15. os medos de Marcus Flynn e a surpresa de Elizabeth.

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Tóquio e Megan seguiram até a casa da ruiva, esta que hesitou para descer do carro

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Tóquio e Megan seguiram até a casa da ruiva, esta que hesitou para descer do carro. Mordeu o lábio inferior, estava insegura e se sentindo mal por ter mentido para seus pais, se perguntando como iria encara-los sem querer morrer por isto. Vendo a hesitação da ruiva, Tóquio segurou a sua mão e sorriu de forma encorajadora para a mesma, o que Megan retribuiu de forma desajeitada e incerta. Logo, elas desciam do carro juntas, Carlise já esperava por Meg sentado nos degraus que antecediam a pequena varanda da casa. Tóquio o tranquilizou de certa forma, despedindo-se com um sorriso no rosto e o coração aquecido. Carlise era um bom pai.

Ryan andava de um lado para o outro, o celular novo que comprara em cima da cama e um sinal de alerta ecoando em sua mente. Ele sequer conseguiria mandar alguma mensagem para Ágata, mas ele também não poderia. O quão estranho era o fato de que, ao mesmo tempo em que ele sentia que não tinha absolutamente nada haver com Ágata, tudo em si gritava para que ele quebrasse a cara de Caleb até que ele desistisse daquela aposta ridícula?

Passou as mãos pelos fios loiros de seu cabelo, desgrenhando-os um pouco mais — se é que isso seria possível. Direcionou-se ao banheiro, encarou o próprio reflexo no espelho por algum tempo e suspirou em total frustração. Seus olhos tinham olheiras e a garganta estava seca. Pousou ambas as mãos na pia, a cabeça baixa e as costas desnudas arqueadas. Respirou fundo. Um, dois, três. Abriu a torneira, encheu as mãos de água fria e molhou todo o seu rosto de uma só vez. Estava tão imerso em seus próprios devaneios confusos que sequer notou quando Lizz bateu em sua porta, entrando no quarto quando não ouviu uma resposta. Ryan passava um creme para ajudar com as olheiras quando ouviu um barulho vindo de seu quarto, logo, adentrando o cômodo. Lizz estava petrificada em frente ao celular — ou o que restou dele — novo de Ryan, este que jazia no chão e em pedaços. Seus olhinhos estreitos logo caíram sob Ryan, sua expressão era de medo e arrependimento.

— Desculpa.... — Sua voz saiu como um fio — Não foi por querer...

— Tá tudo bem, princesa — Ele caminhou cuidadosamente até ela, desviando dos estilhaços. Beijou o topo de sua testa, os olhos de Lizz estavam marejados. — Não chore, tudo bem? Essa coisa já estava velha, eu iria hoje mesmo comprar um novo — Ele segurou o queixo da irmã com as mãos, sorria de forma reconfortante. Ela pareceu acreditar, sorrindo minimamente após uma leve fungada.

Ryan encarou a irmã por algum tempo, estava pensativo.

— Papai ainda está aqui?

Ela balançou a cabeça em afirmativa, um sorriso cresceu nos lábios de Ryan.

— Vá para o seu quarto e me espere lá, tudo bem? Eu já vou.

Elizabeth encarou-o com certa desconfiança, mas no fim, sorriu para ele em confirmação. Ryan pegou-a no colo e a levou até a porta, evitando que qualquer pedaço do que seria o seu celular a cortasse. Os irmãos Flynn caminharam para lados opostos do corredor, enquanto Lizz ia para seu próprio quarto, Ryan procurava por Marcus, rezando para que os seus planos para o domingo com sua irmã pudessem se concretizar. Quando não encontrou o seu pai em lugar nenhum, quase pulou da sacada, sentindo-se estúpido por não ter ido primeiramente no lugar em que Marcus passa noventa por cento do tempo em que está em casa: em seu escritório. Ryan bateu á imponente porta, esforçando-se para ouvir o "entre" quase inaudível de Marcus. O loiro adentrou o cômodo e se sentou a frente de seu pai, este que estava do outro lado da mesa.

Petricor| RETA FINALWhere stories live. Discover now