Sold Soul

By babs_babii

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. Sold Soul ▼ . // h.s
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. nono ▼ . - apenas um cheirinho xD
. nono ▼ . - Dinner .
. decimo ▼ .
. décimo primeiro ▼ . - habituar - 1º parte
. décimo primeiro ▼ . - habituar 2º parte
. décimo segundo ▼ .
. décimo terceiro ▼ .
. décimo quarto ▼ .
. décimo quinto ▼ .
. décimo sexto ▼ . - AVISO : HOT .
. décimo sétimo ▼ .
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. quinquagésimo segundo ▼ .
. isto não se faz , eu sei ▼ .
. quinquagésimo terceiro ▼ .
. quinquagésimo quarto ▼ .
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. quinquagésimo sexto ▼ .
. quinquagésimo sétimo ▼ . - parte 1
. quinquagésimo sétimo ▼ . - parte 2
. quinquagésimo oitavo▼ .
. quinquagésimo nono ▼ .
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. Septuagésimo segundo ▼ . 1º parte
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Hellowx!
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Heyy- owww ou o tanas ^^
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. nonagésimo oitavo .
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I

. centésimo .

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By babs_babii

   Eu podia sentir a sua pele fria sob a minha, os nossos dedos a enrolarem-se para criar um embrulho confortante e altamente desejado por ambos. Eu carrega aquele sorriso idiota e paralisante. O meu estado amolecido e carente mostrava-se à flor da pele enquanto recarregavam a sua dosagem de soro e a Bárbara tentava não olhar.

   " Acho que terminamos por aqui, querida! Tenta descansar um pouco "

   A velha enfermeira balbuciou. Ela pertencia ao corpo da nova clinica em que Bárbara estava instalada há pouco menos de dois meses.

   Eu estava divertido com a expressão de incredulidade presa à cara da minha mulata.

   " Estou a descansar nesta cama desde que aqui entrei, por amor aos-- "

   " Deuses! "

   Nós os dois completamos, eu e a enfermeira, reconhecendo a sua expressão viciante. Todos os que aqui trabalhavam em conjunto com os outros pacientes conheciam a sua gargalhada apetitosa, excitante. Aquela que estávamos a ouvir agora. Eu revi a forma comos os seus olhos se tornaram pequenos e brilhantes, a forma como o seu sorriso risonho cobria os seus lábios cheios. Ela era estonteante, tão acima de qualquer outra mulher.

   " Está tudo a correr pelo melhor, o tratamento, a tua recuperação.. Querida, só mais uns meses " Ela disse antes de abandonar o quarto com um sorriso macio.

   " Só mais uns meses " Eu disse-lhe de novo para ela enquanto me curvava sobre as nossas mãos.

   Eu beijei a sua pele gelada. Os meus lábios massajaram as costas da sua mão esquerda até ao seu pulso. Olhei para cima para observa-la por entre os meus cílios, os que ela admirava pelo comprimento. 

   " Como é que estão os teus projetos? "

   A sua mão puxou-me para perto, quase para cima da cama e do seu corpo. Arrastei a cadeira para perto antes de me sentar outra vez e puder disfrutar do seu toque sobre o meu cabelo.

   " O Liam está muito entusiasmado e nós estamos a tratar da contratação do Niall. Para além disso a minha mãe está eufórica. Nós estamos no inicio, nem dois meses passaram, mas a fundação está no bom caminho e--"

   A minha fala soava como uma canção enquanto me exprimia entusiasmado.

   Senti a sua mão sobre a minha cara, o seu toque doce e cuidado a trazer-me para perto do seu rosto ligeiramente corado. Eu estava perdido num sorriso idiota quando estávamos perto de um confronto labial. E assim que pude beija-la a minha mente não correu por outro local senão ela. Nós estávamos neste momento em que colocávamos os nossos sentimentos no outro.

   As nossas caras afastaram-se poucos, quase nenhuns, centímetros e o sorriso pateta voltou aos meus lábios. A preguiça dirigia-me enquanto os meus dedos escovavam o seu cabelo encaracolado. Eu mordi o meu lábio depois de contornar ambos com a minha língua.

   " Tu vais ajudar imensas pessoas, vais fazer coisas fantásticas "

   A sua voz baixa e suave acariciava-me. Eu sentia-me tão bem!

   As duas batidas que deixaram sobre a porta ecoaram no interior da divisão. O meu sorriso só aumentou quando adivinhei quem seria e o que o acompanhava. 

   " Nialler! " Bárbara balbuciou poucos segundos depois.

   " Bárbara! " Ele disse de volta abandonando os instrumentos à porta.

   " O que é que tu tens ai? "

   Eu respondi-lhe. " Vamos lá " Murmurei enquanto erguia o meu corpo. " Eu tenho uma surpresa preparada para ti "

   Eu pisquei para ela quase decifrando a sua curiosidade crescente. Eu ajudei-a a sentar-se mesmo que não precisasse. A minha cautela ainda sobrecarregava os nossos momentos mas ela era saudável e não obsessiva. Eu pedi ajuda ao Niall enquanto desligava as máquinas corretamente. Tinha aprendido como o poderia fazer ao observar as enfermeiras diariamente.

   " Harry, o que estás a fazer? "

   O alarme na sua voz estava coberto por adrenalina, eu conhecia-a realmente bem e sabia-o por isso.

   " Niall, segura-a " Eu pedi quando as suas pernas estavam a balançar para fora da sua cama.

   " Controlado, chefe. "

   Ele tinha um tom critico mas humorístico sob a sua pequena fala.

   Eu atirei a minha atenção de novo para os aparelhos para concluir a minha tarefa em poucos segundos. A dúvida pairou sobre mim quando deslizei a agulha do seu braço. Acreditava que deveria retirar o soro mas não poderia garantir que o devia.

   Eu puxei os seus braços até ao meu pescoço. " Segura-te, bebé.. " Murmurei-lhe contra a linha limite da sua mandibula assinalada. Eu podia sentir o seu esforço através da respiração funda que libertou. A força que tinha perdida com os tratamentos não era preocupante porque eu carregá-la-ia para qualquer ponto do globo.

   Enquanto os meus joelhos se fletiam, os seu pés marcavam o chão frio. Eu ri-me inconscientemente ao reconhecer o seu ofegar contra a temperatura do soalho. Nós estivemos juntos por algum tempo. O seu corpo próximo do meu até que ela própria me garantisse que estava bem, que conseguia suportar o seu próprio peso.

   " Eu estou bem, eu estou bem.. "

   Ela sussurrou desbloqueando o aperto. Eu continuava com as minhas mãos sobre a sua cintura que estava coberta pela bata hospitalar. Niall conseguiu as pantufas que outrora lhe comprei. Eram felpudas e quentes o suficiente para o momento. Eu observei enquanto Bárbara arrastava os seus pés para dentro do calçado e Niall desaparecia sob o meu pedido, ele precisava de ir em primeiro lugar.

   Nós saímos do quarto e caminhamos pelos corredores, o meu corpo a sobrepor-se ao seu como uma sombra obcecada até ao momento em que abandonamos as instalações para o exterior. Eu observei-a deliciado. Ela tinha um sorriso esmagador e o olhar cerrado quando a brisa fresca correu entre os nossos corpos. Eu dobrei-me sobre ela para beijar a sua bochecha permanecendo com os meus braços à volta do seu corpo e o meu atrás do seu. Eu estava a seguir cada passo seu enquanto calcávamos a relva das traseiras da clinica.

   Niall, ao fundo, acenou-nos vivamente. Ele parecia divertido dentro daquelas calças vergonhosas enquanto nos aproximávamos e desvendávamos a surpresa que teria preparado. Não era nada do outro mundo ou extravagante. Mas eu estava a cumprir uma promessa que outrora lhe fiz e isso tinha bastante significado, para ambos.

   " Golf! "

   Bárbara celebrou alegremente. Podias até ouvir a felicidade na sua voz e isso colocava-me no topo da lista das pessoas mais felizes.

   " Eu disse-te que te levava até um campo de golf. Este não é verdadeiro mas é um campo onde podemos jogar.. "

   Eu já não a tinha nos meus braços enquanto retirava o meu casaco para proteger o seu corpo contra o frio. Ela tinha aquele seu sorriso afetado antes de se pronunciar.

   " Estás a fazer isto agora para não falhares com a tua palavra antes de eu ir?! " O seu tom não era cortante ou acusador mas a sua frase teve precursões negativas.

   Eu  balancei a minha cabeça negativamente. Cada traço de humor a vazar da minha expressão facial. " Não digas isso, está bem? "

   Era realmente uma ordem porque ela tinha tocado na ferida aberta. Ainda era tudo muito recente e fresco, não era e nem sei se algum dia seria o momento perfeito para uma piada baseada nestes últimos tempos de merda.

   Ela não tinha uma resposta física ou verbal para mim. Eu tinha aprendido rapidamente que o meu lado mais escuro e dominador a colocava num local pouco ou nada confortável. Mas este era um assunto que me tinha retirado quase toda a minha sanidade, que quase a tinha levado e comigo acabado.

   Eu virei a cabeça para qualquer lado que não o dela para puder respirar. Os meus olhos estavam fechados enquanto suspirava pesadamente mas eu deixei que o assunto morresse por ali.

   " Vamos lá " Murmurei ao colocar a minha mão no fundo das suas costas.

   Ela arrastou o perfil da sua cara contra o meu peito quando nos aproximamos um pouco mais do irlandês que nos esperava. Os meus dedos pentearam os seus caracóis que estavam cada vez mais fortes e presentes. Eu sei que ela compreendeu o meu desespero mas não quis desvendar a totalidade do meu desespero numa conversa que poderíamos ter sobre ele.

   " Muito bom dia caro casal fedorento de amor " Niall saudou, representando uma personagem estranha com recurso ao seu sotaque. " Vieram para o golf? "

   " Não, para as tuas calças "

   Ele revirou os olhos para mim, contra a minha piada.

   " Nós temos tacos mais pequenos para a menina, este deve servir Bo "

   Eu envejava o Niall porque ele tinha o seu bom humor contagioso e a estava a fazer rir neste momento. Ele entregou-lhe o taco com uma pequena bola a acompanhar antes de a levar dos meus braços e lhe explicar as etapas do nosso pequeno jogo. Eu segui-os pouco depois, conseguindo um taco de golf para participar no jogo também.

   Eu estava a olhar para eles, para a interação entre ambos, enquanto caminhava pacientemente. Eu podia ouvir a empolgante risada da minha Bo tornar-se mais vibrante e altiva com a aproximação. Observei-a à distância enquanto o seu corpo se curvava e ela mirava a bola sobre o pequeno suporte. Eu não tinha plena noção do lábio que segurava entre os dentes. Estava a tentar diminuir o sorriso que inconscientemente rasgava a minha boca. Ela conseguiu na primeira tentativa, festejando alegremente por isso.

   Quando o seu corpo saltitou eu estava confuso por encontrar os seus pés descalços em contacto com a relva salpicada de água.

   " É a minha vez! " Eu disse com um sorriso vencedor, antecipando o que iria acontecer: a minha vitória.

   " Oh, a Bárbara vai dar cabo de ti " Nialler avisou. O seu corpo suportado pelo taco.

   Eu sorri afetadamente para a Bubé, remexendo o taco na minha mão esquerda. Ela tinha aquele seu sorriso voraz enquanto encolhia os seus ombros de forma desafiadora.  

   " Ela vai?! " Perguntei retoricamente. O meu corpo a curvar-se para deixar uma nova bola sobre o suporte. Nós talvez tivéssemos problemas por ter cavado buracos pelo chão mas isso não importava enquanto eu constatava a felicidade da morena.

   Eu ergui-me para me curvar ligeiramente e preparar a minha jogada. Mas isso foi quando o vento cobriu os meus olhos e proibiu a minha tacada.

   " Precisas de cortar isso, Mulher " Niall gracejou.

   " Não, está tudo bem.. " Ela murmurou com uma risada pequena a cobrir as suas palavras. " Eu vou amarrar-te o cabelo "

   O ato recordava-me que já o tinha feito, outrora. As suas mãos suaves moldaram-se sobre o meu cabelo aglomerando-o num única porção no topo da minha cabeça. As minhas costas arqueadas a diminuírem a minha altura extrema. 

   Ela atou o cabelo com um pedaço de tecido que cobria o seu pulso antes de eu colocar em prática as minhas habilidades. A minha boca beijou a sua antes de eu colocar a bola no buraco que outrora colou.

   " Eu vou dar cabo de vocês os dois " Disse presunçosamente, rodando o taco como um profissional.

   Bárbara piscou, ambos os seus olhos brilhantes, para mim enquanto Niall fazia a sua jogada. Ele não pode evitar em falhar quando eu o empurrei propositadamente. As pragas que me rugou desenvolveram risadas na minha morena e eu agradeci-lhe mudamente por isso.

   Nós avançamos para uma outra fase, recuperando as bolas pelo caminho para que a pudéssemos utilizar novamente. Bárbara era a primeira a jogar novamente e eu acomodei-me atrás do seu corpo pronto para proporcionar-lhe uma boa distração.

   Ela observou-me sobre o seu ombro. Rendi-me às suas bochechas rosadas e sorriso tímido mas fui afastado do seu corpo por Niall que barafustava contra a minha batotice. O meu corpo estava petrificado pela sua beleza, aquela que os meus olhos constatavam atentamente.

   Nós ultrapassamos cada nível até alcançarmos o último que era o quinto. O Niall tinha-se retirado da competição quando a minha sabotagem contra as suas jogadas teve uma saga continua. Ele estava a observar-nos a quatro ou cinco passos enquanto estávamos empatados e este buraco ditava de quem seria a vitória.

   " Eu vou ganhar-te, Harry " Ela cantarolou com o seu sorriso mordaz.

   " Vamos tornar isto interessante. Se eu ganhar tens que me concretizar um desejo "

   Os seus olhos cravaram-me depois de conseguir a sua atenção com a proposta. O meu lábio cativo entre as filas de dentes acompanhava o olhar luxurioso que eu lhe mostrava.

   " E se eu ganhar? " Ela não estava envergonhada, eu podia sentir a sua confiança momentânea. Então eu compreendi que isto seria interessante.

   " Tu escolhes, bebé "

   À medida que o dizia acomodava-me sobre a relva ligeiramente húmida. O novo angulo que eu tinha do seu corpo era gravemente interessante.

   Eu observei-a por instantes. A sua testa enrugada seguia os seus lábios franzidos e colocava no seu rosto uma expressão adorável. Engasguei-me quando a sua proposta foi dita, ela estava confiante e as palavras soavam ansiosas a partir dos seus lábios recheados.

   " Uma noite de sexo " Depois ela deu a sua tacada, acertando em cheio.

   O seu corpo, que estava coberto pela bata e pelo meu casaco, rodou na minha direção. O taco balançou nas suas mãos finas como o sorriso afetado nos seus lábios.

   " Se eu ganhar tu vais ter que me proporcionar a melhor noite de sexo antes do tratamento acabar "

   Isto estava relacionado com algo que eu tinha prometido de forma abstrata. Uma noite de sexo não lhe negaria certamente mas a preocupação que sentia e me cobria era demasiada, talvez exagerada de uma certa forma. Mas agora ela estava a colocar o sexo numa aposta e a sua confiança afetou-me. Principalmente porque era quase incompatível com a sua timidez crónica.

   Eu balancei a minha cabeça com uma respiração surpresa e um sorriso presunçoso. Tinha demorado o tempo necessário a processar a sua fala e estava afetado por ela enquanto me erguia completamente.

   " Uma noite de sexo " Eu murmurei mais para mim do que para si, antes de a alcançar para a minha ultima jogada. " Uau! " Balbuciei, Niall ainda estava a celebrar o ponto marcado pela morena, alheio à sua fala arrojada.

   Ela recuou para me oferecer o espaço suficiente mas a minha mente só podia trabalhar nas suas palavras e no seu corpo que estava à merce de uma onda de confiança.

   Eu olhei para ela, apenas mais uma vez antes de abanar a minha cabeça em descrença mas entusiasmo puro. Fiz a minha jogada para acertar e quando desempatamos eu ganhei depois de colocar um pouco de pressão visual na sua jogada.

   Bárbara rolou os seus olhos quando eu celebrei com os braços erguidos e uma cantiga parva a correr dos meus lábios. Eu corri atrás dela quando me tentou evitar. A minha mente estava arrebatada com a sua gargalhada que se unia à minha. Eu puxei-a para cima, contra o meu corpo, enquanto os meus lábios pisavam a sua pele exposta e as minhas mãos a seguravam com possessão.

   Niall estava a mostrar a sua indignação a uma certa distância o que me fez gargalhar mais e mais.

   " A tua noite de sexo parece um sonho distante agora, não é verdade bebé? " Perguntei-lhe, afetadamente. O pensamento a cobrir a minha mente e a fomentar a luxuria extrema.

   " Põe-me no chão " Ela gargalhou, colocando as suas mãos nos meus ombros enquanto eu acedia ao seu pedido pequeno.

   Eu observei-a enquanto nos acalmava-mos mas a sua risada rapidamente secou. Eu estava em pânico quando as suas pernas falharam miseravelmente sob o meu aperto. Eu instantaneamente apertei os meus braços na sua cintura e o seu corpo contra o meu. Os meus olhos estavam arregalados em terror mas os seus estavam entreabertos.

   " Eu estou bem " murmurou. " isto é culpa do soro, Harry "

   Eu podia sentir o meu coração rasgar o peito para fugir. Os avisos das enfermeiras a correrem a minha mente. Era culpa do soro, apenas isso mas qualquer coisa me assombrava agora.

   Nós voltámos para o seu quarto poucos minutos depois, ao som de uma repreensão certamente ensaiada pela enfermeira. Ela reativou as maquinas e refez a ligação do soro tagarelando sobre as permissões necessárias para o abandono do quarto. Eu não respondi, a minha mente em branco com o medo que me cobriu há pouco.

   Quando nós ficamos sozinhos, eu beijei a sua mão, o eu pulso, o seu braço e o seu rosto vezes sem conta. Ela estava bem quando me sorriu preguiçosamente, gargalhando pela minha aflição.

   O relógio marcava as horas do seu tratamento e eu precisei de abandonar o quarto terminando em casa onde Liam e Niall me esperavam pacientemente. Perdi-me numa espiral de risos grosseiros contra eles, o estado em que estavam era hilariante. Eles mandaram-me à merda e eu aceitei quando me caracterizaram de caralho. Eu estava a sê-lo, realmente.

   Bárbara |!|

   O vento que percorria o quarto tinha as características da noite. Frio, continuo e solitário. Tal como este quarto é, na realidade, sem o Harry. Eu pedi que o chamassem quando o tratamento terminou mas voltaram com um aviso de que ele não estaria em nenhum lugar para ser encontrado. Não estava magoada, apenas sozinha.

   Eu virei a minha cabeça até encontrar a janela parcialmente aberta. Eu gostava da clinica mas os tons obscuros da noite pareciam gritar para mim, na minha direção. Eu não sentia a noite na minha pele desde o primeiro internamento. E eu sentia falta apesar de conseguir viver com isso por mais alguns dias. Os meus olhos estudaram as estrelas brilhantes expostas depois da janela. A distância entre a clinica e o centro da cidade fornecia à primeira um sossego auditivo e visual inigualável. O desejado, simplesmente.

   Na última hora eu tinha encontrado uma grande dificuldade em respirar. Era natural. O tratamento tinha se baseado comigo enclausurada numa capsula por mais uma hora que o habitual. A minha mente não estava ambientada a espaços pequenos mas os tratamentos estavam a entrar no meu quotidiano, ainda que lentamente. No entanto, o facto de modificarem a duração do tratamento arrastou-me para outra zona fora do meu conforto. A cânula foi o recurso escolhido pelos médicos para que conseguisse algum oxigênio por umas horas e agora eu poderia retira-lo se assim desejasse.

   Três batidas na porta despertaram a minha curiosidade e atenção. Eu olhei imediatamente para cima quando o música percorreu os meus ouvidos. O ruido a perturbar o silêncio religioso das instalações apesar de soar como um burburinho eletrónico.

   Eu estava realmente confusa enquanto tentava reconhecer a batida que ressoava livremente. Puxei o meu corpo para cima, o meu tronco para a vertical com a força pouca dos meus braços. Estava completamente sentada quando duas figuras masculinas e corpulentas atravessaram a porta.

   Eu estava a gargalhar quando perguntei: " O que é que se passa?! "

   Eu vi a vergonha exposta no rosto de Niall através das suas bochechas encharcadas de vermelho. Liam conservava uma postura firme apesar de elegante. Os dois estavam cobertos por ternos negros e tradicionais. As gravatas à volta dos seus pescoços eram negras e as camisas por de baixo brancas, tradicionais.

   As luzes foram desligadas antes que a minha curiosidade fosse atenuada com respostas. Liam era o único que carregava o rádio mas o Niall foi, dos dois, o que montou o pequeno holofote e pendurou uma pequena bola de espelhos com a ajuda de uma ventosa.

   Eu pendurei a cabeça para o lado observando o irlandês movimentar-se nos seus sapatos clássicos até à porta. Ele abriu-a para me surpreender.

   Ali estava ele!
   E num terno negro, clássico, também.
 

   Jesus! As minhas bochechas coraram, ele estava deslumbrante apesar de no lugar do seu rosto estar o seu cabelo indomável. Harry elevou o seu queixo, lentamente. A ansiedade no seu olhar superava a que eu expunha sem dificuldade alguma.

   O seu corpo rígido deslocou-se pelo quarto até à minha cama drenada de um tom pálido. Ele afastou o tecido que cobria o meu corpo revelando as minhas pernas nuas a partir do fim da bata hospitalar. Eu senti-me nervosa enquanto ele arrastava as minhas pernas para fora da cama, deixando que elas balançassem. Ele parecia agitado mas concentrado. A sua língua presa entre os lábios fechados desenhava a atenção que em mim depositava. Os seus dedos curiosos derraparam sobre o meu braço até ao meu pulso. Eu não tinha a certeza sobre o que ele estava a fazer até arrastar o olhar até lá. Eu estava afetada a um altíssimo nível quando compreendi que ele estava a bloquear um corsage*  no meu pulso. As flores que o constituíam combinavam com a única flor que ele cuidava ao peito.

   E eu finalmente me lembrei que hoje era o baile, na universidade.

   Eu olhei para ele outra vez encontrando um laço no lugar de uma gravata e, um pouco acima, o seu olhar no meu.

   " Eu não te perguntei mas tu és o meu par para o baile, bebé "

   O seu tom de voz era, como a sua expressão, mordaz. Revirei o olhar mas não suportei o sorriso para mim.

   " A tua camisa está encorrilhada " Eu apontei numa pequena risada enquanto ele segurava os pequenos tubos, que grudavam a minha cara, para os retirar delicadamente. 

   " O Liam tentou passa-la, o Niall queimou o fato dele " Harry murmurou antes de terminar a sua tarefa.

   Ele segurou as minhas mão com o cuidado que me era familiar e, entretanto, eu estava sobre o meu próprio pé. Milhares de níveis abaixo da sua altura extrema e pomposa.

   O seu corpo estava debruçado sobre o meu quando segurou o meu queixo para cima. 

   " Tu pareces bonito, bebé " Murmurei-lhe, afetadamente.

   Surpreendeu-me quando se mostrou tímido com o meu elogio. Ele era um homem lindo e cobiçado que ouviria piropos em qualquer lugar. No entanto, ele estava corado agora.

   Eu podia sentir o sangue percorrer o meu corpo enquanto o seu corpo estava sobre o meu, os seus braços à minha volta e a sua gargalhada envergonhada no meu pescoço. Ele beijou-me mesmo ali e os meus dedos dos pés comprimiram-se com a sensação.

   " Estive à procura de um vestido para ti mas percebi que por baixo dessa bata estavas nua e que esse era o meu traje favorito em ti "

   Ele queria reverter a situação, retirar-me a segurança que sentia e depositava nas palavras que pronunciava. Mas eu estava feliz e esperançosa o que me colocava forte de uma forma prática.

   " Não vás por ai senhor não vai haver sexo "

   Ele estava realmente afetado com a minha língua comprida e afiada mas eu tive o cuidado de não elevar o volume da minha voz.

   " O Niall devia estar no baile " Eu disse antes de virar a minha cabeça na sua direção. " Tu devias estar na universidade, rapaz! "

   Ele sorriu-me afetadamente antes de girar o seu corpo sobre os seus próprios calcanhares. Eu estava ligeiramente chocada ao encontrar as suas calças queimadas, sem tecido até. As minhas mãos cobriram a minha boca mas eu já estava a gargalhar com a imagem.

   " Tudo bem, tu podes te rir mas eu vou ter algum do meu par "

   " Quem é ela? " Perguntei curiosa.

   " Ela está lá fora, elas estão aliás. O nosso garanhão Liam também tem um! Parece que não precisas de ser universitário para teres algum com uma " O tom afogado no seu humor incomparável fez-me segurar a barriga pela gargalhada poderosa que soltei inconscientemente.

   " Nós só estávamos aqui para servir de adereço por uns minutos, Bo " Foi a vez de Liam se expressar e ele tinha um sorriso doce nos seus lábios.

   " Exato, uns minutos. Boa noite rapazes!" Eu olhei para cima para encontrar o Harry a produzir uma continência.

   " Tu deves-me, Harry " Liam afiou-lhe o indicador antes de abandonar o quarto atrás de Niall que nos desejara um bom baile.

   O Harry deslocou-se até à porta para a travar e afastar assim qualquer pessoa que ousasse tentar entrar nesta divisão. Ele encolheu-se até ao rádio abandonado no chão para mudar a faixa musical. Eu tinha uma certa ideia de qual seria a próxima música mas então ele surpreendeu-me ao colocar um faixa digna do gosto de um adolescente.

   Quando se ergueu as suas mãos reajustaram o casaco formal. A minha mente estava a correr por entre perguntas sem fim mas quando ele movimentou os braços ao som das batidas que se mostravam repetitivas e sequenciais eu encontrei a sua faceta brincalhona. O Harry brincalhão era um dos meus preferidos.

   Eu decidi que a música era animada o suficiente para um bom momento. Os meus pés descalços oscilaram mas nunca abandonaram o chão enquanto o meu corpo se movimentava entre as batidas eletrónicas. A minha mente desligou-se assim como a preocupação de alguém odiar o som que ouvíamos agora. Eu senti o meu coração bater ao som da que descobri ser Take Shelter de uma banda qualquer. Eles eram bons mas eu estava entretida com a minha dança para fomentar a curiosidade pelos autores.

   Os meus olhos fechados entreabriram-se para encontrar o Harry sem o casaco negro, com as mangas dobradas até que os antebraços fortes se mostrassem. A imagem era estonteante. Para além disso, ela era excitante.

    Ele estava a observar-me atentamente antes de se aproximar para rodar o meu corpo sob o braço dele. Eu estava surpresa quando ele acertou o ritmo. O seu corpo a encaixar o meu de costas contra o seu peito forte e ligeiramente perfumado no momento em que o tom muda e a atmosfera aquece. Eu relembrei-me que ele afinal nunca me tinha pedido para dançar para ele ou algo que se assemelhasse. Eu olhei para trás, não para tentar observa-lo mas para encontrar a sua mão pressionada nos meus quadris. O vocalista desceu o tom de voz e eu desci o meu corpo no seu. Então o aperto nos meus quadris aumentou. Os seus fios de cabelo a fazer comichão no meu pescoço quando a sua cabeça desabou sobre o meu ombro.

   Eu reconheci o seu estado de carência absoluta mas estava com um sorriso por ele sentir a minha falta de uma forma tão desesperada ao ponto de perder a cabeça com pequenas ações minhas. Eu empurrei o seu corpo contra a porta que ficava imediatamente à direita. Os seus olhos fecharam-se com o confronto mas ele espalhou um sorriso pela sua boca esperta.

   " Eu gosto quando tu és mandona e confiante comigo " Ele disse.

   Eu sabia que a força que teria utilizado teria sido mínima. Contudo, o elemento surpresa tinha-o abalado o suficiente para que terminasse assim, encostado à porta da casa de banho.

   Ele estava perto de uma nova fala quando eu pressionei a minha boca contra a sua com uma certa urgência inquestionável. Eu senti-o curvar-se sobre mim até que os seus dedos irrequietos pudessem embrulhar as minhas coxas nuas. Ele puxou-me para cima tendo a certeza que durante o movimento eu podia sentir a sua ereção. As minhas mãos procuraram a parte de trás do seu pescoço com urgência e um certo receio da queda que daria.

   Harry puxou-me para cima antes de cruzar os seus dedos sob as pernas que outrora segurou. Eu tinha uma das minhas mãos na sua nuca, os dedos embrulhados na confusão de fios que dominava a sua cabeça. Ele não parecia concentrado nas passadas gigantes que dava até à cama de hospital que me abrigava quase a tempo inteiro. Eu parei-o, antes que ele me pudesse abandonar sobre os tecidos brancos.

   " Eu não quero fazê-lo numa cama que alguém já usou " resmunguei sob a minha respiração.

   Apenas as suas mãos, ainda cruzadas, tocavam a minha pele. Ele não pareceu afetado com a minha revelação antes de pegar no meu corpo de novo. A sua boca deslocou-se gravemente sobre o meu maxilar para encontrar, no final do trilho, o lóbulo da minha orelha.

   " isso é bom, bebé. Estava à espera de puder fazê-lo contra uma parede "

   Quando a sua voz ressuou até me alcançar, eu gemi pelo tom mas também pela forma como se dobrou sobre a cama e portanto sobre o meu corpo.

   Ele decidiu que seria na casa de banho e eu achei que era uma boa forma de abafar qualquer som que caísse da minha boca. O Harry bateu e trancou a porta atrás dele antes de depositar o meu corpo sobre a banca desinfetada. Eu esperava que o cheiro forte a lixivia desaparecesse com o seu toque o que eventualmente acabou por acontecer. Ele distrair-me-ia de qualquer coisa, a qualquer momento.

   Todo o meu corpo estremeceu quando as suas mãos se arrastaram até ao meu rabo. Ele pareceu surpreendido ao encontrar o tecido da roupa interior sob a bata que deveria preservar o meu corpo nu. O meu olhar afetado e carregado de timidez conseguiu um sorriso mordaz seu.

   Harry enrolou o tecido da minha roupa interior com o indicador antes de desaparecer do plano. Os meus olhos desceram para o encontrar de joelhos mas eu não tive muito tempo para refletir ou pensar em fazê-lo sequer. O tecido arrastou-se pelas minhas pernas antes das suas mãos puxarem os meus tornozelos para que me aproximasse do limite da banca. Eu não podia dizer o quão excitante era olhar para ele enquanto o seu corpo dentro de um clássico terno se mantinha de joelhos. A camisa nos seus braços dobrada para cima dos antebraços era apenas um dos muitos regalos visuais que me oferecia.

   " é suposto não teres nada sob a bata " Ele disse, profundamente. " Tu és uma menina má "

   Eu respirei pesadamente quando as suas palavras soaram contra mim. Eu não estava pronta quando a sua boca se pressionou contra a  minha intimidade. Mas então, eu acho que nunca estaria pronta para algum dos seus gestos. Os seus dedos guiaram os meus até ao seu cabelo para que o segurasse. Ele queria que eu fosse dura com ele, por alguma razão. Mas, no entanto, ele estava carente, tal como eu que ansiava pelo seu carinho apesar de tudo.

   Eu massajei o seu couro cabeludo em vez de o puxar gravemente. Podia dizer que ele estava a ter o seu tempo tal como eu, na realidade. Eu senti todo o meu corpo vibrar ao som do gemido que abandonou. O afastamento que ele criou entre nós foi pequeno e breve. Eu podia sentir a sua respiração descontrolada antes de numa provocação ele permitir que o seu nariz roçasse a minha entrada.

   As minhas mãos puxaram-no para cima em desespero. Queria os seus lábios nos meus e o seu corpo contra o meu como não sentia há meses. O afastamento físico que teríamos forçado estava a tornar-nos ainda mais dependentes do toque do outro. O desespero nas suas ações era refletido pela minha parte enquanto ele me conseguia no seu colo uma vez mais.

   O Harry encostou as minhas costas a uma das paredes deixando o meu corpo pressionado gravemente contra o seu.

   " Oh... " Eu gemi, encostando a minha cabeça à parede enquanto o Harry desabotoava as suas calças atrapalhado.

   " o quê? " Perguntou-me com o seu sorriso preguiçoso.

   " Eu adoro esta música " murmurei numa pequena provocação quando compreendi que esperava que o gemido fosse por ele.

   A sua risada profunda e rouca preencheu-me de adrenalina e desejo. A sua cabeça a cair sobre o meu ombro antes de qualquer coisa. " Ainda bem, bebé.. porque eu vou foder-te ao som dela "

   As chamas queimaram o meu corpo esturricando as minhas bochechas. Deixaram um rasto vermelho nas maças do meu rosto mas as suas palavras rapidamente se tornaram num borrão quando o senti dentro de mim. As minhas pernas forçaram-no contra mim mas as suas enormes mãos travaram os meus movimentos. Isso foi quando ele gemeu roucamente e marcou o nosso ritmo, o ritmo perfeitamente sincronizado com a música excitante do The Wekeend.

   Ele beijou-me sem remover as mãos, que me moviam contra si, dos meus quadris. Eu senti as paredes fecharem o espaço à nossa volta, o calor alastrar em forma de chamas ardentes que me faziam suspirar por mais dele.

   " Eu queria estar na nossa cama. Estar em cima de ti, dentro de ti, desta forma mas na nossa cama, no nosso quarto, na nossa casa. Ela está à tua espera amor e é lá que vamos ser felizes os dois. " A minha cabeça rolou para trás porque quando o arfou contra a minha pele, as suas mãos tinham arrastado o meu corpo até ao seu, para que o sentisse o mais fundo possível.

   Eu ouvi batidas contra a porta.

   " Tu vais gostar da casa, eu sei disso. Fi-la da poeira do chão a pensar em ti, em mim, em nós. " O seu nariz pontiagudo traçou a cicatriz sob o meu queixo, tomando partido da posição em que a minha cabeça se encontrava. " Montei uma piscina para ti apesar da casa não ser um palácio. " A sua pequena risada abraçou um gemido profundo. " Nós não precisamos de um palácio "

   " Eu só preciso de ti " Arfei-o. Os meus dedos atravessaram o seu cabelo suado.

   " Eu sei " Murmurou. " Tal como eu só preciso de ti "

   Eu podia sentir a promessa por de trás das suas falas. Eu podia sentir a felicidade que elas me traziam à flor da pele. Ele era a única coisa que eu não tinha pedido nesta vida. Mas ele era a única coisa que eu realmente precisava. Eu amava-o, de uma forma insana, incontrolável. Mas eu fazia-o alegremente. Nesta altura eu sabia o quanto a minha alma tinha sido leiloada em tempos tenebrosos, pretéritos*. No entanto, eu não a desejava como outrora desejei, como outrora acreditei não poder viver sem. Eu tinha aprendido que ela nunca teve uma finalidade e que ele me tinha oferecido algo mais, algo que sem o qual eu não poderia respirar. A minha alma não era o centro aqui mas sim o sentimento que eu nutria por ele porque de alguma forma esse sentimento, essa chama descontrolada, tinha-me oferecido uma base estável. Aquela onde eu viria a assentar todo o meu futuro com ele. Porque no final, para que precisamos de uma alma se ela esta amargurada e coberta da dor proveniente da morte?!

   Eu já tinha dado a minha alma por droga mas o que eu lhe dei a ele e o que ele me tinha dado a mim era mais do que suficiente para que eu pudesse morrer, um dia, feliz.

   " Eu amo-te tanto, Harry. Tu tens tudo de mim " Eu estava mergulhada em lágrimas quando compreendi que ao seu lado a dor tinha terminado. Nós eramos mais fortes que qualquer coisa.

   " Nós vamos ser felizes bebé, nós vamos encontrar o nosso final feliz no meio dos destroços "





F I N




A_note: Terminou..

O  M E U  D E U S, T E R M I N O U  !

E EU ESTOU LAVADA EM LÁGRIMAS, DESCULPEM-ME mas esta foi a história que mais gostei de escrever e acaba-la deixa-me tão emocional! Eu odeio finais, juro..

 Eu quero dizer que esta foi a história que mais mexeu comigo e este, de todos os casais que eu construí, é o meu casal preferido, de verdade!

 Não está nos meus planos fazer uma sequela porque eu não quero estragar o que fiz aqui.. mas Yeah..

*suspiro* ( suspirei mesmo o: ) 

Sobre esta história: Eu quero agradecer a todos os que a acompanharam! As pessoas que leram, votaram, comentaram ou simplesmente partilharam! Cada um de vocês fez a diferença e influenciou-me na minha escrita e na história que hoje aqui vocês veem e chegou ao fim. O facto de eu poder contar com vocês faz de mim uma escritora emotiva mas, acima de tudo, feliz!Cada capitulo tem um pouco de mim e eles são mais do que cem se contarmos com os que dividi em dois e outras coisas. Esta história abordou diversos temas desde a vida cruel noturna, às drogas, à violência doméstica, à morte, à doença, à maldade.. e claro, ao amor! O Harry que aqui retratei certamente se assemelhará ao Harry verdadeiro quando falamos do seu lado brincalhão e emotivo, ao seu lado cuidadoso e preocupado.. Mas quem sabe, não é mesmo?! Eu inspirei-me muito nele e em temas que acho preocupantes e espero ter veiculado uma mensagem forte e não apenas mais uma ficção de fãs. A palavra é uma arma poderosa que eu gostei de explorar, principalmente nesta história que é a mais próxima da realidade, de todas as que tenho. (falo isto com base nos assuntos que retratei) Eu realmente aprecio todo o carinho que fui recebendo da vossa parte. Mesmo quando o apoio parecia desaparecer por entre os meus dedos, alguma de vocês chegava e colocava-me no topo de novo. Os comentários entusiasmados, as mensagens no perfil ou então as privadas colocavam e sempre colocarão um sorriso no meu rosto! Esta é a nota mais séria que eu escrevo e quero que vocês saibam que eu estou muito emocionada agora! Não só porque é realmente o final da Sold Soul, mas também porque eu agora compreendo o longo caminho que percorri com vocês, de alguma forma! EU não me quero alongar muito mais mas eu queria agradecer-vos uma vez mais, por mais que nunca seja o suficiente!

Espero que este capitulo, sento o último vos leve a deixar um também último comentário. A vossa mensagem vai ajudar-me a tomar uma decisão! No entanto, eu queria que o fizessem porque acham que tÊm realmente algo que eu deva saber.. Como encararam esta história? O que acharam da forma como a abordei, como abordei a temas muito atuais? Esquecerão a Sold Soul algum dia? ( espero que não :P )

Eu acabei de ter uma ideia e acho que vocês vão gostar, está ligada a esta história mas não é uma sequela tradicional, deixem me saber o que acham..

   Uma última vez, com todo o amor que uma escritora pode guardar e estimar pelos seus leitores,

Bárbara x.

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