28ºCapitulo

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 A forma como ele nem está a pedir-me desculpas, como ele nem sequer está a fazer menção ao seu comportamento horrível desta manhã, tudo isto faz o meu excitamento de ter os seus lábios presos em mim desaparecer. Eu descarto as suas mãos de mim e esgueiro-me para fora do seu aperto. Eu tenho o meu lábio a tremer, mas eu não vou parar agora, eu não quero ir por aqui e eu estou disposta a deixa-lo sem mim fisicamente se isso o fizer perceber que tem de parar de me manipular sexualmente

Eu agarro a minha mala, e eu ando em passos rápidos até á porta. Eu vou apanhando o meu cabelo num rabo-de-cavalo e percebo o quão grande é este apartamento. Nunca pensei que ao fim de duas semanas, ele iria assumir numa de estupido comigo, mas aqui está ele a provar-me que estou errada em pensar isso.

Quando chego á porta um clique sonoro faz-se ouvir, e a tranca da porta desliza, eu posso cheirar o Harry atrás de mim, eu posso senti-lo enquanto eu encosto a minha testa na porta, desesperada por ter algum controlo de mim, desesperada para sair do mesmo espaço que ele, desesperada para não ter esta ligação física tão poderosa com ele.

-por favor Harry.- eu imploro. Eu estou a implorar, mas eu não estou a perdoa-lo.

-por favor o quê meu amor?- ele encosta em mim, todo o seu corpo perfeitamente esculpido a dar cabo de mim, a pressionar-me enquanto o meu rabo-de-cavalo é torcido no seu pulso.

-por favor afasta-te e deixa-me sair.

-mas nós não resolvemos nada.- a sua voz rouca, a fazer os músculos da minha barriga tremer.

-eu não vou para a cama contigo.

Eu posso sentir a perda da sua líbido, eu posso sentir enquanto ele se afasta de mim. E finalmente eu viro-me para ele, a sua testa franzida, ele estava mesmo á espera que eu cedesse, mas hoje eu estou particularmente do contra.

-como?!- ele pergunta baixo.

-tu ouviste-me, e sabes porque?- Eu atiro a minha mala para o chão. E a seguir o meu casaco, e depois eu não tenho vergonha em tirar a minha camisola, para ele ver e marca do anel por cima do meu seio esquerdo, um pouco escondida pela copa do soutien.

A sua maçã-de-adão a subir e descer rápido, os seus olhos viajam do meu peito para os meus olhos e eu posso ver o perder da sua batalha, finalmente ele deixa a mascara cair e volta a ser o meu menino, o meu rapazinho em pânico, o meu rapazinho bondoso.

-Merda.- ele uiva quando vem contra mim. Os seus braços a segurarem-me num abraço caloroso, a sua cabeça escondida na curva do meu pescoço, e eu não posso fazer nada senão passar as mãos pelo seu cabelo e deixa-lo respirar devagar provocando-me um formigueiro no pescoço.

-desculpa.- ele abraça-me com tanta força que mal consigo respirar.

Eu fecho os olhos aprecio a sensação dele contra mim, de finalmente ele ter percebido que estava mal, mas eu ainda estou a ter um monte de duvidas em mim, eu não vou pô-las para fora agora, mas eu vou sinceramente tirar tudo dele, um bocadinho de cada vez.

Ele afasta-se de mim e guia-me para o quarto, ele desliza uma camisola nova por mim, mas não lhe pergunto porquê. Despois ele veste uma para ele também, ele senta-nos na pequena poltrona perto janela, e fico no colo dele a observar as coisas lá em baixo, a ver a maneira pequenina como as coisas se movem. E quero perguntar-lhe um monte de coisas, mas sinto-me bem a ver apenas, sem falar, sem comunicar, só os braços dele á minha volta.

-eu não vou contar-te, pelo menos não por agora.- ele murmura no meu pescoço.

-porquê?

-porque tal como eu disse, eu quero que confies em mim.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now