6ºCapitulo

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Os meus olhos abrem-se e tenho o meu pé dormente. Em outros tempos eu iria apenas sugerir que o Harry o estaria a esmagar com a perna, mas hoje é apenas o meu gato. Olho para a janela e está sol, estamos em janeiro, mas está estranhamente sol, e não previsão de chuva para hoje, o que faz a minha disposição melhorar imenso.

Eu caminho para o meu duche e sinto-me grata pela água a lavar a pouca sujidade que eu devo ter. Tomar banho começou a tornar-se um habito compulsivo por isso eu não quero ver a conta da agua este mês.

Enquanto tento enfiar uns jeans e comer uma maçã lembro-me de que tenho de ir buscar os livros sugeridos para este semestre. Hoje sou a rapariga faz tudo em um e não estou minimamente irritada, de facto agradeço o tempo de distração para não pensar no Harry. Estou decidida a avançar com a minha vida. Passei cinco dias a lamentar-me, e por muito que a minha lamentação vá continuar preciso de continuar comigo mesma, o objetivo nunca foi vir e apaixonar-me, o objetivo era provar que podia ser independente então eu quero cumprir com isso mais que qualquer coisa.

Penteio o meu cabelo, está tão rebelde como sempre, eu nunca tenho tempo para ele, e ele não é nada ao certo, ele é encaracolado quando o deixo secar ao natural e volumosamente liso quando o seco com o secador. Por isso hoje vou fazer como nunca fiz desde que tive o Harry na minha vida porque ele não me deixava andar por ai com o cabelo molhado.

Deixo-o secar ao natural enquanto carrego a minha bolsa no ombro e tranco a porta. Desço as escadas a correr, quero chegar mais cedo, e ver pessoas, não fiz um único amigo nas minhas várias disciplinas sem ser talvez o Niall, mas não é como se fossemos amigos, falamos apenas algumas vezes. Preciso de pessoas com quem falar, não me posso abrigar só numa pessoa é espera do dia em que ela decida desaparecer.

Aconchego-me no meu casaco enquanto caminho de fones nos ouvidos para a parte do campus abriga a universidade. Era suposto ter sido assim desde o início, e talvez eu tivesse encontrado um rapaz mais normal.

O meu iphone vibra no meu bolso e eu tiro os fones para poder falar melhor. Eu não reconheço o numero mas atendo.

-estou?

-bom dia, é Miss.Black?

-bom sim, sou eu.- quem será?

-lembra-se de ter preenchido o papel para trabalhar no juice fruit?

-sim, foi ontem?

-bom ficou com o lugar, algo parece não há muitos interessados.- o senhor do outro lado da linha afirma num tom azedo.

-oh isso é fantástico.- guincho.

-acha que pode começar amanha no turno das 15:30?

-bom claro, estou a falar com?

-Maison Harris.

-bom Mr.Harrison, ai estarei. Obrigada.

-bom até amanha, não se atrase.

-eu não vou, prometo, até amanha senhor.

Desligo o telemóvel e respiro, a seguir dou saltinhos no meu lugar e grito em felicidade, eu tenho mesmo um emprego. Da última que trabalhei no verão foi num bar restaurante por isso eu tenho alguma experiencia nisto.

Mas uma sensação estranha abate-se sobre mim e olho para trás, como se um íman a atrair algo de nada bom. Mas não há nada atras de mim a não ser um bando de universitários a correr para não chegar atrasados.

Volto a guardar o telemóvel e corro também eu para as aulas. Mas mesmo atrasada eu ainda quero passar perto do edifício de economia, nem que por apenas alguns segundos.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now