Três semanas depois!
Passaram-se três semanas desde o incidente com Seher, Firat e Ali ainda não tinham encontrado uma maneira de descobrir quem havia atacado ela, mas não parou com aulas ela estava ficando cada vez melhor em sua defesa agora. Ela já não ia ao chão com tanta facilidade e o comissário arriscou a dizer que sua irmã estava quase melhor que ele em luta corporal, com um sorriso Seher derrubou Firat.
— Você está ficando cada vez melhor — indagou se levantando.
— Sinal de que tenho um ótimo professor — informou ela, ajudando o irmão a se levantar.
— Amanhã seu treino será diferente, esteja pronta às 7:00 horas da manhã — indagou ele se afastando para atender o celular que começou a tocar.
Yaman terminava seu café da manhã no escritório de casa, optou por não ir à empresa naquele dia, Yusuf acordou com um pouco de febre e era questão de segundos até que Seher chegasse à mansão. Eles ainda não haviam conversado sobre o relacionamento, mas uma vez ou outra trocavam beijos apaixonados no carro antes de deixar ela em casa ou quanto a levava para mansão.
Não sabia ao certo se eles tinham voltado, mas não insistiu em continuar com essa pergunta, uma vez em que ela havia dito que não queria voltar com ele, mas lá estava ela se entregando em todos beijos em que trocavam.
Zuhal estava furiosa com sua irmã, ela prometeu que iria separar o casal mais isso não aconteceu, lá estavam eles juntos sempre que podiam, Yaman nas últimas semanas passou a maior parte do tempo na casa de Seher, com a desculpa de que Yusuf precisava ficar perto da tia, mas na verdade era para ele ficar próximo dela.
— Eu não estou mais aguentando isso irmã — falou ela andando de um lado a outro.
— Se acalme Zuhal, já que o dossiê não afastou os dois, talvez alguém faça este trabalho por nós — indagou ela pegando o celular.
Não demorou mais que uma hora e Seher já estava na mansão, ela passou pela sala e ficou um tempo conversando com Adalet e Cenger, tomou chá com eles e depois se dirigiu ao quarto de Yusuf. Ao entrar, ela quase se assustou com Yaman sentado ao lado dele contando uma historinha a ele.
— Olá querido, como você se sente ? — perguntou a Yusuf
— Ah! Tia, estou melhor, meu tio está contando historinhas sobre um gigante de bom coração.
— Que bom meu amor — falou ela sorrindo — Não sabia que estava em casa hoje
— Fiquei para ajudar com Yusuf
Ela deu um breve sorriso a ele e sentou do outro lado da cama, verificou a temperatura de Yusuf e o menino já não tinha mais febre. Ela pediu a Yaman que marcasse exames mais detalhados para o menino, e o homem concordou em fazer.
Eles passaram horas no quarto de Yusuf, leram histórias, assistiram desenhos no notebook de Yaman, desenharam juntos.
Yaman até arriscou a ajudar Seher e Yusuf na cozinha, para fazer biscoitos de limão, o que fez com que a cozinha de Halide ficasse toda suja de farinha de trigo, pois Yaman decidiu por fazer uma pequena guerra com a farinha, já que ele não conseguia fazer os biscoitos, achou que os outros dois também não deveriam fazer.
— O que aconteceu com essa cozinha ? — quis saber Adalet ao entrar na cozinha.
— Foi meu tio — apontou o menino sorrindo para a avó.
— Pasha!
Seher estava sorrindo e isso valia para qualquer que fosse os sermões de sua mãe, vê-la sorrir era o que realmente importava.
Na manhã seguinte, Firat levou Seher até um campo de tiro ao alvo, ele informou a irmã que agora era hora dela aprender a atirar.
Seher tinha uma boa mira não errou nenhum dos alvos a sua frente, mas a ideia de ter que segurar em uma arma não a deixava confortável.
— Com o tempo você se acostuma — dizia Firat enquanto guardava as coisas em um armário.
— Não gosto de armas Firat — murmurou ela.
Os dois se dirigiram ao carro do comissário, conversando sobre o que fariam no final de semana e ele sugeriu que eles fossem até a casa dos pais em Izmir. Ficava ali na Turquia mesmo mas era bom para eles saírem de Istambul um pouco, ele pediu para que ela, chama-se Yaman e Yusuf, já que ele pretendia levar Neslihan. Ela concordou sem ser contrária ao irmão.
Quando chegou em casa foi surpreendida por Yaman e Yusuf, ela não se lembrava dele ter dito que levaria o menino para sua casa. Balançou levemente a cabeça e abraçou o menino com um sorriso em seus lábios e depois deu um sorriso a Yaman.
— Tia vamos brincar no jardim de arco e flecha ? — perguntou ele se animando.
— Claro querido, deixe só eu trocar de roupas e já volto para brincarmos.
Alguns minutos depois ela voltou e dessa vez não estava usando as roupas de treino e sim um vestido azul, de manga longa que ia até a altura de seus joelhos, usava uma sapatilha no lugar dos tênis e seu cabelo agora estava soltou, Yaman precisou de uns minutos para a respiração voltar ao normal ele nem se deu conta de que havia prendido a respiração.
— Vamos, querido?
Yusuf sem exitar se levantou do sofá segurando seu arco e flecha e foi atrás de sua tia para o jardim, os dois passaram alguns minutos tentando acertar a flecha mas não conseguia, Seher que mais cedo tinha uma mira excelente agora mal conseguia acertar uma flecha.
— O arco não é como as armas, não basta ter uma boa mira — informou Yaman se aproximando deles.
— Tio ensina para nós como fazer — pediu ele.
Então Yaman pegou o arco gentilmente da mão de Seher e mostrou a eles como fazer, embora ele já havia ensinado a eles uma vez, será um truque para que ele não fosse trabalhar e ficasse brincando com eles como no dia anterior? Bem isso não poderia afirmar, mas se for ele gostou da ideia. Gostou mais ainda quando teve que ensinar novamente a Seher como segurar o arco e atirar as flechas, o cheiro dos cabelos dela o deixa tonto e a vontade de beijá-la naquele momento só aumentava.
— Você tem uma mira excelente, Firat tinha razão — sussurrou ele em seu ouvido. Deixando uma Seher completamente arrepiada da cabeça aos pés.
— Talvez sim, mas não gosto de usar armas, me sinto desconfortável — murmurou ela de volta a ele.
— Sendo assim tenho uma ideia
— É o que seria essa sua ideia ? — quis saber ela curiosa.
— Se a sua mira é boa com armas a longa distância, isto significa que qualquer arma em sua mão tem um efeito letal, até mesmo uma faca — informou ele com um sorriso malicioso em seus lábios.
Seher o fitou admirada com aquele sorriso, ela sabia que por trás daquele sorriso tinha outras intenções, mas não deixou de se perguntar se a mira dela seria tão boa com uma faca como ele sugeriu. Mais tarde, depois que Yaman e Yusuf foram embora, ela foi até a cozinha, pegou duas facas e foi até o jardim dos fundos, onde havia uma enorme árvore.
Ele se posicionou em uma distância considerável e arremessou a faca fazendo ela acertar bem no meio, depois fez o mesmo com a outra.
— Ual, que mira boa — falou Selim ao ver que ela acertou as facas na árvore.
— A quanto tempo você está aí ? — perguntou ela.
— Tem uns vinte minutos
— A sim! — falou ela sorrindo ao retirar as facas da árvore. — Venha, vamos tomar um chá lá dentro.
Os dois entraram e Cordélia os serviu com um chá quentinho e biscoitos de limão que Seher havia feito na casa de Yaman.
— Quando que você voltou da França? — quis saber ela enquanto tomava um gole de seu chá.
— Cheguei ontem a noite, não vim ver você de imediato, pois já estava tarde — disse enquanto repousava o copo de chá na mesa. — Me diz desde quando você arremessa facas ?
— Bem, desde agora — respondeu sorrindo — Estou treinando algumas coisas com Firat, hoje aprendi a atirar e Yaman me ensinou novamente a usar o arco e flecha.
Selim olhou para ela sorrindo, embora não gostasse de Yaman, ele mal o via por perto de o viu uma vez só foi o suficiente para não gostar do empresário.
— Fico feliz em saber que depois do que aconteceu com vocês todos estejam lhe ajudando de alguma forma — rebateu ele antes de morder um biscoito.
Os dois passaram a tarde quase toda conversando, depois que Selim foi embora. Seher mandou mensagem a Yaman e contou sobre eles irem passar um final de semana fora com Yusuf, Firat e Neslihan, o homem concordou e disse que iria visitar ela a noite e Seher o convidou para jantar em sua casa.
Já estava quase na hora do jantar na casa de Seher, Yaman terminava de se arrumar, Yusuf estava impaciente esperando pelo tio e já reclamava no escritório pela demora do tio. Yaman estava usando uma blusa verde, calça jeans preta e seu casaco preto por cima.
— A calma-se pequeno pasha, já estou pronto — avisou ele pegando as chaves do carro e sua carteira. — pegou suas coisas para dormir na casa de sua tia ?
— Sim, tia Berna me ajudou a arrumar minha mochila — informou o menino ao tio.
Eles passaram no quarto de Yusuf, pegaram a mochila dele e saíram, logo depois chegaram a casa de Seher que esperava por eles na entrada como sempre.
Yusuf chegou e abraçou sua tia, e entrou para falar com seus avós, Yaman se aproximou dela e beijou sua bochecha e ela corou. Os dois entraram disfarçando e ela então se lembrou do que o advogado havia dito a ela.
— Vamos ter problemas com a custódia de Yusuf, se a assistente social descobrir que ele anda ficando aqui em casa — alertou ela apreensiva.
— Não se preocupe, Nedim está cuidando disso — Yaman acalmou ela e eles se juntaram aos outros três na sala.
Depois de muita conversa e risada de Yusuf, todos se direcionaram para a mesa de jantar. Enquanto comiam Arif e Yaman conversavam sobre negócios e Arif informou que viajaria nos próximos dias para verificar alguns documentos e fazer novas encomendas para o restaurante.
O jantar correu bem e depois da sobremesa que Seher havia preparado, todos se retiraram da mesa e foram para a sala. Yaman e Seher se sentaram em um sofá com Yusuf no meio e Arif e Nadire no outro de frente a eles.
— Papai, o senhor vai ficar muito tempo fora ? — perguntou ela
— Não minha filha, serão apenas três dias — respondeu.
Depois de Nadire perceber os olhares de Yaman e Seher, ela chamou Yusuf para dormir, pois já era tarde. Arif subiu junto a esposa para ajudar com o neto, deixando os tios do menino na sala sozinhos.
— Vamos no jardim? — chamou Seher.
Yaman se levantou e caminhou com ela até o jardim, no caminho Seher pegou uma manta que estava em cima da poltrona. Os dois pararam bem embaixo da árvore, ela se encostou no tronco da árvore e puxou o homem em sua direção.
Ele parou olhando em seus olhos, Seher podia sentir o hálito quente de Yaman em seu rosto, a respiração dele parecia pesada. A jovem pois seus braços envolta do pescoço de Yaman, que prontamente segurou em sua cintura aproximando ainda mais seus corpos.
Ela se inclinou e o beijou, Yaman subiu uma de suas mãos até a nuca dela e começou a aprofundar o beijo, abrindo caminho com sua língua para explorar a boca de Seher. Que soltou um gemido baixinho ao sentir a outra mão de Yaman apertar sua cintura, o homem por sua vez a encostou ainda mais no tronco da árvore, suas mãos desceram até a cintura dela novamente e Yaman levantou uma perna de Seher e pois em seu quadril, enquanto acariciava a perna dela, Seher levou suas mãos para os cabelos de Yaman.
Puxando e acariciando enquanto ele a apertava contra a árvore, a jovem arfou, quando Yaman a pegou no colo, os beijos estavam ficando cada vez mais intensos. Ele desceu seus lábios para o pescoço dela e Seher jogou a cabeça para trás como se oferecesse mais de seu pescoço para Yaman beijar.
O homem soltou um gemido quando a jovem puxou seu cabelo, Yaman estava ficando cada vez mais excitado com as investidas e beijos de Seher e ela por sua vez não parava, ela ao sentir o membro dele volumoso sob a calça ela roçou sua intimidade sob o membro dele.
Yaman levou uma de suas mãos para o interior das coxas de Seher apertando e alisando cada lugar, a jovem arfou quando ele tocou sua intimidade por cima do tecido da calcinha, fazendo Seher sentir um calor percorrer o seu corpo. Quando Yaman estava se preparando para invadir a calcinha de Seher ela pulou de seu colo se afastando dele.
— Está tudo bem ? — perguntou ele olhando para ela que parecia atordoada.
— Sim! Acho melhor entrarmos — falou ela já indo em direção a porta que dava acesso ao jardim e a sala.
Yaman foi até ela a abraçou por trás, Seher sorriu e se virou para olhar para ele.
— Está tudo bem se você não quiser fazer isso — disse entendendo o motivo do afastamento dela. — Me desculpe se eu tiver ultrapassado os limites.
Seher sorriu tocando o rosto dele e depois beijou sua bochecha bem em cima da barba que fez cócegas em seus lábios.
Ela levou Yaman até a porta e o beijou quando ele disse que iria embora. Ela esperou que ele entrasse no carro e saísse. Assim que Yaman chegou em casa e ligou para ela, Seher pode dormir, mas antes ela não deixou de pensar no momento em que estavam embaixo da árvore.
" Ele me faz sentir coisas que nunca senti antes, e um sentimento estranho e ao mesmo tempo que eu quero me afastar, quero que ele explore este sentimento para que eu possa desfrutar ainda mais e saber se é realmente bom ou ruim." — pensou ela enquanto se virava na cama antes de pegar no sono.
_________________________________
Notas: Mil desculpas por esse atraso, mas estou muito atarefada em off e com alguns probleminhas para resolver. Me desculpem de coração, vou tentar ao máximo postar outro capítulo por esses dias!