Vision 2 - Prisoners

67ºCapitulo

Leiam o cap anterior, pus dois hoje, e desculpem pelos erros 

Ele tira as mãos dos meus lábios com força.

-para com essa merda, os teus lábios estão em sangue.- ele repreende.

-conta-me Sophia, o que foi que ele te disse!

Penso nas minhas hipóteses, está tudo na mesa, tudo que quero é que o dia acabe e que amanha eu e o Harry estejamos bem.

-tudo bem, eu vou contar-te... eu fui embora, até uma casa de chá, algo estava mal, alguém estava atras de mim, mas era de tarde, a baixa estava a ficar cheia, no entanto de manha eu tinha sentido o mesmo, na universidade, havia alguém lá. E depois quando eu estava sentada ele veio até mim, ele tinha mudado, o seu cabelo escuro, as roupas pretas...eu estava confusa, parada, e com medo. Eu tenteu ligar-te, mas eu não conseguia, estava paralisada enquanto ele me dizia cada coisa que eu fiz errada, e depois...depois ele disse aquilo que me fez não te contar nada, ele disse que te queria tirar tudo, que queria ver-te morto. Harry apenas tu não podes esperar que eu simplesmente esteja bem depois dele me dizer isso, eu passei por muito estes últimos tempos, eu só queria proteger-te.

-e enquanto eu tento proteger-te a ti, tu fa-lo por mim, mas queres saber? Isso não é uma desculpa. Olha para mim, tenho quase um metro e noventa Soph, posso defender-me. A tua merda estupida despreveniu-me, imagina que ele vinha atras de mim, por um momento imagina, o que é que ias fazer? Tu?- ele ri-se, os seus olhos a ficarem irados.

-eu não...eu não sei, eu estava assustada. Eu queria por uma vez dar-te o que tu me dás- murmuro. Ele podia perceber isso certo?

-tu estavas assustada? Tu pensaste em mim quando fui dar contigo a gritar na cama a dormir, ou quando saíste e não me disseste nada? Ou merda, quando sabias que alguém perigoso andava por ai e limitaste-te a ficar calada? Han? Merda pensaste em mim?- o seu volume vai crescendo e finalmente a mascara cai, ele está aqui, e eu afasto-me.

-eu lamento.- digo.

-merda, não tu não lamentas, tu disseste-o e é verdade, tu não lamentas merda nenhuma, porque se lamentasses terias vindo para mim, irias abrigar-te em mim. Se me amasses, tu ias faze-lo.

E isso é tudo.

O murro no meu estomago é enorme, e força das suas palavras esmagam-me, como ele diz, "se tu me amasses". Eu amo-o, é foi por isso, ele não vê?

-eu amo-te Harry.- sussurro horrorizada

-mas não disseste isso, em vez disso saíste hoje de manha e deixaste á deriva, mentiste-me e expuseste-te a perigo.

-como é que podes duvidar disso, depois de tudo?- lágrimas queimam nos meus olhos.

-porque não confias em mim o suficiente, porque a verdade é que de cada vez que algo de mau acontece não é por eu não falar contigo, é por tu não falares comigo. O que é que queres que eu faça quando tu não confias em mim?

-eu confio em ti porra, eu só tive medo que ele te fizesse mal, e depois ele beijou-me, e eu estava perdida, com medo e paralisada. Eu sou o que sou e fiz o que fiz e não lamentei ontem, mas agora neste momento lamento como a porra, lamento ter-te desiludido. Lamento!- grito a ultima palavra.

Ele está pregado ao chão, os olhos verdes esbugalhados, e os lábios entre aberto, a respiração dura. Ele chega a mim lentamente e levanta o meu queixo, passa o polegar pelos meus lábios irritados devagar, enquanto o seu olhar queima intensidade em mim.

-ele beijou-te?- a sua voz é tão baixa que tenho que esforçar-me para a ouvir.

Lágrimas caem pelos meus olhos. Era por isso que eu não o ia beijar, eu sentia os lábios do Dean de cada vez que os meus lábios tocavam alguma coisa, era amargo e eu queria destrui-los. O toque não era suave como o do Harry. Eu tinha nojo dos meus lábios e eu não queria que o Harry os tocasse.