LOVE-MALÉVOLA E DIAVAL

By RadijhaR

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LIVRO 2 DA SÉRIE MALÉVOLA E DIAVAL Malévola e Diaval descobriram o real amor entre si,e agora,podiam finalmen... More

Epígrafe
Apresentação e agradecimentos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51 -FINAL

Capítulo 6

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By RadijhaR

O restante da comemoração de Sophie foi maravilhoso.Cada presente que ela abria ou recebia, lhe concedia uma emoção diferente,desde a euforia,até a surpresa excessiva.

As suas tias desastradas,lhe deram bênçãos,como haviam feito outrora com nossa primogênita,Aurora,na época que esta ainda era uma recém nascida,inocente,e sem conhecimento do mundo mal,que existia ao seu redor,e da maldição que lhe foi dada,por aquela que depois,seria sua real e única mãe.

-Eu sei que é meio tarde para isso,já que você não é mais um bebê,querida,mas vamos te conceder esses essas dádivas assim mesmo -explicou Knotgrass.

-Não tem como dar errado! -Thistlewit prosseguiu contente -Nossos presentes lhe darão uma vida feliz,e muitas coisas boas!

Sophie,que ouvia atenta cada palavra das duas fadinhas,pareceu interessada o suficiente,a ponto de parar de abrir o pacote que possuía entre suas perninhas,enquanto ela estava sentada na vegetação esverdeada de Moors.

-Eu quero,tias!Podem me dar agora? -questionou a menina,olhinhos brilhando.

Malévola,que apenas observava toda a cena,junto a mim e os outros convidados atreveu-se a exibir suas presas em orgulho,ao assistir a delicadeza de nossa pequena.Relembrei o como aquela trevosa tinha medo de ser feliz,no passado,e complexos que a fizeram parar de sorrir.

Felizmente,aquilo tudo já não acontecia mais.Não na mesma frequência,pelo menos.

Ela olhou para mim,flagrando-me a prestigiá-la.Não estávamos mais um do lado do outro,pois havia gente demais aglomerada ali,e como consequência,fomos separados,a uma curta distância.Estiquei os lábios em um sorriso de reciprocidade,e fiz um sinal positivo com a mão.Como retorno,a fada trevosa cumprimentou-me com um breve aceno de cabeça,formal.

Patética,pensei.

-Eu começo! -a fadinha de vestido rosado,Knotgrass,proferiu,tirando minha concentração de Malévola,e passando para ela.

-Você disse que quem iniciaria era eu! -queixou-se a outra,com uma face emburrada.

-Tias,não briguem por isso,quem vai começar não importa,os dois presentes vão ser bons do mesmo jeito pra mim. --Sophie interferiu no diálogo das duas brigonas,fazendo-as parar a tempo.

Olhei para minha noiva outra vez,para certificar-me do que ela estava achando disso tudo,e como pensei,sua mão cobria a testa,e seus olhos se encontravam fechados,em impaciência.Deduzi que,talvez,minha ama fosse tomar medidas mais drásticas com as titias de sua filha,se a pequena não tivesse acabado com a discussão antes.

Diferente de sua mãe,Sophie tinha muita tranquilidade e paciência,como Aurora.Elas até pareciam irmãs de verdade,pois lembravam muito uma a outra.

-Tá bem,vai você então,Knotgrass! -murmurou a fada de vestido esverdeado,brilhante.

-Bom...sendo assim... -a outra preparou-se,passando a mão em sua garganta,e respirando fundo antes de continuar -Pequena Sophie...com muito amor e carinho,eu te concedo,o dom do afeto.Todas as pessoas que conheceres,sentirão por você,coisas boas,e felizes,e tu serás a mais alegre das criaturas humanas,espalhando amor por onde passar.

A garota sussurrou um obrigado,ao passo que lampejos cor de rosa da magia de sua tia se distribuíam por seu corpo,sentado no chão.

-Minha vez! -a outra fadinha afastou sua colega,e aproximou-se da criança -Pequena Sophie...eu te concedo o dom de se destacar.Você será privilegiada em todos os aspectos,e tudo que fizeres,farás com perfeição.Ajudarás quem precisar de sua ajuda,e passarás seu talento para seus futuros filhos,e assim será por toda sua geração.

-Filhos,eca! -a menina contorceu o seu nariz,e pôs a língua para fora,repugnando a ideia de,futuramente,ser mãe.Óbvio que ela agora,era apenas uma criança,e nem pensava nisso -Eu não vou ter filhos,tia,eu vou ter animaizinhos!

Todos riram,formando um gargalhar uníssono.

-Você ainda vai mudar seus pensamentos quando crescer. -garantiu Thistlewit.Sophie revirou os olhos.

Eu sabia onde ela havia aprendido aquele gesto.Ah,se eu sabia...

-Tá bom,tá bom! -seguiu a garota -Vou ver esse presente aqui,agora! -ela pegou a caixa que havia desistido de abrir para ganhar as dádivas de suas tias fadas.Quando vi melhor,percebi que aquele,se tratava de meu presente.

Ao desembrulhar o objeto,ela se deparou com o mais belo dos vestidos,que eu mesmo havia feito.Aliás,ajudado a fazer,já que eu não saberia começar e finalizar uma obra daquelas sozinho.

Ele era todo amarelo,com detalhes em branco,e tinha mangas longas.Combinaria bem com a sua coroa de flores favorita.Sophie adorava roupas assim,pois sentia-se parecida com sua mãe,que usava exatamente modelos desse jeito.

A animação no seu rosto era indecifrável.

Recordei-me que havia posto dentro daquele embrulho,um pequeno bilhete,que Sophie achou em seguida,e resolveu ler em voz alta:

-Pa..para a mais...mais...bela das...meni..meninas desse mundo. -gaguejou.Por ser pequena,ainda tinha dificuldade com as palavras,e não a julguei -Papai te...papai te ama muito.Fe..feliz aniversário.

Ela voltou seu olhar para mim,e exibiu seus dentinhos.Pisquei para a menina,que ao inverso de sua mãe,gostava muito daquele gesto informal e descontraído.

Malévola não era uma criatura normal,ou então,era totalmente fora dos padrões.

-Obrigada,pai! -falou a menina,abraçando seu presente.

Em seguida,a garotinha passou para o próximo embrulho,que era bem pequeno,podendo ficar na palminha de sua mão.Era um colar,dourado,com um pingente que não consegui decifrar a forma.Também tinha um bilhetinho ao lado da joia,provavelmente indicando nada mais que o remetente,já que era um papel minúsculo.

-Com a...amor...sua mãe. 

Ah,então era de Malévola!

A fada estava corada de vergonha.Suas bochechas magras adquiriram um avermelhado,e ela procurava não olhar para nada nem ninguém.

-Oww que fofinha!! -brinquei,e como resposta,recebi um belo cutucão mágico a distância em meu braço esquerdo.

Doeu.

Se fosse à algum tempo atrás,eu seria transformado em minha forma natural de corvo.Mas as coisas haviam mudado,e Malévola já fazia isso bem menos,quando eu a irritava.

Talvez,porque nosso relacionamento também não fosse mais o mesmo de antes.

Sophie,que estava por fora da agressão física que eu havia acabado de receber,apenas riu,e levantou-se para abraçar sua mamãe fada.

Perguntei-me o porquê ela não tinha vindo me abraçar também.

Malévola colocou o seu presente no pescoço da menina,e observei melhor,notando que o pingente se tratava de um par de asas.Deduzi que minha noiva gostaria que sua caçulinha lembrasse dela,onde quer que fosse.

-Obrigada,mamãe!

-Ei,e eu aqui,não ganho abraço,não,garotinha? -protestei,e as criaturas gargalharam,como se eu tivesse contado a melhor das piadas.

-Claro que sim! -a menina veio em direção aos meus braços.Malévola riu.

Aquela,com certeza,estava sendo uma das melhores festas da minha vida.

***

Por mais que eu temesse e torcesse,para que não,o amanhã chegou,e veio mais rápido do que eu esperava.

Minha ama tinha saído cedo.Tentei conversar com a mesma,na noite passada,antes de nos recolhermos depois que o aniversário de Sophie acabou,mas de nada adiantara.Eu não conseguiria ir ao castelo com ela,e pronto.

Apenas aceitei,já que não tinha muito o que fazer.

-Papai,aonde a mamãe foi? -me perguntou a garotinha,enquanto colhíamos alguns morangos da plantação da floresta,a luz de um sol,não muito quente,e uma brisa agradável.

Fiquei temeroso em contar a verdade.Se eu dissesse para ela que Malévola estava com Aurora,poderia começar a receber algumas dezenas de perguntas como " Por que não pude ir também" ou "Mamãe nem ao menos me avisou,por que ela fez isso?",e essa situação era a que eu menos queria que acontecesse agora.

Então,resolvi não falar muito:

-Sua mãe foi resolver umas coisas em Ulstead.

-Mas,pai,mamãe odeia Ulstead,não tem nada que a faça ir lá,fora a minha mana! 

Ok.Eu estava numa enrascada da mesma forma.

-Pergunte para ela,quando voltar. -foi o único que consegui dizer.

A menininha assentiu,pegando um dos morangos colhidos de sua cesta,e mordendo um pedaço.Seu pingente brilhou a luz do sol,e um raio de brilho veio direto ao meu olho,fazendo-me quase cegar,por alguns segundos.

Voltamos a colheita,e depois de finalizar tudo,fomos até perto de uma das cavernas de trevosas,onde brincavam cinco crianças da espécie.Sophie me pediu para juntar-se a elas,e não neguei.Sentei-me na mesma rocha que ela havia feito uns desenhos aleatórios,e percebi,por fim,que talvez,aquelas artes fossem das trevosinhas.

Era legal ver a união entre os seres humanos,e as fadas.Na realidade,era ótimo ver as duas castas,enfim,unidas,como nunca antes foram.

Uma cena de uma criança humana ao lado de diversas criaturinhas mágicas brincando e se divertindo,era algo que eu nunca imaginei que pudesse acontecer um dia.Mas aconteceu.

Lembrei-me do casamento de Aurora com Philip,que era a principal razão,para hoje,todas as espécies terem um equilíbrio e amizade entre si.Lembrei-me de Malévola novamente,e comecei a me perguntar como ela estaria agora.

Eu estava bem preocupado.Nada me tirava os pensamentos de como Aurora estava dialogando com sua mãe nesse exato minuto.Será que elas estavam se entendendo?

Tremi só de pensar na possibilidade delas brigarem.Senti medo,e comecei a roer minhas unhas.

Eu não queria que minha querida Aurora viesse a discutir com Malévola.Minha noiva não reagia bem a isso.Ela ficava mal,e eu sabia.

Não queria que tudo fosse estragado.

Até que um tempo depois,já cansado de ficar sentado naquela pedra dura,levantei-me e vi,o que mais desejei aparecer durante algumas horas atrás,para esclarecer todas os meus temores.

Eu a vi.



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