34ºCapitulo

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Respirei fundo dez vezes antes de me atrever a abrir os olhos. Eu sabia exatamente que estava no quarto do Harry, com ele ao meu lado. Senti-a a cobrir-me por todo o lado, como um segundo cobertor, e sentia-me em divida para com ele, sobre tudo o que ele fez e abdicou por mim. Sobre todo o amor que ele me deu. Mas eu estava com medo, medo de sair da cama e enfrentar o mundo...eu acho que eu estava com medo de sair desta casa gigante, e de voltar logo á noite, medo de não me adaptar e encontrar-me a desiludi-lo. Eu adorava o meu pequeno apartamento e de repente isso desapareceu.

Quando abri os olhos eu senti-me afogar. As persianas da enorme janela não estavam fechadas, a luz tremia, fraca pelo dia chuvoso que se aproximava, e os meus olhos estavam pregados no teto. A minha vida estava a dar voltas tão grandes que me sentia a correr para as apanhar. Eu era a pessoa mais incerta deste mundo, e eu era tão indecisa, eu iria passar a escolha para ti porque eu não te queria triste ou chateado, porque antes de eu querer algo de bom para mim, eu queria que as pessoas que estivessem comigo estivessem bem também. É por isso que não sinto isto de viver com o Harry tão errado. Porque o sinto tão feliz, e de certo modo a felicidade influencia a minha.

-tu tens de parar de pensar.- a voz grave e sonolenta do Harry ouviu-se no quarto ás escuras.

-eu não consigo.- fechei os olhos.

As pernas nuas do Harry enrolaram-se com mais força nas minhas, e ela puxou os nossos peitos nus para mais perto. Eu sentia-me tão livre desta forma, sem nada a atrapalhar os nossos corpos, apenas o quente da cama e uma grande eletricidade a envolver-nos.

Ele beijou o meu ombro nu, a seguir a minha clavícula e o meu pescoço. Ele trepou para cima de mim a sua cabeça continuava escondida num canto do meu pescoço a beijar-me delicadamente, a testar a minha pulsação, envolvi-me os meus braços á volta do seu tronco e finalmente ele levantou a cabeça. O seu cabelo exageradamente grande a fazer cocegas na minha testa, ele beijou o meu nariz, a minha bochecha e finalmente os meus lábios, uma forma delicada a tomar conta dele.

-isto é uma vantagem de estar aqui.

Ele levou as ancas de encontro ás minhas, o seu membro duro contra o meu estomago, ele deu-me um sorriso de rapazola e baixou os seus beijos, a sua boca estava em todo o lado, a testar-me a provar cada pedaço de mim. Os seus lábios a encontrarem um mamilo sensível de um mau tratamento a noite passada.

-eu acho que o faço com força de mais.- ele tentou tirar a boca da área sensível, mas eu estava para lá de excitada, o meu estomago a contrair-se drasticamente.

Um riso escapou dele quando a sua boca retomou o seu devido lugar. Eu adorava quando ele o fazia, eu podia tomar o controlo da sua cabeça com as minhas mãos, e guia-lo para onde eu queria, fazendo-me soltar gemidos e pequenos risos contra a minha pele.

A sua outra mão apanhou o meu seio esquerdo, a sua mão em concha apertando e testando, fazendo-me erguer as ancas para ele. Mais um pouco e ele estaria dentro de mim, e Deus eu queria tanto isso, eu queria senti-lo a tomar conta de mim, a minha pele em chamas, a minha voz em surdina enquanto ele tratava de me fazer sentir bem.

-eu preciso...- a sua voz rasgou-se.

Ele equilibrou-se para chegar á mesa-de-cabeceira e ele trouxe o pacote quadrado e prateado para a minha frente. Eu agarrei nele e segurei com uma mão, levando a outra mão para onde os nossos corpos se tocavam. Eu agarrei nele e apertei suavemente, ganhando o fraquejar de respiração e um gemido rouco. Eu balancei a minha mão para a frente e para trás, torcendo o meu pulso.

-eu vou vir-me na tua mão. Para!- a sua ordem fez me recuar.

Ele descarta o papel do preservativo e leva as mãos para o meio de nós, deslizando-o pelo seu comprimento.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now