Capítulo 17

417 35 11
                                    


Abri a porta e peguei minha carteira no porta luvas, fechei o carro e fomos caminhando em direção ao parque.

- Por que quer saber? - Perguntei passando uma mão sobre seus ombros para trazê-la mais para perto de mim.

- Você perguntou se é o que eu quero, por acaso?

- A ideia de você e eu sermos namorados soa desagradável para você? - Perguntei - É que eu não podia suportar ver o Eric aplicando toda sua técnica de sedução para por você na sua lista de corações partidos.

- Não é que seja desagradável... - Ela voltou a cruzar os braços sobre os peitos e os empinou um pouco mais sob o decote, revelando um trecho de pele nua e bronzeada de um de seus seios macios e arredondados. Obrigado, Deus! - Eu não gosto que tentem me controlar ou que tomem decisões sobre a minha vida sem me consultarem antes... É a minha vida, Joshua e ninguém deve vivê-la por mim. Tentar me controlar só vai me manter afastada.

- Ok, entendo... E respeito isso... Mas não é algo pelo qual eu aceitaria um 'não' como resposta. - Expliquei encolhendo os ombros - Eu insistiria até você aceitar.

- Ou até eu pedir uma medida cautelar.

- Eu iria para cadeia... - Afirmei convictamente.

- Não pode estar falando sério. - Ela me encarou, perplexa. - E o Eric não fez nada demais, só conversamos, ele estava falando sobre o clima e sobre o professor da minha próxima aula.

- Certo, talvez não esteja, contudo você pode não ter percebido bem, mas eu percebi o que tem entre nós e não vou deixar você ir até que se acabe essa coisa. Então, aproveita a viagem e divirta-se. - Avisei com uma carranca, meio mal humorado por ela defender o Eric tão inocentemente - E, sim, Eric ia dar em cima de você se tivesse a chance. Você é linda, Alison, e ele ia adorar ter uma garota linda como você na cama dele. - E isso não era nenhuma mentira para mantê-la só para mim, eu conhecia bem o meu melhor amigo - E não se engane com o jeito de moleque dele, Eric é um pervertido, ele gosta de coisas estranhas e pesadas e eu não quero que ele tenha a oportunidade de fazer isso com você. Só a ideia de outro cara te tocando me deixa doente!

- Já passou pela sua cabeça, em algum momento, que não é porque um cara me canta que eu logo vou parar na cama dele? - Ela perguntou soando séria e beirando o ofendida - Ou que o corpo é meu e eu faço com ele o que eu quiser?

- Ok, concordo, mas... Ele sabe manipular, é um cara bonito e tem muita lábia...

- Você também tem muita lábia. - Ela inteirou encerrando a conversa.

Devo dizer o tamanho da minha satisfação? Acho que não é necessário. Mas passamos um bom momento juntos. O que os casais normalmente fazem quando saem, nada muito diferente... Tomamos um sorvete ao lado da Coffee Bean - a primavera estava terrivelmente quente naquele ano e nem sinal de chuva -, compramos tikets para o parque, fomos no carrinho bate-bate, andamos de montanha russa, demos uns beijos quentes na roda gigante, fomos nos estandes de tiro ao alvo, embora eu só ganhei um saco de balas e ela ganhou uma camiseta muito bacana do Senhor dos anéis que ainda estava fazendo muito sucesso entre as pessoas e esse era um dos prêmios legais (o que provava e minha teoria de que ela sabia atirar), quando a fome aumentou fomos ao GAPE comer frutos do mar antes de voltar para os brinquedos do parque.

- Não deixa a Rox te perturbar, ok? - pedi no meio de uma conversa depois de um beijo bem longo em uma das mesas do Funnel, estava tarde e já era hora de voltar para as nossas casas. Então a levei de volta para o carro.

- A Roxy não me perturba, Josh. - Ela esclareceu olhando para frente despreocupada, para o asfalto do estacionamento ao lado do carro parado. - Na verdade ela sequer me incomoda.

Juventude à flor da peleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora