Juventude à flor da pele

By Kalliel

13.9K 1.1K 268

É difícil dizer o momento exato em que se ama ou mesmo explicar exatamente como acontece. No minuto em que to... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
5 anos depois
Epílogo

Capítulo 15

362 31 10
By Kalliel

Eu fugi... Eu sei que fugi.

Fugi do que quer que estivesse ameaçando se transformar ou nascer, ou qualquer outra palavra que eu não me atreveria a pensar, dentro de mim. Mas eu precisava manter alguma distância do Josh ou ficaria maluca. Então me vesti rapidamente, desci as escadas, peguei o meu bebê, me despedi da família Rayder, montei no meu carro e fui direto para casa me preparar para o almoço que seria em algumas poucas horas.

Me concentrar em algo mais importante, como no acordo milionário estabelecido entre o meu pai e o senhor Losieur, com a fusão dos setores de eletrônicos da H-Tech e o setor de ligas e cabos da Comanter, me ajudou a remover o Josh da cabeça por um tempo. Embora eu teria que lidar com a presença da Roxane me observando como uma ave de rapina em modo de caça.

Ela me cumprimentou logo que chegaram, seguindo a falsidade protocolar das convenções sociais, aproximando nossos rostos num fingido beijo na bochecha. Poderia ser só um aperto de mão, mas nossos pais sabiam que estudávamos juntas e seria estranho para eles se nos comportássemos como se houvesse algum tipo de animosidade entre nós duas - o que até não havia, pois para haver qualquer tipo de rixa eu teria que me importar, o que não era o caso. Então creio que ela sentiu o odor firme e sexual sobre mim, pois acredito que mesmo depois de um bom banho o cheiro do Josh ainda teimaria colado na a minha pele e eu não quis me entupir de perfume já que o Tommy tinha alergia. Ela se limitou a apenas apertar o olhar na minha direção, como se pudesse me fazer desaparecer. Era quase uma luta psicológica de fêmeas dominantes, como quando se colocava duas éguas numa mesma baia e ela lutavam pelos seus lugares. Não que eu estivesse pondo algum território sobre o Josh, mas ela achava que eu estava. E enquanto papai e Anatole Losieur resolviam os trâmites legais, e meu pai fazia questão que eu soubesse exatamente do que eles falavam, Rox me analisava e julgava em silencio do outro lado da mesa. Eu permanecia impassível diante disso.

— A Comanter tem se saído bem em todas as transações que fizemos até agora, não acredito que haja problemas com essa fusão, Anatole. — Meu pai afirmava — Mais tarde, eu e Alison iremos ler os contratos e analisar esses requerimentos, ainda afirmo que é um exagero que peçam 25 milhões na negociação.

— Não é nenhum exagero pedir aquilo que o setor vale, — Anatole pressionava o indicador na ponta da mesa e contestava enquanto Roxane me observava friamente ao lado do pai — nossas ações triplicaram no mês passado e você sabe disso e sua mulher sabe disso.

— Não pode usar a desculpa das ações, o mercado esta a beira de uma crise financeira dos diabos! — Papai começava a soar irritado e eu temia que ele fosse bater na mesa.

— E assim mesmo, elas subiram. — O francês continuou, baixa e friamente.

— Por mais que elas estejam altas agora, você não pode usá-las como garantia para barganhar o valor da transação. — minha mãe interrompeu antes que papai ficasse vermelho e começasse a gritar, ele tinha um temperamento meio quente com os negócios enquanto o senhor Losieur parecia frio como o gelo. — Ações são voláteis e amanhã mesmo podem cair...

— Besteira. — Anatole negou — Não ha garantias de que a crise vá acontecer de fato e o mercado imobiliário continua vendendo.

— É exatamente no mercado imobiliário que mora o perigo, se as pessoas continuarem a comprar imóveis a preço de banana esse país vai pelo ralo! — Meu pai afirmou com muita veemência.

Minha mãe era uma monitora do mercado de ações e andava preocupada com caminhar dos gráficos. Ultimamente o telefone não deixava de tocar e a cada vez que ela atendia, ficava trancada no escritório e quando saía parecia muito cansada. Tão cansada quanto quando voltava da agência no fim da tarde e mesmo em casa não deixava o trabalho. Era uma tarefa minuciosa e estressante, mas ela era boa, muito boa nisso e gostava do que fazia. As ações não eram algo que me interessavam muito, embora ela houvesse tentado me explicar alguma coisa era como se estivesse falando em grego comigo. Eu me interessava de verdade pela H-Tech, era um amor compartilhado por nós três o sentimento pela empresa que papai fundou e que fez crescer num ritmo tão rápido, eu sonhava estar com ele, gostava quando eu e ele sentávamos no escritório e líamos contratos e a papelada fiscal, ele me apontava tudo o que eu devia observar e garantir que não houvesse falhas ou maquiamentos, verificar datas, nomes, produtos, lotes e toda a parafernália que era comprada e vendida a cada semana.

A discussão ficava mais e mais acalorada e eu começava a me sentir desconfortável no meio de tanto barulho, Anatole não elevava a voz nenhum decibel sequer, mas papai estava rubro. Eu concordava que 25 milhões em um setor de cabos era muita coisa, era um roubo descarado! E ainda deveríamos garantir os empregados e os direitos trabalhistas, sem falar em fazer modificações no prédio todo e modernizar tudo o que fosse necessário, ajustar os salários e garantir que tivesse um numero suficiente de pessoal, mas o francês era irredutível! E de verdade, minha mãe sabia que as ações do setor realmente subiram um bocado, contra todas as expectativas da iminente crise econômica que assombrava os americanos. No entanto, a porta da sala de jantar - que era a menor das nossas salas, inafortunadamente - estar fechada para a e as paredes parecendo se apertarem ao meu redor e se fecharem sobre a minha cabeça começaram a elevar uma sensação de pânico dentro de mim que não me permitia ficar somente cômoda na cadeira enquanto eles discutiam.

Quando eu tinha quatro anos, visitei uma das baias onde uma das éguas entrava em um trabalho de parto. Animada por ter conseguido escapar das vistas dos adultos, subi em um dos barris de suprimentos para ver melhor, mas o animal estava tão ensandecido pela dor que deu um coice no ar e eu perdi o equilíbrio sobre a tampa e a fiz virar e girar de algum forma, caindo dentro do barril e me fechando lá dentro. Estava cheio de água até a metade de modo que eu não morri, mas quebrei o úmero ao cair sobre o meu próprio braço, e eu fiquei ali por várias horas até que meu pai me achasse. Chorando debaixo dos gritos da égua, com o braço inchado e doendo, encharcada dentro de um barril escuro. Desde então eu não conseguia permanecer em lugares fechados por muito tempo sem ficar nervosa, sem sentir que o mundo se fechava ao meu redor, no entanto era incomum que eu ficasse tão nervosa somente numa sala fechada. Geralmente acontecia em elevadores, aviões ou corredores apertados, talvez eu precisasse falar com o meu psiquiatra.

— Não pode me garantir que a Comanter vale todo esse preço, de qualquer maneira eu só pedi um setor! — Papai insistia. — Você está sendo absurdo!

— Eu já dei o meu preço, Gideon. — Losieur ergueu a cabeça e pareceu ainda mais firme — Se não está satisfeito então pode procurar outro setor de cabos com a mesma qualidade.

oh-oh... Aí estava a última coisa que uma pessoa podia fazer na vida, meu pai era um homem com mãos de ferro nos negócios e de cabeça quente, mas ele sabia jogar e não era dos que podia ser posto contra parede. Acredito que engoli mais suco do que deveria pois senti a garganta doer.

— Não me ameace com sua retirada, Losieur. — Ele respondeu lentamente — Pois bem, vamos verificar se vale o preço que você pediu. Me envie toda a papelada do trâmite em 4 meses e quero as contas fiscais de todo o setor até o fim do mês, quero os contratos e memorandos de todos os funcionários, eu quero cada folha de papel, cada arquivo virtual e físico e cada coisa que for emitida naquele prédio até o final de maio!

Anatole ficou pálido.

— Não pode me pedir isso. Vai levar muito mais tempo para reunir tudo.

— Posso e já pedi, vou mandar o requerimento oficial no final da semana para que você assine. Quer os vinte cinco milhões? Eu darei, mas do meu jeito. Vou te mandar meu contrato quando você me enviar o que eu pedi.

De repente o ar ficou pesado ao redor da mesa, eu não conseguia respirar e comecei a suar e eu precisava realmente sair dali.

— Com licença. — pedi.

Me levantei lentamente e deixei os adultos conversarem sozinhos agora que já haviam parado de falar tão alto. Papai ficou zangado por Anatole pedir um valor tão alto por um único setor, não estávamos comprando tudo, então por que o exagero? Isso beirava a extorsão!

— Gosto da sua casa...— A voz suave e adocicada da Roxane veio me seguindo pelo corredor — É tão claro e aberto e tem esse contraste com os móveis escuros e as almofadas. Dá um toque, eu não sei, é aconchegante.

— Ahn, obrigada... Eu acho.

— Foi divertido? — Ela jogou a pergunta no ar quase inocentemente, embora eu sabia do que estávamos falando.

— Divertido? O que?

— Você sabe... — girou os olhos violeta entediada — Josh.

— Não é o que você está pensando.

— Não interessa, porque provavelmente já acabou...

— Como é? Desculpa, não entendi.

— Ele é assim, dá umas voltas as vezes. Gosta de olhos bonitos e um bom par de pernas. — Ela estava tentando mesmo fazer esse jogo? De verdade? Oh Deus...

— Olha, menina... — Bom, já que ela queria ser baixa, eu poderia fazer isso também — Vamos ser claras aqui, ok? Primeiro, o que acontece entre o Josh e eu é somente da nossa conta e você não tem nada com isso. Segundo, eu sei muito bem que ele terminou com você e que não pretende voltar porque ele sabe muito bem quem você é já que você não faz questão de esconder. Terceiro, não somos inimigas aqui, eu nunca te fiz nada e nem você a mim então fica na sua, ok? E quarta, vê se cresce!

Mas que inferno essa coisa! Ela não podia simplesmente se resumir a sua própria insignificância e ficar numa boa? Tinha que agir como se o Josh fosse uma coisa que ela tivesse que possuir? Qual é! Eu estava ficando velha para isso... Não brigava por causa de homem e nunca brigarei, agora se ela quer arranjar uma batalha, vá em frente, mas com outra pessoa. Virei as costas dali e fui até o banheiro lavar o rosto e os pulsos.

— É você que pensa. — pude ouvi-la sussurrar irritadamente atras de mim.

Roxane era o tipo de pessoa que eu imaginava que aprenderia da pior forma, como eu aprendi, me assustava o quanto ela lembrava o que eu fui uma vez e o quanto doeu perceber que aquilo era uma máscara que eu vestia para ser aceita. Talvez no fundo ela era uma boa garota que só queria se encontrar ou só queria algo no que se encaixar, como uma peça de quebra cabeças solta. Embora eu estava apenas especulando. Sim, as pessoas podiam ser más e sim, tem pessoas que não aprendem nunca, eu já havia provado disso e inclusive havia feito isso por um tempo e eu não gostava da antiga Alison aluna-de-um-colégio-de-prestígio, inclusive procurava deixar aquilo para trás, mas Rox me fazia recordar esse lado que eu abandonei.

— Que menina estranha. — ouvi Tamara comentando na porta do lavbo enquanto dava uma mamadeira ao meu filho.

— É. — Concordei passando uma mão úmida na nuca para fazer a sensação horrível que eu senti na sala de jantar ir embora e repentinamente reavivando a lembrança de Josh acalmando meus músculos febris com a toalha molhada, instantaneamente provocando um latejar doloroso nas dobras da minha vagina e me fazendo esquentar. "Merda..."

— No bairro em que eu cresci, ela já teria levado uma surra por ser metida desse jeito. — o comentário livre me arrancou uma breve risadinha.

— Não acredito que haja essa necessidade, Tamara. — encolhi os ombros de um jeito displicente e toquei o cabelo do Tommy — De qualquer forma ela não me agrediu, é só uma garota adolescente assim como eu. Obrigada por se importar comigo, mas não se preocupe se eu me sentir seriamente ameaçada eu dou um jeito. O jeito certo. — terminei com uma piscadela ligeira.

— Não sei, não, minha mãe não deixaria ela entrar na nossa casa.

— Talvez sua mãe saiba melhor do que eu... — assumi essa possibilidade como uma coisa mais provável e deixei o lavabo.

O latejar entre as minhas pernas me deixava um pouco mais consciente de como eu passei a minha manhã, deixando a claustrofobia em segundo plano e me fazendo pensar no que eu faria a partir dali. Quer dizer, havíamos feito um trato e estava feito, certo? Entretanto eu ainda me perguntava se ele continuaria me perseguindo ou se foi exatamente como Roxane disse, apenas uma volta, uma aventura e nada mais. E parte de mim ainda se confrangia com isso o que não deveria acontecer pois ficar livre dele era minha intenção desde o início.

Na realidade eu ainda não fazia ideia de como seria meu relacionamento com Josh dali em diante. O acordo foi bem claro, nós teríamos um momento e pronto, a não ser que eu pedisse por mais - o que eu estava muito tentada a fazer. Mas eu estava ainda muito confusa sobre muitas coisas pra tomar alguma decisão racional sobre tudo o que envolvesse Josh Rayder. Eu precisava de algum tempo para digerir todas as coisas que passavam por mim antes de dar qualquer passo adiante. Porra, eu sequer precisava desse tipo de problema para começo de conversa! Minha vida seria muito mais fácil se ele não tivesse colocado os olhos sobre mim. Eu não precisaria passar o dia sentindo o eco do toque das mãos dele pelo meu corpo e nem reviver essas lembranças tão recentes porque eu fugi como uma louca daquele quarto quando tudo que eu mais queria era ficar ali por mais algumas horas.

Acabei sequer percebendo o momento em que finalmente dormi quando o dia terminou, rolei na cama por horas, tentando não pensar e não lembrar de tudo o que havia acontecido naquele maldito quarto e não havia posição confortável na cama que me fizesse acalmar os espasmos na minha vagina vazia. "É algum resquício de excitação? Ou eu estou doente?" pensei antes de virar de novo, mal-humorada, e tentar dormir.

Eu precisava de um jeito que acalmasse meu coração e não me deixasse empolgada demais, sexo sem compromisso era algo que eu não havia feito ainda e me apaixonar era um risco sério que eu não queria correr e Josh era um perigo para os meus sentimentos.

Por dormir mal acabei acordando com uma horrível dor de cabeça, entretanto eu precisava prosseguir adiante com o meu dia. Agarrando duas aspirinas eu seguia até o banheiro com o Tommy e uma toalha.

Agarrei meu celular e liguei a minha playlist enquanto escovava os dentes e depois tomava os comprimidos, cantarolando Sheryl Crow numa das minhas musicas favoritas do álbum daquele ano e logo depois um pouco mais de música country. Eu simplesmente amava a música, me fazia esquecer de todos os meus problemas e todas as minhas neuroses para me focar em 4 minutos de notas em harmonia e cantar no banheiro a plenos pulmões junto com a Shania Twain.

"The best thing about being a woman Is the prerogative to have a little fun and Oh, oh, oh, go totally crazy, forget I'm a lady Men's shirts, short skirts Oh, oh, oh, really go wild, yeah, doin' it in style Oh, oh, oh, get in the action, feel the attraction Color my hair, do what I dare Oh, oh, oh, I wanna be free, yeah, to feel the way I feel Man! I feel like a woman" e me ouvindo, enquanto tomávamos um banho de banheira juntos, Tommy gargalhava e batia palmas. Ele adorava me ouvir cantando para ele. Podia ser qualquer canção, meu filho só adorava ouvir a minha voz entoando uma melodia.

Essa era sempre uma ótima maneira de me manter relaxada e isso acabou me ajudando bastante, as aspirinas reduziram a dor de cabeça consideravelmente e eu pude prestar atenção no trânsito e na aula de física, fazendo as devidas anotações já que eu queria realmente tirar o meu diploma para começar o meu treinamento dentro da H-Tech. Levaria algum tempo, na verdade eu esperava que levasse bastante tempo, para que eu estivesse pronta pra assumir os negócios da família quando meu pai não tivesse mais condições de administrá-los, ou seja, quando estivesse morrendo. Até lá eu precisava me esforçar para estar preparada, eu querendo ou não que acontecesse.

Gideon era um homem muito apegado a empresa e só me deixaria ocupar o lugar que ele achava que eu deveria - o dele - quando ele saísse, o que só aconteceria em seu leito de morte. Como eu não desejava que meu pai morresse tão cedo, me contentava em não substitui-lo por um bom tempo o que significava um treinamento longo.

— O tempo está acabando, pessoal. — Disse o professor ajeitando o cabelo que sempre teimava em cair em seus olhos. Ele era do tipo bonitão, as alunas suspiravam todo tempo por ele, inclusive eu, mas ninguém resistiria aqueles doces olhos azuis, os cabelos marrons, ondulados e jogados sobre a testa, e aqueles lábios sensuais. E ele era casado, para a tristeza das meninas. — O teste será em três semanas, por favor estudem desde já, vocês receberam os tópicos semana passada então já sabem por onde começar.

— Por você eu faço qualquer coisa. — Calantha suspirou do meu lado, falando baixinho num lamento. — A sua mulher tem tanta sorte...

Eu pus as mãos cobrindo meu rosto para evitar uma risada alta, mas ela me ouviu e me fitou com o rosto corado o que evidenciava o verde dos seus olhos orientais que contrastavam vivamente com sua pele escura.

— Eu sei... — Compreendia a paixonite que ela e pelo menos 60% das alunas sentia por ele — Dá um pouco de inveja...

— Um pouco? Ele é perfeito! Eu estou totalmente morrendo de inveja.

— Não exagera, Calantha... Ele não pode ser perfeito. — expliquei calmamente — Ele só é lindo.

— E gentil. E educado. E um cavalheiro... — Nos levantamos enquanto o sinal tocava e íamos para a próxima aula.

— Ele pode ter chulé. — Sugeri com uma risada.

— Impossível!

— Ele pode ter manias estranhas, pode arrotar na mesa ou roer as unhas do pé ou tirar meleca enquanto dirige.

— Não ele! — Ela continuava a defendê-lo — Um homem como ele nunca faria essas coisas. Ele sempre puxa a porta para que as alunas entrem.

— Você não pode saber tudo sobre ele só por causa disso, Calantha.

— Silêncio! — Exigiu a professora de história. Ela era bem diferente do Harvey, o professor de física do qual Calantha estava tagarelando. Não era gentil, mas ranzinza e nada bonita. — Vamos começar?

Todos abrimos os livros e fizemos o silêncio que ela exigia por toda a aula até que o sinal tocasse outra vez anunciando o intervalo.

Calantha continuou sonhando com o quão perfeito era o professor Harvey. E depois que ela começou a mencionar o quão lindo era o seu jeito de falar sobre Movimento Uniformemente Variado eu sinceramente deixei de prestar atenção. Minha mente sem querer me levava para lembrar do dia anterior, quando eu estava na cama com Josh, apertando meus dedos tão forte no colchão que os nós ficaram brancos, sentindo-o entrando e saindo do meu corpo, firme e forte, como eu gostava.

Quando eu e Kevin tivemos nossos momentos ele reclamava um pouco por eu ser tão exigente com o meu próprio prazer, sempre demandando que ele me fizesse gozar, pedindo que ele fosse mais intenso, mais forte, mais rude. Eu não gostava de delicadezas na cama. Preferia que me sujeitassem e me fizessem sentir apanhada, pequena e fraca como uma presa, eu gostava quando me faziam perder o controle do meu corpo, embora temesse perder o do meu coração, gostava que me fizessem gritar.

— Alison... — Calantha me chamava para a próxima aula, que ela também fazia comigo — Você está me ouvindo?

— O que? — Perguntei despertando das minhas divagações, sentindo meu rosto aquecido.

— Você está toda vermelha... Está com febre? — Parecendo preocupada, Calantha tocou minhas bochechas e eu gentilmente tirei suas mãos do meu rosto.

— Eu estou bem, sério... — Garanti.

— Ah, ok... Vamos, então?

Assenti e me levantei de onde estava, embora minha mente teimou comigo a cada maldito momento em me levar para aquelas lembranças que me deixavam apertando as coxas umas nas outras, sentada na carteira. Quando finalmente o sinal da ultima aula tocou e suspirei de alívio. Me levantando do meu assento, verificando se por acaso aquela excitação havia deixado alguma marca úmida no estofado de couro da carteira - embora isso era só a minha neurose falando -, agarrei meu caderno, livro e estojo e fui pegar a minha mochila no armário para ir embora.

— Vamos fazer o trabalho em dupla? — Calantha me pediu passando os dentes na parte externa da boca, quase numa careta distraída.

— Pode ser. Nos reunimos amanhã na minha casa e fazemos até onde der? — Sugeri já que ir até a casa dela era inviável para mim por causa do meu bebê.

— Perfeito... Preciso levar alguma coisa além do livro?

— Leva algum material para pesquisa, esqueceu que não podem haver fontes somente da internet? — Fechei meu armário depois de ter tudo guardado e de pegar a minha mochila.

— Ok, levo alguns livros. Vou até a biblioteca hoje para separar alguns. Até mais!

— Até amanhã. — Respondi enquanto ela saía correndo antes da multidão começar a aumentar.

Me virei pelo corredor para me situar sobre a direção em que eu estacionei o meu carro e vi Josh parado no meio do corredor, olhando ao redor e me preparei para talvez falar com ele. Quem sabe um comprimento amistoso depois do que aconteceu? Podia significar que eu levaria aquilo de um jeito saudável. Até eu ver Rox se aproximando e lançando seu pequeno corpo sobre o de Joshua e selando os lábios de ambos num beijo que fez meus joelhos congelarem. Tudo no meu interior pareceu trincar, senti meu estômago tombando dentro de mim e me senti doente. Ela não estava brincando em serviço, realmente acreditava que tinha algum poder sobre ele e que podia fazê-lo dela a qualquer minuto e talvez eu tivesse excedido os limites quando disse aquelas coisas a ela na minha casa e Roxane estivesse agindo movida pelo desejo de vingança. Mas o que me importava era que o filho da puta estava gostando!

Eu entedia perfeitamente que tínhamos feito um acordo, entendia que os termos foram claros e aceitos por nós dois e que ele mesmo disse que apenas um momento bastaria. E de fato, Josh foi brutalmente honesto comigo para que eu não pudesse julgá-lo por aquilo ou acusá-lo de mentiroso. Mas, porra, mal se passaram vinte quatro horas e ele já estava com aquela maldita ninfeta pendurada no pescoço! Eu não fui o suficiente para aplacar o que ele sentia?! Nem mesmo um pouquinho? Nem por alguns dias?

Decidi que já tinha visto o suficiente e milagrosamente meus joelhos voltaram a responder, me virei para o outro lado decidida a dar o fora dali antes que as lágrimas que queimavam os meus olhos caíssem, não tinha um minuto a perder ali. Eu não iria chorar! Não mesmo! Não por ele!

— Alison! — Por favor, não, Josh. Não me chame! Não se atreva. — Alison! — Apertei o passo, decidida a não falar com ele, a não olhar para ele. Eu sabia que não havia nada de importante entre nós, mas não conseguia deixa de me sentir fodidamente traída! Passei pelas portas duplas dos fundos e rapidamente dei a volta pelo prédio até avistar o meu carro no estacionamento dianteiro, preferindo fazer o caminho mais longo do que ter que passar pelos dois — Alison! Alison, espera! Alison! — Ele me alcançou quando eu estava próxima do Porsche, me puxou pelo cotovelo para poder falar comigo.

— O que você quer?! — Perguntei, sentindo a adrenalina fluindo dentro de mim. Minha dor de cabeça retornando, meus olhos ardendo de novo. "Não chore!" ordenei a mim mesma.

— Alison, me escuta, ok?

— Para quê? Volta para lá, ué... — Eu não podia evitar soar com raiva, pois era exatamente o que eu sentia. Tudo dentro de mim fervia e eu queria que ele sumisse da minha frente. Que me deixasse em paz.

— Não é o que você está pensando...

— E o que você acha eu estou pensando? — Eu estava tremendo de pura raiva, apertando os punhos nos meus flancos para evitar acertar a cara dele com um soco bem dado. Eu queria machucá-lo, queria que ele se sentisse mal e pior do que eu me sentia. — Que aquilo significou alguma coisa? Você não me deve nada... Não é nada meu... A gente só transou, e daí? Você disse que seria o suficiente pra aplacar o seu tesão e cumpriu com a sua palavra. Parabéns! Agora vamos seguir nossas vidas e pronto. — Essa era a parte que me machucava.

Não era o fato de ter uma vadia como a Rox beijando-o, mas o fato de que de repente a realidade se abatia sobre mim como um balde de água fria. Não significou nada, nem o suficiente para que ele pudesse me querer outra vez como eu o queria. Diabos, mesmo diante de toda a minha raiva e do fato de eu realmente querer pegar o rifle do meu pai e perseguir o Josh numa caçada sem precedentes, como se ele fosse um cervo na pastagem, e acertar uma bala no meio dos seus olhos. Mesmo diante disso tudo ele ainda tinha o poder de me fazer arder por dentro! Como a porra de uma chama viva!

— Olha... — "Não fala mais, Josh, me deixa continuar com raiva." eu pensei e me virei, pois precisava ir embora dali. — Alison, me escuta! — Ele insistiu e me puxou novamente.

— Sabe o que me deixa realmente chateada? Quase desapontada? — Eu disse porque não queria ouvir o que ele tinha pra dizer — Você nem esperou esfriar... — Porque não significou nada. — Mas quer saber? Foda-se! Fodam-se os dois!Você e ela podem ir para o fundo do inferno, eu não ligo! — Decidida a acabar aquela conversa, me virei de novo e consegui alcançar o meu carro e abrir a porta, mas ele a fechou na minha frente.

— Porra, me escuta! — ele aumentou mais o tom de voz o que chamou a atenção de alguns que iam embora — Foi ela quem me beijou!

Não pude deixar de soltar um bufar muito pouco feminino.

— E você se vinga lambendo a garganta dela?! — Perguntei, me negando a olhar pra ele, pois as lágrimas realmente queriam sair — Já disse que não tem que me explicar nada, Josh... Nós fizemos um acordo e você o cumpriu e eu também, agora acabou e vamos seguir em frente.

— Não, droga! Escuta! Nem que seja por três minutos, cala a porra da boca e me escuta! — Ele me deu uma sacudida, agarrando meus braços. Isso só fez aumentar a minha raiva e soltar uma lufada de ar pelo nariz.

— Tem três minutos...— Avisei.

— Rox é maluca. — Ele disse — Eu não tive tempo para reagir, ela surgiu do nada e simplesmente me beijou! E fez só porque queria que você visse... Eu disse à você que ela acabou com muitos relacionamentos meus. Ela estava tentando te tirar do jogo. Entendeu? Me desculpa, tá legal? Eu sei que eu vacilei, mas não deu pra fazer nada além empurrar quando eu comecei a entender o que tava acontecendo...

Mesmo que eu não acreditasse que essa era a verdade, pois eu sabia que Rox era capaz desse tipo de coisa, eu ainda estava com raiva. Eu ainda me sentia magoada e ainda queria acertar a cabeça dele com alguma coisa. E eu ainda estava prestes a chorar. E vamos ser racionais aqui, uma só pessoa não pode causar tanto dano sozinha! Roxane era uma adolescente de 17 anos, que maturidade ela tinha para ser uma destruidora de relações?

— Ok. — Eu disse, me negando a suspirar, me negando a derramar qualquer lágrima, mas dessa vez eu olhei diretamente em seus olhos.

— Ok? E o que significa?

— Significa que eu entendi...

— Ah, que bom... — Ele exalou, aliviado.

— Agora me dá licença — Eu só queria ir embora dali e por uma boa distância entre nós dois.

Eu queria conseguir manter o meu controle que ameaçava fugir das minha mãos. Consegui abrir a porta do carro e ir embora. A porcaria do rádio se ligava automaticamente e a música que eu ouvia no caminho de ida começou a tocar do ponto onde parou "Forever and for always We will be together all of our day Wanna wake up every morning To your sweet face Always, Mmmm, baby". Eu me apressei e desliguei o som antes que começasse realmente a chorar. Chega de musica por hoje.

Não que eu tivesse algum direito de me sentir traída, embora o meu ego estava horrivelmente ferido, eu não podia acusar o Josh de qualquer coisa como traição, pois não tínhamos nada realmente além do que já tivemos até ali. Então eu estaria sendo injusta.

Mas a quem eu queria enganar? Foda-se a justiça! Eu queria a pele deles!

Destino... Quem precisava de destino?

Eu só precisava chegar em casa, entrar no meu quarto e... quebrar alguma coisa.

Eu sabia que estava certa desde o maldito início: Josh Rayder era um problema e eu não queria mais saber de problemas.

Chorar no travesseiro era algo que eu não gostava de fazer e dessa vez eu sabia que não tinha razões reais para fazer isso e sabia que eu tinha quebrado o juramento de não chorar por ele, mas que se fode-se, lá estava eu borrando a maquiagem e estragando uma bela fronha de um algodão absurdamente caro e amaldiçoando o dia em que os Rayder entraram na minha vida. Amaldiçoando principalmente o dia em que Josh entrou nela. Como eu pude ser tão estúpida e achar que pudesse ter tido algum significado quando a proposta não era essa? Ele não iria me propor nada, tampouco eu queria isso, mas caramba, era um belo chute no ego um sujeito nem mesmo esperar o seu gosto sair da boca dele antes de gostar do sabor de outra. Que ele comesse a ruiva quando quisesse, mas não havia algum protocolo, um período de quaresma? Alguma coisa que garantisse que ele se satisfez contigo?

Ok, de certa forma eu percebi que Roxane havia literalmente se jogado em seus braços, mas ele não precisava ter gostado do beijo! E eu sabia também que não tinha o direito de estar zangada, mas e daí? Eu estava! E talvez esse fosse o jeito de o universo me dizer que algumas coisas são tudo aquilo que devemos evitar - dando o doce com uma mão e tirando com a outra. Eu só queria ficar ali na minha cama por um dia inteiro, lamentando a minha desgraça e me afogando em sorvete com chocolate.

— Alison? — Meu pai veio pela porta segurando o Tommy e parecendo muito preocupado comigo. — Thomas chamou por você, filha... Chamou por um bom tempo, não ouviu?

Meu pai era a única pessoa no mundo que não chamava o neto de Tommy, mas pelo nome de batismo: Thomas Gideon Heart, ou Thomas. Ele gostava do fato de ter escolhido o nome do próprio neto e não cansava de repetir isso.

— Não ouvi. A babá eletrônica está desligada? — Peguei o aparelhinho em cima da mesinha e verifiquei o botão de força que estava ligado — A bateria deve estar gasta.

Tommy se lançou sobre mim assim que meu pai deu a menor oportunidade e eu consegui agarrá-lo rapidamente.

— Estava chorando? Por que? — Meu pai perguntou e eu limpei rapidamente os olhos borrados.

— Não estava... Eu...— Procurei a melhor explicação possível em que podia pensar ali — É um rímel novo e acho que me deu alergia.

Eu conseguia mentir para o meu pai mais facilmente que para a minha mãe, ele não tinha o mesmo faro aguçado e por alguma razão eu me setia mais confortável mentindo para ele que para ela.

— Sabe, eu ouvi você... — Ele disse, lamentando eu não ser sincera —Não quer me contar?

— É complicado, papai...

— Sua mãe falou que você tem um namorado novo. Ele te fez alguma coisa? — E agora ele soava ameaçador e protetor ao mesmo tempo. Pais...

— Oh, não... Eu não tenho um namorado, papai, pode ter certeza. — Garanti.

— Tudo bem ter segredos, coração... Só não deixe que mordam você. — Gentilmente ele me deu um beijo no topo da cabeça e levantou da cama — Vou trazer meus contratos até aqui e vamos ler juntos, tudo bem? Podemos passar a tarde conversando enquanto eu resolvo alguns trâmites legais da transação Comanter, o que acha?

— Acho que o Anatole está extorquindo o senhor. — Afirmei — Francamente, papai! 25 milhões? Em um setor?

— O setor de cabos e ligas é um prédio inteiro... Vai dar trabalho avaliar essa negociação, acredito que levará meses. Mas você está certa, doçura. No entanto, deixe Anatole comigo, nada vai escapar nessa investigação que vamos fazer naquela construção... Não vamos deixar pedra sobre pedra e se houver um fio de cobre fora do lugar, vamos cortar uns milhões deste acordo.

— Ele não pode sair fora? — Perguntei, preocupada com essa possibilidade.

— A união é mais lucrativa para ele que para nós, Anatole está desesperado por essa transação e eu acredito que tem alguma coisa fedorenta debaixo disso. — Papai afirmou com tanta segurança que eu senti os pelos da minha nuca se arrepiarem —Se ele quiser pular fora, é com ele mesmo...

— Entendo.

— Já trago as caixas, amorzinho. — Ele acenou com uma mão e me deu um meio sorriso — E deixe de chorar sozinha, quando quiser chorar abrace seu pai.

Meu pai deixou o quarto e eu ainda tinha Josh na cabeça, mas desta vez eu já não chorava. Uma das coisas que meu pai havia dito de alguma fora se encaixava com o que eu estava passando: "Se ele quiser pular fora, é com ele mesmo..." se Josh escolheu que aquilo não teria significado, era com ele mesmo. E se eu ia ficar chorando pelos cantos em nome de um cara que desde o início deixou claro que aquilo não tinha nenhum compromisso, era comigo mesmo.

Sim, eu podia relevar e eu sabia que Roxy jogou sujo, eu sabia que ela tinha 90% de culpa naquilo tudo, mas ele não precisava ter mantido ela ali, ou ter segurado-a pela cintura como fez. E qual é? Eu não posso ficar irritada com o meu ego ferido?

Mas ali estava algo que fazia muito sentido e eu precisava seguir em frente já que eu prometi não me machucar, então se eu ia fazer daquilo uma grande coisa ao invés de continuar com o que importava, que era viver a minha vida e ter aquilo que eu me preparava para ter, era comigo mesmo. Josh foi apenas algo que aconteceu e que me deu uma bela lição - eu gostava de encarar as coisas como lições que temos a aprender -, mas que agora já havia passado e eu precisava me focar no mais importante novamente.

Montei uma estratégia simples e livre de distrações, eu sabia que ele queria resolver o que ele achou que era um "assunto inacabado", mas era melhor deixar assim. Acabando antes de ter começado. Então ignorei suas mensagens, todas elas. Bem, eu não as respondia, mas lia a maioria quando queria me torturar - a estratégia era falha, mas válida. Não era que eu iria fingir que ele não existia, mas era melhor por o pensamento de lado quando ele ainda te fere e talvez mais tarde pudéssemos ser nós mesmos de novo. Eu sentia falta de falar com ele, de rir dele, mesmo que não tenhamos feito isso por muito tempo Josh tocou uma parte profunda dentro de mim.

---

Depois de uns dias eu sequer continuava magoada, já não significava nada que ele e Roxane tivessem trocado um beijo idiota. Eu só estava concentrada em seguir com o meu plano e estava até conseguindo, mesmo que à duras penas.

Depois de uma noite particularmente difícil e quase sem dormir, com o Tommy chorando por causa de uma dor de ouvido que se já recuperava. Eu estacionava meu carro na minha vaga no estacionamento do colégio e agarrava a minha mochila para entrar.

— Bom dia. — O comprimento foi dito acompanhado de um sorriso capaz de derreter o coração da mais cínica das mulheres.

— Ah, bom dia. — Retribuí ainda dentro do carro e ele se aproximou um pouco mais.

— Lindo dia não acha? Adoro a primavera californiana... é tão quente e perfumada. — Eu tive vontade de rir. Ele podia estar me cantando ou falando realmente do tempo, eu não podia dizer com certeza.

— Gosto quando está mais fresco.

— Aqui quase nunca é "mais fresco". Se quiser se refrescar, fique na piscina ou no ar condicionado... A propósito, Eric McCoy. — Finalmente ele me ofereceu a mão pela janela, mas eu não a agarrei. Ele não se importou.

— Alison Heart. — Me apresentei automaticamente.

— Claro... Eu não estou te atrasando, não é? — Ele perguntou.

— Ah... — Verifiquei no meu celular e ainda tinha alguns minutos que eu poderia perder. — Não. Na verdade, não.

— Que bom, detestaria ter feito isso. Que aula você tem agora?

— Literatura inglesa. — Ele instantaneamente fez uma careta de pesar.

— Com o Davis?

— Sim. — A careta aumentou e eu deu uma risada.

— Que merda. Ele dá sono.

— Sim... — Concordei — Mas fazer o que?

— Alison... — a voz profunda e ameaçadoramente baixa do Josh me fez erguer a cabeça e fez meu coração acelerar absurdamente, ele bloqueava o sol então eu pude ver que estava num estado de espírito beirando o homicida quando olhava o Eric, mas seu olhar se tornava incrivelmente terno quando olhava para mim — Estava te esperando...

-----

Yayyy

Olá pessoal! Comé q 6 tão?

Finalmente saiu esse capítulo! Oh, trabalheira!

Como eu já expliquei o capítulo foi complicado, eu tive 1836478392182734653627819384767281 de coisas pra fazer (ainda tenho, mas to aqui virando a madrugada pra trazer esse capítulo aqui pra vcs) e eu espero que vcs tenham gostado. :3

Eu ando tendo uns probleminhas para fazer correções nos capítulos já postados, eventualmente eu preciso fazê-las, mas ultimamente eu faço e quando eu publico aparece uma mensagenzinha insuportável dizendo "Publicado sem alterações" :) eu to puta com isso :) só pra avisar pq se tiver algum erro eu talvez não consiga corrigi-lo.

Mais uma vez eu deixo meu muito obrigada a todo mundo que favoritou esta fic, apesar de ngm ter comentado POR TRINTA DIAS o capítulo passado, eu fiquei mtmtmtmtmt triste com isso, mas ok to aqui postando né pq eu sei que tem gente que lê e não comenta, td bem, eu entendo as pessoas, ngm é obrigado *indo chorar num canto em posição fetal*

Eu sei que quando eu publicar esse livro eu provavelmente não vou ter contato com os meus leitores, eu só vou ficar aqui na minha cama, com a minha gastrite nervosa, imaginando oq os leitores estão achando desse que é um dos livros mais antigos que eu já criei e que eu amo como um filho. Mas eu queria aproveitar a oportunidade que eu tenho agora pra falar com vcs, pra ouvir vcs. Mas se vcs não querem, bem... eu não posso obrigar, né? Mas eu to aqui, ta?

Enfim, um grande beijo a todos vcs saibam que todos moram no meu coração e até a próxima!!!

Continue Reading

You'll Also Like

710K 41.9K 78
Sejam bem - vindos, obrigada por escolher esse livro como sua leitura atual. Nesse livro contém várias histórias, e cada capítulo é continuação de um...
417K 797 4
História vencedora do Wattys 2016! História retirada do ar! Na semana de início de mais uma edição do festival de música Rock In Rio, no Brasil, jove...
1.3M 1.4K 5
Tem um novo garoto no bairro. Seria uma pena se ele fosse mais perigoso do que ela pensava.
17.5M 1.2M 91
Jess sempre teve tudo o que quis, mas quando Aaron, o sexy badboy chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer...