Trinta e sete

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Megan olhava tudo com curiosidade, inclusive Joe. Ela não disse nada por vários minutos, analisando a quantidade de vasos que imaginou algum dia conter flores lindas e de cores variadas, o chão empoeirado pelo provável grande tempo de abandono.

Haviam folhas secas que se espalhavam por várias partes do vidro do teto, provavelmente parando ali pelo vento. O lugar só não era escuro e até assustador porque havia bastante luz vindo de cima, mesmo que a enorme vidraça também estivesse suja. Muito suja.

Megan deu uns bons passos a frente, haviam mesas de metal que se estendiam e vasos depositados em cima. Em alguns lugares haviam canteiros feitos no chão, em lugares onde o piso havia cessado, todos em formatos retangulares e pelo menos dois metros de tamanho. O que quer que houvesse sido planto ali acabou destruindo algumas partes do chão, mas deveriam ter morrido antes de fazerem um real estrago em todo o lugar.

Tudo era muito cinzento e sem vida, a cor mais quente que Megan distinguiu fora um regador amarelo, no entanto, o tempo cuidou de evenlhece-lo e o manchar de poeira.

Megan não entendia porque Joseph havia a levado ali. Ela parou no meio do lugar, deu um giro para comtemplar tudo outra vez e então parou de frente para ele. Joseph tinha as mãos enfiadas no bolso de calça jeans, o que ela associou ao fato de que livres elas não paravam quietas.

— Porque esse lugar? — ela não conseguiu conter-se de questionar.

Era curiosidade. Sentia-se descobrindo Joseph como sentia não conhece-lo antes. Ele moveu um pouco os olhos, observando o lugar. Meg viu o seu cenho se franzir um pouco, como se a pergunta houvesse o acertado em cheio.

E acertou.

Admitir para Megan que ela estava ali porque era importante para ele era tão dificil quanto fazer para si mesmo, mas Joe percebeu, no entanto, que recusar-se a admitir também era uma admissão. Sentiu-se frustrado e longe do controle.

— Esse lugar já foi cheio de vida — Joseph optou por não responde-la — quando eu era menor adorava passar tardes aqui com o meu pai, para que ele fizesse seus experimentos meio doidos com plantas ou simplesmente cuidar das que já estavam plantadas. Sabe, regar e essas coisas — ele começou a se mover, via coisas que acreditava que teria apenas na memória pelo resto de sua vida.

Amarelo era a cor favorita de seu pai, e lá estavam as luvas amarelas, em cima da mesa e próximas ao avental. Tinham também outros utensílios, mas aquilo em especial o fez tremer por dentro. Joe ficou encarando por longos minutos, esqueceu-se das palavras.

— Ele é ausente, você me disse — a voz de Megan soou ao seu lado, tomando sua atenção outra vez.

Joe sentiu o peito contrair. Seus lábios se ergueram mas não havia humor, era apenas um triste curvar de lábios.

— O meu pai está morto. — revelou, finalmente.

Megan arregalou levemente os olhos. A ruiva acreditava que o pai de Joe fosse do tipo que viajasse muito ou negligenciasse o filho por algum motivo, mas não havia passado por sua cabeça um morte. As memórias de quando esteve na casa de Joseph e quebrou aquele porta retrato a bombardearam e ela sentiu culpa. Poderia ser algo simples, mas o significado era enorme.

— Meu Deus, Joe, aquele porta retratos.... — sua voz sumiu, suas bochechas queimavam enquanto vergonha a tomava.

— Não se preocupe — ele a tranquilizou vendo o seu espanto — eu pedi para que restaurassem.

— E funcionou? — uma ponta de esperança surgiu dentro da garota.

Joe soltou um risinho e dessa vez genuíno.

Petricor| RETA FINALजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें