Vision 2 - Prisoners

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"Quando o teu maior medo se tornar real, o que vais realmente fazer?" Sophia sabia que o maior medo dela se... More

1ºCapitulo
2ºCapitulo
3ºCapitulo- POV Harry
4ºCapitulo
5ºCapitulo
7 Capítulo
Ideia
8ºCapitulo
9ºCapitulo
10ºCapitulo
11ºCapitulo
12ºCapitulo
13ºCapitulo
14ºCapitulo
15ºCapitulo
16ºCapitulo POV-Harry
17ºCapitulo POV-Harry
18ºCapitulo- POV Harry
19ºCapitulo-POV Harry
Nota
Nao desesperem
20ºCapitulo
21ºCapitulo
22ºCapitulo
23ºCapitulos
24ºCapitulo
25ºCapitulo
26ºCapitulo
27ºCapitulo
28ºCapitulo
29ºCapitulo
30ºCapitulo- POV Harry
31ºCapitulo- POV Harry
32ºCapitulo
33ºCapitulo
34ºCapitulo
35ºCapitulo
36ºCapitulo
37ºCapitulo
38ºCapitulo- POV Harry
39ºCapitulo
40ºCapitulo
41ºCapitulo
42ºCapitulo
43ºCapitulo
44ºCapitulo
45ºCapitulo- POV Harry
46ºCapitulo
Nota MUITO IMPORTANTE
47ºCapitulo
48ºCapitulo
49ºCapitulo
50ºCapitulo
51ºCapitulo
52ºCapitulo
53ºCapitulo- POV Harry
57ºCapitulo
58ºCapitulo- POV Harry
ultimo capitulo, para quem não consegue ler
59ºCapitulo
60ºCapitulo
61ºCapitulo
62ºCapitulo
63ºCapitulo
64ºCapitulo
65ºCapitulo
Aviso
66ºCapitulo
67ºCapitulo
68ºCapitulo
69ºCapitulo POV -Dean
70ºCapitulo
72ºCapitulo
73ºCapitulos
74ºCapitulo
75ºCapitulo
76ºCapitulo POV- Harry
77ºCapitulo
78ºCapitulo
79ºCapitulo
80ºCapitulo
81ºCapitulo
82ºCapitulo
83ºCapitulo POV- Harry
84ºCapitulo
85ºCapitulo
86ºcapitulo
87ºCapitulo
88ºCapitulo
89ºCapitulo
90ºCapitulo
91ºCapitulo
Especial 5 milhões

6ºCapitulo

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Os meus olhos abrem-se e tenho o meu pé dormente. Em outros tempos eu iria apenas sugerir que o Harry o estaria a esmagar com a perna, mas hoje é apenas o meu gato. Olho para a janela e está sol, estamos em janeiro, mas está estranhamente sol, e não previsão de chuva para hoje, o que faz a minha disposição melhorar imenso.

Eu caminho para o meu duche e sinto-me grata pela água a lavar a pouca sujidade que eu devo ter. Tomar banho começou a tornar-se um habito compulsivo por isso eu não quero ver a conta da agua este mês.

Enquanto tento enfiar uns jeans e comer uma maçã lembro-me de que tenho de ir buscar os livros sugeridos para este semestre. Hoje sou a rapariga faz tudo em um e não estou minimamente irritada, de facto agradeço o tempo de distração para não pensar no Harry. Estou decidida a avançar com a minha vida. Passei cinco dias a lamentar-me, e por muito que a minha lamentação vá continuar preciso de continuar comigo mesma, o objetivo nunca foi vir e apaixonar-me, o objetivo era provar que podia ser independente então eu quero cumprir com isso mais que qualquer coisa.

Penteio o meu cabelo, está tão rebelde como sempre, eu nunca tenho tempo para ele, e ele não é nada ao certo, ele é encaracolado quando o deixo secar ao natural e volumosamente liso quando o seco com o secador. Por isso hoje vou fazer como nunca fiz desde que tive o Harry na minha vida porque ele não me deixava andar por ai com o cabelo molhado.

Deixo-o secar ao natural enquanto carrego a minha bolsa no ombro e tranco a porta. Desço as escadas a correr, quero chegar mais cedo, e ver pessoas, não fiz um único amigo nas minhas várias disciplinas sem ser talvez o Niall, mas não é como se fossemos amigos, falamos apenas algumas vezes. Preciso de pessoas com quem falar, não me posso abrigar só numa pessoa é espera do dia em que ela decida desaparecer.

Aconchego-me no meu casaco enquanto caminho de fones nos ouvidos para a parte do campus abriga a universidade. Era suposto ter sido assim desde o início, e talvez eu tivesse encontrado um rapaz mais normal.

O meu iphone vibra no meu bolso e eu tiro os fones para poder falar melhor. Eu não reconheço o numero mas atendo.

-estou?

-bom dia, é Miss.Black?

-bom sim, sou eu.- quem será?

-lembra-se de ter preenchido o papel para trabalhar no juice fruit?

-sim, foi ontem?

-bom ficou com o lugar, algo parece não há muitos interessados.- o senhor do outro lado da linha afirma num tom azedo.

-oh isso é fantástico.- guincho.

-acha que pode começar amanha no turno das 15:30?

-bom claro, estou a falar com?

-Maison Harris.

-bom Mr.Harrison, ai estarei. Obrigada.

-bom até amanha, não se atrase.

-eu não vou, prometo, até amanha senhor.

Desligo o telemóvel e respiro, a seguir dou saltinhos no meu lugar e grito em felicidade, eu tenho mesmo um emprego. Da última que trabalhei no verão foi num bar restaurante por isso eu tenho alguma experiencia nisto.

Mas uma sensação estranha abate-se sobre mim e olho para trás, como se um íman a atrair algo de nada bom. Mas não há nada atras de mim a não ser um bando de universitários a correr para não chegar atrasados.

Volto a guardar o telemóvel e corro também eu para as aulas. Mas mesmo atrasada eu ainda quero passar perto do edifício de economia, nem que por apenas alguns segundos.

Avanço devagar quando chego lá e não vejo o Harry em lado nenhum, consigo ver o Louis, e o rapaz calado que nos encontrou no restaurante o Zayn, e também o Liam. Um arrepio percorre-me ao ver o Liam, ele fez os amiguinhos dele agarrar-me, e ele tentou bater no Harry apenas para marcar o seu ponto de vista.

Avanço desanimada para o meu complexo e de repente uma ideia abate-se sobre mim, eu não vejo por cinco dias, hoje seis, será que se passou alguma coisa? Houve algum problema? Eu devia... Não eu não devia, foi ele que escolheu ir-se embora.

Fecho os com força e conto até dez. Ando até á aula de designe e sento-me no fim das filas. Ficar á frente nunca foi algo de que gostasse, posso aprender tanto daqui como lá da frente e chamo menos á atenção.

O professor fala de como as coisas estão constantemente em mudança, de como não podemos conter o progresso, nem parar as ideias de fluir, no entanto eu não estou verta de algumas partes disso. Ouve tempos em que ditadores pararam o progresso, então no fundo as mentes humanas podem ser travadas, nós não somos exatamente máquinas, mas nós podemos ser parados, porque somos influenciados. Coisas como o dinheiro compram-nos e coisas como o poder intimidam-nos. Ninguém seria burro ao ponto de desafiar um magnata do petróleo dos estados unidos, ou senador da Califórnia, porque sinceramente tu ias acabar com uma bala na tua cabeça.

Coisas podem ser compradas e por mais triste que seja até nós podemos ser comprados, eu não sou um exemplo moral, eu tenho estado na pressão do Harry e de tudo o que ele significa, eu tenho sido ameaçada pelo seu pai e pelo seu poder. Eu tenho estado nos extremos opostos da balança. Eu não posso correr risco agora que estou sozinha, mas agora é mais fácil porque o Harry já não pode tomar as decisões como ele fazia. E sinceramente eu vejo isto como que se um fardo saísse de cima de mim. O Harry era uma metade forte de mim, mas era tão forte que oprimiu a minha liberdade. No fundo eu tenho estado a recuperar coisas que ele destruiu, o meu coração continua partido, mas outras coisas estão a voltar ao sitio.

Somos dispensados da aulase eu vou diretamente á reprografia buscar as fotocópias que o professor Perkins nos pediu para lermos.

Tenho um furo no meu horário de cento e trinta minutos, e não vou ficar a biblioteca, vou apenas para casa e voltar para geometria descritiva no último bloco.

Quando rodo as chaves na fechadura encontro a porta apenas fechada, sem as voltas que dei na fechadura. O pavor apodera-se de mim e tento manter a calma. O meu coração parece querer saltar-me pela boca, e sinto a minha respiração acelerar.

Pouso as chaves no balcão devagar e caminho devagar para olhar para a casa de banho. A casa de banho e o quarto são as únicas divisões com portas então só podem estar, quem quer que sejam.

Quando vou abrir a porta da casa de banho um miar vem do quarto e eu precipito-me para este.

Abro a porta devagar e o meu coração cai no chão. Tudo aquilo em que pensei hoje, esta manha, está tudo ao lado dos cacos do meu coração, foi tudo por água abaixo. Toda a minha positividade, toda aquela felicidade estupida de um novo começo caio, e não tenho força para me por de joelhos outra vez e apanhar os cacos.

O seu cabelo está na mesma confusão habitual, a cair em ondas de chocolate na sua testa. Os seus olhos estão baços, os seus lábios estão retraídos numa linha, e não vestígios de emoção na sua cara.

Ele está vestido num fato de aspeto caro, e os seus sapatos reluzem. Tem uma camisa branca e uma gravata listrada e eu nunca o vi numa postura tão seria, fria, e arrogante.

É o Harry. Mas este não é o das minhas lembranças.

-Bom dia Sophia.- o meu nome sai dos seus lábios como um cubo de gelo.

Eu fecho os olhos e tento respirar, mas a minha respiração ficou entalada na minha garganta e tudo o que consigo são pequenos abafados. Viro-me e tento sair, mas a sua mão envolve o meu pulso. Ele não me magoa, nem me aperta, é um simples aperto, um simples toque que faz as recordações voltarem como um comboio de mercadorias na minha cabeça.

 -podemos falar?- a voz dele é enganadoramente suave e calma.

Viro-me devagar e abro os olhos para ele. Para ele ver o que me fez, para ele desistir e se ir embora. Hoje tentei vê-lo de manhã e pensei que conseguia suporta-lo, mas com ele aqui, eu não consigo nem perto disso.

-o que foi?- o meu tom é brusco.

-disseste-me algo, ontem disseste ao segurança que...

-eu sei o que disse.

-tens razão, merecias mais que o meu segurança a vir buscar as minhas coisas.- Ele fecha os olhos e uma raiva enorme invade-me.

-sim, realmente merecia mais que tudo isto.

-Sophia...- ele ruge.

-noup, não me vais intimidar.- cruzo os braços na minha frente, estou surpreendida pelas minhas lágrimas ainda estarem dentro.

-só quero falar contigo.- ele passa as mãos pelo cabelo.

-o que me vais dizer? Que lamentas que não desse resultado? Que não acreditas em mim? que achas que sou louca?

-tu não es louca. Pelo menos quero acreditar que não.- ele murmura.

Algo no meu peito se abre, como que pronto a receber cada pedaço do meu coração, mas eu fecho o que quer que isto seja com a dor dos últimos dias.

-estas magra.- ele acaba por dizer.

-não tenho tido fome.- encolho os ombros.

-eu também não.

Eu não digo nada, enquanto ele me observa, de cima a baixo, e depois se fixa na minha cara, nos meus olhos.

-será pedir muito que comas? Que te alimentes? Andavas sempre a comer, comias imenso e agora...

-ok estás a ofender-me.

-desculpa, eu só não sei o que dizer, eu estou...confuso.

Ele fecha os olhos, e parece lembrar-se de quem é. Nada nestas perguntas é ele, e quando ele abre os olhos estes estão como no início frios e insensíveis.

-vim só dizer-te que anulei a matrícula na faculdade, por isso o apartamento está apenas em teu nome.

Como um soco no meu estomago, é algo como isso o que sinto. Que merda disse ele? Estará a brincar? Ele prometeu que não o faria, mas bem aqui está ele a mentir-me, mais uma vez.

-não tens limites?- pergunto acidamente.

-desculpa?- ele arregala os seus olhos em surpresa.

-és um mentiroso, sempre foste. Fazias as coisas pela calada e esperavas que eu fosse estupida e não descobrisses. Tu prometeste-me.- Acuso.

Ele palpita de raiva a dá um passo ameaçador em direção a mim. Ele cresce para mim, mas eu não arredo pé.

-não sou um mentiroso.- o tom dele envia arrepios por mim.

-prometeste-me que não saias.

-não interessa.- ele grita.

-já não interessa a merda que fizeste quando estavas comigo não é?- as minhas mãos estão no seu peito e empurro com força.

Ele cambaleia para trás mas isso não me para.

-Soph...- ele avisa baixo, a perder a paciência.

-és um hipócrita, fugiste mal tiveste oportunidade, disseste que me amavas mas fugiste como toda a gente. Escondeste coisas importantes de mim e agora não sei como me proteger delas. Arrastaste-me para ti, para a merda dos teus problemas e agora não fui mais que uma foda bem passada.

As lagrimas escorrem-me pela cara, mas eu não paro. Toda a raiva desde dias está a sair, e não quero parar.

-usaste-me, jogas-te um jogo comigo, mandaste tudo abaixo á espera que eu te desse aquilo que querias. Será que me amaste mesmo? Será que foi mesmo isso, ou fui só um passatempo agradável? Eu era só uma presa fácil, foi tudo fachada? Fui só um trofeu? Porque fodace Harry, estou uma merda por tua causa, não durmo, não como, não falo com ninguém, e a culpa é tua. Não me deixavas falar, sair, perdi toda a minha hipótese de construir uma vida porque me apaixonei pelo tipo errado, fizeste de mim um fantoche, mas a culpa foi minha porque deixei. Eu tenho  culpa desta porra toda, culpa de teres uma família de merda.- grito

Respiro fundo e fecho os olhos.

-uma vez chamaste-me de cabra, agora percebo, fui só mais uma cabra a cair na merda da tua cama.- Sussurro.

Nada se houve. Apenas a respiração rápida e espera dele, o silêncio é mortal e quando abro os olhos, vejo o quão zangado ele está. As narinas dilatadas, as veias da testa e do pescoço a pulsar, os olhos negros. E num impulso ele agarra em ambas as extremidades da minha secretaria e atira tudo ao chão. O tampo de vidro parte-se em mil pedaços e eu pulo com o susto.

-fodace cala-te.- ele grita. É o grito mais assustador que já ouvi.

-pensas que foi isso? Como merda ias reagir se eu te dissesse que podia ver-te no passado e no presente. Fodace, mete-te no meu lugar! A hipócrita és tu, sempre me pediste a verdade e quem guardou o segredo foste tu, a culpa foi tua sim fodace, isto é culpa tua.- ele avança novamente até mim, ainda mais zangado.

-tu escondes-te coisas piores, quase fui assassinada e o que é fizeste? Metes-te alguém atras de mim sem eu saber, para me deixares ainda mais vulnerável. A culpa pode ser minha por termos acabado, mas aguentei demasiado as tuas coisas, fiz coisas estupidas, abandonei os meus amigos, chateei-me com o meu pai, fiquei trancada em casa por que não querias que eu saísse. Estregaste-me Harry, avariaste-me. Usaste-me para te sentires bem, para me poderes controlar, foi só isso como tu disseste uma cabra.- Sussurro a ultima parte.

-merda.- ele grita.

Ele avança para cima de mim e grito quando as suas mãos agarram ambas as minhas faces. A minha respiração está acelerada enquanto a sua cara está a centímetros das minhas.

-tu fizeste-nos isto percebes? Tu fodes-te o meu sistema todo, tu não foste uma foda bem passada, eu amo-te e é ai que está o problema, não sei lidar com o problema de seres como és, isso na tua cabeça, não consigo lidar com isso agora.

O seu nariz raspa no meu e o meu coração alarga-se com a confissão de que ele ainda me ama.

-eu amo-te.- ele sussurra baixinho enquanto os seus lábios roçam nos meus. Sinto a eletricidade percorrer-me, sinto todo meu ser elevar-se enquanto penso em todas as coisas cruéis que dissemos.

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