Juca- vai lá, menó, estuda direitinho, beleza? - abaixei ficando na altura do pivete, que assentiu me abraçando.

Matias- tchau tio- acenou indo até a professora. Sorri retribuindo e esperei ele entrar pra ir embora.

   Daqui do colégio piei logo pra boca aqui do asfalto, tinha umas parada pra fazer antes das 15:00h

Willow narrando.
14:56h

    Eu tava na lanchonete agora, esse horário assim ela começa a encher bastante e aí já viu, terminei de fazer umas comidas pra reabastece tudo e vi Juca entrando no lugar chamando a atenção de umas piranhas Mirins novas do morro, em novembro do ano passado veio muita gente aqui pro morro morar, incluindo essas garotas que devem ter uns 15, 16 anos que nem ao menos saiu da fralda querendo homem comprometido, sinceramente eu só não dou a louca porque essas meninas não tem chance, senão....

Juca- que cara é essa, minha preta? - perguntou abraçando minha cintura e beijando meu pescoço.

Willow- essas garotas que acham que vão ganhar alguma coisa querendo o homem dos outros- murmurei encarando as garotas que não tiravam o olho do Juca.

Juca- elas tem idade pra ser tuas cunhadas- riu me encarando e eu me benzi.

Willow- Deus me livre umas garotas dessas sendo minhas cunhadas, tá ótimo do jeito que tá- neguei.

Juca- esquece isso, bora logo? - assenti pegando minha bolsa.

Willow- tô indo lá, Flora, qualquer coisa me manda mensagem- falei com a menina que trabalhava comigo, ela era tipo meu braço direito pra falar a real, foi uma das primeiras que veio trabalhar aqui. Ela tem 17 anos, trabalha durante a manhã pra pagar os estudos e ajudar o pai.

Flora- pode ir lá tranquila- sorriu terminando de limpas umas mesas.

    Flora é uma menina tímida demais, tá ligado?  Dedicada no que faz, prestativa, temos uma amizade maneira, tem uns problemas em casa com o padrasto que acha que ela é uma ninguém e que não deve morar com eles, a mãe apoia o marido e a menina fica jogada por aí, foi um dos motivos de eu ter me identificado demais com ela.

    A mesma me lembra eu mais nova, com tudo que eu passei, a diferença é que ela tem o pai dela mas o mesmo tá desempregado e não tem a guarda dela por esse motivo.

     Mas voltando ao atual, saí da lanchonete junto com o Juca e partimos pro mercado, tem nada lá em casa praticamente, tem que fazer aquela compra do mês pesada, graças a Deus tô tendo dinheiro pra me sustentar sem ficar com preocupações com contas, se vai faltar aqui ou ali, a lanchonete da um dinheiro muito bom no final do mês e Juca morando lá em casa traz mais uma renda né.

Willow- conseguiram chegar no horário certo hoje? Vi na tv que tava com trânsito.

Juca- atrasamos uns cinco minutos mas foi tranquilo, a aula dele ainda não tinha começado- respondeu concentrado na estrada - pagou as mercadorias da lanchonete?

Willow- paguei assim que eu desci, tem que pagar também os meninos que trouxeram as camisas, ficaram lindas, preto, sério- bati palmas animada e ele sorriu.

   Até um tempo atrás não tínhamos conseguido fazer um uniforme padrão pra todos, eu queria uma camisa cinza com a logo da lanchonete mas não tava achando um fabricante que ficasse em conta, Joana achou um pra mim tem dois meses e chegaram hoje as camisas, ficaram lindas demais.

Juca- ficou do jeito que cê queria? - assenti sorrindo grande- então eu fico feliz demais, pô- sorriu me beijando rápido já que o sinal abriu- vou pagar eles quando nós voltar.

Encontro de amores {M}Where stories live. Discover now