LOVE-MALÉVOLA E DIAVAL

By RadijhaR

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LIVRO 2 DA SÉRIE MALÉVOLA E DIAVAL Malévola e Diaval descobriram o real amor entre si,e agora,podiam finalmen... More

Epígrafe
Apresentação e agradecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51 -FINAL

Capítulo 32

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By RadijhaR

Malévola

Não fiquei desacordada por muito tempo depois do encontro com Borra.Só algumas horas,de acordo com Leon e Cris,que me levaram de volta para toca depois de tudo acabar.Minha mente naquele curto período de tempo criou os mais estranhos devaneios e fantasias,e eu pude jurar que sonhei com duas criaturas desconhecidas me segurando no colo.Vi Aurora chorar,vi Diaval me abraçar,vi Sophie,e muitas outras coisas.

Até que acordei,e tudo acabou.

Depois daquele dia,Borra começou a vir me importunar todas as manhãs,me dizendo coisas horríveis,e fazendo diversas ameaças.Eu,que já não estava conseguindo dormir bem a noite apenas piorei minha situação,pois o sono não me vinha,e isso me deixava mais fraca e péssima.

Leon e Cris não podiam fazer nada para me defender,pois da vez que tentaram,sofreram na pele as consequências,e eu não queria que eles se machucassem outra vez.As marcas do chicote de Borra ainda infeccionavam nas costas de Cris e Leon,e eu me ofereci para ajudá-los,já que eles tinha feito o mesmo por mim antes várias vezes.Ainda não entendia o porquê faziam,mas...no fundo eu era muito grata,e iria recompensá-los,pois tinha esperança de conseguir escapar deste lugar.

-Devia olhar mais para si mesma,querida -Cris sibilou para mim,enquanto eu passava uma mistura de ervas em suas costas -Está cuidando da gente,mas não é a primeira vez que Borra nos atinge,já sabemos nos virar.Tem que cuidar de você também.

-Já fizeram muito por mim durante esses...não sei,dezoito dias que nos conhecemos -eu respondi,molhando o lenço branco em minhas mãos na mistura medicinal que tinha ao meu lado e passando nos hematomas da mulher.Ela chiou -Agora que precisam,é a minha vez de fazer por vocês.A propósito,não deviam ter se posto na minha frente quando Borra ia me chicotear -arfei,imaginando o que teria sido de mim se o casal não tivesse se metido no meio daquela discussão.

" -Deixe a garota em paz Borra,qual o seu problema com ela? -a fada trevosa de olhos claros em tons de mel suplicava para a figura alada que tinha seu instrumento de tortura nas mãos e estava pronto para lançar em cima de meu corpo encolhido contra a parede.Eu colocara minha cabeça por entre meus joelhos,e segurava ao máximo minhas lágrimas -Não a machuque,por favor -Cris implorou.

Não olhei nem para ela,nem para ninguém.Permaneci apenas com os olhos fechados,para evitar ver o chicote que eu sabia que ia vir de encontro a mim cedo ou tarde,talvez machucando minhas asas,ou tudo em meu frágil,e no momento,fraco corpo.A sombra de Borra me aplacava,e meu coração errava as batidas,a ponto de eu pedir silenciosamente que ele parasse,e aliviasse toda aquela dor que eu sentia.

-Por que a defendem?Ela é algo importante para vocês,alguém especial? -escutei Borra gritar alto,meus sensíveis ouvidos de fada latejando pelo agudo de sua voz -Porque se ela for,quero que saibam que agora,meus amigos,a tenho em minhas mãos,e logo logo vou fazer com ela o mesmo que vocês fizeram com meus pais naquela guerra!

Uma coisa que eu ainda não entendia era o motivo de Leon e Cris terem executado os pais de Borra numa tal guerra que acontecera a não sei quantos anos atrás.Depois que passei alguns dias com eles,mesmo não sendo tantos,não conseguia acreditar que seriam capazes de cometer uma atrocidade como esta.

-Nós não quisemos matar os seus pais,Borra -Leon respondeu ao fada macho descontrolado,que saíra quebrando boa parte das coisas em nossa caverna -Você mesmo,ainda muito menino,estava nessa guerra e sabe que não foi de propósito!

-Eles nos atacaram primeiro,nós apenas nos defendemos,era matar ou morrer -Cris parecia ainda implorar por socorro,por detrás de suas palavras.

Me atrevi a levantar um pouco a cabeça,e ver o que estava acontecendo.O fada macho que nos atormentava andava de um lado para o outro inquieto,e irritadiço,bufando como um animal feroz.A fada trevosa Cris se agarrava ao corpo de seu marido,tremendo.

-O que ela significa para vocês? -Borra sussurrou enquanto se aproximava de mim mais uma vez.Ele pegou meu braço,e me levantou do chão,me puxando.Eu tentei me soltar,mas foi em vão -O que ela significa para vocês? -ele repetiu sua pergunta,em um rugido.

-Não a machuque,Borra - Leon levou uma de suas mãos a frente de si,tentando em vão acalmar a fera indomável que me prendia -Pode fazer o que quiser com nós dois,mas deixe a garota em paz.

Balancei inutilmente a cabeça,pedindo para que eles parassem com aquilo.O problema de Borra era comigo.Por que eles insistiam em me proteger?

-Tanto vocês dois -o fada de olhos amarelos me jogou,e eu caí no chão duma vez -Como ela ... -ele apontou com seu chicote para mim -Acabaram com meu coração,e com tudo de bom que eu poderia cultivar! -sua voz saiu chorosa -Vão pagar caro por isso,um a um!

Silêncio.Coloquei a mão na testa e arfei ar por alguns segundos,buscando qualquer coisa no chão para atacar Borra ou ao menos tirá-lo de tempo.Não achei nada.

-Faça de nós o que quiser,pois temos uma culpa,uma dívida -Cris lamentou-se -Só deixe essa menina,ela não fez nada para estar nessa ilha,e creio que também nunca fez nada para você!

-Ah,ela fez! -Borra exaltou-se,voltando a me fixar,caída.Eu levantei meu rosto e o encarei,meus olhos com uma visão turva -Ela fez e sabe muito bem disso!

O chicote que o fada macho tinha nas mãos se movimentou e fez um barulho no chão.

-Vou pegar você,Malévola -ele falou devagar.Cris e Leon ouviam atentamente,semblantes meio perplexos -Vou pegar você e depois toda sua família.Acabou! -disse por fim,levantando sua mão para fazer o que pretendia desde o início daquela conversa:me machucar.

Encolhi o meu corpo,e aguardei a dor e o pior chegarem,mas não foi isso que aconteceu.Só pude escutar um "não" alto ecoando por entre a toca,e dois corpos se colocando na minha frente,levando as agressões em meu lugar.

Borra pareceu não importar-se em continuar machucando as pessoas erradas,e após fazer isso diversas vezes,ele saiu,prometendo que voltaria para fazer o mesmo comigo no dia seguinte."

E esse dia no caso era hoje.

Passei a noite inteira pensando nisso.Já tinha experiência de ter perdido minhas próprias asas,o que poderia doer mais do que aquilo?Eu tentava acalmar a mim mesma dizendo que iria suportar,mas já podia sentir minha pele ardendo,antes mesmo de Borra ter aparecido.Podia sentir o peso da culpa em cima de mim pelo fato de que eram as minhas costas que deviam estar feridas,não as de Leon e Cris.

-Por que fizeram isso? -os questionei,após passar um bom tempo quieta,cuidando dos ferimentos de cada um,e relembrando toda aquela cena horrível que presenciamos no dia anterior -Por que vocês se importam comigo?Eu sei me cuidar sozinha.

O casal não me respondeu.Após eu terminar com o trabalho nas costas de ambos,Leon virou-se para mim,e me observou,enquanto Cris fazia o mesmo.

-E por que raios vocês me encaram tanto,isso é constrangedor! -revirei minhas pupilas e bufei,soltando o lencinho molhado de minhas mãos e o jogando em um canto qualquer.

Leon e Cris riram de meu nervosismo.Eu tremi,e senti minha pele queimando.

-Você está envergonhada,isso é tão fofo!-disse a mulher,exibindo suas presas em um sorriso.

-Não estou!-rebati

-Interessante essas bochechas vermelhas. -o fada macho prosseguiu com a brincadeira de mau gosto.

Bati meus pés e fiquei de costas para eles,esfregando as mãos em minha face.Odiava ficar vermelha,simplesmente odiava.Isso me lembrava Stefan,do como eu era tola,idiota,e sempre ficava assim quando ele estava por perto.Eu odiava isso com todas as forças.

-Calma,querida,calma -Cris chegou e tocou meus ombros.Por algum motivo tosco,eu permiti que o calor de suas mãos me envolvesse,e não me afastei daquela vez.Ela aproveitou a deixa para me fazer um pequeno carinho no meu cabelo,e em minhas asas,agora praticamente também inúteis e sem força.Parei de friccionar minha face para olhar a fada ao meu lado.Ela estava quase...me abraçando?

Me saí rapidamente,e a mulher soltou um riso baixinho.

-É,você não gosta de abraços -disse em ironia.

-Não é que eu não gosto -me ouvi responder -É que eles sufocam.

Leon estalou a língua.

-Mentira sua! -seus olhos esverdeados bateram em mim -Você não se permite ser amada ou receber carinho porque tem algum trauma que te bloqueia. -deduziu ele -Liberte-se,garota.

-Malévola -Cris o interrompeu -O nome dela é Malévola.

-Força do hábito -o macho deu de ombros -Bom,Malévola... - meu nome saiu arrastado pelos seus lábios,como se fosse difícil para ele pronunciá-lo -Liberte-se.Permita-se ser amada,permita-se receber as coisas boas da vida,pois nós sabemos que você...você merece.

Não falei nada.Nenhuma palavra.Eles estavam...eles estavam me confortando,era isso?Dois estranhos (não mais tão estranhos assim)me dizendo palavras bonitas e gentis?Dois estranhos querendo me fazer...feliz?

-Eu só...não entendo uma coisa... -Cris ficou com um olhar vazio,suas mãos indo em direção a sua cintura fina,enquanto suas asas negras balançavam um pouco,me relembrando a saudade que eu estava de voar -O que Borra quer com ela? -a moça perguntou para o marido.

Fiz questão de responder,sentindo que já podia falar mais coisas ao meu respeito para eles.Eu já sabia que não eram mesmo perigosos depois de tudo que mostraram para mim,depois de terem dado seus corpos para serem machucados em meu lugar:

-Borra sempre desejou me ter para ele desde que nos conhecemos no retorno das trevosas para Moors. -iniciei - Como uma esposa,como uma mulher. -resolvi me sentar no meu ninho,e o casal de trevosas fez o mesmo,só que no chão - Mas eu nunca o amei para corresponder,e ele foi sempre remoendo esses sentimentos por mim.Uma certa vez,eu fui obrigada a...meio que me deram uma missão para salvar minha espécie, que estava começando a ficar escassa pelos anos de exílio. - minha garganta começou a arder,relembrando aqueles péssimos momentos -Eu deveria me casar com um fada macho e procriar com ele.As fadas estavam crentes de que filhos meus seriam a salvação para elas.

-E então,Borra aproveitou-se disso para se candidatar a um noivado contigo -Leon deduziu,e eu assenti.

-Sim,e eu quase casei com ele,mas... -olhei para o alto,relembrando de Diaval.Relembrando de seu amor,e de como sacrificara-se para ir até mim e parar aquela cerimônia naquele dia -Meu coração já era de outra pessoa.E eu não podia cumprir a missão de ter filhos porque...

-Você é estéril -dessa vez,Cris me interrompeu.Arregalei os olhos para ela,e anui com a cabeça,desacreditada.

-Como sabe? -indaguei.

-Não importa -uma de suas mãos que estavam apoiadas no queixo abanaram para mim -Continue,por favor.

Achei estranho,mas resolvi obedecer:

-Bom,quando o meu...hoje meu noivo foi acabar com toda essa baderna,após eu resolver de cabeça quente casar com Borra,ele quase morreu com uma...uma pedrada.Nessa hora,eu usei todo o restante de magia que tinha dentro de mim,pois eu estava fraca já que...já que...

-Você estava sofrendo com a angústia profunda única capaz de te matar -Leon e Cris falaram em uníssono.

-O...o quê? -eu me levantei rapidamente,perplexa -Como...como vocês sabem disso?

Eles trocaram olhares entre si,e seus rostos se iluminaram.

-Você é ela -a fada trevosa ficou de pé,de frente para mim -Estou orgulhosa.

-Eu também -seu esposo fez os mesmos gestos.

Me vi altamente aérea,confusa.Aquela história da tal "ela" de novo.O que era tudo isso?Pra quê eles faziam todo aquele mistério em volto dessa pessoa que diziam agora ser eu?

-Ela quem? -gritei com eles,mesmo que no fundo não quisesse fazer isso -Ela quem? -repeti.

Mas não tive tempo de ser respondida.Borra apareceu duma vez por entre o corredor que outrora eu achava que era apenas o quarto de Leon e Cris,mas na realidade,era também o acesso a saída da toca.

-Malévola,querida,adivinha só quem veio tentar te resgatar e falhou!-gritou o fada macho escroto,um sorriso mau estampado em seus lábios.

Eu prendi o fôlego.Não era possível.

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