FELIZ ANO NOVO, FELIZ 2024!!!
amo vcs!
(pós Hogwarts)
★ Leitora × Draco Malfoy
⚠️ Este imagine contém linguagem obscena, conteúdo sexual, referências ao uso de cigarros e álcool, sexo explícito. Não recomendado para menores de 18 anos!
Para as leitoras que se deleitam no proibido, cujos corações batem mais forte ao vislumbrar olhos tão frios quanto o gelo e tão misteriosos quanto a névoa. Que cada palavra deste imagine acenda uma chama de desejo que nem o mais frio dos olhares pode extinguir.
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•°𝐕𝐢𝐬𝐜𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥°•
O NATAL É UMA DAS celebrações mais esperadas na Grã-Bretanha, tanto para os trouxas quanto para a comunidade bruxa. No Caldeirão Furado, a família Longbottom mantém viva a tradição.
Ainda faltam aproximadamente quatro semanas para o dia 25 de dezembro, mas a animação já é palpável. Em toda a Inglaterra trouxa, as residências já ostentam decorações natalinas e estão cobertas de neve, e Hogsmeade segue o mesmo ritmo.
- Estou tão, tão empolgada! - Hanna bate em seu avental, tentando remover um pouco de farinha. Quando Tom era o proprietário, o Caldeirão Furado era mais um pub para bebedores, mas desde que Hanna Abbot assumiu, tornou-se um dos lugares mais acolhedores e familiares do Beco Diagonal.
- Senhor Longbottom, precisamos de mais couves-de-bruxelas - S/n murmurou, examinando os armários. - e também de melaço preto.
- Vou a Londres esta tarde - disse Neville. - Você sabe que vai tirar folga do dia 23 ao dia 27, não sabe?
- Não é necessário - S/n sorriu. - Não poderei ir para a Noruega desta vez, então posso cuidar daqui enquanto vocês se divertem.
- Oh, sério? - Hanna se virou animada, o rosto coberto de farinha e corante verde. - Isso seria maravilhoso, mas não queríamos arruinar o seu Natal...
- Definitivamente não vai estragar! - S/n afirmou.
- Você é um anjo! - Hanna riu. - Bem, acho que só falta pendurar os Viscos, as duas árvores que pedi chegarão na próxima semana.
- Você viu a escada? - Neville perguntou para a esposa, beijando a bochecha dela. - S/n, acho que a última vez que a vi, ela estava lá atrás.
- Vou buscar.
[...]
24 de dezembro, véspera de Natal.
S/n coloca a estrela no topo da árvore, as encomendas chegaram mais tarde do que o esperado, o que atrasou as decorações.
Neville e Hanna descem as escadas carregando suas malas, observando o pub lotado.
- Tem certeza de que consegue lidar com tudo sozinha? - Hanna pergunta preocupada, vendo S/n descer da árvore. - Olha, vai ser muito cansativo, se quiser eu posso ficar e...
- Não, vocês devem ir, já faz dois anos que você e Neville não aproveitam o Natal - S/n segura a mão de Hanna. - Não se preocupe, eu vou cuidar de tudo.
- Estamos muito agradecidos, S/n - Neville abraça a esposa pela cintura. - Temos pudins de ameixa suficientes na geladeira, mas Hermione disse que se precisar de ajuda, ela virá imediatamente.
- Ah, bom saber disso - S/n sorri. - Tenham um bom Natal e aproveitem, sem preocupações! Já preparei a torta de carne e xerez, e vou deixar uma cesta na porta com cenouras para as crianças darem às renas.
[...]
25 de dezembro, Natal.
O Caldeirão Furado estava fechado, e S/n não esperava passar o feriado limpando o pub. As mesas estavam manchadas e havia sujeira por todo lado. No entanto, ela sentia que seus chefes, Neville e Hanna, precisavam daquele momento. Eles tinham sido bons para ela durante os três anos que trabalhou lá, e ela percebia o quanto se preocupavam com o negócio. Dois dias de folga poderiam parecer pouco, mas eram perfeitamente adequados para eles.
- Desculpe, já fechamos... - ela murmurou ao ouvir o sino da porta tocar. Ao se virar para a porta com um sorriso, viu um homem alto e magro, de pele pálida e cabelos loiros quase platinados. - Senhor...
- Eu ouvi - ele disse, e S/n o reconheceu pela voz. Era Draco Malfoy, ela se lembrava dele de Hogwarts, onde ela tinha sido alvo especial de suas piadas cruéis e de seu grupo. - Eu te conheço?
- Não sei - ela mentiu. - Bom, senhor, eu realmente sinto muito, mas...
- Se a porta estava aberta, o pub está aberto - o homem se sentou, cruzando os braços e olhando para ela. - Tem certeza de que não sabe se me conhece?
- Absoluta - S/n disse entre dentes. - Olha, senhor, a porta não estava aberta.
- Mas não estava trancada.
- E precisa?!
- Sim - Draco zombou. - Quero um pudim de ameixa.
- Bom, não sobrou nenhum - S/n sorriu falsamente. - Terei que fazer de novo, e pode demorar.
- Tenho todo o tempo do mundo - ele sorriu. - Guarde minha jaqueta para mim - antes que ela pudesse recusar, ele jogou a jaqueta de couro sobre ela, o cheiro de nicotina invadindo suas narinas.
- Que coisa fedorenta - ela resmungou.
- Está falando de mim ou da jaqueta? - Draco sorriu maliciosamente, arqueando as sobrancelhas para ela.
- De você.
[...]
- Maldito, porco branquelo - S/n resmungou enquanto esfregava uma mesa distante, sentindo o olhar de Draco sobre ela enquanto ele saboreava lentamente o pudim. - Já está quase uma hora comendo esse maldito pudim, deve estar brincando comigo.
- Está falando comigo? - Draco perguntou, encarando S/n com um sorriso zombeteiro.
- Não, senhor - S/n negou, sorrindo falsamente. - Estou apenas falando comigo mesma.
- No mundo trouxa, isso tem um nome - ele disse. - Esquizofrenia, conhece?
- Sei o suficiente sobre os trouxas, senhor - S/n retrucou, esfregando a mesa com mais força.
- Está tentando tirar a mancha ou arrancar um pedaço da mesa? - Malfoy ironizou.
S/n bufou. Naquele momento, ela preferiria arrancar Malfoy da existência, mas infelizmente não podia. Malfoy percebeu que foi ignorado e riu.
- Pode me trazer um fire whisky? - ele perguntou, percebendo que S/n ficou tensa. Ele sabia que estava a irritando. - S/n.
Ela arregalou os olhos ao ouvir seu nome da boca dele, sabendo que ele a havia reconhecido. Ela não o encarou, indo até a cozinha para pegar um copo e a garrafa da bebida de cor vermelho-fogo, colocando-os na mesa dele.
- Sabia que é errado ignorar os clientes? - Malfoy perguntou quando ela estava prestes a se afastar. - Me sirva.
- Não sou seu elfo doméstico - a garota sorriu novamente, sentindo suas bochechas ficarem vermelhas.
- Oh, não tenho mais - cantarolou Malfoy. - Já ouviu falar de Granger e aquela porcaria de F.A.L.E? Sente-se comigo, podemos conversar...
- Não tenho nada para conversar com você - cortou-o, e Malfoy chiou, sorrindo. - Mais alguma coisa, senhor?
- Me sirva.
- Mimado idiota - ela resmungou, despejando a bebida no copo e se afastando logo em seguida. - Hanna que me perdoe, mas se esse sujeito aparecer aqui novamente...
- Está resmungando sobre o quê?
- Nada, senhor.
[...]
No dia seguinte, S/n já estava ansiosa para que Hanna voltasse logo ao Caldeirão Furado. Ainda havia muitos foliões e ela já se sentia cansada. O maldito Malfoy não quis sair dali tão cedo no dia anterior, e a garota mal conseguiu dormir antes de ter que estar de pé novamente, cuidando do local.
- Bom dia - a garota estremeceu ao ouvir a voz enquanto lavava uma xícara. Ela suspirou e se virou para o balcão. - Tem alguma mesa livre?
- Se olhar ao redor, verá que não - ela retrucou. - Uma pena.
- O balcão me parece confortável, tenho uma boa vista daqui - ele zombou, sentando-se ali mesmo. - E qual é o prato de café da manhã de hoje?
- Salsichas enroladas em bacon com cherovia e molho de cranberry - a garota disse, e Malfoy pareceu pensar.
- Pode ser isso.
A garota se virou para ir à cozinha preparar, mas sentiu uma mão segurando seu braço. Malfoy sorriu para ela, levantando as sobrancelhas.
- Se puder evitar cuspir ou envenenar meu prato, eu ficaria feliz - Malfoy zombou, e a garota revirou os olhos, escapando de sua mão.
- Vou pensar sobre isso.
Quando ela voltou, Malfoy estava batucando uma das mãos na mesa, parecendo entediado enquanto olhava ao redor. Ela observou os dedos esguios e cheios de anéis do rapaz e bufou quando colocou o prato na mesa, chamando a atenção dele.
- Sem venenos ou cuspe - ela zombou. - Bom apetite.
- Seu desejo parece falso - ele cantarolou, e ela se segurou para não zombar.
- É apenas uma impressão sua, senhor.
[...]
HAVIA QUASE DOIS MESES desde o último encontro com Draco Malfoy, e S/n estava aliviada por não tê-lo cruzado novamente. Embora quisesse compartilhar o ocorrido com Hanna, optou por manter silêncio, receosa de que Hanna se culpasse por tê-la deixado naquela situação no dia de Natal. Além disso, considerando a história tumultuada de Draco Malfoy na vida de Neville ao longo dos anos, ela evitava contar algo que pudesse ressuscitar memórias dolorosas para Neville.
- Você agiu de forma estranha após o Natal - admitiu Hanna, apoiando seu ombro no da amiga. S/n deu um sobressalto, perdida em seus próprios pensamentos. - Aconteceu alguma coisa?
- Oh, absolutamente nada - S/n riu. Hanna não se convenceu, mas, quando a campainha tocou, forçou-se a atender o novo cliente.
- O senhor deveria saber que...
- Quero ser atendido por S/n - ressoou uma voz masculina, e S/n gemeu ao perceber quem era, pelo tom autoritário e mimado, só podia ser Draco Malfoy. - Olá, querida.
- Não sou sua querida - reclamou. - Pode deixar que eu o atendo, não precisamos de mais problemas - afirmou S/n, vendo Abbot se afastar hesitante. - O que deseja?
- Sou um problema?
- Um grande problema - suspirou.
- Grande, de fato - Draco respondeu malicioso, e ela revirou os olhos; ele estava agindo como um adolescente na puberdade. - Vim te fazer um convite...
- Não.
- Eu nem disse o que era!
- Mas eu não vou aceitar!
- Pare de se comportar como uma maldita criança! - Draco rosnou, frustrado.
- Criança? A única criança aqui, e ainda por cima mimada, é você!
- Só deixa eu fazer o maldito convite!
- Algum problema? - uma mão repousou suavemente no ombro de S/n, era George Weasley. Ele havia passado o dia negociando com Neville para novas receitas de doces. - Malfoy.
- Weasley - ele parecia desconfortável. - Estávamos conversando, pode nos deixar a sós?
- Hmm, acho que não - George inclinou a cabeça, zombando. - Acontece que eu preciso discutir negócios com S/n agora.
- Que seja - zombou, olhando para ela. - Depois conversamos.
[...]
S/N RESMUNGOU COM IRRITAÇÃO ao sentir a chuva desabar sobre ela, já passava das 22h, e nenhum lugar aberto para encontrar abrigo. Agora, lamentava recusar o convite de Hanna para dormir no Caldeirão Furado. Imaginava apenas uma chuva leve, não algo tão impiedoso.
- Que raiva, droga! - ela chiou quando a alça da bolsa se rompeu. - Remendus!
- Errou o feitiço - interrompeu Malfoy, colocando um guarda chuva sobre eles. Ele a olhou, notando seu estado ensopado. - Nossa, você está toda molhada.
- Pode parar de me seguir? - reclamou S/n, vendo Draco pegar sua bolsa, sem entregá-la. - Vai me devolver?
- Não - recusou Draco, guiando-a sob o guarda-chuva. - Vamos para a mansão, você toma um banho e troca de roupa, senão vai ficar doente.
- Não vou.
- S/n, pelo amor - Draco bufou, frustrado. Empurrou gentilmente seu ombro, indicando o carro preto estacionado, com o motorista abrindo a porta. - Para a mansão.
[...]
Chegaram a Wiltshire após algum tempo; Draco ocasionalmente a observava de soslaio, mas ela permaneceu imóvel, fitando a janela em silêncio.
— Você pode relaxar, sabia? — zombou Malfoy, vendo-a revirar os olhos. — Vai me ignorar mesmo após meu ato cavalheiresco?
— Fez porque quis — reclamou, e Malfoy bufou, recostando a cabeça no banco, contemplando o teto do carro.
— Não entendo por que me detesta tanto — afirmou Malfoy. — Eu era um moleque em Hogwarts, e você não era o alvo principal das brincadeiras... claro, Pansy não gostava de você por algum motivo, e eu a ajudava com as piadas...
— Você ajudava sendo um babaca — retrucou ela, sem lhe dirigir um olhar. — Gostava de atormentar aqueles que você e seu grupinho consideravam inferiores, causando traumas na maioria das crianças, muitas delas odiando sua própria origem por sua influência. Além disso, temos visões bem divergentes do que é certo.
— Quando se trata da Guerra, eu não tinha escolha...
— Ah, claro — ela não pareceu zombar, mas também não demonstrou empatia. O silêncio se instalou novamente, e Draco mordeu a bochecha, não era a direção da conversa que ele desejava.
[...]
Ao atravessarem o portão de ferro elaborado, S/n percebeu que a mansão dos Malfoy não correspondia à sua reputação. Segundo rumores, o jardim imponente deveria estar repleto de fontes e pavões, com uma grama vibrante e verde. No entanto, tudo estava coberto por musgo e bolor, sem qualquer sinal de vida animal, e a grama jazia seca. Ao encarar a famosa mansão, S/n sinceramente duvidava que aquele lugar já tivesse conhecido vida.
O interior da mansão era tão sombrio quanto sua fachada; apesar do mármore e do extenso tapete, o hall permanecia mal iluminado. Um arrepio percorreu a espinha de S/n; aquele lugar estava longe de ser acolhedor.
— Eu sei o que está pensando — murmurou Draco, retirando a jaqueta pesada e molhada dos ombros dela. — Não parece acolhedor nem agradável, não é? Era melhor antes de Voldemort, eu juro. Depois que meu pai foi preso, e minha mãe foi para Paris, eu decidi ficar aqui. As lembranças não são as melhores, mas me sinto seguro.
— Por que deixou a mansão nesse estado abandonado? — a garota perguntou, olhando ao redor, sem se importar com a indelicadeza. Draco riu, concordando com ela, e pelo menos agora ela havia parado de ignorá-lo.
— Não tenho paciência para tentar melhorar... Seja lá o que isso signifique — explicou Draco. — Bem, vou levá-la a um quarto de hóspedes; há toalhas limpas e macias no banheiro, sinta-se à vontade.
— Obrigada — murmurou a garota tão baixo que Draco quase não a ouviu. Ele sorriu, acenando para que ela o seguisse.
[...]
Depois do banho, ao se deparar com um pijama masculino sobre a cama, S/n percebeu que ficaria grande nela, mas agradeceu pelo gesto atencioso. Vestindo a peça, imaginou o paradeiro de Draco. Ao sair do quarto, deparou-se com um longo corredor repleto de portas, hesitando em tentar adivinhar qual era o quarto dele. Optando por descer as escadas, decidiu esperá-lo na sala em vez de sair chamando por ele.
— Nada mal — disse Draco com um sorriso ao vê-la alcançar o último degrau. Ele estava vestindo uma camiseta cinza simples e uma calça moletom confortável, parecia ter acabado de sair do banho. — Com fome?
— Um pouco — murmurou ela. Draco coçou a nuca, pensativo.
— Bem, vou à cozinha preparar algo para nós. Pode me acompanhar ou ficar na sala, como preferir — sugeriu ele, e ela acenou, sorrindo discretamente.
[...]
Draco serviu o vinho em ambas as taças, quase rindo ao notar a semelhança com um jantar romântico, exceto pelo fato de que S/n não parecia apreciar sua companhia. Ela experimentou o bife e o purê, surpreendendo-se com as habilidades culinárias de Draco.
— Amanhã, prefere que eu a deixe no Caldeirão ou em sua casa? — Draco perguntou, e ela ponderou.
— Se não for incômodo, prefiro ir para casa, pegar meu uniforme — respondeu ela, e ele concordou. — Moro naquele prédio laranja perto da loja dos gêmeos.
— Hm, eu ia perguntar sobre isso — disse Draco, agora visivelmente desconfortável. — Você e George Weasley...
— Não temos nada, se é o que está pensando — retrucou a garota.
— Hm, que bom.
— Bom? — repetiu, confusa.
— Maravilhoso — Draco sorriu de canto.
[...]
— ... e já se passaram três dias desde que dormi na casa dele; acho que agora ele me deixou tranquila — S/n concluiu, enquanto Ginevra a observava surpresa. Sentadas na cama de S/n, saboreavam sapos de chocolate e fofocavam. — E como vai com Harry?
— Maravilhoso — suspirou Gina, com malícia. S/n fez uma careta enojada, rindo da amiga. — Malfoy pode ser irritante, mas não é de todo mal quando se trata de aparência. Por que você não tenta algo?
— O quê? Você está louca? — exclamou, batendo na ruiva com o travesseiro, que revidou. — Ai. Ele não demonstrou interesse em mim, apenas foi amável... ou o mais próximo que pode chegar da gentileza. Não sei, acho que a consciência dele pesou.
— Bem, até agora ele não foi amigável com Harry, Ron ou Hermione — Gina ergueu as sobrancelhas, sugestiva. — Ele está de olho em você.
— Ginevra!
[...]
— Interessado em mim, onde já se viu? Ginevra só pode estar louca — murmurou S/n enquanto limpava o balcão, perdida em seus próprios pensamentos. Ela com certeza não notou a presença masculina perto dela, sentando na cadeira enquanto a observava com um sorriso malicioso, nem mesmo notou o cheiro de colônia amadeirada. Se ela tivesse notado, talvez reparasse que não havia mais cheiro algum de nicotina por ali. — Mas e se...? Ah, deixe de ser paranóica, S/n. Gina não bate bem das ideias, não foi interesse, foi gentileza, é isso!
— Devo me procurar com um possível oponente? — Malfoy finalmente disse algo, e S/n o encarou boquiaberta.
— Maldito Malfoy, que susto! — a garota levou a mão ao peito. — Espere, o quanto você escutou? Se preocupar com o quê?
— Oponente — repetiu Malfoy, batucando os dedos na mesa. — Escutei que a Weasley disse que há alguém interessado em você.
— Oh, não... eu, bem. Oponente?
— Não se faça de idiota — ele bufou. — Estou interessado.
— Em quem?
— Em você! — Malfoy quase gritou, vendo S/n surpresa. — Merlin, você nem tinha reparado?
— Como poderia? Tu é implicante pra caralho!
— É meu jeito de demonstrar — ele piscou. — E eu me preocupei com você.
— Espere, deixe-me pensar — ela murmurou. — Isso simplesmente não faz sentido.
— Na sua mente teimosa, talvez não — retrucou Draco. — Mas qualquer outra pessoa já teria percebido. Bem, era isso que eu queria dizer naquele dia antes do Weasley interromper. Queria convidá-la para um encontro.
— Encontro?
— Sim, exatamente — Draco riu da confusão dela. — Poderia, por favor, aceitar?
— Eu nã...
— Ótimo, passo no seu apartamento às 20h — Draco sorriu, arrumando a roupa. — Vamos a um restaurante à moda italiana.
— Espere, eu iria recusar!
— Tarde demais, às 20h eu te pego — disse Malfoy malicioso. — Até mais tarde, querida — S/n permaneceu atônita, observando-o sair pela porta.
— O que acabou de acontecer?
[...]
— Por que estou me arrumando, afinal? — ela indagou para si mesma, enquanto colocava o brinco e se examinava no espelho. — Poderia simplesmente recusá-lo e, quando ele aparecer, fazê-lo esperar — ela bufou. — Mas há quanto tempo não saio para me divertir? Gina está certa, Malfoy não é totalmente insuportável...
Uma batida a tirou de seus pensamentos, ela olhou para o relógio de parede, eram exatamente 20h. Com um suspiro, conferiu uma última vez sua aparência no espelho, satisfeita com o resultado. Pegou sua bolsa e saiu do quarto, parando em frente à porta, hesitando se realmente valia a pena abri-la.
A garota abriu a porta quando Malfoy estava prestes a bater novamente; ele a examinou de cima a baixo e sorriu, oferecendo o braço.
— Você está deslumbrante, e eu me sinto sortudo por acompanhá-la esta noite — disse Malfoy, ela conteve um sorriso, dissipando o flerte com um gesto de mãos.
— Guarde suas cantadas de conquistador barato para si, Malfoy.
[...]
Draco puxa a cadeira para que ela se acomode, enquanto ela observa ao redor, maravilhada com a beleza do restaurante. Ele se senta, e agora ambos estão em Londres trouxa, longe do mundo bruxo. O local é genuinamente italiano, e os não-mágicos ali levam a sério. A decoração é vibrante, com tons de verde, branco e vermelho dominando o ambiente. As mesas têm um toque rústico, e o piso é de porcelanato de alta qualidade. Bandeirinhas italianas pendem entre pequenas lâmpadas, criando uma luz dourada que preenche o espaço.
— Incrível, este lugar é deslumbrante — S/n comenta, e Draco solta um suspiro aliviado, querendo exatamente essa reação dela. — Não imaginava que você gostava da culinária italiana.
— Ah, sim, aprecio muito. Este restaurante é o meu favorito — Draco diz, e S/n arqueia a sobrancelha, percebendo a falsidade. Era evidente que ele nunca havia estado ali antes, e provavelmente o prato mais italiano que ele já experimentara era macarrão com almôndegas. Ela sorri, concordando com a cabeça.
— Visto que este é o seu restaurante preferido, qual sugestão você me daria? — perguntou S/n, apoiando o queixo com a mão. Draco desviou o olhar para o cardápio, tossindo suavemente enquanto examinava os pratos.
— Recomendo o polpettone — respondeu ele, e S/n sorriu, concordando. O polpettone era praticamente uma versão ampliada e recheada de uma almôndega.
— Está bem, para mim está ótimo, então.
[...]
Quando os pratos foram servidos, S/n notou Draco investigando o polpettone com o garfo, possivelmente tentando identificar seus ingredientes. Antecipando sua reação ao descobrir que ela sabia de sua mentira, S/n ficou contente por estar em um restaurante italiano, seu favorito. Contudo, ela estava intrigada sobre como Draco teria conhecimento disso e por que ele mentira.
— É recheado com ovo e queijo parmesão — S/n informou, observando-o fazer careta. Ela deu um gole de vinho, cruzando as pernas. — Draco, está claro que você nunca esteve aqui antes.
— O quê? Não tem nada a ver — ele engoliu em seco. — Eu venho aqui...
— Está tudo bem, pequeno mentiroso — ela provocou. — Adoro comida italiana.
— Eu sei — sorriu Draco, fazendo a garota ficar paralisada. — Não me pergunte nada, apenas tenho minhas fontes.
— Assustador.
[...]
— Olá, desaparecida — Gina brincou ao entrar no apartamento da amiga, fitando-a. — Faz uma eternidade que não nos encontramos! Seu namorado te arrancou de mim.
— Namorado?
— Malfoy — a ruiva sorriu insinuante, jogando-se no sofá. — Não tente negar, vocês saíram em uns cinco encontros diferentes!
— Não estamos namorando, Gina — S/n revirou os olhos — Nem sequer nos beijamos!
— Tenho certeza de que não foi por falta de tentativa dele — assegurou Gina, observando a expressão da amiga. — A-ha! Relaxa, S/n.
— Não estou com pressa — ela empurrou a ruiva. — Não quero apressar nada.
— Aposto que quando você o beijar, algo mais vai rolar — provocou Gina, recebendo um olhar chocado da amiga.
— Algo mais? — S/n perguntou, confusa.
— Sexo — bufou Gina.
— Vai se catar, maluca.
[...]
S/n retirou os últimos bolinhos do forno, enquanto Hanna passava ao seu lado batendo o chantilly. Mesmo usando luvas, S/n apressou-se em largar a forma, sentindo o calor atravessar o isolamento. Tirou a luva rapidamente, soprando suas mãos.
— Que desastrada — Draco comentou ao entrar na área dos funcionários, fazendo Neville lançar-lhe um olhar estranho, uma repreensão silenciosa que foi ignorada quando o rapaz a conduziu até a pia.
— Está tudo bem, Draco, não cheguei a me queimar — disse S/n, soltando suas mãos e olhando constrangida ao redor. — O que faz aqui?
— O jantar hoje será em Wiltshire — sorriu Draco. — E nem pense em recusar.
— Eu nem estava pensando nisso — a garota sorriu para um cliente que entrou, dirigindo-se a atendê-lo. — Draco, saia da área dos funcionários, por favor. Depois conversamos.
— Claro — Draco, inconscientemente, colocou a mão na cintura dela e depositou um beijo rápido em sua testa, ela tentando conter um sorriso.
— Vocês fazem um belo casal — comentou o senhor, servindo-se de um café.
— Ah, nós não somos um casal — ela sorriu, constrangida.
— Parece que a senhorita é a única que impede isso.
[...]
Aquela poderia ser considerada uma das noites mais animadas que a Mansão Malfoy já testemunhara. S/n e Draco já haviam jantado, ela agora vestia um dos confortáveis pijamas de Draco, e ambos estavam na sala, contemplando a lareira.
Certamente, estavam um pouco embriagados, a mistura de vinho e fire whisky começava a afetar suas consciências. A cada instante, se aproximavam mais, sentindo o calor mútuo de seus corpos.
— Você sente vontade? — perguntou S/n, meio grogue. Draco a encarou de forma estranha, um tanto bêbado, mas mais lúcido que ela. — De se envolver comigo.
— S/n — Draco repreendeu, segurando a risada ao vê-la se jogar sobre ele. Evitou que caísse e se machucasse em algum móvel, percebendo seus olhos começarem a lacrimejar. — O que foi?
— Você não quer! — ela choramingou. — Não me acha atraente.
— Claro que acho! — Draco se defendeu, rindo, o que a deixou ainda mais brava.
— Então me beija! — ela se aproximou, e Draco sentiu que era perto demais, engolindo em seco.
— Não, S/n — ele a levantou, colocando-a sentada no sofá. — Dorme.
— Por que você não quer me beijar?
— Quero, há muito tempo — Draco murmurou. — Mas não nessas condições. Quando fizermos algo, você precisa estar sóbria para se lembrar de tudo — ele a envolveu com uma manta, a pegou no colo e a conduziu até um quarto. — Merlin.
[...]
— Oi, por que você me chamou com tanta pressa? Alguém faleceu? — Gina entrou apressada no apartamento da amiga, encontrando-a largada no sofá, com o rosto escondido em uma almofada. — Que confusão é essa?!
— Nunca mais posso beber e ficar perto do Draco! — a garota resmungou. — Eu dei em cima dele quando estava embriagada.
— Eu adoraria ter testemunhado isso — Gina riu, recebendo um olhar cortante da amiga. — Desculpa. Mas é comum, perdemos o controle quando estamos bêbados; tenho certeza de que ele compreende.
— Mas... mas...
— Não o evite, seja madura — aconselhou Gina.
[...]
— Finalmente deixou de me evitar — Draco sorriu ao abrir a porta quando ela chegou à mansão. Ela o abraçou de leve, entrando antes que ele fechasse a porta.
— Eu não estava evitando você — ela mentiu. — Então, o que faremos hoje?
— Vamos assistir a um filme — ele a conduziu até a sala, colocando as mãos em seus ombros.
[...]
— Olá, finalmente deixou de me evitar — Draco abriu a porta da mansão, surpreso ao vê-la ali. Ele a abraçou suavemente, conduzindo-a para dentro.
— Eu não estava te evitando — mentiu, e Draco franzia as sobrancelhas. — Enfim, o que planejamos?
— Estou indo tomar um banho; você pode ficar no meu quarto para conversarmos enquanto isso — sugeriu Draco. — Depois, preparo um jantar para nós.
— Sem álcool.
— Sem álcool — Draco riu maliciosamente.
[...]
Havia se passado vinte minutos desde que Draco entrou no chuveiro. Sentada no quarto, ela observava a decoração que mesclava elementos modernos e rústicos, com algumas bandeiras da Sonserina em um canto.
— Seque meu cabelo — Draco saiu do banheiro, exibindo seu abdômen nu, com apenas uma toalha amarrada na cintura. Os fios loiros caíam sobre seus olhos enquanto ele se sentava na cama em frente à garota, entregando-lhe uma toalha seca e macia.
Ela começou a secar o cabelo de Draco, massageando seu couro cabeludo com cuidado. Ele a puxou para o colo, sorrindo quando a saia dela subiu ao envolver as pernas na cintura dele. Os dedos de Draco exploraram a área de forma quase etérea, mantendo-se na coxa dela. S/n se perdeu nos olhos azuis gélidos, sua respiração falhando ao engolir em seco, seu olhar alternando entre o cabelo molhado e o peitoral nu de Draco. Apesar de não ser atlético, ele era esguio e definido, exibindo uma tatuagem de serpente no peito, onde os olhos dela se detiveram inconscientemente.
— Achou bonita? — Draco perguntou, quase sussurrando. — Você pode tocar, se quiser — ele ofereceu. S/n sentiu a tentação, mas pensou. Antes que pudesse se conter, a toalha foi completamente abandonada, revelando o cabelo ainda úmido de Draco. Os dedos dela percorreram os ombros largos e a clavícula marcada. Draco reagiu, segurando a cintura dela com mais firmeza, enquanto o dedo indicador dela alcançava finalmente a tatuagem, tocando-a com delicadeza.
— Desculpe — Draco riu, sem muita timidez, ao perceber os olhos surpresos da garota. Agora, sua atenção não estava mais na tatuagem, mas sim na evidência sob a toalha. Sentada em seu colo, ela pôde perceber.
— Céus — ela suspirou, inadvertidamente se movendo. Draco gemeu suavemente, inclinando a cabeça para trás. S/n parou. — Está tudo bem?
— Desculpe, querida... realmente não consigo controlar — Draco murmurou, voltando a olhá-la, com suas pupilas dilatadas.
— Eu, hm — ela murmurou, sentindo que era o momento certo. — Posso ajudar?
— Ahn? — Draco foi claramente pego de surpresa. — Querida, não se sinta pressionada a nada...
— Não estou — ela se aproximou, seus lábios roçando suavemente nos dele. Draco hesitou por um instante, mas não resistiu, puxando-a pelo pescoço. Quando seus lábios se encontraram em um beijo intenso, S/n sentiu que nada poderia ser melhor. Draco mantinha uma mão em sua cintura e a outra em seu pescoço, controlando o beijo. Quando S/n interrompeu para respirar, Draco invadiu sua boca com a língua, e naquele momento, ambos podiam sentir a temperatura de seus corpos subindo.
Draco se manteve calmo, apesar de querer torná-la sua apesar de tudo. S/n suspirou baixinho quando Draco quebrou o beijo, descendo beijos e mordidas pelo pescoço dela. S/n se moveu um pouco no colo de Draco, sentindo a ereção latejante. Draco gemeu, deixando um chupão forte no pescoço dela.
— Ei, isso vai ficar marcado! — ela reclamou, e Draco riu malicioso.
— Melhor ainda.
S/n sentiu a camiseta sair de seu corpo, ela havia entendido que não tinha como não se entregar a Draco, ela queria isso. Quando Malfoy pareceu hesitar, S/n traçou o peito dele, descendo pelo tórax e chegando até a cintura. Ela se ergueu, tirando a toalha dele. Agora, Draco estava completamente nu, enquanto ela se mantinha com um sutiã e a calça de pijama.
S/n o tocou, sua mão alcançando o membro dele com timidez inicial, mas logo seu toque ficou mais firme. Draco gemeu e se recostou na cabeceira, e ela gostou da visão que viu. Draco tinha a cabeça jogada para trás, com olhos fechados e boca entre aberta. Ela observou a pele leitosa e pálida, e se motivou a aumentar os movimentos, o fazendo gemer e ofegar mais.
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Oi minhas vidas, vou ter que separar em duas partes kajshdka quase 5k palavras, já tá bom pra 00h00, né?
Eu infelizmente me atrasei porque começaram os fogos desde cedo, e minha gatinha passa mal, então pra ter noção, eu tô agarrada com ela agora tentando mantê-la calma. É difícil escrever assim. Mas amanhã já lanço a continuação do hot.
Feliz 2024!!