41ºCapitulo

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Fecho os olhos enquanto um sermão disparava pelo telemóvel. O meu pai tinha as passagens para breve e ele não estava feliz em como eu nunca reparei no homem a tirar-me fotografias, a vigiar-me, mas sinceramente ele tem razão em que mundo estava eu para pensar seque que depois do que aconteceu no baile eu ia simplesmente ser deixada em paz, a minha vida tem sido uma montanha russa e eu não estou dormente de tudo isto.

-eu sei, eu não podia adivinhar.

-tu devias voltar para nós, tu podias estar longe dai, estar segura.- eu consigo sentir o medo na voz dele, eu posso saber que ele não tem dormido.

-mas eu não o ia ter a ele.- eu levo a minha mão á testa.

-sim, mas tu ias querer o mesmo para a tua filha, tu percebes o que eu te quero dizer Sophia? Tu entendes?- o desespero é claro e faz com que eu me sinta culpada.

-eu sei, eu sei o que queres dizer, mas eu não posso fazer as malas e ir-me embora, não é correto.

-porquê?- o meu pai grita, a minha cabeça a girar.

-porque eu o amo, porque ele está aqui, e eu ir para ai seria horrível.

-tu tens dezoito anos Sophia, tu não sabes o que é amar alguém tão desesperadamente assim, porque se tu soubesses tu saberias o quanto eu te amo e preciso de te ver bem.- ele cospe, os meus sentimentos feridos.

-eu ouvi dizer que em casa não é um lugar, mas sim uma pessoa, eu não estou a ir para ai, pelo menos sem ele.- eu levanto-me da cama. O Harry dorme profundamente, lábios entre abertos, o corpo nu espalhado em lençóis brancos, o seu cabelo vai para todas as direções na almofada, e o meu peito vibra, eu amo-o tanto, eu daria tudo por ele.

Caminho até á janela de vidro á frente da cama e agarro a outra ponta do lençol para me proteger a mim.

-tu não estas a filosofar comigo, estás? Eu quero te bem e segura...

-assim como ele, e tu sabes, agora eu tenho um segurança, eu não saio de casa a menos que eu vá para o trabalho e eu vou dar em louca se não arranjar uma nova universidade, eu não fui feita para estar parada.- eu suspiro.

-nem para estar em perigo, eu estou feliz que ele tenha posto segurança perto de ti, mas isso não substitui ter-te.

-eu lamento, eu não me vou embora, pelo menos sem o Harry.- suspiro.

-tu vais mesmo esperar que algo pior aconteça?- ele está a ficar mesmo, mesmo irritado.

-não porque não aconteceu mais nada, nunca mais ninguém soube nada do...

-eu não quero saber qual era o nome dessa coisa a quem chamavas professor, eu só quero ter a certeza de que estas em segurança.

-eu estou pai, eu posso prometer-te isso.

As minhas pernas cedem e sento-me de pernas cruzadas no chão, o meu humor a ser levado como a chuva a bater e escorrer no vidro, é apenas desgastante ter que prometer a minha segurança a alguém se nem eu sei se estou segura.

Um trovão ouve, e a luz incendeia alguns segundos depois, o meu pai diz qualquer coisa sobre em como há boas universidades lá, que ninguém me conhecerá lá, que não há problema. Mas, foi em nova York que ele deu cartas, que ele se mostrou, o que aconteceria lá então. É por isso que o meu pai me pede que vá para lá. Ele não sabe de tudo e não vai saber, está tudo escondido na minha caixinha e eu não quero abri-la a ninguém a não ser o Harry.

-eu tenho de ir, promete-me que tomas conta de ti, e que vens para aqui se te sentires ameaçada.- ele desespera.

-eu prometo-te.- porque eu não vou hesitar em meter-me num avião de alguém der outro passo para mim.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now