Theodore Meu Irritante Chefe

By Tyrelly

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Alyssa Brown perdeu os pais muito cedo e depois de anos de maus-tratos e muita luta conseguiu voltar para sua... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Epílogo

Capítulo 7

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By Tyrelly

2 anos depois...

- Brown chame Derek na minha sala. - O Sr. Smith pede pelo interfone, na mesma hora ligo na sala do Derek o chamando e em poucos minutos Derek está na frente da minha mesa, ele é advogado da empresa.

- Bom dia Brown você parece cansada. - Derek fala me fitando, ele deve ter a minha idade e é bem simpático, tem cabelos e olhos castanhos e sempre tem um sorriso no rosto.

- Tenho trabalhado muito, você sabe nosso chefe é bem exigente. - Falo e ele assente então anuncio sua chegada e o Sr. Smith pede que ele entre.

Se estou cansada? Falar que estou cansada é pouco para definir o que estou, estou exausta, nos últimos dois anos não tirei um dia de folga, depois que aceitei aquela proposta do Sr. Smith as coisas chegaram a um ponto que fugiram completamente do meu controle.

No último mês consegui passar um dia no meu apartamento e só por uma hora, sinceramente nem eu sei mais pra que teimo em manter o apartamento alugado, afinal estou morando na mansão do Sr. Smith.

Não consegui dormir bem essa noite, pois assisti um filme de terror com o Sr. Smith, sim agora assisto filmes com ele, isso tudo começou logo quando comecei a ficar na mansão um dia ele simplesmente disse "Brown faça pipoca e venha assistir um filme comigo, preciso de alguém para discutir os filmes..." e assim começou, ele sempre escolhe os filmes e eu odeio filmes de terror, dessa vez assistimos um filme de uma boneca assassina e juro que passei a noite toda com medo, já tentei argumentar e falar que eu não gosto de filmes de terror, mas da última vez que disse algo ele simplesmente disse "Você é uma adulta para de drama Brown", e depois que reclamei da primeira vez ele começou a assistir mais filmes de terror e suspeito que tudo é pra me irritar ou algo assim.

Ultimamente acho que tudo que ele faz é para me irritar, pois ele se comporta como um bebezão, a Helen acha que ele gosta de mim e a maneira que ele tem de demonstrar é assim me perseguindo e me irritando, já eu não sei, sinceramente não sei mais de nada, algo me faz ficar perto dele, apesar das suas rabugices e da sua implicância eu gosto de estar com ele, já entendo todos seus sinais e suas caras e bocas, na realidade basta um olhar seu para eu saber o que ele quer ou o que ele está pensando.

Descobri que a implicância dele com açúcar começou quando seu pai faleceu de diabetes, a morte de seu pai foi um grande trauma, eles eram extremamente apegados e Theodore ficou bem amargo depois que seu pai se foi, quanto a sua mãe a mulher era uma vagabunda, casou com o pai de Theodore e o enganou por muitos anos, ela o traia constantemente, quando ele descobriu tudo ficou revoltado e como válvula de escape começou a descontar tudo na comida, principalmente em doces, a mulher fugiu com um amante e morreu em um acidente de helicóptero, Theodore só tinha 7 anos na época e seu pai indignado ensinou a ele que mulher nenhuma prestava, por isso Theodore trata as mulheres como prostitutas.

O pai dele sempre disse que mulher nenhuma prestava e Theodore cresceu escutando isso, descobri tudo isso graças a Havier que aos poucos me contou tudo, na época ele trabalha para o melhor amigo do pai de Theodore e como funcionário de confiança acompanhou tudo de perto.

As vezes tenho dó de Theodore ou Sr. Smith como costumo dizer, fica evidente que uma figura materna fez falta na sua vida e que o seu pai o mimou de mais, mas sinceramente ele teve sorte, afinal mesmo seu pai lhe passando uma ideia deturbada das coisas o amava muito e pelo que Havier me disse os dois eram unha e carne.

Estabeleci uma rotina que de certo modo vem dando certo, todos os dias acordo mais cedo que todos, tomo banho me arrumo e faço meu café e do Sr. Smith, tomamos café e depois vamos para a empresa, já os seguranças e Havier pedem o seu próprio café da manhã, afinal eu perderia muito tempo fazendo o café de todos.

Já o almoço decidi que era melhor almoçarmos na mansão, Helen não se importou em mudar seu horário de trabalho, ela faz o almoço de todos e temos uma tabela com o que deve ser feito em cada dia do mês, só mudamos algo se o Sr. Smith pede, ela já deixa parte to jantar adiantado e quando chego da empresa faço a janta de todos e limpo a cozinha, sim é cansativo, mas foi a maneira que achei de agradar o Sr. Smith, pois segundo ele minha comida é melhor que a da Helen, sendo que ela segue a mesma receita que eu.

A noite as vezes sirvo um chá com biscoitos e torradas pra ele e quando vamos ver filmes ele gosta de pipoca ou salgados, como coxinha, esfiha, enroladinho de salsicha e outros, e isso é culpa minha que certa vez fiz coxinha, ele comeu e ficou viciado, Theodore ama comida brasileira 90% do seu cardápio hoje é de comida brasileira, as vezes faço algum doce que tenho vontade e como não sei fazer em pouca quantidade já faço uma panela imensa e todos os seguranças comem também, mas não gosto de fazer doces com frequência, pois sempre quando estou fazendo e o cheiro se espalha pela casa ele vem até a cozinha e solta as seguintes frases "Brown você não deveria comer doces! / O cheiro dessa comida mortal está por toda casa, sinto que vou ficar diabético só com o cheiro. / Brown você está ficando doente e fazendo os funcionários dessa casa ficarem também.", hoje em dia já acho graça dessas frases, mas evito fazer doces pois sei que ele fica incomodado.

Já os funcionários adoram tudo que faço, falando neles hoje em dia todo mundo trabalha direitinho, arrumei uma lavanderia que cuida de cada detalhe das roupas dele e que me avisa caso alguma roupa esteja com problemas, isso facilita muito minha vida e não preciso ficar como uma neurótica no seu closet olhando peça por peça...

Aos sábados pela manhã ele gosta de tomar café em uma lanchonete perto do Central Park, descobri que ele e seu pai tomavam café lá as vezes, depois de tomar o café da manhã ele visita o túmulo do seu pai e vai para Igreja assistir a missa aonde ele encontra alguns amigos do seu pai e depois saem para bater papo e almoçar.

Quando soube que ele ia ao cemitério toda semana colocar rosas no túmulo do pai fiquei surpresa, e fiquei mais surpresa ainda de saber que ele frequentava a Igreja e assistia a missa, Havier me disse que os amigos do pai dele se encontram lá e que Theodore é muito amigo dos padres.

De sábado normalmente ele chama alguma acompanhante para sua casa e sou eu que tenho que fazer a ligação, sempre odeio quando tenho que ligar para alguma modelo, ou melhor dizendo prostituta, afinal todas ganham dinheiro quando ficam com ele, as vezes quando ele está nervoso com algo do trabalho também pede que eu chame alguma mulher pra ele, isso me deixa extremamente irritada, mas nunca tive coragem de negar um pedido seu.

Quanto a mim o que posso dizer? Estou prestes a fazer 26 anos e ultimamente tenho me sentido muito sozinha, sempre vou dormir cansada e infelizmente não tenho vida pessoal, sei que é por culpa minha que estou assim, eu deixei que o Sr. Smith monopolizasse a minha vida, na realidade tenho feito tudo em função dele e ultimamente venho me sentindo muito agoniada, as vezes vejo casais nas ruas e sinto inveja, sim sei que isso é errado, mas é o que sinto, nunca dei um beijo na boca e nem fiz sexo e quando vejo um casal ou uma família feliz fico mal, tenho 25 anos e minha vida pessoal está uma verdadeira bosta.

Estou cansada de ficar sozinha, eu queria namorar e fazer coisas que tenho vontade, mas tenho medo, afinal nem sei beijar, já pensei em sair para alguma boate para tentar conhecer alguém, mas nunca tive tempo e nem coragem, minhas manhãs de sábado são livres e aproveito para fazer coisas básicas como lavar minhas roupas, comprar algum item de higiene pessoal ou simplesmente ficar sem fazer nada, nas noites de sábado enquanto ele fica com uma prostituta no quarto reservado para isso fico no meu quarto morrendo de raiva, afinal é o que me resta.

Aos domingos peço comida ou cozinha algo para o Sr. Smith e funcionários, depois que comemos ele fica me chamando o tempo todo para reclamar de algo e não tenho sossego, ele acha problema aonde não tem e Helen diz que ele faz isso só para me ter ao seu lado, eu não acho verdade, se ele gostasse de mim já teria falado, já fazem 2 anos que conviemos juntos.

Estou terminando de ler alguns documentos quando Derek finalmente sai da sala do Sr. Smith, ele me entrega uma pasta com documentos e me pede para agendar uma reunião para próxima semana com o Sr. Smith.

- E é isso Brown, se eu precisar de uma reunião antes dessa te aviso. - Derek fala e assinto, quando penso que ele vai voltar para sua sala ele começa a falar.

- Brown sábado à noite vou sair com alguns amigos é um encontro de casais e estava pensando... você quer sair comigo? - Ele pergunta e fico surpresa, nunca me convidaram pra sair! Ele realmente está me convidando? Meu Deus!

- E... eu... - Merda não sei nem o que fazer.

- Olha vamos a um barzinho bem legal, tem música ao vivo e bom eu não sei dançar, mas nós podemos ficar conversando e talvez pudéssemos nos conhecer melhor. - Ele quer me conhecer melhor?

- Tud... tudo bem. - Falo abrindo um sorriso tímido.

- Me passa o número do seu celular, depois pego seu endereço e te mando o horário que passo pra te pegar. - Ele fala e ainda meio que mortificada assinto, pego uma folha do meu bloquinho de notas e escrevo meu número, entrego pra ele que me da uma piscadela e volta para sua sala.

Estou completamente surpresa, eu realmente não esperava esse convite, eu não sei nem se tenho roupas pra sair, eu só preciso falar com alguém, talvez a Helen, isso ela pode me ajudar, pego meu celular e ligo para Helen, pelo horário ela deve estar na cozinha preparando o almoço.

- Helen um homem me convidou pra sair! Ele me chamou para um encontro. - Falo baixinho e exasperada.

- Alyssa? - Ela fala sorrindo.

- Você precisa me ajudar eu não sei nem o que fazer, não tenho roupa pra sair e nem sei o que devo fazer nesse encontro, ele disse que outros casais amigos dele vão estar lá, me ajuda! - Peço exasperada.

- Ele é bonitão? - Ela pergunta.

- Não é tão bonito quanto o Sr. Smith, mas é bonito. - Termino de falar me dando conta da merda que falei.

- Humm eu sabia que você era caidinha pelo Sr. Smith. - Ela fala dando uma risadinha.

- Para com isso, nós duas sabemos que ele nunca sairia comigo, sem falar que da maneira como ele fala de mulheres tenho até medo. - Falo receosa.

- Tudo bem calma, quando é o encontro? - Ela pergunta curiosa.

- Sábado à noite. - Hoje ainda é quinta-feira, então tenho dois dias pra me preparar.

- Nós podemos ir ao shopping hoje à noite, já deixo uma lasanha pronta e no jantar você só coloca no forno. - Ela fala e concordo.

- Tem certeza que não vou te atrapalhar? - Pergunto receosa, afinal ela tem marido e filhos.

- Claro que não, vai ser divertido meu marido fica com os meninos e vai dar tudo certo. - Ela fala e concordo.

Me despeço desligo o telefone e estou tão ansiosa, será que ele vai querer me beijar? Se ele quiser o que devo fazer? Merda viu! Estou ficando com medo, e se ele quiser me beijar e eu fizer tudo errado? Porcaria! Estou perdida em pensamentos quanto meu interfone toca o Sr. Smith quer que eu leve alguns documentos até sua sala, pego os documentos bato na porta como de costume e entro.

- Aqui estão os documentos Senhor. - Falo colocando a pasta em sua mesa.

- O que você fez de errado? - Ele pergunta me fitando.

- N... nada Senhor. - Eu não fiz nada de errado de onde ele tirou isso?

- Fez sim, conheço essa sua cara, desembucha logo o que foi? - Que cara? Desde quanto tenho cara de quem fez algo de errado!?

- Senhor eu não fiz nada de errado. - Falo e ele estreita os olhos.

- Aquela vez que você derrubou o tablet e espatifou a tela também disse que não tinha feito nada errado! - Meu Deus! Isso aconteceu a mais de um ano e foi sem querer, sem falar que fiz questão de comprar um tablet novo com o meu dinheiro.

- Eu não quebrei nada. - Falo revirando os olhos.

- Brown não revire os olhos pra mim, eu odeio isso! Se você não quebrou nada então o que anda aprontando? - Ele fala ainda estreitando seus olhos e quando ele me olha assim fico arrepiada.

- Já disse que não fiz nada. - Será que ele escutou o Derek me chamando pra sair? Merda! Talvez ele esteja me questionando por conta disso! Mas não teria como ele saber a porta da sala dele estava fechada, sem falar que duvido muito que ele se importe com minha vida pessoal.

- Se não fez vai fazer! - Ele fala irônico dedilhando a mesa.

- Comprou uma bola de cristal para ver o futuro Senhor? - Falo debochada.

- Muito engraçado Brown. - Ele fala ainda me encarando, as vezes o provoco com alguns comentários ou na sua comida, as vezes faço uma carinha feliz no seu prato ou coisa assim e ele sempre usa a mesma frase "Muito engraçado Brown"... na verdade ele fala irônico.

- Posso voltar as minhas funções ou o Senhor precisa de mais alguma coisa? - Pergunto o fitando.

- Volte ao trabalho. - Ele fala e assinto, saio da sua sala com a certeza de que ele ficou me encarando até eu fechar a porta, vai se entender esse homem.

Passo a amanhã pensando no tal encontro, talvez seria melhor eu pedir alguns conselhos para Helen, ela é casada e já se tornou minha amiga e com certeza já teve alguns encontros.

Na hora do almoço chegamos na mansão e depois de lavar as mãos vamos para cozinha.

- Alyssa já falei com o meu marido e está tudo certo para hoje a noite. - Helen fala quando estou me servindo.

- Tem certeza que não vou te atrapalhar? - Pergunto outra vez.

- Claro que não, está tudo bem. - Helen fala me tranquilizando.

- O que vocês vão fazer hoje a noite? - O Sr. Smith pergunta colocando uma garfada de comida na boca.

- Comprar roupas para Alyssa ela tem um encontro. - Helen fala tranquilamente e olho pra ela incrédula, nessa hora o Sr. Smith se engasga.

Rapidamente corro para seu lado o ajudando, Helen trás um copo de água e pouco depois ele consegue se recompor.

- Perdi a fome, essa... essa comida fez com que eu me... me engasgasse! - Ele fala se levanta e sai da cozinha.

- Senhor venha comer, a comida está boa não há nada de errado. - Falo o seguindo.

- Vá almoçar e me deixe sozinho! - Ele fala bravo e fico parada o fitando, ele vai para o escritório e se tranca lá dentro, volto para cozinha ainda sem entender o que acabou de acontecer!

- Ele não quer mais comer, vou levar algumas frutas e de tarde se for o caso sirvo um café pra ele, não entendi o motivo dele se irritar com a comida. - Falo me sentando.

- Alyssa ele se irritou com você não com a comida! - Helen fala me olhando com um sorrisinho.

- Isso é impossível, ele só engasgou e não quis mais comer. - Falo dando os ombros.

- Alyssa como você pode ser tão ingênua? Ele gosta de você. - Ela fala baixinho.

- Helen nós duas sabemos de que tipo de mulher ele gosta, ou melhor nós sabemos como ele vê as mulheres, pra ele não existe isso de gostar, ele só se engasgou e pronto. - Falo voltando minha atenção para comida.

- Tudo bem, não vou falar mais nada, você já pensou que roupa vai comprar? - Ela fala mudando de assunto.

- Não sei, vou precisar da sua ajuda, nunca comprei roupa para um encontro e bom não sei como fazer essas coisas. - Falo baixinho.

- Você nunca foi em um encontro? - Ela pergunta surpresa.

- Não. - Falo envergonhada, ela sabe um pouco da minha história, mas não contei que nunca tive um namorado, ficante ou algo assim.

- Alyssa você já namorou? - Ela pergunta se sentando ao meu lado e faço sinal de negativo com a cabeça, então ela continua. - Mas você já ficou né? Quero dizer é... humm, você já é... bom você sabe... - Ela fala e faço novamente que não com a cabeça.

- Eu nunca fiz nada Helen, eu não sei nada sobre esses assuntos e na verdade estou morrendo de medo de ir a esse encontro, eu não sei nem beijar e se ele quiser me beijar? Estou com medo de fazer tudo errado. - Falo triste.

- Alyssa eu confesso que estou surpresa, mas acho que você não deve ficar com medo se ele for um homem bom vai te entender. - Ela fala segurando minha mão.

- Você acha que ele não vai me achar uma esquisitona por não saber beijar e ser virgem? Domingo faço 26 anos, quer dizer ele pode me achar uma tola. - Falo pensativa.

- Ele até pode ficar surpreso, mas se gostar de você vai te entender e olha Alyssa não se sinta pressionada entende, se ele te chamar pra ir a um lugar mais reservado e você não quiser simplesmente fale não. - Ela fala e assinto.

- Eu com certeza ainda não estou pronta para dar um passo tão grande assim, estou preocupada com o beijo, como eu disse eu não sei beijar e se ele quiser me beijar e eu babar ele todo? Sei lá ou morder a língua dele? Deus só de pensar já morro de medo. - Falo já aflita.

- Alyssa não precisa ter medo, como disse se ele for um homem bom vai ser um cavalheiro, agora almoce e não se preocupe com isso, você pode comprar um vestido para o encontro o que acha? - Ela pergunta animada.

- Eu sou friorenta, mas já tinha pensado nisso vou precisar da sua ajuda eu só uso meus terninhos e calças e casacos, nem lembro da última vez que usei um vestido. - Falo e ela concorda.

Termino de almoçar e vou chamar o Sr. Smith para voltarmos para empresa, bato na porta do escritório e entro, encontro ele bebendo um como de Whisky.

- Senhor eu já almocei, tem certeza que não quer almoçar. - Pergunto já segurando uma bolsa térmica com algumas frutas.

- Eu disse não porra! - Ele fala super bravo e bate a mão na mesa.

- Desculpe Senhor, já podemos ir. - Falo e ele vira o restante do Whisky em um gole só, então passa por mim como um furacão e o sigo andando rapidamente até o carro.

Chegamos na empresa e ele parece irritado, assim que chegamos ele se tranca na sua sala e pouco depois interfona.

- Quero uma cadela para essa tarde, chame a Victória. - Ele fala pelo interfone e com raiva pego o maldito caderno com o contato da tal mulher.

Ligo e ela diz já estar a caminho, eu odeio chamar essas mulheres pra ele e odeio ainda mais essa tal de Victória, ela é modelo e faz uns 3 meses que vem fazer programa com o Sr. Smith, peguei raiva dela depois que ela me ofendeu, ela ficou com ele por uma hora em uma sexta-feira e só me lembrei de fazer o depósito na sua conta no sábado, o dinheiro só caiu na segunda-feira e ela ligou para me ofender falando que eu era uma burra e que deveria ser mais eficiente, desde então toda vez que a chamo ela me ofende de algum modo.

Pouco depois a mulher chega parando em frente à minha mesa.

- Só um minuto vou ver se o Sr. Smith já vai liberar sua entrada. - Falo pegando o telefone.

- É claro que ele vai liberar minha entrada, não seja burra ele me adora. - Ela fala com um sorrisinho na cara.

- Senhor sua prostituta chegou, mando entrar! - Falo a encarando.

- Como você ousa sua empregadinha de merda! - Ela fala irritada passando por mim e já entrando na sala do Sr. Smith.

- Smith essa sua empregadinha de merda me chamou de prostituta. - Ela fala entrando na sala e se jogando nos braços do Sr. Smith.

- Calma querida não ligue para isso, agora vá no meu banheiro e tire sua roupa. - Ele fala e a vagaranha assente se fazendo de vítima, fico observando a puta ir para o banheiro e estou com raiva, ele deveria ter me defendido, afinal não disse nada de errado.

- Você chamou a cadela de prostituta? - Ele fala parando na minha frente.

- Ela me chamou de burra. - Falo me defendendo.

- Não quero saber do que ela te chamou! Você não é paga pra retrucar, você é paga pra fazer o seu trabalho sem arrumar confusão. - Ele fala bravo.

- Eu não vou ficar escutando desaforo de prostituta. - Falo nervosa e ele cerra os olhos.

- Volte para sua mesa, sente sua bunda naquela maldita cadeira e trabalhe, não quero escutar mais sua voz hoje você está me irritando e da próxima vez que você arrumar confusão vai tomar uma multa no seu salário. - Ele fala e fico alguns segundos o encarando incrédula! Como ele pode defender aquela puta e ainda querer me punir?

Volto para minha mesa indignada, é isso que ganho por fazer tudo por ele, é isso que ganho por trabalhar pra ele quase que 24 horas por dia! Passo a tarde revoltada xingando ele e aquela quenga de tudo quanto é nome.

A puta sai da sala dele duas horas depois e antes de ir embora para na minha mesa.

- Deposite meu dinheiro ainda hoje sua ridícula, como você viu entre eu e você ele fica comigo, então só faça o seu trabalho que é ser capacho e não ouse nunca mais me ofender ou ele vai saber sua vaca. - A vagabunda fala e minha vontade é de berrar com ela, mas simplesmente calo minha boca e faço o maldito depósito em sua conta, estou com tanto ódio dela e do Sr. Smith que sinto vontade de chorar de raiva.

Seguro o choro e só falei com o Sr. Smith por e-mail, quase no fim do expediente chamei Havier, disse para ele subir até o meu andar para acompanhar o Sr. Smith até o carro, hoje vou para a mansão dele de táxi, sei que parece infantil, mas não quero ficar perto dele.

No fim do expediente desligo tudo e Havier chega na minha mesa, ele pergunta se estou bem e minto falando que sim, desço para o térreo e pego um táxi, chego na mansão e vou direto para meu quarto, tomo um banho e me visto então vou para cozinha e coloco a lasanha no forno, enquanto ela cozinha fico no meu quarto, troco algumas mensagens com a Helen e ela vai passar pra me pegar.

Quando da o tempo da lasanha ficar pronta vou para cozinha e a tiro do forno, pego o prato e os talheres e levo para sala de jantar, arrumo a droga da mesa levo o refratário de lasanha e uma jarra de suco, pouco depois o Sr. Smith chega e senta pra comer, sem olhar pra cara dele sirvo a maldita lasanha e vou para o canto da sala mexer no meu celular.

- Cadê a droga do seu prato? Vai ficar aí de pé sem comer? - Ele pergunta bravo e não respondo, sinceramente que se foda, estou exausta!

Ele se levanta para na minha frente e continua. - Vai pegar seu prato pra comer, anda logo! - Ele fala apontando em direção a cozinha e não me movo.

- ESTOU FALANDO COM VOCÊ! ANDA PORRA! - Ele grita e não respondo, depois de me encarar por alguns segundos ele berra outa vez. - VAI SE FODER! - E sai feito um touro bravo da sala de jantar.

Pego o refratário de lasanha e levo para copa dos empregados, assim como a jarra de suco, levo as louças para cozinha e como a lasanha que servi pra ele, afinal ele nem encostou nela e não vou jogar comida no lixo.

Lavo a louça que sujei e deixo a cozinha arruma então vou para meu quarto e pego minha bolsa, escovo os dentes e pouco depois Helen passa para me pegar.

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