9ºCapitulo

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Sinto o Harry exaltar-se enquanto olha para o meu professor, ele reconhece-o, e sei que não está contente.

-o que está este caralho a fazer aqui?- ele praticamente agarra o meu braço e arrasta-me para longe.

Solto-me do seu aperto. Ficamos mais distantes do homem mas ele continua em movimento aparente ate nós.

-é meu professor.- esclareço.

-queres que acredite nisso?- ele range.

-acredita no que quiseres.- encolho os meus ombros.

-não és tão racional quando se trata de se eu fodi ou não outra pessoa.- ele fala quando tento passar por, mas estaco.

-tu fizeste-o?- engulo em soco, olhando para o chão.

-talvez eu tenha.- ele sussurra baixo no meu ouvido.

O meu coração para de bater e olho para ele, o seu sorriso arrogante e as marcas de quem se sente bem em fazer-me mal.

-estavas a mentir á pouco.

-falas-te da Abbie, não das mulheres em geral.- ele ri-se.

O meu coração dói da maneira como ele se refere ás mulheres em geral, como ele é capaz de me magoar sem eu ter feito nada de errado. Isto não é ele, ou talvez sempre tenha sido ele, mas só agora eu tenha reparado.

Eu olho para ele com angustia e dor e ele parece ter reparado no que finalmente disse, mesmo que ele não o quisesse dizer, mesmo que ele não tenha feito, isso ainda parece doer mais.

-eu lamento ter-te feito perder o teu tempo por quase quatro meses.

Não digo mais nada, apenas caminho na direção á que o meu professor me chamou, e tento combater o nó na minha garganta mas é impossível. É uma dor tão grande que paro para respirar, como se os meus pulmões se esquecessem momentaneamente de como se respira.

-eu não acho que tenha perdido o meu tempo.- oiço o Harry gritar para mim.

-boa, mas não acho que isso vá mudar alguma coisa.- grito de volta.

Avanço mais e sinto-o correr mesmo atrás de mim, sei que não devia mas ainda sinto borboletas na minha barriga quando oiço as botas dele a bater no chão, é apenas amor eu acho.

Ele agarra o meu braço e vira-me para ele, a sua mão vai até á minha nuca e em segundos os seus lábios estão nos meus, quente e doces, a moverem-se sobre os meus de uma maneira incrível que faz a minha alma vibrar, o meu coração bater mais forte e a minha boca abre-se mais, apenas para ele ter ais espaço.

Eu não pensei em anos que ele me fosse beijar, mas aqui está ele a provar que nunca faz o que eu penso que vai fazer.

A sua mão na minha nuca a envolver os meus cabelos, e a outra no fundo das minhas costas, eu agarro o seu cebelo e deixo-me levar, mesmo sabendo que está errado e que é só uma ilusão, que ele vai acabar o beijo e dar-me para trás.

Mesmo assim a força e o amor com que ele me beija fazem-me arrepiar, como se estivesse a guardar aquilo á anos, como se... como se nunca tivesse deixado de me amar.

Ele separa os nossos lábios muito levemente, e continua com os olhos fechados quando eu já abri os meus, a sua testa na minha, a forma como ele suspira pesadamente.

-eu quero-te tanto.- ele respira suavemente.

Ele larga-me e endireita-se muito rapidamente, a sua mente parece trabalhar no que ele disse, e não evito o palpitar no meu coração, a minha respiração esbaforida.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now