Juventude à flor da pele

By Kalliel

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É difícil dizer o momento exato em que se ama ou mesmo explicar exatamente como acontece. No minuto em que to... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
5 anos depois
Epílogo

Capítulo 19

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By Kalliel

O professor apitava novamente e Aleckey passou a bola pra mim, nadei alguns centímetros e lancei-a para o Tradd.

— Rayder, agarra! — Topson gritou antes de eu me virar e agarrá-la quase como um reflexo automático e lançá-la para o gol.

Tanner agarrou e eu não marquei. A bola continuou sendo arremessada de mão em mão e o jogo ainda estava empatado, o tempo de aula estava acabando e nosso time não conseguia sair dos 4-4.

Harry perdeu o agarre e Tradd pegou a bola, jogou para o Topson que jogou para o Lillens, que jogou para mim. E o tempo acabou.

Bufei espirrando água e joguei a bola para o professor, em seguida fui lentamente nadando até a borda da piscina. Alison surgiu na beirada sacudindo a cabeça em fingida reprovação.

— Que vergonha. — Ela disse estalando a língua — Me disseram que você adora pólo, podia pelo menos ter marcado o gol da vitória.

— Eu nunca disse que era o melhor do time, só disse que gostava do jogo. — Encolhi os ombros e saltei para fora d'água. Ela recuou para não molhar a roupa limpa. — Como foi o seu jogo?

— Foi bom e bem cansativo... Não sabia que tênis podia ser tão divertido de jogar.

— E quem venceu?

— Importa? — Eu dei uma risada e balancei a cabeça. Passei um braço molhado em volta de sua cabeça sentindo o cheiro de shampoo, o cabelo estava úmido como prova do banho que ela havia acabado de tomar, puxei-a na minha direção e beijei o topo, tendo o cuidado de não molhá-la com a água do meu corpo.

— Vai para a aula que eu vou tomar um banho. — recomendei-lhe.

— Bom mesmo, você está cheirando a cloro. — Ela disse, tirou meu braço de cima de si e saiu da quadra.

Era dia de sociologia, a aula que me levou até Alison.

A Gregorian chegou animada e com a corda toda para nos ensinar. Ela nunca vinha muito arrumada, jeans e uma blusinha leve geralmente era o que imperavam naquela época do ano, e a primavera realmente estava de matar. O cabelo preto amarrado com uma vareta no alto da cabeça comprimindo seus cachos e sustentando-os bem alto para que ela suportasse o forte calor californiano. Logo ela começou a distribuir as redações e comentou que estava alegre porque seria madrinha do bebê de uma amiga e havia acabado de receber a notícia - "Não é incrível? Minha melhor amiga vai ser mamãe!" ela comentou animadamente e tão jovial que pareceu que flutuaria. Pediu que fizéssemos um círculo com as cadeiras e mesas e eu garanti que Alison estivesse do meu lado. Queria deixar claro para os marmanjos de plantão que ela tinha um vigia.

— Meus queridos Padawans... — a Gregorian começou — Hoje teremos uma aula diferente... Normalmente eu costumo falar e falar, e eu sei que eu falo demais, e vocês somente me ouvem na maior parte do tempo. —  Ela dizia, caminhando em volta do círculo tranquilamente — Mas hoje faremos o contrário. Eu darei a introdução do assunto e vocês me dirão o que vocês pensam sobre ele, e vocês responderão as minhas perguntas... E o tema, eu garanto, vai atrair a atenção de todos.

Ela se voltou para o quadro e começou a escrever "Sexualidade". Os garotos começaram a zoar e rir e algumas meninas ficaram de risinhos tímidos enquanto outras se avermelharam e outras ficaram sérias como se não fosse grande coisa.

— Em primeiro lugar, eu quero dizer que isso é uma aula e não um lugar de brincadeiras. O assunto é sério. Reparem que eu escrevi sexualidade e não sexo. Todos vocês sabem o que é sexo, mas duvido que compreendam sua própria sexualidade. E por que eu vou abordar este assunto aqui? Em primeiro lugar porque ele está associado ao que temos discutido durante as nossas aulas e este é um assunto muito importante. Nosso país tem um dos maiores índices de gravidez na adolescência entre os países desenvolvidos e se formos observar as ocorrências mais atentamente, vemos que estas mães têm menos acesso a educação básica, tratamento pré-natal, entre muitas outras coisas. E isso é muito sério, mesmo que vocês não estejam nessa realidade, ela está aí e não podemos negá-la. A outra razão foi que ontem eu vi no jornal que uma menina de 14 anos foi assassinada pelo próprio primo por se recusar a fazer sexo com ele. Mais uma vez, esta não é a realidade que vocês, jovens de Beverly Hills, vivemcom frequência, mas ela existe e precisa ser discutida.

— Então o que é sexualidade? — uma menina quis saber e a Gregorian deu o seu sorriso de ave de rapina.

— Sexualidade é como um impulso. — Ela começou a responder —Seria o que move os desejos físicos do ser humano. A procriação é algo que existe desde que o mundo é mundo, mas a sexualidade só surgiu quando o homem começou a desenvolver gostos. Hoje em dia o sexo é banalizado pelos jovens e visto com maus olhos pelos mais velhos. Mas querem saber? É assim desde a idade média. Os povos considerados civilizados, por terem suas próprias concepções mais arraigadas nos idosos que nas crianças, acabam por serem mais pudicos com esse assunto. Isso é um processo infinito de libertação. O que os seus avós consideram moral e bom, quando eles eram jovens era considerado moderno e imoral. Fora da capacidade de compreensão dos avós deles. E com o sexo não é diferente. Enquanto nossas tataravós casavam virgens e puras, hoje eu vejo cada vez menos meninas nessas condições. Mas eu não digo com isso que vocês são imorais, meninas. Não! Isso é um processo que não é novo nem velho. Por exemplo, na própria idade média, era bastante raro uma plebeia virgem. Quem casava nessas condições eram as filhas dos lordes. A virgindade era valorizada? Sim. E muito. Mas não era difícil cair em tentação e estupros eram bastante comuns e nem pense que existiam coisas como direitos das mulheres ou direitos humanos. Quando ouvimos falar em idade média, logo pensamos em reis e rainhas, lordes e duques e etc. O último em que pensamos é no povo e em como ele vivia. — Pelo amor de Deus a mulher parecia uma metralhadora, eu conseguia acompanhar o raciocínio, mas ela falava e falava e as vezes me deixava tonto —  Meninas e meninos me respondam: O que vocês estariam fazendo a essa altura da vida de vocês se vivessem em 805 depois de Cristo? — houve um silêncio de alunos que não sabem responder e nos olhamos na cara um do outro — Eu respondo. As meninas estariam todas casadas e provavelmente cuidando do segundo ou terceiro filho. Os meninos estariam ou na lavoura ou nos campos de batalha. Porque nessa época, já se era homem aos 15 anos e as meninas eram mulheres aos 13.

— Por que? — eu perguntei e vi os olhos da Gregorian brilharem na minha direção.

— Porque a expectativa de vida era muito baixa. Com tantos que morriam em guerras e a falta de higiene, as infecções eram abundantes. E como não existia controle de natalidade, além da alta taxa de mortalidade infantil, a dissipação de sífilis, gonorreia e hepatite era em níveis astronômicos. Por isso as meninas se casavam cedo, porque isso garantia o nascimento de mais bebês e quanto mais jovem o corpo, menos contaminado ele podia ser, ou seja, menor a probabilidade de ficar doente com ela, é claro que ninguém pensava o mesmo dos homens. Naquela época, uma mulher de 19 anos que não fosse bem casada era uma solteirona e um homem de 22 podia ser considerado velho... Nós vemos nos contos de fadas sobre princesas de 17, 18 anos que encontram seus príncipes encantados e vão viver felizes para sempre em um castelo nos céus... Isso é pura balela politicamente correta! — Ela balançava as mãos no ar quase como se zombasse do fato — Essas mesmas histórias, originalmente, eram cheias de morte, sangue e sexo para assustar as criancinhas e dar lições de moral como "nunca fale com estranhos"... Mas não é aí que quero chegar... O fato de suas ações hoje serem condenadas não significa que sejam tão diferentes das realizadas naquela época. Veja bem. Citando Homossexualidade. Existe desde que o sexo existe. Mas desde que os homens se consideravam civilizados, desde que os preceitos cristãos, islâmicos e judaicos se estabeleceram, foi que passaram a criar uma certa polêmica sobre isso, na Grécia entretanto era aceito perfeitamente. Contudo, com a dominação cristã e patriarcal esse preceito de que o homossexualismo era antinatural ou diabólico foi espalhado como um câncer por muito tempo, e todo mundo de repente considerava essa orientação um pecado mortal, bem como o fato de mulheres sentirem algum desejo ou impulso sexual de qualquer tipo eram uma obra do diabo. Isso mudou? Não. A única coisa que se diferencia é que o que já foi privado, hoje não é mais tão privado, mas muita gente ainda olha torto para esses temas. Hoje, é comum falar de sexo e sexualidade nas escolas, mas houve um tempo em que isso era uma heresia. Em minha opinião, a única coisa que mudou foi modo como fazemos as coisas. A sociedade não muda tão radicalmente. Se formos tirar essas coisinhas tolas que eles usam para definir os costumes, vamos ver que as mudanças não foram tão radicais quanto se pensa. Pelo menos nesse assunto. Não deixamos tudo de lado. É impossível deixarmos os primeiros costumes de lado tão completamente.

— Professora... — outra aluna ergueu a mão — Por que hoje em dia condenam tanto coisas como a gravidez na adolescência se nessa época as meninas casavam tão cedo?

— Por que? Simples. Super valorização da virtude. Como eu disse antes, era mais fácil uma princesa casar virgem que uma plebeia. O que dá uma super valorização da coisa. Virgindade era coisa de menina rica e como o conceito de riqueza mudou bastante de lá pra cá, tornou-se isso que vemos. Mas eu digo... Maria não engravidou aos 15? E não era casada...— Ela fez uma ligeira pausa olhando em cada uma de nossas caras antes de inteirar —  Antes que eu seja apedrejada pelos mais religiosos, sei bem o que vão dizer: "Era o filho de Deus", eu sei disso... Eu li a bíblia.

Ela olhou ao redor e sorriu. Fazer o que? Sexo era a palavra chave. Falou nisso e todo mundo presta atenção.

— Mas não era incomum, naquela época, uma menina de 13, 14, 15 anos, grávida e casada com um homem muito mais velho que ela, na verdade ainda se pratica isso por lá. E eu estou falando de mais de 20 anos de diferença. Mas esse tipo de condenação pode ser compreendida pelo simples fato de que a expectativa de vida aumentou muito e não há mais essa necessidade, porém ela só existe na sociedades ocidentais modernas... Além de já haverem sido ligado inúmeras vezes a tenra idade da mãe com as complicações do parto e a morte do recém nascido, um corpo muito jovem não é forte o bastante para aguentar o peso de uma gestação e isso está intimamente ligado a prolapsos vaginais e infecções uterinas nos países em desenvolvimento como a Índia - onde meninas são forçadas a se casar antes dos 13 e tem bebês aos 14 anos até hoje. — A Gregorian e mais alguns alunos deram um forte suspiro antes do prosseguimento — A sexualidade feminina também se modificou ao longo dos anos. Algumas barreiras já foram quebradas, mas os antigos costumes e opiniões, não. Uma mulher com um apetite sexual aguçado geralmente é considerada leviana, ou uma vadia, sendo literalmente mal vista em sua comunidade, enquanto que com um homem isso é considerado positivo, ele estaria apenas exibindo os seus instintos masculinos. Mais uma vez vemos um costume medieval. Mas muito mais mulheres hoje em dia conseguem quebrar essas barreiras e ainda assim não caírem na chamada promiscuidade. Agora o que é e onde fica a promiscuidade? E quem somos nós para julgar ou mesmo chamar alguém de promíscuo? Ela realmente é algo negativo? — ela fez uma pausa curta e dramática — Uma menina leiloa a virgindade na internet, isso é prostituição? Desrespeito com o gênero? Liberdade sexual? O que é?

Rox levantou a mão e minha cabeça se voltou na direção dela.

— Senhorita Gregorian, eu acho que de promiscuidade tem alunas que entendem. — me estiquei na cadeira me preparando para a alfinetada certeira — Algumas entendem tanto que podem até lecionar... — olhei diretamente para Alison. Não acreditava que Rox podia fazer esse tipo de coisa. Tentar desmoralizar alguém diante de várias pessoas era ridículo, sem falar em imaturo — Não é, Alison?

Alison fechou os olhos e meio que tossiu uma risada sarcástica.

— Pode até ser, Losieur... Mas foi com Leroy ou com Matthew que eu vi você se esfregando no banheiro?

Essa foi certeira. Olhei de uma pra outra. Alison só havia virado a cabeça na direção da Rox e esta tinha as bochechas avermelhadas. Alguns alunos chiaram e observaram mais atentamente.

— Gente... — pediu a Gregorian.

— Quem é o pai do seu filho? — revidou a Rox, de pé e com uma mão na cintura — Ou você nem sabe? Doeu muito quando ele te chutou porque descobriu a piranha que você é?

Alison se moveu como uma flecha. Quando vi, ela estava diante da Rox e com os dedos enrolados em uma grande mecha de cabelo ruivo e puxando para baixo. Colocar o Tommy no meio era baixaria das piores. Cheguei a me preparar para segurá-la quando Rox segurou a mão dela.

— Quer saber? Doeu! Doeu muito tudo o que ele me fez. E eu garanto que nenhuma de vocês está pronta para nada que segue com isso, ou com metade das coisas que ele me fez passar... — O puxão parecia forte o suficiente para arrancar alguns fios da raiz e Rox gemeu tentando puxar a mão da Alison — Nunca mais quero ouvir uma menção do meu filho sair dessa sua boca suja. — Aquilo era só um sussurro, mas foi alto o suficiente para que uma turma inteira repentinamente calada e chocada pudesse entender e eu senti a ameaça velada em cada palavra. Ela nunca falou tão sério — Fui clara?

— Gente, chega! — a Gregorian falou mais alto e ergueu um dedo quando a Rox ia falar — Não, Losieur! Mais uma palavra e vai para diretoria. Isso serve para as duas. Heart, senta ali!

— Desculpa, professora... — Alison pediu e se sentou. Vi que sacudia os joelhos e cruzava as pernas de nervoso.

— Um absurdo, não lido com crianças aqui! —  a professora fitou firmemente as duas e fez um som de esgar —Ok... — Gregorian encerrou a briga e voltou pra aula. Compreendo perfeitamente porquê nenhuma das duas foi parar na direção logo que minha namorada esteve agarrada a Roxy que nem um marisco, a briga era pessoal, envolveu o filho de uma delas e a ruiva era irritante o suficiente para merecer ser posta em seu lugar, pelo menos ao meu ver, uma vez na vida — Agora eu quero ouvir vocês. — A Gregorian continuou — O que vocês pensam sobre o que foi dito sobre o assunto em pauta, "sexualidade"?

Passamos toda a aula discutindo sexualidade, sexo, DST, costumes antigos, machismo, liberdade sexual e todo o resto relacionado ao assunto. Quando o sinal tocou, eu escorei a Alison no corredor e a puxei pra um beijo intenso e quente.

— Que é isso? — ela me perguntou meio sorrindo meio olhando em volta pra saber se nenhum inspetor nos via.

— Algo pra você esquecer a Roxy.

— Ah... Ok. Mas acho que ainda me lembro... — Ela puxou minhas orelhas e me devolveu o beijo.

Nem levou muito tempo. O inspetor de corredores nos abordou e nos mandou voltar para aula antes que levássemos uma detenção.

 — Hey, irmão... — Eric me cumprimentou com um abraço bem masculino na saída — Lembrei ontem a data de hoje... você está legal?

— Hey, Eric. Estou legal, meu pai é que não está. Começou a beber ontem.

— Puta merda, que barra, bro.

— É. —  Ficamos em silêncio por uns minutos, Eric respeitava a minha dor e me entendia de alguma forma.

— Você precisa ir até lá, amigo, — Ele disse de repente — eu sei que te machuca. Mas acho que ia te ajudar a superar e a ajudar o seu pai se você fosse até lá e dissesse adeus. 

— Eu acho a mesma coisa. — Devon surgiu por trás de nós e se encostou do outro lado do meu ombro. — Você trancou tudo dentro de você para poder sobreviver a perda só que isso não vai funcionar para sempre e você tem problemas a resolver com a sua família.

 — Acho que vocês precisam parar de fumar maconha. —  Eu resmunguei —  Não vou até o túmulo de ninguém, ok? Eu estou ótimo!

  — É mesmo? — Eric duvidou — Você e seu pai vivem com um precipício no meio dos dois.

— Sua irmãzinha precisa de ajuda e você está desesperado por fazer alguma coisa. — Devon ajudava.

— E o que você está fazendo com essa cara de cu dilatado aqui fora quando podia ter montado no seu carro e ter ido para casa? — Eric perguntou.

— Estou esperando a Alison. —  pareceu que eu havia feito a revelação do século. Eles me encararam daquele jeito que as pessoas encaram quando você diz algo surpreendente, ou que tem uma doença terminal, erguendo uma sobrancelha e levando a cabeça pra trás. — Que é?

— Você nunca fica de pegação no colégio... — disse o Devon.

— Cara, você está bem? — Eric perguntou e colocou a mão na minha testa — Devon disse que só faltou você colocar Alison no seu colo durante a aula da Gregorian.

— E daí? É minha namorada...

— Oh, cara eu sinto muito... é grave? — Eric lamentou.

— Daí que você já namorou antes e não é normal para você... — Devon justificou encolhendo um ombro e coçando a orelha com a outra mão.

— Ok... — Eric me apontou o dedo indicador — Quem é você e o que fez com o Josh?

— Ah, vão à merda vocês dois!

Vi Alison passar pela porta distraída carregando a mochila nas costas. Provavelmente ia me buscar perto do carro. Estiquei o corpo para frente e também um braço para alcançá-la e a puxei pela mão.

— Ai! — ela reclamou ao bater de encontro ao meu peito — Ai... Josh! Que susto... — não tentou se afastar, até porque eu a prendi pela cintura. Girando o corpo para frente, ela viu meus amigos — Oi, gente... Você eu já conheço... Eric... — esticou a mão para cumprimentá-lo, em seguida virou para o Devon — E você é... Devon?

— Devon Scott... Fazemos sociologia juntos...

— Aham... Te conheço... — novamente ela esticou a mão — É um prazer falar com você.

— O prazer é meu. — Ele deu uma piscadela com seu melhor sorriso simpático.

Devon era assim, conquistava a amizade e o carinho das pessoas de um jeito natural e só dele, ele só tinha um dedo podre para relacionamentos amorosos, mesmo dando os melhores conselhos nessa área.

— Falávamos de você. — Eric disse e eu fiz sinal negativo com a cabeça para que ele calasse a boca.

— Falavam? O que?

— Que de todas as namoradas do Josh, você é a mais bonita... — Devon mentiu por mim, porque Eric não sabia a hora de se calar.

— Hum... Sei. — o olhar dela foi para cada um de nós.

— Vamos, loirinha? — eu chamei — Ainda quero ver se alcanço a Mad.

Fui com ela até o carro e assim que deixei os muros do colégio, ela foi certeira e direta.

— De que falavam?

— Nada demais... — Tentei parecer despreocupado — Eric é um mané... Não esquenta.

— Tá, mas se envolve meu nome, eu quero saber o que é...

— Foi bobagem... Disseram que eu não costumo esperar minhas namoradas.

Senti o calor dos seus olhos ao esquadrinhar meu rosto para verificar se era verdade. Como era um pedaço da verdade, não pareceria que eu estava mentindo. E ela pareceu satisfeita.

— E por que não? — ela quis saber.

— Bom... Sei lá... Porque não... — Porquê nunca me deu vontade, mas eu não diria isso a ela.

Alison se recostou no assento do copiloto e ficou em silêncio até chegar na escola da Medelyn. Não o típico silêncio que precede uma briga, só silêncio, como se ela estivesse mastigando tudo o que meus amigos disseram e o que eu disse, talvez eu devesse me sentir em perigo, mas curiosamente eu me sentia bem.

Pegamos a Mad, que ficou toda contente por ver a Alison e começou a tagarelar. Ou somente fingia estar satisfeita por eu não a ter deixado sozinha naquele dia.

 — Por que você veio? — Ela entrou no carro reclamando — Eu disse que ia visitar a mamãe hoje!

— Você pode ir depois de tomar um banho, que tal? — Eu sugeri. Não queria que Mad fosse sozinha da escola até o cemitério, era muito melhor que o mordomo a levasse de carro assim ela  estaria em segurança.

Logo Alison e ela começaram a conversar pelo caminho e eu pude me concentrar na direção até chegar no nosso destino. 

— Quando vamos sair de novo? Eu adoraria passear com o Tommy. — Ela dizia com um sorriso animado.

— Hum... Vou pensar. — Disse a Alison. Elas continuaram conversando no trajeto até a minha casa, eu alternava a estadia da minha mão direita entre o câmbio da marcha e a coxa da minha namorada. Meio que enviando uma mensagem telepática, transmitida pelo toque dos meus dedos massageando a parte interna de sua perna.

Era bom ter esse tipo de comunicação, sem que ninguém precisasse dizer nada verbalmente para que o outro pudesse entender. Pelo menos no que dizia respeito a sexo, nessa área funcionávamos perfeitamente. Quanto ao resto, nenhum de nós queria evoluir o relacionamento para que o resto se desenvolvesse. Sem sentimentalismo barato, nenhuma briga, sem ciúmes. Esse era o jogo. Se um dos dois tinha algum problema era melhor resolver sozinho, se a coisa toda não desse certo - e essa era a parte em que eu me colocava muito cuidadoso - então era a hora de dizer adeus, um beijo no rosto, um último abraço, "foi ótimo, obrigado" e viramos conhecidos. Assim de simples. Prático.

Depois que Madelyn pulou fora do carro, Alison me puxou pela camisa e me beijou de repente, ardentemente. Cheguei a ver estrelinhas pela invasão do contato dela na minha boca, a língua delicada lambendo contra a minha, o afresco do fôlego dela se misturando com o meu. Minha resposta a ela era sempre automática, sempre instantânea. Era como se estar excitado na presença dela fosse uma reação natural, eu não tenho a menor ideia se eu era o único homem que reagia dessa maneira tão intensa perto dela e de qualquer forma, eu nem ligava. A única coisa com a qual eu me importava era com o pulsar incessante e dolorido da ereção apertada contra o zíper da minha calça jeans.

— Vamos lá para casa... — ela sussurrou na minha boca. Nem precisava pedir duas vezes.

— Ok. — Pus a cabeça para fora da janela — Mad, eu vou com a Alison. — Gritei.

— Está bem.

— Pede ao Gordon para te levar até lá! — Mandei.

Dei a partida de novo a arranquei para a mansão dos Heart.

Eu poderia ir despindo a Alison pelo caminho até o quarto dela, a sério, eu poderia mesmo fazer isso tal era o meu desejo por ela, mas como Robert estava lá, como sempre, nos comportamos e subimos em fila com uma risadinha presa em nossas gargantas.

E uma vez no quarto, Alison parou diante da cama e ficou observando me aproximar. Já não era uma primeira vez, mas porra, eu estava nervoso de repente. Não temeroso ou mesmo tremendo, mas alguma coisa acontecia comigo que estava simplesmente fora do meu controle e fazia o meu coração disparar. Puxei a camisa pela cabeça e senti os lábios quentes da Alison fazendo um caminho de beijos até embaixo do meu umbigo, me causando um formigamento enquanto suas unhas arranhavam levemente pela minha pele. Eu adorava aquela visão, adorava ver a entrega dela estampada em seu rosto, dos olhos anuviados a linha rosada tingindo sobre seu nariz, adorava saber que ela sentia o mesmo desejo que eu sentia.

Intimamente, e para o meu completo estarrecimento, eu sabia que cada vez mais Alison cavava um caminho emocional dentro de mim, não que ela parecesse saber. Eu estava me apaixonando por ela, de pouquinho em pouquinho, em cada risada e com cada beijo quente, ela se tornava um elemento fundamental para que os meus dias fossem completos. Claro que a beleza contava, como um homem normal e brutalmente honesto comigo mesmo, eu me interessava bem mais por mulheres bonitas que por mulheres inteligentes logo de cara, mas me interessar e me apaixonar eram posições bem diferentes em campo. E ainda sendo honesto, eu só achava que estava me apaixonando, eu não podia afirmar com certeza que estava apaixonado. Mas sentia algo diferente.

Suas mãos eram finas e ágeis, abriram o botão da minha calça e o zíper sem nenhuma dificuldade, e eu enterrei meus dedos em seu cabelo, fazendo pressão na raiz para erguer seu rosto e ver aqueles olhos nublados, aqueles lábios abertos, me abaixei a sua altura e forcei-a a se levantar porque eu não conseguia deixar de beijá-la. Puxei sua camiseta pela cabeça, pausando brevemente o contato dos nossos lábios. Meti as mãos por baixo da mini saia plissada quadriculada que ela usava e alcancei a tira da calcinha, puxei para baixo bem devagar enquanto me ajoelhava e Alison se curvava, fincando as unhas nos meus ombros, sem soltar minha boca por nada mais que respirar.

— Abre a perna. — pedi separando minha boca da dela, depois de jogar sua calcinha no chão do quarto. Eu mesmo abri suas pernas e encaixei minha cabeça no meio delas.

— J...Josh... — ela soprava o meu nome entre os lábios vermelhos, agora livres. Firmava a pressão das unhas contra a pele dos meus ombros, deixando sua marca neles, e flexionava frouxamente os joelhos.

Eu era um homem que gostava de provar, de ter o gosto dela se desfazendo na minha língua, xarope doce, seda líquida e quente direto da fonte. Era como beber dela. Era uma bela inflada no ego saber que se ela não conseguia nem respirar de puro prazer, era por minha causa, era pelo que eu fazia no corpo dela. A cada vez que ela gemia, que ela gritava, que ela implorava, era por mim. Era porque Alison queria que eu desse mais a ela. Eu era o cara capaz de fazer Alison subir pelas paredes e demoraria muito tempo para que ela pudesse encontrar alguém que fizesse a mesma coisa por ela. Assim como eu sabia que nunca mais encontraria alguém que me fizesse sentir da mesma forma que ela fazia.

Embora também era como saborear dela, comer dela. Como se Alison fosse um banquete só pra mim. E eu estava faminto por ela. Sedento desse prazer líquido escorrendo por entre suas coxas.

Ela enfiou os dedos no meu cabelo me puxando para mais perto. Colocou uma coxa sobre meu ombro, apertando a perna contra minha orelha.

— Josh... Mais. — era uma delícia ouvi-la implorar. Ouvir a voz que era só um sussurro doce, daqueles que a gente ouve e sente a coluna derreter e morre de vontade de fazer o que ela pede. Mas eu me afastei. Ela começava a ficar rosada e eu queria que durasse o máximo que eu pudesse fazer durar.

Num movimento ágil e rápido, eu a levantei do piso acarpetado, pondo sua outra perna ao redor da minha cintura, a levei até a parede perto da cama e a mantive suspensa e indefesa sob o peso do meu corpo a sustentando e oprimindo.

— Tira a calça. — Ela pediu e a marca rosa debaixo dos olhos se tornou mais intensa. — Eu preciso...

— Vou tirar e vou dar o que precisa... — Sussurrei de volta, tocando a gema do polegar sobre um mamilo rosado, raspando sobre ele e vendo a cor se intensificar até torná-lo vermelho — Eu quero tocar você. — Eu disse antes de lhe dar um beijo rápido naqueles lábios que imploravam minha atenção. — Eu quero tocar cada pedacinho de você. Quero que sinta o quanto eu desejo você.

— Já sinto... — Ela ofegava — Josh, agora... Preciso de você agora.

— Tão bonita, Alison... — Ignorei seu pedido, mantendo-a parada usando a gravidade e a pressão de suas coxas ao redor da minha cintura a meu favor. Aproximei meu rosto do seu pescoço e lambi a pele dali, Alison ofegou no meu ouvido e se moveu fazendo força nos joelhos para não cair — Adoro o gosto da sua pele. — Cantarolei contra o oco do seu pescoço e pus uma mão por dentro da saia, cavando com a ponta dos dedos entre os lábios molhados e nus da sua vagina — Jesus, neném, adoro isso... Adoro como fica excitada, assim vermelha, e sentindo sua vagina doce chupando meus dedos.Você fica tão linda assim.

— Josh, eu vou enlouquecer se for mais adiante com isso... — Ela engasgou no final da frase justo no minuto em que abri meus dedos como uma tesoura dentro do canal estreito.

— Você deve ser devorada por esse prazer, neném... Não sabe disso? Quero que desfrute cada minuto disso. — Afirmei e aumentei o vai e vem dos meus dedos. Meu objetivo era demorar, era tornar aquilo um tempo infinito.

De certa forma queria que fosse memorável ou mesmo especial.

— Sabe? — Lancei a pergunta enquanto evitava fodê-la com meus dedos, tornando tudo aquilo somente uma torturante carícia. — Não quero que se sinta como uma garota qualquer...

— Que? — Ela franziu o cenho e encostou a cabeça contra a parede parecendo querer se concentrar.

— Você é especial, Alison... Quero que seja assim pra mim.

— E o que isso me torna diferente? — Eu tinha essa habilidade frustrante de dizer a coisa errada na hora errada e amaldiçoei minha língua enquanto me dava um chute mental no rabo.

— Só quero te tratar com carinho...

— Josh... Em primeiro lugar: Cala a maldita boca! — Ela aproveitou que eu movi minhas mãos para firmar suas pernas e me beijou — Em segundo lugar: O que eu quero que você faça é que me faça gozar logo, seja na cama, nessa parede ou na porra do chão. — Diante do meu olhar surpreso ela mordeu meus lábios — Só faça isso logo.

Por mais veemente que ela tenha sido, eu precisava manter o controle por algum tempo, eu precisava empurrá-la um pouco mais além para que ambos pudéssemos desfrutar e para isso eu precisava do colchão debaixo de nós, já que nossas peles estavam muito úmidas para que ela pudesse se segurar. Sentindo os ombros tensos por me conter e lutar contra meus instintos naturais, levei-a até a cama e fraca pela tensão, Alison caiu deitada sobre os lençóis. Desci as mãos por sua cintura até os joelhos e ergui-os mantendo suas longas pernas abertas. Com o indicador e o dedo médio abri os lábios molhados do seu sexo revelando a entrada estreita e faminta.

Como se provasse de um pote de mel, cavei meu indicador em sua entrada e lambi por toda extensão do seu sexo sentido-a empurrá-lo contra meus lábios e oferecê-lo em sacrifício ao arquear os quadris. Dentro da minha calça, meu pênis se torcia, torturado por já não estar pistoneando dentro dela e minhas bolas se apertavam diante da minha persistência em mantê-la na beira desse orgasmo que pairava sobre seu corpo.

— Josh, por favor... — ela tinha aquele bonito brilho perdido nos olhos, a íris dilatada fazia parecer que eram quase negros, só com um fino alo cinza.

Estava tão quente que o suor formava pequeninas poças sobre seu estômago e suas coxas se tornavam mais escorregadias. Porra, que tesão!

— Assim vai acabar muito rápido, amor. — eu respondi ao seu apelo, dando um beijo em um dos seus joelhos e logo um em seu sexo, metendo a língua por dentro do canal estreito e provando do mel que escorria dali. — Não é o que queremos, certo? — Cantarolei entre suas pernas.

— Por favor, Josh... — ela ergueu uma mão trêmula e empurrou a minha cabeça. — Eu preciso... preciso de você agora.

Aquele "por favor"... Foi tão dolorido, como uma necessidade. Como se ela precisasse tanto quanto de respirar. Ele sacudiu meu interior completamente. Fez meu peito contrair e o ar me escapar. Uma gota grossa de suor pingou da minha testa e outra desceu pelas minhas costas. Era impossível não ceder. Me ergui e busquei por sua boca, precisando desse beijo, busquei minha carteira no bolso da calça pra ver se tinha proteção enquanto as mãos frenéticas da Alison abaixavam minha calça jeans. Bendita fosse a única camisinha que me restava. Minhas mãos tremeram e cheguei a falar um palavrão pela primeira tentativa fracassada de descer o material pelo meu pênis duro e latejante. Não percebi o quanto estava tenso. Minha virilha doía por ela como uma ferida aberta. Mais uma vez não tirei a calça por completo, mantendo-a no meio das minhas coxas, mas talvez fosse bom assim. Nós só meio vestidos. Como se o curto ínterim de tirar a roupa fosse demais para que não pudéssemos nos tocar.

Passei uma mão por baixo dos seus quadris e a empurrei para cima pra que eu pudesse me ajoelhar no colchão e apoiá-la nas minhas coxas. Me ajeitei brevemente, tomando posição e deixei minhas mãos em sua cintura, desistindo de manter aquele jogo por mais tempo, segurando meu pênis e pressionando lentamente para dentro dela, vendo minha carne ligeiramente se dobrando para, lentamente, conseguir se afundar dentro do corpo dela sentindo a plenitude do seu calor se agarrando ao redor da minha carne.

— Assim... — ela gemeu e depois mordeu o lábio, apertando a cabeça contra o colchão.

Eu grunhia elogios sem saber exatamente o que eu estava falando. Alison me deixava maluco. Parecia que minha cabeça se soltava dos meus ombros e ia dar uma volta no espaço. O suor pingava pelas minhas costas como pequeninos rios. Alison apertava as pernas ao redor dos meus quadris, mantendo os calcanhares pressionados nos meus glúteos. Esticou uma mão no ar e a colocou sobre minha boca, eu abri-a e dois dos seus dedos tocaram minha língua então fechei os lábios sobre eles, chupando-os e tentando as terminações nervosas deles. Ela arqueou as coluna e sacudiu a cabeça de um lado para o outro, tentando se segurar com a mão livre no meu braço enquanto eu me movia para adiante para logo retroceder.

— Josh... Isso... — Ela sacudia a cabeça e segurava meus ombros com mais firmeza — Isso não é o suficiente... Mais!

— Calma, neném... — Eu sussurrei contra seus dedos e a penetrei com mais firmeza — Lento e fácil... Vamos fazer com que dure, ok?

— Não, forte e rápido! Por favor... — Ela choramingou, implorando — Agora, por favor.

— Assim acabaria a diversão mais rapidamente... É isso que você quer? — Tirei seus dedos da minha boca enquanto falava, mas os agarrei de novo, só pelo prazer de sentir o gosto da pele dela.

— Sim... Infernos, sim! — Eu não obedeci, não de todo. Empreguei um pouquinho mais de força, em movimentos longos, apenas pra que ela não sofresse muito e isso já foi o suficiente para sentir sua vagina se apertando com mais força ao redor do meu pênis.

Existe algum crime em fazer que minha namorada enlouqueça de prazer nos meus braços? Acho que não, embora talvez devesse. O sentimento que isso me causava era viciante e me dava mais prazer do que a sensação egoísta de penetrar em seu corpo.

Estiquei as mãos, subindo-as por sua cintura aos seus ombros e as fechei em torno do seu suave pescoço. Senti suas artérias pulsando freneticamente debaixo da pele macia e úmida. O cabelo dela grudava na nuca e parecia que tinha febre de tão quente que estava.

— Tão linda, Alison... — Murmurei em apreciação pelo resultado do que fazíamos.

— Meu deus do céu, Josh... — Ela chiou impacientemente no meio de um gemido, mostrando os dentes apertados — Eu devia matar você! — Puxando os dedos da minha boca, ela me puxou pela nuca e me beijou. — Será que eu preciso te implorar? — Alison perguntou fazendo um som parecido com um miado, mordeu meu lábio, quase com um rosnado de gato e exigiu — Forte e rápido... Me fôda!

Eu passei as mãos por baixo dos seus quadris, meio comovido pela ordem e com todo meu controle finalmente jogado pela janela, empurrando contra ela como se houvesse levado uma injeção de adrenalina. Fiz, finalmente, como ela queria, sexo suado e primitivo, e me deliciei com o resultado. A visão era, na melhor palavra, magnífica: minha amante rosada, empapada, trêmula e sem nenhum controle, fincando as unhas nos meus braços e ombros e gritando por mim.

— Josh... Josh... Vem comigo... — ela pediu entre um gemido e outro — Goza comigo.

— Estou tentando... — Isso não era tarefa fácil, principalmente quando eu tinha minhas bolas tão apertadas que era uma surpresa que ainda houvesse sangue irrigando por elas e a vagina doce da Alison chupando meu pênis cada vez mais firmemente para dentro enquanto se convulsionava ao redor dele.

Mais três estocadas e eu juro que se ela não tivesse gozado eu não ia aguentar esperar. Minhas articulações não suportariam tanto e nem a dor nos meus testículos ficaria melhor. Mas senti como se contraía o seu corpo e como mordia meu ombro para não gritar mais alto e assustar o Robert em algum lugar da casa. Eu senti como se houvesse me esvaído completamente, como se tivesse ficado oco por dentro. Meus joelhos amoleceram e me deixei cair sobre Alison sem o menor cuidado para não esmagá-la, embora ela não reclamou de nada.

O que me restava era o vazio, mas até esse vazio era delicioso, quando a sua cabeça parece feita de ar, todos os seus pensamentos viram vapor e o seu cérebro vira gelatina e você não precisa se concentrar em nada além de estar ali sem fazer nada, sorrindo com a cara de idiota virada pro colchão. Não havia dor para esconder numa caixinha e eu podia só ficar ali.


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yayyy!

Hello everyone!!!

Surpresa de novo!!

Um capítulo surpresa aí pra vcs, mas pq esse fds não teremos atts pois eu estarei estudando q nem uma LOUCA pra uma prova na qual eu nem sei se vou passar pois será mt difícil, por isso estarei estudando como uma LOUCA! :)

É isso... É assim a vida de uma universitária/escritora/criadora, não é fácil.

Eu no momento estou de cama, pois de alguma forma eu fodi a minha coluna dando banho na minha cachorrinha...Agr não consigo andar ou sentar por mais que 5 minutos sem chorar de dor. Nem me perguntem. Não tem remédio e eu to mal. :/ Mas minha cachorrinha ta num brilho só...

Enfim, muito muito muito obrigada pelos comentários e por votarem nos capítulos, gente isso dá uma força que vcs não tem ideia! Continuem fazendo isso por favorzão!!! Se puderem recomendar então vão estar fazendo um favor ainda maior para esta humilde escritora.... <3

Beijos quentinhos, abraços apertados, cheiros no cangote de cada um... Amo vcs!!!



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