Salvando uma vida

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Os feridos são levados ao hospital enquanto a polícia faz o balanço dos acontecimentos. Duplica e Shoto foram junto com Erein porque estavam ajudando a amenizar a situação em que a garota se encontrava. Ivaine tentava manter a calma e foi junto, praguejando algumas vezes.

─Droga! O que eu digo para a tia agora?! Murmura a morena dentro da ambulância.

Quando Erein fora para o Japão, Ivaine disse que cuidaria dela e faria de tudo para ela não se machucar, agora sua prima estava inconsciente correndo risco de morrer se algo não acontecesse rápido.

Amu estava chorando devido ao estado de sua prima e também se culpando. Vendo a menina naquele estado, Bakugou a abraça para consolá-la. Sua própria mente o condenava naquele momento. Se ele tivesse tomado outra decisão, talvez aquela garota ainda estivesse bem.

Quando eles lutavam contra a Esfinge e ele viu que Amu estava bem, ele quis atacar à vilã. Mas, quando ela começou a tremer a terra, ele ficou em dúvida se continuava o combate ou protegia Amu. Ele percebeu que a vilã atacaria, ele não pensou duas vezes, foi até Amu e a protegeu com seu corpo a abraçando. Ele não iria se perdoar se a menina sofresse por causa de um vilão novamente, ele não queria imaginar Amu nessa situação, ele preferiu se sacrificar por ela.

Quando recuperou a consciência, ele percebeu que a maioria havia sido vitima do golpe da Esfinge, incluindo Amu e ele. Ele sentiu uma raiva crescendo em seu peito por ele não conseguir proteger Amu novamente. Ele se sentiu incapaz por alguns instantes, mas logo percebeu que a luta continuava e que ele poderia se redimir.

─Como eu fui tolo. Pensa Bakugou se xingando mentalmente enquanto tenta consolar Amu.

Agora, não havia muito que pudesse fazer. Talvez, ele tivesse que ter deixado Amu para enfrentar a vilã, mas seu coração ansiava por ver a menina segura. Seu corpo se movia sozinho quando Amu estava em perigo, isso desde que se conheceram. Por mais que ele quisesse se afastar de Amu antes por ver que ela se tornava importante para ele, agora não havia mais jeito. Aquela garota se tornou parte de sua vida, entrou em seu coração sem pedir permissão e fez morada lá.

─A culpa é minha. Diz Amu chorando.

─Não é, Amu. A culpa foi da Esfinge. Diz Bakugou se culpando pelo estado da garota.

─Se ela não tivesse me atacado...

Amu começa a dizer, mas Bakugou interrompe sufocando as palavras dela em seu peito. Amu não tinha culpa, a Esfinge planejou tudo minuciosamente. Como ela teria encontrado Amu se não procurasse com afinco? Ela tinha tudo calculado.

─Ela já tinha um plano estruturado, Amu. Do contrário, como ela teria te emboscado? A culpa não foi de ninguém.

Ele ficou consolando a menina e a si mesmo sobre a situação. Ninguém era culpado, fora tudo muito bem planejado pela vilã. A situação era crítica, mas não havia um culpado entre os heróis. Mesmo assim, enquanto iam para o hospital, ele faz um carinho na cabeça de Amu enquanto a abraça.

─Vai ficar tudo bem. Diz ele baixinho para Amu.

Amu sabia que ele tentava acalmá-la, mas o estado de Erein era causado pela individualidade dela, que era um segredo de família. Se ela fosse mais forte, talvez, Erein ainda estivesse bem.

*************

Duas pessoas desembarcam no aeroporto japonês no momento em que o caos ocorria no local de treinamento da UA. Uma mulher loira, com cabelos presos em um coque e óculos escuros, ela trajava calça jeans e blusa branca sem mangas. Ao seu lado um jovem de cabelos também loiros, a pele ligeiramente bronzeada e olhos verdes escuros. Ele parecia sério enquanto pegava a sua bagagem para acompanhar a mulher.

A namorada de BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora