50ºCapitulo

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-Tu precisas de dormir.- a voz baixa e rouca do Harry leva-me para fora dos meus pensamentos melancólicos.

No entanto eu ia jurar que ele estava a dormir. A sua respiração era baixa, e ele tinha os seus olhos fechados. Eu achava que eu era a única acordada aqui, mas afinal ele está comigo.

-eu pensava que tu estavas a dormir.- eu falo baixinho enquanto o Harry passa a pernas por cima das minhas, puxando-me para ele.

-eu só costumo adormecer quando já estas a dormir.- ele passa os dedos pelo meu cabelo despenteado.

Quando chegamos a casa, tudo estava calmo, descobri que os seguranças, pelo menos dois deles estão a viver cá em casa, mais precisamente no lado oposto ao nosso, mesmo num espaço atrás da cozinha. Descobri que á camaras por todo o lado, e principalmente, que tenho medo. Muito medo.

-tu tens medo?

-sim.- eu não lhe vou mentir, eu estou com muito medo. Medo de que ou eu ou o Harry não consigamos sair disto os dois.

-tu sabes que nada vai acontecer, eu vou proteger-te, eu vou ter-te sempre.- os seus lábios deixam um beijo suave na minha testa.

Eu abraço-o fortemente a ele, inspirando o seu odor, deixando a minha cabeça presa no seu peito, a vontade de o apertar tanto em mim, que vou provavelmente fundir-me nele. Gostava tanto de acreditar a cem por cento nas palavras dele, de me sentir assim tão segura.

O Harry tem o seu queixo mesmo acima da minha cabeça, e agarra-me como se eu fosse cair num buraco sem fim, agarra-me como se tivesse medo de que eu não estivesse ali.

(...)

O Harry foi buscar chá para me aquecer, nós estamos no aeroporto em Londres, levantamo-nos ás quatro para conseguirmos estar em londres ás seis, e voltar para Oxford mais logo. Eu não sei se o Harry quer passear por aqui, mas eu estou acabada, cansada e rabugenta, a minha cara podia fazer um abutre cair para o lado, parecendo um cadáver pior do que aqueles que ele ia ter.

-tu tens que pôr outra cara, ou o teu pai vai perceber que algo está mal.- o Harry passa-me o copo de cartão do Starbucks e eu agradeço. Sinceramente a única coisa boa na maldita loja de café é o chá, e mesmo assim ás vezes ele vem morno. Quem quer chá morno Deus?

O Harry tem um café para ele, e a sério aquilo sabe tão amargo.

-Tu metes açúcar?- eu pergunto e espreito para o conteúdo.

-sim, eu disse "com açúcar" então ele tem açúcar, para de implicar que isso não é um chá Inglês.

-oh desculpa!- digo sarcasticamente.

-o teu humor está horrível, o teu pai vai enfiar-se num avião outra vez.- ele puxa o meu gorro para baixo, tapando os meus olhos.

-desculpa se eu não estou no meu melhor depois de ter dormido duas horas.- eu rolo os meus olhos.

-tu és uma fraca.- o seu grande sorriso faz o meu dia melhorar, a covinha dele a afundar-se na sua bochecha.

-eu vou dar-te um pontapé nas tuas partes baixas e depois tu vais ver quem é a fraca campeão.

Eu riu-me, e ele sorri. Ele está feliz que eu estou a sorrir, eu sei que sim, e isso é uma das coisas que mais amo nele, que faz tudo para ver que eu tenho um sorriso nos meus lábios.

O Harry enlaça-me pela cintura, e puxa-me para o lado dele, beijando a minha bochecha. Eu deslizo a mão para o bolso das calças dele e aperto o seu rabo.

-tu estas a apalpar-me?- ele pergunta com uma cara de espanto fingida.

-estarei Mr.Styles?- sorriu para ele.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now