•°°ALÉM DA AMIZADE °°•
SIRIUS VERIFICOU O MAPA do maroto novamente, com as sobrancelhas franzidas. Prongs, do outro lado do quarto, observou o amigo e revirou os olhos, jogando uma bolinha de papel que acertou em cheio a cabeça do maroto.
— Padfoot — James cantarolou, entediado. — Vamos lá, tire os olhos do mapa. O que está espiando, afinal?
— S/n — murmurou Sirius, e Peter, que até então estava empoleirado em uma almofada velha, levantou-se rapidamente, olhando para Black com curiosidade.
— Por quê? — perguntou curioso e James riu.
— Acho que alguém está apaixonado pela melhor amiga — cantarolou James, e Moony entrou no quarto bem a tempo de ver uma almofada voando em direção a Potter, que chiou enquanto seu óculos voava longe.
— Cala a boca, veado — xingou Sirius, o rosto adquirindo um tom escarlate rapidamente. James resmungou um "é cervo" enquanto Peter alcançava os óculos do amigo. Remus olhou por cima do ombro do Sirius, os cabelos sedosos do amigo fazendo seu nariz coçar.
— O que ela está fazendo com Oliver Montague? — perguntou Peter, olhando entre os dois rapazes mais altos. Sirius franziu a tez, desagradado, não tinha visto o nome do rapaz ali.
— Quem é Oliver Montague? — questionou Remus, curioso. Sirius revirou os olhos e Peter olhou entre os amigos, dando de ombros e começando a falar.
— Os Montague são uma família tradicionalmente britânica, conhecida pelo seu status de sangue puro e riqueza, e costumam valorizar toda a tradição — explicou Peter, James se levantou, olhando para Sirius.
— Oliver Montague é da sonserina, é conhecido pela extrema inteligência e e perspicácia estratégica, e o garoto é extremamente competitivo — disse James. — Se não me engano, na semana passada Oliver humilhou o Ranhoso com classe quando ele falou dos Montague. Eu gosto dele — riu James, vendo Sirius bufar.
— Eu não — retrucou e Remus conteu uma risada, se jogando em sua cama.
— Isso porque você está com ciúmes — contestou James, e Sirius se jogou em cima dele, os dois rapazes rolando pelo chão.
— Cala a boca, veado — rosnou Sirius, bagunçando os cabelos de James.
— É cervo, porra!
[...]
°MASMORRAS°
MONTAGUE E S/S CORRERAM PELAS masmorras da sonserina, enquanto um furioso Adrian Nott corria atrás deles.
— Merda de monitor idiota — reclamou Montague, puxando a garota pelo braço, os dois entraram dentro do que deveria ser uma parede, e olharam assustados ao redor.
— A sala precisa — a garota sussurrou, encantada. De repente, um longo sofá de couro verde apareceu no canto da sala, uma lareira em sua frente. S/n ergueu uma sobrancelha para Oliver, que deu de ombros, se jogando no sofá.
— Teremos que esperar, Nott não irá sair do nosso pé — explicou, vendo a garota andar pela sala. Se você visse com atenção, apesar de toda talvez arrogância e ego alto, Oliver Montague era um rapaz muito bonito. O rapaz é alto e esguio, com cabelos negros e olhos azuis intensos. Ele possui uma aparência aristocrática, com traços afiados e uma expressão sempre séria em seu rosto.
[...]
°DORMITÓRIO DOS MAROTOS°
— Eles sumiram! — uma sombra de ciúme e raiva se fez presente em sua voz, suas palavras sendo pronunciadas com um leve tremor de irritação. Sirius atirou o mapa para ao lado, que caiu ao lado de James.
— Eles devem estar na sala precisa — James impulsivamente deixou escapar, mas assim que captou o olhar gelado de Sirius, ele se apressou em alterar o que disse, emendando com uma risada nervosa. — Quer dizer, ele deve ter ido para a comunal dele e ela para a sala precisa, pra não ser pega pelo Filch, né?
— James, nem tenta — falou Remus, ele escarneceu, os olhos relutantes em se afastar do livro, mas se dirigindo a Sirius quando viu que ele não parava de resmungar. — Vá atrás dela, Six. E pare de resmungar, assim vai acordar o coitado do Rabicho.
— Ótima ideia, Moony — após agradecer, o garoto deixou o dormitório com uma empolgação palpável, enquanto o garoto de cabelos negros mantinha um olhar desconfiado em direção a Remus. Sem se deixar perturbar, Remus retomou sua leitura, optando por ignorar inteiramente aquele olhar.
— Remy — James chamou, um zumbido discreto saindo dos lábios de Remus, sinalizando que ele estava ouvindo, abrindo espaço para James começar a questionar sem parar. — Esse não é o tipo de conselho que você dá, principalmente para Sirius. O que lhe fez dar esse conselho? Está aprontando algo, Moony?
— Quem sabe agora ele entende o que sente em relação a ela — Lupin explicou, dando de ombros, os dois garotos olhando para a cama de Rabicho quando um ronco ecoou pelo quarto.
[...]
°CORREDOR SALA PRECISA°
ASSIM QUE MONTAGUE E S/S saíram daquele corredor, Sirius entrou nele.
Sirius Black teve uma reação instantânea ao vê-los, seu semblante fechando-se imediatamente. A garota percebeu rapidamente a mudança de humor do amigo e ficou confusa, aproximando-se dele enquanto Montague permanecia mais distante. Apesar de sua expressão seria, Oliver não pôde deixar de sorrir de maneira sutil ao notar a insatisfação de Sirius.
— Foi divertido hoje, S/n — disse Montague, colhendo a atenção da garota para si.
— Tudo bem, Oli. Nos vemos amanhã — a garota acenou, depositando um leve selar na bochecha do garoto, que olhou uma última vez para Sirius, saindo dali. Em um gesto de raiva contida, Sirius cerrou os punhos com intensidade, sentindo a tensão percorrer seus braços e os músculos de sua mão se enrijecerem. Ele olhou irritado para onde Montague estava minutos atrás. — Six, tudo bem?
— Montague, é? — Sirius emitiu uma zombaria rude, fazendo a garota se assustar com a forma agressiva que ele expressou sua irritação. Ele abanou a cabeça em negação, meteu as mãos nos bolsos e evitou encará-la, desviando o olhar.
— Qual o problema? — a garota perguntou e o rapaz mordeu os lábios, mantendo o olhar fixo nela. A garota se perdeu nos olhos cinzentos, um brilho diferente passando por eles. — Montague é meu amigo e voc...
— Não me importa, até onde sei, você não precisa me justificar nada — respondeu Sirius, secamente. — Só pensei que você tivesse companhias melhores.
[...]
°PÁTIO°
— Remy, honestamente, Sirius está me torturando — a garota choramingou enquanto acompanhava o maroto até o campo de quadribol. — Já é o terceiro dia desde quando ele me viu com Oliver, e nesses três dias estou recebendo tratamento de silêncio. Será que Montague já fez algo contra Sirius?
— Não — riu Remus. — Sirius só está enciumado — sussurrou se curvando para perto da garota, que ficou envergonhada.
— Ciúmes? De mim? Por quê? — a garota questionou e Remus conteu um bufar.
— Por Merlin, vocês são lerdos demais.
[...]
°CAMPO QUADRIBOL°
SIRIUS SUSPIROU AO VÊ-LA chegar junto de Remus. Ele queria falar com ela, e sabia que não podia culpá-la pela crise de ciúmes. A garota o ignorou, olhando para James que olhava para Lily.
— Eu não irei a Hogsmeade, Marlene está em uma situação catastrófica nas matérias, terei que ficar ajudando. Dorcas tem um encontro romântico, e Lily vai ir, mas seria uma pena ela ficar sozinha... — s/n arqueou as sobrancelhas com uma pitada de malícia, direcionando suas palavras sugestivas ao maroto. O rapaz lançou um olhar rápido em direção à ruiva que estava um pouco afastada, antes de voltar sua atenção para s/n, exibindo um sorriso entusiasmado
— S/n, você é fantástica! — James a abraçou e girou. — De uma de cupido entre eu e Lily mais vezes.
— Não posso ser tão malvada com Lils — zombou, o garoto fechando a cara. — Mas vá antes que Snape tire coragem e convide ela antes.
— Prefiro morrer do que deixar o Ranhoso chamar a Lily — brincou James e saiu dali, a presença de S/n, Sirius e Remus sendo agora as únicas no local.
— Remus, fez o trabalho de DCAT? — sentindo-se tenso, Sirius arriscou uma pergunta para puxar assunto. Ele bagunçou os cabelos negros com timidez, enquanto seu olhar ocasionalmente desviava-se para a garota, que aparentava uma felicidade evidente ao ignorá-lo.
— Eu e S/n fizemos pela manhã, por isso não fiquei com vocês hoje — respondeu Remus, cruzando os braços. Sirius mordeu os lábios, olhando para S/n agora.
— Hm, tudo bem? — perguntou Sirius, hesitante. A irritação exalava do corpo da garota. Ela soltou uma risada sarcástica, olhando com desprezo para o rapaz, que apertou os lábios, percebendo a mágoa nos olhos dela.
— Claro. Eu não poderia estar melhor — a garota respondeu simplesmente, abraçando Remus rapidamente e acenando para Emily Blackwood, que passava ao longe. — Irei andar com Emy, até depois — a garota se dirigiu diretamente a Remus, que acenou e bagunçou os cabelos da garota, recebendo um olhar afiado.
— Eu sou um idiota — murmurou Sirius, e Remus acenou com a cabeça. — Esse é o momento que você me apoia, Remy.
— Estou te apoiando em sua afirmação — retrucou Lupin. — Você é um idiota. Um idiota apaixonado, o pior tipo.
[...]
°DORMITÓRIO FEMININO°
SIRIUS BATEU TRÊS VEZES na porta do dormitório de Marlene McKinnon, onde S/n deveria estar. Quem atendeu foi a garota de cabelos c/c, que olhou para Sirius de modo curioso.
— Hm, eu trouxe uns sapos de chocolate, para você e Lene — disse Sirius e S/n quase riu com o jeito do rapaz, nunca o tinha visto tão constrangido antes.
— Obrigada, Sirius — a garota pegou a sacola, olhando para dentro do quarto e para Sirius. — Quer vê-la?
— Ah, sim — tossiu, entrando no quarto e vendo a garota loira irritada na cama, repleta de cobertores e olhando para o teto de cara emburrada.
— Vamos lá, Marlene. Tira esse bico, você está doente demais para ir até Hogsmeade, está nevando — diz a garota, deitando aos pés da cama da loira, que revira os olhos. — Sirius trouxe sapos de chocolate para você.
— Oi, pateta — murmurou Marlene, mal olhando para o rapaz. Sirius franziu a testa.
— Como Marlene ficou doente? É raro ela adoecer, vaso ruim não quebra — zombou Sirius, e Marlene jogou um travesseiro no rapaz.
— Dessa vez rachou — respondeu S/n. — Ela achou uma brilhante ideia ficar na chuva jogando contra Dorcas. Meadowes teve sorte de não pegar um resfriado, já Marlene...
— Só se vive uma vez — alegou Marlene, espirrando logo em seguida. A loira olhou entre os amigos, percebendo uma tensão na atmosfera. — Vão conversar, eu fico bem sozinha por uns minutos, comi tanta sopa que quero tirar uma sonequinha.
— Obrigada, loira — agradeceu Sirius, acenando com a cabeça para que S/n o seguisse para fora do quarto. A garota exalou nervosa, mas assentiu, o seguindo.
[...]
°DORMITÓRIO MAROTOS°
— Por que está tão deprimido, Six? — perguntou James, os marotos deitados pelo chão do dormitório. Sirius suspirou. — S/n não aceitou suas desculpas?
— Aceitou — resmungou Sirius. — Só que ela pareceu ter feito isso por pena, ela tá estranha comigo.
— Você a ignorou por três dias, por nada — falou Remus. — Esperava que ela desse pulinhos de alegria e lhe perdoasse imediatamente?
— Sim — reclamou.
[...]
°PÁTIO DE HOGWARTS°
S/N S/S, CHEIA DE ENTUSIASMO, percorria com vivacidade o pátio, ocasionalmente fazendo pausas junto a diferentes grupos de estudantes para entregar folhetos. A curiosidade dos Marotos foi despertada quando a jovem se aproximou cheia de ânimo, pressionando os panfletos contra seu peito e sorrindo calorosamente para eles
— Olá, rapazes! — a jovem cumprimentou entusiasmada, entregando os folhetos aos Marotos. Sirius percebeu que se tratava de um convite para um baile. — Na próxima semana, na sala comunal da Corvinal, haverá um baile com a temática de baile de máscaras. Conto com a presença de vocês — disse ela. Antes que os Marotos pudessem responder, uma garota de cabelos negros e lisos chamada Emily Blackwood chamou a atenção de S/n. — Agora precisamos entregar para os Sonserinos. Até depois, rapazes.
— Percebo que ela está agindo de forma estranha comigo — comentou Sirius, observando as duas garotas se afastarem. — Tenho certeza de que ela ainda está chateada.
— Não vejo nada de estranho nela, ela parece normal para mim — disse James, enquanto Peter assentiu em concordância. Sirius bufou, revirando os olhos em frustração.
— Talvez você esteja apenas se sentindo culpado, Padfoot — argumentou Remus, olhando para o amigo. — Acredito que ela tenha aceitado bem o seu pedido, mas é verdade que parece um pouco distante de você. No entanto, ela ainda está magoada. Deixe as coisas se acalmarem com o tempo.
— O Moony está certo, Six — concordou James. — E vocês, quem vão convidar para o baile? Eu vou chamar a Lily — disse ele, mudando de assunto. Sirius bufou, pois tinha a intenção de convidar a mesma garota, mas provavelmente receberia um não. Ele olhou para James e pensou que, bem, Prongs também poderia levar um não de Lily, então os dois amigos acabariam juntos com seus egos abalados.
— Seremos os dois rejeitados, Pontas — zombou Sirius, abraçando o amigo pelo ombro. James franziu a testa para ele. — Eu vou convidar S/n, tenho certeza de que ela vai recusar e ir com Montague, e então eu vou ficar no canto observando-os — choramingou Sirius, enquanto Remus ria de forma indignada. Black sempre conseguia ser tão dramático.
— Meu Merlin, Sirius! Como você consegue sentir a dor antes mesmo de ser ferido? — contestou Remus. — Converse com ela, não a vi em nenhum momento desta semana com Montague. Acho difícil ela te rejeitar.
— Vou confiar em você, Remus — Sirius piscou, levantando-se animado. Um lampejo de esperança surgiu em seu peito. — Mas se eu for rejeitado, você que terá que me ouvir reclamar — ameaçou, e Remus bufou, nada surpreso.
— Sirius, sofro com isso há sete anos, nada com que eu já não esteja acostumado — zombou Remus, e Sirius fechou o rosto, beliscando o amigo. — Saia daqui, encrenqueiro.
[...]
°PÁTIO DE HOGWARTS°
CHEIO DE ENTUSIASMO, Sirius se aproximou dela, segurando uma flor roubada do jardim em sua mão. A garota percebeu sua presença e virou-se, encontrando um Sirius Black angustiado, olhando para ela com um pequeno sorriso.
— Oi de novo, s/a — murmurou Sirius, e a garota sorriu quando ele lhe entregou a flor. — Foi difícil pegar essa flor, sabe. Minerva quase me deu uma bronca quando me viu arrancando-a.
— Que adorável, Six — a garota riu, e Sirius sentiu seu coração se aquecer ao ouvir seu apelido sendo pronunciado por ela. Ele tinha a sensação de que talvez ela realmente o tivesse perdoado. — Precisa de algo? Se é sobre a tarefa de feitiços, eu ainda não a fiz e...
— Não! Nada disso! Eu e o Pete já pegamos a tarefa do Remus e... Ah, bem, eu queria te dizer uma coisa, ou melhor, queria te perguntar — Sirius falou rapidamente, atropelando as palavras. A garota abriu a boca para falar, mas depois a fechou, sem saber exatamente o que dizer. Ela apenas acenou, dando espaço para que Sirius continuasse. — Hum, você já tem um acompanhante para o baile?
— Ah, não — a garota respondeu lentamente, surpresa pela pergunta. Ela percebeu que Sirius desviou o olhar e sorriu de lado. Sirius quase saltou de felicidade, pois Montague não tinha chegado antes dele, e se tudo corresse bem, quando Montague chegasse, receberia um "não" dela. — Por quê?
— Quer ir comigo? — Sirius sorriu, e a garota arregalou os olhos, mas não hesitou muito.
— Claro, Six — respondeu ela, e Sirius soltou um suspiro de alívio. — Mas apenas como amigos?
— Ah — o sorriso de Sirius vacilou um pouco, mas Black, o grande conquistador, não se deixou abalar. — Na verdade, eu estava pensando em ser um encontro, talvez?
— Espere... você quer ter um encontro comigo? — a garota exclamou, surpresa. — Bem, tudo bem, Sirius. Ficaria feliz.
Sirius estava prestes a se afastar quando a garota o chamou novamente, com um sorriso no rosto.
— Use uma gravata vermelha, garoto-problema — ela piscou. — Confie em mim.
— O que você quiser, minha dama — Sirius se inclinou, beijando a mão dela em um gesto galante, enquanto S/n revirava os olhos, embora sentisse as borboletas agitarem em seu estômago.
— Vá, bobão — a garota riu. — Lembre-se, o baile é na próxima semana.
— Não vou esquecer — Sirius cantarolou e partiu dali, radiante, esbarrando em dois alunos e depois em mais um, que, por coincidência, era James.
— Ei, ei — o garoto o deteve. — Por que essa expressão boba no rosto?
— Tenho um encontro! — exclamou Sirius, e a mandíbula de James caiu.
— Não acredito que só eu levei um fora, seu cachorro! — reclamou James, dando um soco no braço do amigo, que ria. — Estou feliz que vocês tenham resolvido as coisas.
— Eu também — suspirou Padfoot. — E não se preocupe, Pontas. Até a próxima semana você conseguirá convencer a ruiva.
— Espero que sim.
[...]
°SALÃO PRINCIPAL°
O QUEIXO DE SIRIUS CAIU AO VÊ-LA descendo as escadas, envolta em um vestido vermelho que delineava elegantemente seu corpo. Um sorriso surgiu no rosto da garota ao perceber a expressão boba de Sirius, e ele se encheu de animação ao notar que ela havia planejado combinar suas cores. Ele ajustou sua gravata quando ela se aproximou. A garota entrelaçou seu braço com o dele, e Sirius beijou as têmporas dela, admirando-a embevecido.
— Por Godric, você é a mulher mais bonita do mundo, minha querida — elogiou Sirius, e a garota corou, sentindo seu coração se aquecer com as palavras do rapaz. Os olhos cinzentos de Sirius percorreram todo o corpo da garota, um brilho de amor e admiração permanecendo em seu olhar. A garota deu um tapinha no peito do rapaz.
— Você também não está nada mal, garoto — sorriu ela, fazendo com que ele corasse. Sirius tossiu, sempre acostumado a flertar desenfreadamente com quem quer que fosse e nunca ficava envergonhado, mas S/n conseguia desarmar Sirius completamente.
Os casais se dispersavam pelo espaço, e Sirius sorriu ao reconhecer os cabelos flamejantes de Lily e o sorriso radiante de James. Ele havia conseguido convencê-la. Remus estava mais distante, acompanhado por uma garota de cabelos loiros e cacheados, enquanto Peter estava ao lado de Dorcas.
A mão de Sirius repousou na cintura da garota, fazendo um arrepio percorrer seu corpo. Ambos sorriram um para o outro, sentindo a música envolvê-los enquanto dançavam e rodopiavam pelo salão. Alguns os olhavam com admiração, reconhecendo a beleza do casal, e Sirius tinha consciência disso.
[...]
°TORRE DE ASTRONOMIA°
JÁ PASSAVA DA MEIA-NOITE quando eles se encontraram na torre de astronomia, contemplando o céu estrelado. Sirius deitou-se no chão frio ao lado dela, mas seus olhos não estavam fixos nas estrelas. O rapaz apoiou o cotovelo no chão e o rosto na mão, deitando-se de lado enquanto admirava o rosto dela. A garota mantinha seu olhar fixo nas constelações, e Sirius poderia jurar que os olhos dela brilhavam tanto quanto as estrelas — ou até mais.
— Que irônico — a garota riu de repente, despertando a curiosidade de Sirius. Ela piscou para ele, fixando o olhar no céu. — A constelação de Canis Major — Sirius cutucou levemente a cintura da garota quando a ouviu zombar.
— Vou morder sua canela — brincou Sirius, e a garota fingiu afastá-lo com a mão.
— Sai pra lá, cachorro — ambos riram e pararam, olhando um para o outro. Sirius se aproximou, seus narizes quase se tocando.
— Ei pessoal, encontrei vocês... Oh, droga, desculpe! — a voz de Peter fez o casal se afastar rapidamente, e Sirius bufou, pensando se seria maldade comprar uma ratoeira. S/n riu, envergonhada.
— Ah, não! Rabicho! Eles demoraram uma eternidade para perceber, vimos a maior cena de romance cafona e você interrompe o beijo?! — reclamou Potter, quase caindo em cima do amigo mais baixo. — Vamos sair daqui. Tchau, pombinhos, sem filhos por enquanto.
— Vamos também, está ficando tarde — disse a garota, e Sirius sorriu fracamente.
— Bem, você fica aqui — quando chegaram à comunal dela, Sirius ficou inquieto, desanimado pela interrupção no beijo.
— Boa noite, Six — S/n desejou, e quando estava se virando, voltou rapidamente, deixando um selinho nos lábios do rapaz antes de correr escada acima, deixando Sirius paralisado.
Ele estava desejando dar um soco em Peter, mas ainda assim, mesmo sem o beijo cinematográfico, foi a melhor noite de Sirius Black.
Oi mores, ainda tô borocoxó, mas decidi entregar algo para vocês.
Deixem estrelinha, por favor.
Gostaram, meus amores?
Como foi o dia de vocês?
Até o próximo cap, lindos.