Juventude à flor da pele

By Kalliel

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É difícil dizer o momento exato em que se ama ou mesmo explicar exatamente como acontece. No minuto em que to... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
5 anos depois
Epílogo

Capítulo 17

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By Kalliel


Abri a porta e peguei minha carteira no porta luvas, fechei o carro e fomos caminhando em direção ao parque.

- Por que quer saber? - Perguntei passando uma mão sobre seus ombros para trazê-la mais para perto de mim.

- Você perguntou se é o que eu quero, por acaso?

- A ideia de você e eu sermos namorados soa desagradável para você? - Perguntei - É que eu não podia suportar ver o Eric aplicando toda sua técnica de sedução para por você na sua lista de corações partidos.

- Não é que seja desagradável... - Ela voltou a cruzar os braços sobre os peitos e os empinou um pouco mais sob o decote, revelando um trecho de pele nua e bronzeada de um de seus seios macios e arredondados. Obrigado, Deus! - Eu não gosto que tentem me controlar ou que tomem decisões sobre a minha vida sem me consultarem antes... É a minha vida, Joshua e ninguém deve vivê-la por mim. Tentar me controlar só vai me manter afastada.

- Ok, entendo... E respeito isso... Mas não é algo pelo qual eu aceitaria um 'não' como resposta. - Expliquei encolhendo os ombros - Eu insistiria até você aceitar.

- Ou até eu pedir uma medida cautelar.

- Eu iria para cadeia... - Afirmei convictamente.

- Não pode estar falando sério. - Ela me encarou, perplexa. - E o Eric não fez nada demais, só conversamos, ele estava falando sobre o clima e sobre o professor da minha próxima aula.

- Certo, talvez não esteja, contudo você pode não ter percebido bem, mas eu percebi o que tem entre nós e não vou deixar você ir até que se acabe essa coisa. Então, aproveita a viagem e divirta-se. - Avisei com uma carranca, meio mal humorado por ela defender o Eric tão inocentemente - E, sim, Eric ia dar em cima de você se tivesse a chance. Você é linda, Alison, e ele ia adorar ter uma garota linda como você na cama dele. - E isso não era nenhuma mentira para mantê-la só para mim, eu conhecia bem o meu melhor amigo - E não se engane com o jeito de moleque dele, Eric é um pervertido, ele gosta de coisas estranhas e pesadas e eu não quero que ele tenha a oportunidade de fazer isso com você. Só a ideia de outro cara te tocando me deixa doente!

- Já passou pela sua cabeça, em algum momento, que não é porque um cara me canta que eu logo vou parar na cama dele? - Ela perguntou soando séria e beirando o ofendida - Ou que o corpo é meu e eu faço com ele o que eu quiser?

- Ok, concordo, mas... Ele sabe manipular, é um cara bonito e tem muita lábia...

- Você também tem muita lábia. - Ela inteirou encerrando a conversa.

Devo dizer o tamanho da minha satisfação? Acho que não é necessário. Mas passamos um bom momento juntos. O que os casais normalmente fazem quando saem, nada muito diferente... Tomamos um sorvete ao lado da Coffee Bean - a primavera estava terrivelmente quente naquele ano e nem sinal de chuva -, compramos tikets para o parque, fomos no carrinho bate-bate, andamos de montanha russa, demos uns beijos quentes na roda gigante, fomos nos estandes de tiro ao alvo, embora eu só ganhei um saco de balas e ela ganhou uma camiseta muito bacana do Senhor dos anéis que ainda estava fazendo muito sucesso entre as pessoas e esse era um dos prêmios legais (o que provava e minha teoria de que ela sabia atirar), quando a fome aumentou fomos ao GAPE comer frutos do mar antes de voltar para os brinquedos do parque.

- Não deixa a Rox te perturbar, ok? - pedi no meio de uma conversa depois de um beijo bem longo em uma das mesas do Funnel, estava tarde e já era hora de voltar para as nossas casas. Então a levei de volta para o carro.

- A Roxy não me perturba, Josh. - Ela esclareceu olhando para frente despreocupada, para o asfalto do estacionamento ao lado do carro parado. - Na verdade ela sequer me incomoda.

- Então por que você ficou daquele jeito? - Perguntei esperando que ela entrasse depois de abrir as portas e rapidamente dei a volta para entrar.

- Foi por mim mesma... - Ela checou as unhas, mas sem interesse, simplesmente não parecia querer me olhar - Ok, não vou mentir. No início fiquei muito puta com você por me fazer sentir ferida, mas depois de uns dias eu parei para pensar com mais clareza e vi que eu podia estar exagerando um pouco. É como eu disse, você não me devia nada e eu não tinha o direito de me chatear.

- Mas ficou chateada... - Estiquei minha mão e ergui seu rosto com o indicador e o polegar para que ela me olhasse nos olhos.

- Exatamente... Quer dizer, eu não ter o direito não significa que aquilo não me deixou irritada... Mas, você sabe, não tinha nem passado um tempo razoável e você pareceu partir para outra... Isso ofende um pouco o meu ego, sabia? Como se eu não fosse... Boa o suficiente para que você logo corresse pra outro par de pernas para apagar o seu tesão...

- Como se eu não tivesse gostado? - era bom saber que era assim que ela se sentia, embora eu não pudesse absorver toda a totalidade do que era tudo aquilo.

- É...

- Eu gostei... Gostei muito... Muito mesmo, gostei para cacete! Muito mais do que deveria ter gostado.

Arranquei com o carro e segui o caminho e volta. Ela me olhava com o cenho franzido.

- Mais do que deveria, é? E quanto seria isso?

- Isso o que?

- Isso tudo, eu, você, essa pseudo relação que você insiste em que eu me meta... - De novo seus jogos de palavras, ela não me deixaria saída. - O sexo...

- Quando eu te vi, Alison, você metida naquela mini saia rosa, me pedindo castamente por uma caneta, eu soube que as coisas podiam ser realmente muito boas. Muito quentes entre nós. - Expliquei - Mas depois você mostrou essa sua personalidade de cavalo selvagem e eu soube que poderia ser incrível, mas ainda um incrível que eu estava familiarizado... - Alison sorriu ao me ouvir falar isso.

- E depois?

- É o "muito mais do que" que eu gostei. - respondi encolhendo os ombros. Ela pareceu relaxar mais no banco do copiloto. - E eu não sei o que fazer com nada disso ainda.

- E quanto mais?

- Muito mais... Não dá pra medir.

- Sei... - Ela comentou meio prepotente e um pouco jocosa. Mas era bom que ela se sentisse à vontade pra brincar de novo.-Eu gosto de estar com você, Josh, mas isso é perigoso para mim.

- O que quer dizer? - Perguntei dobrando uma rua e pegando um caminho mais curto.

- Eu tenho planos na minha vida e um relacionamento não estava entre eles. E de repente você chega e me impõe suas condições e as suas vontades e eu tenho que só aceitar assim?

- Não é isso... - Ela estalou a língua.- Desculpa se pareceu isso, Alison, eu... Só quero ficar com você.

- Nós podemos tentar fazer isso, de algum jeito maluco que não traga os mesmos prejuízos que o Kevin me trouxe? Eu não quero um coração partido de novo, não quero me apaixonar por você. - ela disse inocentemente, mas ouvir o nome desse cara me irritou a ponto de eu não permitir que ela terminasse seu apelo, não queria mais que ela tocasse no nome do infeliz que só fez sacanear a vida dela e do Tommy que nem tinha ideia de quem era o filho da puta do pai.

- Olha... Vamos fazer o seguinte: não mencione mais o seu ex-namorado babaca na minha frente, ok?

- Tá... - ela ergueu as sobrancelhas de surpresa ao me responder. - Desculpa, mas é que eu só tenho um ex namorado filho da puta.

- Certo, deixa pra lá... - dessa vez eu mudei de assunto - Você pode mandar o seu mordomo buscar o seu carro? - me lembrei que o Porsche havia ficado no estacionamento do colégio.

- Posso... Vai me deixar em casa?

- Sim, senhora.

- Quanto tempo duram os seus namoros, Joshua? - Ela mudou o tema outra vez, rapidamente como nas outras, quase me deixava tonto para acompanhar seu raciocínio.

- O recorde? - Eu entendia a pergunta, fazia sentido que ela quisesse saber o que vinha pela frente. Assim ela saberia o que esperar.

- Exatamente...

- Quatro semanas e meia.

- E por que quer isso? Conosco.

- Porque se eu não transar com você de novo, Alison Heart, eu talvez entre em algum tipo de estado catatônico. - eu não ia mentir. Sentia falta disso, da magia que fizemos sobre o meu colchão, mais que tudo. -Porque se o Eric tentar dar em cima de você outra vez, e eu não digo que você vá entrar no jogo dele, eu talvez seja preso pelo homicídio do meu melhor amigo. Porque eu sonho com você pelo menos quatro vezes por semana, porque é em você que eu tenho pensado todas as vezes que me masturbo. - Apertei os dedos no volante com mais firmeza sentindo minha virilha se contrair - Nós temos qualquer coisa aqui e precisamos resolver. Eu me importo com você, eu gosto de você e eu gostaria que pudéssemos fazer isso sem culpa.

- Mas por quê não podíamos ter um acordo? - Ela sacudiu um ombro, mas tinha as bochechas bastante coradas pelo que eu disse - Como nos telefonarmos quando um ou outro quer um pouco de atenção, a gente transa por algumas horas e pronto... Cada um volta para a sua vida e ninguém se machuca.

- Porque eu não quero dividir você... - Franzi as sobrancelhas e guiei por um outro caminho mais curto até a casa dela - Nada pessoal, não é por achar que você estaria me passando para trás, mas eu apenas não gosto de dividir. - Ela ficou em silencio por uns dois minutos.

- Então namoramos, mas estamos salvos de sentimentos banais, podemos fazer isso?

Alison era prática, como eu, e logo jogou suas cartas. Essa coisa melosa de filme romântico não era para nenhum de nós dois. Então o jogo seria claro entre nós, sem sentimentalismo barato, sem promessas, sem ciúmes, sem preocupação e sem brigas. Só nos divertirmos um com o outro enquanto funcionasse e enquanto aquilo nos fizesse bem. Mesmo que no que cabia ao meu interesse, nenhum de nós deveria proporcionar "diversão" a uma terceira pessoa.

- Você manda. - Então elaboramos o acordo pacientemente pelo caminho na estrada de Santa Mônica Blvd, tomando mais algumas ruas de atalho até chegarmos em frente a mansão Heart. O acordo era bem simples e seguro para nós dois e Alison me observava absorvendo tudo o que eu dizia até a última sílaba e dizia seus termos logo em seguida, acordando ou discordando de mim quando achava necessário. Eu sabia que ela precisava dessa segurança, que ela não queria emoção ali, e eu também era de acordo, pois só atrapalharia o que ambos queríamos.

- Ok... - Ela assentiu, concordando depois da longa conversa que seguia conosco parados no portão da mansão, não parecendo ter nenhuma dúvida, em seguida se esticou sobre o meu assento e me beijou bem devagar fazendo um turbilhão de fogo subir pelo meu corpo, e falou em seguida - Então vamos entrar e você vai me mostrar o quanto sentiu falta do meu corpo me pondo nua debaixo de você...

Antes que eu pudesse responder, ela destravou a porta e saiu dando uma risada, como se fosse uma pequena presa correndo do predador e estivesse se divertindo com isso.

Eu a segui dentro do veículo depois que a equipe de segurança abriu o portão nos permitindo entrar e Alison disparava correndo pelo caminho de pedra, um feixe de luz do flash de uma câmera atrás de nós chamou minha atenção por um segundo a tempo de ver o paparazzi do outro lado da rua. Calmo, fitei o olhar do segurança a espera de um comando e indiquei o parasita social do outro lado para que dessem um jeito nas fotos. Só então eu parei o carro e saí atrás dela e alcancei na porta de entrada.

Beverly Hills era cheia de mansões opulentas, pessoas famosas, fotógrafos e turistas, o que significa que era usual ter gente estranha te fotografando enquanto você está nadando ou enquanto o seu jardineiro poda as roseiras, tão comum que já não reparávamos mais nos turistas. De qualquer maneira, sendo ou não um sujeito comportado, sua imagem podia se exposta em tablóides de mal gosto com história cheias de mentiras e isso não era bom de nenhuma forma e aquela era uma área privada e de acesso proibido a esse tipo de gente. Cada um lidava com eles da sua maneira, fosse não dando atenção, fosse manipulando a mídia ou tendo ótimos contatos e bons advogados. Mas uma coisa era ele tirarem uma foto minha, outra bem diferente era exporem a imagem da Alison! Todo o meu senso de proteção não admitiria que isso acontecesse, ela mesma já havia me contado o que os tabloides fizeram para a família dela e eu não podia permitir que fizessem isso outra vez por minha causa.

A mansão por fora era sozinha uma beleza, mas o interior conseguiu ser mais impressionante. O piso de cedro, as paredes revestidas de branco, uma rica decoração de estilo clássico com um suave toque moderno, um lustre de ferro preto cheio de pequenos cristais pendia no teto de uma ampla entrada livre de móveis com uma escadaria dupla, tudo muito polido, lustrado e limpo, muito ricamente decorado e sem um milímetro de exagero, uma perfeição que beirava o transtorno obsessivo compulsivo. Apesar de estar habituado a uma vida de luxo, era sempre interessante entrar em um lugar novo e bem arrumado. A arrumação sempre refletia um pouco dos donos da casa ou dos empregados de acordo com os toques pessoais que cada um dava.

O mordomo passou por nós dois, Robert era interessante a primeira vista, baixo e muito magro, metido em um terno simples, cinza escuro, com uma belo colete azul marinho e uma gravata combinando, olhos caídos que lembravam dois besouros negros e uma voz muito grave para alguém do tamanho dele.

- Boa tarde, Robert. - Ela o cumprimentou com um sorriso doce, caminhando comigo pela entrada bem devagar.

- Boa tarde, senhorita Heart. - Ele respondeu apenas parado e cheio da mesma educação formal do Gordon, o que era meio irritante para o meu gosto, mas pude sentir um leve sotaque australiano em sua voz - Posso saber se aconteceu algo de grave com a senhorita, o almoço foi há várias horas e a senhorita deveria ter voltado as treze horas da tarde?

- Não houve nada... Nós apenas saímos para conversar e dar uma volta. Algum recado para mim?

- Não, senhorita.

- Certo... Eu... - Ela assentiu e continuou - Nós tivemos que deixar o meu carro no colégio. Você pode ir buscar para mim, por favor?

- É claro que posso, senhorita. - Ele respondeu e pegou as chaves que ela oferecia para ir buscar o Porsche. Em seguida ela me levava pelos degraus da escadaria

- Obrigada... E o Tommy? - ela quis saber parando no caminho.

- Tamara o levou para um passeio... O menino chorava muito e achei que ela pudesse levá-lo para tomar Sol...

- Mas ele está bem? Por que não me ligaram? - Ela inquiriu, pondo a voz mais firme e cheia de instinto protetor.

- Acreditávamos que a senhorita estaria em casa em alguns minutos... - Ele explicou e Alison desceu os degraus que havia subido soltando a minha mão.

- Ele é o meu filho, Robert.- Ela avisou e toda aquela pose formal pareceu ser engolida em meio a uma expressão de embaraço - Então se ele chorar, não me importa se estou no portão da mansão ou no colégio ou em qualquer outro lugar, não me importa quanto tempo falta ou deixa de faltar para que eu chegue em casa, eu quero e devo ser informada!

- S-sim, senhorita... Mil perdões.

- E diga a Tamara que iremos conversar quando ela voltar. - Quase fiz uma careta, todo tom doce e simpático havia sido derrubado na voz dela para dar lugar a uma outra face da Alison, face da dona da mansão e a mãe super protetora.

- Sim, senhorita Heart. - Com isso, Alison expirou e exalou profundamente e pareceu a garota de antes novamente e voltou até o degrau da escada, pegando minha mão novamente.

- E meus pais?

- A senhora Heart chega em meia hora e o Sr. Heart, na hora do jantar.

- Obrigada, Robert. Não queremos ser incomodados. - Ela deu a declaração final e continuou o caminho segurando a minha mão.

- Sim, Senhorita Heart. - Ele assentiu obedientemente as nossas costas.

Alison continuou me puxando pelas escadas até dobrarmos a direita para um corredor largo até a terceira porta à esquerda. Assim que entramos, ela me soltou novamente.

- Bem vindo ao meu quarto. - Ela soou inocente, sem a mesma malícia e sem mais correr como a pequena presa de antes, dei uma risada baixa adivinhando seu objetivo.

- Qual é o jogo? Você desistiu ou teremos uma revanche? Batizamos o meu, agora é o seu...

- Só se você se comportar...

Resolvi dar uma olhada em volta. Como ela fez no meu quarto, andei ao redor do seu analisando os pequenos cantos. Era um quarto duas vezes maior que o meu. Uma cama enorme com lençóis de uma cor rosada em cima à esquerda e um ambiente com TV, poltrona e sofá à direita. Bem feminino, mas sem tanto frufru e nenhum babado, um ambiente confortável para ela dormir e brincar com o filho se assim quisesse. Paredes revestidas em um tom pastel de marrom, poucos móveis, claros de corte simples, mas inacreditavelmente elegantes, meio que uma mistura de moderno e rústico, porém bastante pessoal e com a cara dela. Fui até a sua estante de CD's dar uma olhada na coletânea. Iron Maiden, Aerosmith, Morehead, Slipknot, Queen, Three Doors Down, Three Days Grace, Limp Bizkit, Kiss e Simple Red eram alguns dos exemplos que ela possuía, apenas os melhores álbuns já lançados ou os seus preferidos, nada de coleções de uma mesma banda. Girei os olhos.

- Depois você diz que não é metaleira... - resmunguei. Logo vi que havia vários exemplares de música country, o que era interessante de saber.

Em sua maioria os álbuns de música country eram de cantoras femininas como Shania Twain, Faith Hill e Sheryl Crow, mas também encontrei uns do Billy Ray Cyrus, George Jones e Roy Clark.

- Isso é Baladas e New Age, bobão. - ri e puxei um deles que me pareceu destoar dos outros por não ter título na lateral, se tratava de um cd caseiro, mas reconheci o nome do artista e fiquei realmente impressionado. - E eu não escuto só Rock, sou bastante eclética na verdade. Ouço de tudo o que eu gostar.

- Hum... Steve Vai? - Perguntei erguendo o CD simples provavelmente feito por alguém para ela ou por ela própria.

- Fazer o quê? Eu curto guitarristas... - Ele me deu uma piscadela, lembrando que eu tocava guitarra, mas nunca tocaria como ele. De qualquer forma era interessante saber que gostávamos do mesmo guitarrista.

Fui até o aparelho de som e coloquei o CD pra tocar. As notas da guitarra do Steve povoaram o quarto. Era meu guitarrista favorito depois de Carlos Santana. Steve, nas palavras do Devon, "fazia amor com a guitarra". E eu acredito que às vezes parecia que ela gozava nas mãos dele, principalmente em Tender Surrender, minha intitulada "música oficial para transar". Santana era outra história, esse fazia a coitada chorar. Dois estilos diferentes, dois deuses diferentes.

Eu me virei para observá-la.

Alison balançava a cabeça ao ritmo da música Touching tongues. De um lado para o outro e para frente e para trás. Dei um passo à frente e segurei sua mão, começamos a dançar, assim juntinhos por alguns minutos, sem nenhum jogo de pegar. Só nos abrasando e esperando estalar aquilo que ambos sabíamos que estalaria. E nem demorou muito já que eu estava pronto para ela a qualquer momento.

Bastou um pequeno movimento e eu olhei nos olhos dela, aqueles lindos olhos de fumaça, cinza escuros com pequenos diamantes negros e bolinhas azuis. Eu gostava muito dos olhos dela. Da cor e de como eles brilhavam com a luz. De como escureciam quando ela ficava excitada e de como pareciam ameaçadores quando estava com raiva. A cor deles sempre me hipnotizava, mudava de tom conforme seu estado de humor, quando estava zangada eles se endureciam até parecerem pedaços de aço, afiados e duros e quando ela ria as bolinhas azuis brilhavam e se mesclavam com o cinza e eles pareciam com um solário.

- Eu odeio ficar prometendo coisas, mas eu posso prometer que seu coração vai sair intacto de tudo isso. - comentei escovando meus lábios sobre os seus e ela piscou confusa - Vamos fazer isso e vai dar certo, é só viver o momento.

- Ah... Bom... - Ela balançou sobre os pés, esticando os joelhos, e ergueu o queixo para mim - Se você diz...

- Está pensando no que eu estou pensando? - sussurrei em seus lábios.

- Não sei. - ela me respondeu da mesma maneira. - Em que está pensando?

- Podemos nos divertir um pouco... Sabe? - Sugeri, mesmo sabendo que ia acontecer de um jeito ou de outro - Sem muito barulho... Eu, você e o Steve?

- Que tal eu, você, Steve e balas de menta? - Ela disse e um brilho piscou no canto daqueles olhos, enchendo-os de promessas maliciosas.

- Hum... Acho uma excelente ideia... Mas não tenho balas de menta.

- Eu tenho... - Alison foi até o closet e apanhou uma bolsa e de dentro dela tirou o que restava de um dropes de balas de menta extra forte - Tenho três.

Fui até ela e apanhei as balas. Tirei uma e guardei o resto para mais tarde.

- Abra a boca. - eu disse e Alison abriu graciosamente os lábios, pus a bala sobre sua língua e ela fechou os lábios sobre meu indicador e o chupou travessamente. Apertei os olhos junto com Alison enquanto ela chupava a ponta do meu dedo e sorria perversamente - tsc, tsc, tsc... Menina má... Eu devia te dar uns tapas no bumbum.

- Achei que podia ser a minha vez de ser malvada... - ri entre os dentes adorando essa facilidade que ela tinha para flertar.

- Sempre tem uma resposta na ponta da língua? - ela encolheu os ombros e levantou as sobrancelhas.

- É o meu charme.

- Sei... - levei minhas mãos até a barra da blusa rosa e a puxei até que saísse, achei que ela estava sem sutiã já que as mangas começavam debaixo da linha dos ombros, mas era um daqueles modelos sem alça que deixava os seios erguidos, uma coisa linda de se ver. Passei os braços ao redor de sua cintura para beijá-la. Ela fez o mesmo com minha camisa quase sem soltar a boca da minha e sempre voltando para mim, lambendo e chupando pelos meus lábios. O gosto da hortelã deixava a boca dela quente e fria ao mesmo tempo dando um contato diferente.

Já estávamos excitados e sentindo aquele calor e uma urgência feroz começava a tomar conta de nós. Eu a ergui do chão e a levei para perto da cama. Alison me empurrou para que eu sentasse e voltou a me beijar, querendo dominar e ter o controle sobre mim. Como ela disse, era sua vez de ser malvada e eu dei um refresco e deixei que fosse. Na verdade, queria ver do que ela era capaz, mas nada me preparou para aquilo.

Nossas mãos puxavam os botões das calças um do outro. Nossas bocas não se soltavam por mais que dois segundos. O ar ficou mais pesado ao nosso redor. Eu era vagamente consciente do som da guitarra de Windows to the soul e plenamente do gosto de menta na boca da Alison.

Acabei me livrando da calça a base da patada e logo depois da boxer. Ela não era tímida. Acho que da outra vez, no meu quarto, Alison estava me testando. Vendo até onde eu iria para depois me mostrar o que podia fazer. Porque esticou a mão para baixo e segurou no meu pau com toda segurança e satisfação, acariciando com o polegar sobre a cabeça por baixo do tecido da cueca, medindo o comprimento e a grossura mordendo o lábio inferior levemente e franzindo o nariz. Me tentava com esse olhar sedutor. Via como eu gostava. Mais suave ou mais forte? Mais lento ou mais rápido?

Tonto pelos toques dela, deixei cair meus braços na cama. Ela havia parado de beijar minha boca e passou a explorar o resto do meu corpo, deixando aquele rastro de calor e frio. Senti seus lábios tocando pelo meu pescoço, seus dentes no meu peito, sua língua lambendo meus mamilos e beijos pela minha barriga e descendo. Pela primeira vez me senti como minhas amantes se sentiam, adorado e desejado e isso foi na mesma medida desafiador, prazeroso e interessante. Foi extremamente excitante vê-la sendo livre para experimentar, me explorar e provar. Sentindo seus lábios macios e sua língua rosada e úmida sobre a minha pele. "Neném, eu sou todo seu!"

Mal acreditei no que ela faria... Quer dizer, geralmente as garotas fazem porque você pede (e pede com bastante insistência), mas lá estava ela. Os cabelos cor de mel soltos, sem blusa, com aquele sutiã rosa Pink de rendinha e sem alças e de shortinho, de joelhos e lambendo os lábios, querendo me chupar.

Obrigado, Deus!

Embora Alison não pôs meu pau direto na boca, o que me fez engolir saliva em expectativa, primeiro senti um ligeiro sopro bem na ponta e foi como se aquele sopro gelado mandasse um raio ao longo da minha coluna até meu cérebro. Acho que estremeci ou me sacudi, mas não tenho certeza. Em seguida lambeu, esfregando lentamente a língua ao redor da glande e levantando os olhos diretamente para mim, me desafiando com uma cara travessa mas ao mesmo tempo com uma pitada de falsa inocência, eu apertei os dentes e chiei. Lambeu uma, duas, três vezes, piscou os olhos de vagar e em puro deleite, gemeu languidamente de prazer e lambeu mais, como se fosse um picolé que ela quisesse tanto que queria provar aos poucos para que não acabasse rápido, gota por gota que escorria ao redor enquanto se aquecia e derretia por ela. Até que fechou aqueles lábios rosados ao redor do meu pau e eu pude ver estrelas. A boca dela era quente, um balsamo, dominada pelo hálito refrescante da bala. A sensação era como um disparador elétrico pelo meu corpo, me fazendo desejar que ela fosse mais firme, mais constante para que eu gozasse numa explosão, mas Alison tomava o próprio ritmo, pressionando e girando os polegares onde seus lábios não alcançavam, e coordenando os movimentos dos dedos com os da cabeça, às vezes mais profundos e lentos ou mais rasos e rápidos. Trabalhando a língua em baixo da glande e chupando, ora com os lábios ora com a garganta.

- Alison... Isso... Chupa me pau, neném... - Pati o punho na beira da cama tentando me controlar, ela gemeu e o som vibrou ao redor da minha carne dura e me sacudiu por dentro - Porra! Assim, neném... Alison.

Meti os dedos em seu cabelo e puxei os fios para frente, massageando seu couro cabeludo logo em seguida, queria mantê-la ali a todo custo. Via suas maçãs do rosto vermelhas e ela erguia o olhar novamente direto para mim, sustentando o meu, e depois gemia de novo fechando os olhos, seus cílios longos espanando sobre as maçãs de seu rosto, suas bochechas ficando côncavas e mais vermelhas conforme ela chupava com mais firmeza.

- Tão doce, neném... Sua boca é tão doce... - Ela deixou brevemente o que fazia, se apoiou nas minhas coxas para manter o equilíbrio de seu joelho no chão enquanto tentava uma posição mais confortável, lambeu outra vez e voltou a colocar meu membro na boca quase como se nunca o tivesse tirado. Não pude deixar de tocar seu rosto, acariciar com meus polegares aquelas linhas avermelhadas debaixo dos olhos, estabelecendo a nossa conexão, como se eu pudesse dizer mentalmente pra ela que era uma das sensações mais deliciosas que eu já experimentei.

Grunhi mais um monte de coisas desconexas e sem sentido nenhum, mais alguns palavrões. Senti meus olhos nublando, queria eu mesmo investir, me mover contra ela e literalmente foder aqueles lábios inflamados, mas lutei pelo meu autocontrole e deixei que ela comandasse.

Era a sua vez, não a minha.

Mal aguentei esperar o tempo até final de Hand on Heart, se bem que já deviam ter passado umas duas, o que pode ser considerado algo positivo, mas ela pareceu notar que o momento estava próximo e, no último minuto, soltou os lábios do eixo duro do meu pau e massageou-o até que meu sêmen saísse no que pareceram varias pequenas explosões. Deixando que caísse no chão e sujasse as tábuas do piso.

Algumas mulheres não curtem engolir, isso eu entendo. E Alison devia ser uma delas. E ela fez a maravilha de me fazer sexo oral e eu nem precisei pedir! Entender era o mínimo que eu podia fazer.

- Não gosto do gosto... - ela justificou com uma careta, massageando a mandíbula.

- 'Tá legal. - Aceitei trêmulo.

- Minha mandíbula está dolorida... - Ela confessou, abrindo e fechando a boca para fazer passar a dor.

Respirei fundo e esperei o tremor passar e meu coração parar de bater nos meus ouvidos, segurei cuidadosamente seu rosto e lhe dei vários pequenos beijos nas bochechas, como se fossem beijos mágicos. Ela moveu o rosto, tirou os shorts e me empurrou deitado na cama, depois montou sobre minha barriga rindo da minha cara de tonto.

- Por onde você andou? - essa pergunta passou pela minha cabeça vazia e saiu como um sussurro sem que nem mesmo eu pudesse entender o significado dela. Ela continuava rindo baixo, mas a risada morreu em seus lábios e Alison me encarou de cenho franzido.

- O que?

- Nunca me fizeram sexo oral desse jeito... Sabia disso? - ela uniu mais as sobrancelhas e eu soube que escolhi mal as palavras, então ela riu de novo só que mais alto e mais solto. E isso teve o poder de me excitar instantaneamente, embora eu entendi que falei a coisa errada.

- Que quer dizer...? - Ela perguntou parando de rir.

- Ah... Que normalmente... - acho que nada que eu dissesse poderia melhorar a situação - Esquece, ok?

- As garotas com quem você costuma sair são mais novas que eu, com dezesseis e dezessete anos, e nunca fizeram algumas coisas que eu cheguei a tentar. Eu gosto de sexo, mas não sou nenhuma piranha. - Ela se apoiou no meu peito para se manter firme em cima de mim - Sei que não sou uma santa, Josh... Sei muito bem.

- Ok... Ninguém aqui te chamou de vadia... Eu só estava tentando te fazer um elogio... - ela desviou o olhar e mordeu o canto da boca. Veio à minha mente o que ela havia me dito sobre o Kevin. Sobre terem experimentado bastante até a separação - Te magoaram muito, né?

- Esquece isso... - Ela me pediu e eu quis chutar o meu próprio rabo.- Não acaba com o clima.

- Ok... Vem cá e me beija...

Eu não ia parar a nossa diversão para falar do babaca do ex da Alison, ela entendeu isso e se curvou para minha boca, a princípio com um suave toque de lábios, mas logo me provocando com mordidas e chupões ao redor dos meus lábios. Com um estalar mudo de dedos, soltei o fecho do seu sutiã e puxei as laterais debaixo de seus braços até poder atirá-lo no chão do quarto, além da cama, e pude finalmente tocá-la nos seios, senti-la gemendo contra minha boca e lambendo contra meus lábios, e apertei os dedos ao redor daqueles mamilos deliciosos, ficando vermelhos debaixo do meu toque.

- Hmm... Espera um pouquinho... - ela pedia apertando meu cabelo e murmurando contra minha boca - Tenho que pegar... - Toquei sobre o tecido molhado da calcinha que fazia conjunto com o sutiã e esfreguei ali - Ah, porra.

Apenas continuei. Não fiz ideia do que ela quis dizer, mas não me importei. Estiquei minha mão até o elástico da sua calcinha e o abaixei para ver o que havia ali. Testei com a ponta dos dedos por estar com a cabeça ocupada e só em tocar a pele nua e empapada meu coração passou a bater na minha virilha até a cabeça do meu membro. Esfreguei com a ponta do dedão por dentro do tecido e Alison começou a querer cavalgar a minha mão. Puxei a parte de trás da calcinha e tentei erguer uma de suas pernas para tirá-la, mas não consegui.

- Rasga! - ela exigiu chiando entre dentes.

- Rasgar?

- Isso...

- Está bem. - foi um puxão bem forte e o tecido rasgou uma tira. 'Luxúria' ficou totalmente à mostra para mim.

Empurrei seu quadril para trás e o ergui. Alison apoiou as mãos no meu peito e eu tive um dos seus seios ao alcance da minha boca, sendo só uma questão de tocar os lábios e chupar o mamilo com força e fiz exatamente isso. Com a mão livre, segurei o pênis e nos encaixei com um movimento da minha pélvis para cima e empurrando a dela para baixo, ouvindo Alison gemendo ainda mais forte. Fui só meio consciente de "For The Love Of God" tocando ao nosso redor, porque Alison me montava como uma brava amazona. As mãos em palma no meu peito e subindo e descendo os quadris. Às vezes devagar outras sendo mais rápida. Às vezes suave e outras mais capitalista, só uma coisa era certa, ali éramos só nós dois e o prazer.

- Eu primeiro... - ela disse começando a rebolar mais forte e segurando em um apoio firme sobre os meus braços. Eu acenei com a cabeça e voltei a minha atenção para aquele mamilo tão fácil de alcançar..

Eu sempre me deleitei com a imagem de uma mulher tendo um orgasmo, não somente pelo sentimento de dever cumprido, mas porque era algo que eu de fato admirava, uma imagem sempre bela para se ter na cabeça, uma cara torcida, pescoço arqueado, os lábios abertos em um grito afogado, respiração falha ou completamente preza nos pulmões até o ultimo segundo, mas quando Alison começou a gozar eu tive que erguer a cabeça e parar para ver. Acompanhando como ela ficava vermelha e com os olhos brilhantes e mordia o lábio inferior deixando-o escapar lentamente até que se soltava e sua boca inchada formava um lindo "o" enquanto um grito falho abandonava seus lábios. Depois caiu fracamente sobre mim e eu soube que era minha vez de agir. Me girei sobre ela e voltei a me mover, indo e voltando, sentindo como seus músculos internos se apertavam e chupavam ao redor do meu pênis num aperto quente, muito quente, levando esse calor por dentro da minha espinha e ate o meu cérebro, me fazendo arrebentar em um mundo de cor branca e quente. Gozei como se o mundo explodisse ao nosso redor, como se vertesse até a minha alma dentro dela.

E foi nesse preciso instante, em que eu me sentia vazio e lento, sem energia dentro de mim, que eu soube que não poderia nunca deixá-la partir... Louca e perdidamente, eu estava me apaixonando por essa garota.

Acabei caindo sobre o corpo da Alison, completamente esgotado e sem forças para me mover. Antes que eu pegasse definitivamente no sono me ocorreu algo muito, mas muito importante que eu havia deixado passar.

- Por favor, me diz que você toma pílula... - murmurei, depois de um minuto, contra o oco do seu pescoço.

- Mmm... Tomo. - Ela respondeu num murmúrio - Comecei a tomar quando soube que não poderia me livrar de você. Não sou idiota, a camisinha era só para acalmar minha consciência.

Por alguma razão idiota, fiquei desapontado. Aquela parte dentro de mim que exigia que eu fosse o responsável por ela e qualquer coisa que pudesse acontecer e que ao saber que ela era uma criatura tão independente que eu não poderia formar nenhuma base na vida dela, nem para uma responsabilidade tão significativa quanto ao método contraceptivo que usaríamos. Aquilo me confundiu. Quer dizer, nenhum de nós planejava correr riscos ali, mas ainda assim me deixou meio comovido. Tudo aquilo mexeu comigo e eu precisava de um tempo para por a cabeça no lugar. Me levantei bem devagar planejando ir até o banheiro me limpar.

- Aonde você vai? - ela quis saber girando a cabeça sobre o colchão e me observando tentar levantar.

- Para casa... Acho que seus pais não vão gostar de me ver aqui com você, desse jeito... - me curvei sobre ela novamente para um beijo de despedida.

- Oh, ok... - eu não queria essa coisa de ficar um tempinho, transar e ir embora. Mas não seria apropriado estar ali sem a aprovação sem reservas da família dela.

Então fui até a suíte e usei a pequena ducha presa na parede ao lado do vaso para limpar meu pênis sujo de fluídos corporais. Em seguida busquei uma toalha macia e a umedeci e voltei para o quarto, Alison ainda me observava da cama, com um olhar sonolento quase se entregando ao sono. Concentrado, me sentei na beira do colchão e levei a toalha úmida entre suas pernas e pelos lábios avermelhados de sua doce vagina, removendo os resíduos do que havíamos feito e provocando pequenos tremores e suaves gemidos femininos.

- Pronto, neném, já vai poder dormir... - Tentei acalmá-la.

- Eu vou ficar é mal acostumada... - Ela disse fechando os olhos enquanto eu continuava o cuidado. - Por que você faz isso?

- Isso o que?

- Quando transamos pela primeira vez você fez isso, com a tolha... E agora fez de novo. Por que?

Encolhi os ombros desviando do contato visual que ela fazia e sentindo meu rosto esquentar levemente.

- Gosto de cuidar das mulheres que eu levo pra cama, não seria diferente com você... De todos os modos estou só limpando e isso alivia os músculos.

Ela não disse mais nada sobre o assunto, se limitando a ficar em silencio com poucos suspiros ocasionais até que eu terminasse, embora eu já houvesse acabado há algum tempo, mas quis me demorar um pouco para ter uma desculpa para tocá-la.

- As provas finais serão em poucos meses... O que vai fazer no verão?

- Hum... Não sei... - Ela disse com um bocejo - Meus pais normalmente fazem viagens românticas e me deixam em casa. Agora que eu tenho o Tommy, então... Acho que vai ser a mesma coisa só que eu vou ficar com ele.

- Meu pai tem uma casa de férias em uma ilha no Brasil. Quer ir comigo para lá? - Sugeri vestindo a calça.

- Você e sua família vão para lá?

- Não. Meu pai vai trabalhar e Mad vai pra um acampamento de verão. - Expliquei - Eu quero ir com você.

- Mas e o Tommy? Não posso deixá-lo aqui com o Robert ou a Tamara para ir me divertir com um cara em uma ilha...

- Levamos ele.

- Levamos ele? - Ela me encarou surpresa.

- É... Podemos ir pra lá e passar um tempo... Vamos lá... - Segurei seu queixo e dei um beijo na ponta do seu narizinho angelical - Eu quero te ver de biquíni.

Só a ideia já me excitava de novo, mas me ergui novamente e me preparei para ir ao banheiro lavar a toalha. Alison se virou de barriga para baixo e eu não pude resistir àquilo, me coloquei sobre seu corpo novamente e mordi seus ombros, sentindo-a estremecer.

- Vamos? - insisti - Por favor?

- Sss... Está bem... Está bem... Agora vai embora antes que eu mude de ideia e rasgue a sua roupa toda para que você não possa se vestir e fique.

Fui rapidamente até o banheiro, finalmente, e limpei pacientemente a toalha, tendo o cuidado de pendurá-la aberta pela borda da pia. Quando retornei ao quarto ela ainda estava deitada sobre seu estômago, quase adormecia, ainda completamente nua e não pude deixar de lhe dar uma leve palmada no traseiro antes de sair e pude ouvi-la rindo.

Passei pelo Robert no corredor e avisei que estava saindo. Ele me encaminhou até a porta, educadamente, e eu fui até o meu carro, quase assoviando malandramente.

Eu me toquei que devia ser muito estúpido mesmo. O verão só chegaria em Julho, dali a dois meses e meio. Alison havia chegado no meio do último semestre, pois precisava do diploma que o colégio dava e estudar em casa não garantia isso. Parecia que eu estava implorando que ela ficasse comigo para além do meu recorde. Embora o prazer e a conexão fossem inigualáveis, eu ainda não queria adiantar as coisas, pois embora não estivesse entre as regras que citamos, era como se um acordo silencioso se instaurasse entre nós, algo como "não faremos planos". Porque era bom assim. Sem as complicações de um relacionamento sério. Sem ciúmes e nem cobranças e principalmente, sem brigas por razões idiotas. Estávamos nessa por diversão. Mas isso não me impedia de querer passar mais tempo sozinho com ela. E eu nem queria pensar no "desapontamento" quando ela me garantiu que se protegia também ou no que eu achei que senti.

Eu não era nenhum predador. Mas saía com quem eu quisesse, quando eu quisesse e por quanto tempo eu quisesse, e não ia ser uma garota que ia mudar isso.

Uma garota engraçada e esperta e com um temperamento que se ajustava ao meu com perfeição. Uma garota madura e gostosa que me deixava maluco com aquelas pernas elegantes e tudo o que era coberto de pele no corpo dela. Uma garota que me fazia sentir bem e me dava vontade de ficar junto dela. Alison era o meu tipo em todos os sentidos. Inteligente, linda e safada e quando não era esses três, era simplesmente uma pessoa bacana com quem a gente gosta de conversar, que tem liberdade de falar de tudo que ela vai tornar interessante até o assunto mais banal. Era alguém por quem eu me importava.

Droga, eu não queria perder a amizade da Alison. Pelo menos isso eu queria ter depois que acabasse. Porque em algum momento acabaria, mesmo que eu, confuso como estava, pensasse que não podia deixá-la ir eu sabia que era algo que eu até devia fazer, embora eu não quisesse ainda. Eu não pensava em compromissos sérios, eu tinha dezenove anos! Pelo amor de Deus! Era um pouco mais que um moleque com desejos de homem, ainda tinha tanta coisa que eu queria fazer e viver e pensar em me prender a qualquer coisa era um pesadelo. E amor era... Era apenas uma coisa que eu não estava pronto para sentir.

Eu precisava de um tempo para pensar e por as ideias no lugar.



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Yayy!!

Eai, pessoal? Comé que 6 tão?

Mais um capítulo pra vcs... eu não apareci semana passada pois estava em semana de prova :/ foi tenso e eu tomei no meu c*

Esse capítulo foi quente... muito quente... me mandem a lista de calcinhas dps kkkkk

Preciso falar uma coisa. To mt triste com essas tragédias que aconteceram em Minas Gerais e em Paris, to pedindo a Deus por essas pessoas, pra que elas consigam tda ajuda necessária e pra que as pessoas se conscientizem e não fiquem brigando na internet sobre que tragédia é a pior, pq toda tragédia é uma tragédia, pessoas morreram, pessoas estão desaparecidas, famílias perderam entes queridos, casa, tudo! E eles precisam de ajuda, de doação. Poxa, eu li no jornal que chegou um caminham com doação de água que tinha querosene nas garrafas! Eu li que a França vai começar a atacar a Síria, quando a Russia e os EUA já estão lucrando mt com essa guerra! Gente isso pode ter proporções pra uma 3ª Guerra Mundial e o alvo serão os países Islâmicos! E as pessoas inocentes que vão pagar, vão morrer, por culpa de meia dúzia de ultra ortodoxos maníacos? E os refugiados que vão sofrer represália e xenofobia nos países que os aceitaram?

O governo brasileiro não quer se responsabilizar por Mariana, pois a Vale patrocinava as campanhas partidárias de todos os partidos grandes (não, isso não é só "culpa do PT") e sabe oq eu to prevendo que vai dar nisso? Em nada! Mariana acabou! E essas pessoas vão viver de doações por um tempo até não ter mais doações e muitas vão morar na rua. Ninguém vai demitir essa empresa pq ela financiava o município inteiro com luz, água, etc...

A guerra na Síria se arrasta por tanto tempo que quem luta, luta porque os pais lutaram, os avôs lutaram e o ódio é disseminado e ensinado de geração em geração. Os EUA financiam essa guerra dsd o governo Bush e o Obama não conseguiu cumprir oq prometeu ao povo, as novas eleições estão chegando e os candidatos são de dar nojo, a Russia tbm está nessa, assistindo os países islâmicos se matarem de camarote. Agr a França entrou na briga e o ISIS (ou Talibã, não sei direito) disse que vão atacar a todos os países infiéis e incluíram o BRASIL na lista! Afirmam que infiltraram 4 mil terroristas entre os refugiados (não sei se é vdd).

Vcs estão entendendo as proporções disso? O quão sério isso é pra ficarem discutindo qual é a pior ou melhor tragédia? Entendem que qlqr informação falsa pode por em risco a saúde de um refugiado devido a xenofobia?

Enfim só queria desabafar...

Mil beijos!!



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