria o ex-marido dela. Embora se soubesse que Carlos não tinha falta de mulheres, ele odiava aquelas que tomaram a iniciativa de abordá-lo. Portanto, esse era mais um motivo para Debbie ficar agitada.
- Oh Meu Deus! Estou com problemas. Eu realmente espero que ele não me reconheça. - Ela continuou a orar silenciosamente. Quando chegou à casa, soltou um profundo suspiro de alívio ao perceber que não havia luz acesa.
- Talvez ele não tenha ouvido Karen dizer meu nome, e ele nem me reconheceu. Agradeço a Deus por isso! - ela murmurou. Tocando seu rosto ainda vermelho, ela se jogou no sofá da sala e se lembrou de tudo o que tinha acontecido naquela noite.
- Se ele tivesse me reconhecido, certamente não gostaria, mas talvez seja melhor. Dessa forma, eu assinaria o acordo de divórcio sem hesitar - ela murmurou.
Debbie era uma aluna no terceiro ano do Departamento de Finanças da Faculdade de Economia e Administração da Universidade da Cidade E. Havia mais de 50 estudantes na sua turma. Quarenta deles passaram no vestibular, enquanto os demais conseguiram entrar com dinheiro. A Universidade da Cidade E estava entre as 3 melhores universidades nacionais. Até Carlos também se formou desta instituição. Não é à toa que havia uma longa lista de pessoas que queriam se inscrever. No entanto, Debbie foi uma das pessoas que pagaram para entrar. Marc Dou, um professor velho, estava em pé na frente da classe. Ele colocou os óculos sobre o nariz e respirou fundamente enquanto olhava para os alunos, a maioria estavam com sono. De repente, houve um barulho alto! O professor jogou um livro na sua mesa. O som fez muitos estudantes acordarem e eles rapidamente se sentaram. Mas uma delas, uma garota de jaleco branco, estava sentada na fila de trás, ainda dormindo encostada na mesa. Irritadamente, Marc gritou:
- Debbie! - Talvez fosse um homem velho de cabelos grisalhos, mas sua voz ainda era estridente.
O silêncio que se seguiu foi tal que um alfinete pôde ser ouvido caindo. Mas nem o barulho nem o silêncio fizeram diferença para Debbie, que ainda estava dormindo. Todo o mundo a encarou enquanto ela vagava pela terra dos sonhos.

Tire meu fôlego - Parte 01Onde histórias criam vida. Descubra agora