Capítulo 16

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Eu sabia que Alison estava zangada, na verdade irritada. Com raiva e talvez querendo que eu explodisse. Embora ao invés de brigar comigo outra vez, ela decidiu por uma tática mais cruel e irritante: me ignorar.

Não aquela coisa infantil de mandar uma amiga falar coisas a um amigo meu para ele falar comigo, mas literalmente fingir que nunca havia sequer falado comigo ou mesmo me visto em algum momento da sua vida. Eu não me humilharia, nem tampouco iria me ajoelhar ou pedir que ela voltasse para mim, até porque nós nunca estivemos juntos de verdade. Mas eu queria pelo menos que o momento em que decidíssemos por fim aquilo fosse de um modo amigável, sem que perdêssemos contato. Eu não havia me livrado do que eu sentia por ela!

Não havia me livrado sequer da lembrança tentadora do corpo dela se contorcendo deliciosamente debaixo do meu. Ou do gosto tempestuosamente doce daquela conchinha apertada se despejando em líquidos na minha língua.

Sempre fui um sujeito com um apetite sexual saudável, em busca de garotas como todo garoto adolescente hétero sem nunca chegar a ser um verdadeiro predador, jé que eu me importava mais com a qualidade do sexo que com a quantidade dele. Minhas mulheres nunca reclamaram, entretanto, então acho que fiz um bom trabalho - exceto a minha primeira vez que foi um fiasco total.

Eu, um moleque de 14 anos, havia conseguido levar uma das meninas da minha sala para uma das camas do acampamento de verão que o colégio havia patrocinado e onde eu vi a oportunidade perfeita pra perder o "cabaço". Sempre fui alto demais para minha idade, característica herdada de ambos os meus pais, embora minha musculatura ficou definida mais cedo que os dos meus colegas e isso chamou a atenção das meninas para mim, pois eu não era magro e desproporcional como a maioria dos garotos da minha idade.

Ela se chamava Kasey Marrison, era uma gracinha de menina apesar das espinhas no queixo, tinha pernas longas e seios grandes para uma garota de 14. Nos juntamos no início da tarde, me lembro que fazia um terrível calor e eu estava nervoso. Meus amigos me pressionavam e eu também queria muito saber como era fazer sexo de verdade com alguém. Eles, os garotos, conseguiram distrair o inspetor para que eu pudesse levá-la de volta as cabanas. Ela sabia o que iríamos fazer e também estava nervosa, ansiosa e com medo assim como eu.

No entanto, talvez fosse a coisa errada a ser feita ou eu precisava estar mais confortável. O fato foi que não acabou como nenhum de nós dois queria. Eu fiz tudo como me disseram no início, fui devagar, tomei o cuidado de despi-la com calma, embora minhas mãos tremessem e eu suasse e respirasse pesadamente como se houvesse corrido por horas, esperei que ela relaxasse, coloquei o preservativo no meu pênis já duro e me preparei, posicionado entre as pernas belas e esguias da Kasey. Observando os lábios gordinhos e jovens de sua vagina adolescente, com aquela rarefeita cobertura de pelos grossos e macios, brilhando pelos sucos de sua excitação, se abrindo lenta e nervosamente para mim. Toquei, pela primeira vez na minha vida, meu membro contra o calor líquido do corpo dela e foi a perdição.

Naquele ponto eu já não pude me conter. Mesmo quando ela pediu que eu esperasse um pouco, eu não pude. Simplesmente encaixei meu membro entre os jovens lábios rosados e pouco lubrificados e empurrei. Ela deu um grito de dor, mas eu estava tão excitado aquela altura e não podia parar. Me movi para trás e depois para frente, em seguida para trás outra vez e para frente, sentindo o prazer se movendo por dentro de mim com uma onda violenta que fez todo o meu corpo se sacudir e a mera presença da minha jovem primeira amante ser somente um detalhe irrelevante diante de mim, tudo o que eu queria era gozar. E fiz exatamente isso pouquíssimos segundos depois. Deixando meu corpo tremente cair para o lado e Kasey ergueu uma mão até os olhos, secando seu choro.

— Kasey... — Eu chamei, tentando soar carinhoso por cima do sono que insistia em me derrubar — Está tudo bem?

— Não... — Ela me respondeu entre as lágrimas — Não foi como eu pensei.

Juventude à flor da peleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora