2 •Esqueça Ela - Blue Sky City

By Putzvital

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Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - u... More

Sinopse
Prólogo
1 - Sim
2 - Dia 1
3 - Troglodita
4 - Erro
5 - Olhos pretos
6 - Dezessete anos
7 - Um homem simples
8 - Voyeur
9 - Com ou sem?
10 - Rir
11 - Isso é péssimo
12 - Miss Simpatia
13 - Quem ceder perde.
14 - Bom homem
15 - Penhasco
16 - Sentimentos
17 - Sorte ou azar
18 - Escravo
19 - Prazer
20 - Ele
21 - Louis
22 - Caco de vidro
23 - Barganha
24 - possessividade
25 - Gentil
26 - Olhe pra mim
27 - Atrás dela
28 - Teste Drive
29 - Aquela Noite
30 - Solidez
31 - Era só isso
32 - Peter Brooks
33 - Duas batidas
35 - Surpresas
36 - Próximo passo.
37 - Dez anos.
Epílogo

34 - Campo minado

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By Putzvital

Atualmente.

— Não acha que Reed e Greg formam um casal primoroso? — enquanto termino de montar meu sanduíche, ergo os olhos para a figura esparrama no sofá por cima da bancada de cozinha americana.

Samantha tem a cabeça apoiada em um dos braços do sofá e um livro estendido que esconde seu rosto e a expressão que está fazendo agora.

Ela só usa uma camisola preta de seda com alças finas, e uma dessas alças pende em um de seus ombros desleixadamente. Suas pernas macias brilham, a pele de amêndoas um pouco mais bronzeada que de costume estão me convidando para realizar ideias muito pecaminosas e nada dignas de serem  mencionadas na próxima semana quando Sam for se confessar na igreja.

— O que disse? — pergunto, esquecendo absolutamente qualquer palavra que tenha saído da sua boca, porque estou focado demais em enxergar pela pequena brechinha de suas pernas separadas para descobrir se existe uma calcinha por baixo da camisola. Deus, por favor não tenha, eu imploro.

Coloco fatias de tomate por cima do queijo.

— Reed e Greg, o que acha? — não abaixa o livro.

Território perigoso. Falar sobre outras mulheres com a esposa SEMPRE é um campo minado. Talvez seja só uma pergunta, ou talvez seja uma armadilha mortal. Mas se tratando de Reed... A coisa fica ainda mais feia.

Estreito os olhos para o livro que ela mantém na frente do rosto. Você não vai me pegar, espertinha.

— Acho que eu não tenho o direito de achar nada. É a vida deles. — dou de ombros, embora ela não veja. Boa, Adam!

Finalmente, Sam abaixa o livro para me lançar uma sobrancelha arqueada.

— São seus amigos, não tem nenhuma opinião?

Campo minado. Alerta. Campo minado.

Cubro o sanduíche com o pão.

— Princesa, não gasto meu tempo pensando na vida amorosa de outras pessoas — porém, eu concordo que Greg e Reed é uma combinação bastante agradável.  — Eu gosto deles, quero que sejam felizes, se encontrarem isso um com o outro da maneira que encontramos, ótimo.

Pego meu prato e me dirijo para a sala, sento no espaço vago no sofá e ponho suas pernas sobre meu colo e o prato sobre elas.

Suas pernas no meu colo depois de um dia de trabalho é um das minhas 7 coisas favoritas no mundo todo.

Samantha põe o livro mezanino de vidro, esticando-se para isso, e me dá toda sua atenção em seguida.

— Eu não odeio ela, Adam — diz. — Se eu odiasse, não teria feito dela um sucesso.

Fico calado, porque eu sei que ainda estou no campo minado e que qualquer palavra errada pode ser usada contra mim e me fazer parar no quintal dormindo na casinha do cachorro, o que definitivamente não se enquadra em uma das minhas sete coisas favoritas.

— Também quero que ela seja feliz, e o Greg, e se ela for feliz estando com ele... Não vou fingir que isso não me deixa aliviada — admite.

Samantha Fontaine só pode estar drogada.

— Por que diabos te aliviaria ver ela com alguém? — pergunto, incrédulo. — Estamos casados, — aponto para ela e depois para mim. — Acha mesmo que ela estar solteira ou não tem alguma influência sobre mim?

Samantha me olha, só que, por alguns segundos, vejo uma adolescente de dezesseis anos nos seus olhos, reprimida e agarrada á inseguranças que lhe foram impostas. Eu amei essa menina medrosa e cheia de problemas, mas não foi com essa Samantha com quem me casei.

Eu me casei com uma mulher forte, independente, tão segura de si que deu até um emprego para alguém que fez o oposto de ajuda-la. Uma mulher que mesmo quando não tenta, consegue se sobressair a qualquer um em qualquer ambiente.

Eu me casei com uma chefe de negócios, linda e incomparável.

Não espero que Sam responda, me adianto:

— Achei que tinhamos superado isso — digo, e observo quando sua mandibula fica um pouco tensa. Não deveria ficar irritado com isso, porém não consigo evitar a leve irritação que cobre minha pele. Diabos, eu a amo, e tenho a droga de uma certidão de casamento comprovando isso.

— Superamos.

— Não se você se sente insegura.

— Eu não... — suspira. — eu não me sinto insegura. Não sempre, não é constante, só que... Tem vezes...

— Que se sente insegura — repito e isso faz com que duas ruguinhas se projetem na sua testa.

— Pare de repetir essa palavra.

— O que quer que eu faça? — pergunto, solene. — Estamos juntos, moramos juntos,  usamos alianças! — ergo a mão esquerda para que ela veja o anel que enfeita meu dedo anelar. — Quer que eu faça um filho em você? — talvez isso...

Os olhos de Sam pulam.

— o quê?! Não!

Me estico para apoiar o prato no centro de vidro a minha frente.

Na verdade, isso me soa uma ideia genial.

— É sério, posso fazer um filho em você, aposto que se sentiria bem mais segura a respeito do que for — prossigo acariciando suas pernas. — Fariamos uma menina linda, ou um menino destruidor de corações — uma criança com os olhos dela, a audácia dela. Não me parece um cenário ruim, longe disso. — ou podemos fazer duas crianças de uma vez... Vai que damos sorte.

A boca de samantha se abre, se fecha e se abre novamente.

— Adam, você quer ter bebês?

— Você não?

— bem, eu os quero, só não agora.

Reflito, ou tento.

— Por que não agora?

A cada palavra que digo ela aparenta ficar mais assustada.

— sabe, metade das pessoas da nossa idade estão na farra e nós já estamos casados. — comenta. — ainda estou tentando me acostumar com a estranheza de ser dona de um império e casada aos vinte e quatro anos, não quero adicionar "mãe" a lista agora.

É faz sentido. Mas uma samantinha... Com cabelinhos pretos e olhos imensos. Céus, algo amolece em mim com a visão que crio em minha cabeça.

— Você se arrepende? De ter se casado tão nova? — questiono e isso me leva a ficar sério. Nunca me perguntei se isso deveria ser levado em consideração. Moramos juntos há três anos e achei que casamento era a coisa sensata a se fazer, além do fato secreto e não menos importante:

Sempre quis que houvesse um papel, autenticado, declarando que eu era dela e ela era minha, apenas minha. Ter Samantha de todas as maneiras possíveis tem sido meu desejo desde que pus meus olhos nela, e essa é uma chama que não se abalou ou apagou-se com os anos, nem com a separação, e muito menos com toda a dor que houve até que alcançassemos tudo.

Minha Sam. Era o que eu queria dizer para todos. No entanto, ela é tão forte, autoconfiante e autoritária, que a todo momento sinto que é ela quem vai acabar berrando para as pessoas "ele é meu". E seria mentir dizer que não gosto da sensação de posse que ela tem sobre mim.

— Adam, não trocaria nossa vida por nada nesse mundo — responde. — Só não quero ter filhos agora, porque, por agora, tudo que eu quero é você. Ainda não estou pronta pra te dividir com outra pessoa.

— Não sei se é possível, mas acho que amaria um filho nosso ainda mais do que eu te amo.

Samantha solta uma risada com a declaração.

— Eu sei — confessa. — É por isso que eu te amo. Sei que vai ser melhor do que nossos pais foram — e essa frase me faz travar momentaneamente. — E nossos filhos não vão precisar sair de casa ou cortar laços pra descobrirem o que é ser feliz de verdade. Eles vão saber o que é felicidade e amor e todas as coisas boas que vamos mostrar a eles.

Se eu pudesse explodir por amar alguém, explodiria agora.

Me sinto deslumbrado com a ideia de futuro que minha esposa pinta para nós dois. Filhos felizes. Ela acredita que vamos criar filhos felizes. Ela acredita que vou ser um bom pai, sem nem parar para ponderar a respeito.

Samantha confia tanto na minha capacidade que as vezes queria enxergar o que ela vê quando olha pra mim. Eu definitivamente a vejo como a minha salvação. A minha, única e irrevogável, salvação.

— Princesa, estou com uma puta vontade de fazer um filho agora.

Seu sorriso some.

— Adam...

Me movo, afastando suas pernas e inclinando o tronco na sua direção.

— Adam Storm — o tom de aviso me incentiva a cobrir seu corpo com o meu.

— Não, acho que terei que fazer pelo menos três crianças, só pra garantir que você está presa a mim pra sempre — desço uma das mãos pelo seu corpo até achar a barra da roupa. Ela tenta se manter firme, mas vejo a ponta do sorriso espreitando na sua boca perfeita e desejável.

— Adam — repreende novamente. — acho que não sou eu quem está precisando se sentir seguro aqui.

Afundo meu rosto no seu pescoço, naquela curva perfeita e convidativa feita para que meus dentes, lábios e lingua brinquem para passar o tempo e tirar os suspiros mais febris de Samantha.

Seus suspiros e gemidos fazem parte das minhas sete coisas favoritas no mundo.

— Eu sou inseguro — murmuro contra sua pele. — e um idiota, — roço os lábios com suavidade entre seu ombro e pescoço. — e um tolo apaixonado, — deslizo minha língua. — E morro de medo de perder você.

Samantha se arqueia na minha direção e eu consigo erguer sua roupa para cima em alguns centímetros, meus dedos tocando acidentalmente na parte interna de sua coxa durante o trajeto.

— E o que mais? — sua voz sai em um sussurro muito baixo e lento, e sexy.

Vou fazer cinco filhos nessa mulher, só por precaução.

— Eu sou seu, princesa. Todo seu — digo. — Quer que eu mostre o quanto eu sou seu?

Suas mãos agarram meus ombros e eu sei sua resposta antes mesmo que saia de sua boca. Meu membro pulsa e lateja dentro da bermuda branca, implorando para ir de encontro ao que a camisolinha de seda cara esconde.

Quando meus dedos sobem mais, chego a conclusão que queria: sem calcinha, porra.

Ranjo os dentes, queimando como um pavil recém aceso.

— Me mostre — Ela sopra próxima a minha orelha. — Mostre o quanto é meu, Mon chéri.

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