Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 51

Capítulo 50

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By _BiaSantos

Oi,

Esse conteúdo é proibido para menores de 16 anos, então vou fingir, sim, vou fingir que todos vcs tem mais que 16.

É o primeiro hot que publico então não vão com muita sede ao pote kkk

Boa leitura :)



Kara não fazia a mínima idéia de como Lena havia feito aquilo, mas enquanto ela a empurrava e puxava pelo corredor Kara tinha perdido a jaqueta e a camiseta.

As mãos de Lena a prenderam em frente a uma porta branca e Lena a empurrou contra a madeira e aranhou levemente sua nuca com a unha enquanto mantinha os olhos presos nos seus.

— Tem certeza?– Lena sussurrou com uma das mãos descendo para ao ombro nu de Kara.

O corpo inteiro dela estava vibrando com energia como se alguém a tivesse plugado em uma tomada. Ainda não parecia real, mas quando Kara flexionava os dedos eles encontravam a pele macia da cintura de Lena e desejo cru corria por suas veias.

Ela a queria. Queria muito. Ela estava tão ferrada.

— Toda a certeza do mundo– Kara grunhiu baixinho e se desencostou da porta para se aproximar de Lena, seus seios se tocaram e os dedos de Kara se afundaram na pele pálida, Lena afastou a franja que caiu nos olhos de Kara com os olhos verdes queimando — E você?

Kara tentou empurrar todos os pensamentos sobre Kira para o fundo da mente, mas seus olhos procuraram com insegurança qualquer hesitação nos olhos de Lena, como o ódio cru que costumava queimar neles enquanto ela a olhava durante os primeiros dias na mansão, no nojo que costumava contorcer seu rosto.

— Eu quero você – Lena disse pousando uma das mãos na bochecha de Kara, seu polegar raspou sobre o lábio inferior de Kara e a respiração quente de Lena aqueceu sua boca quando ela sussurrou a ultima parte— você, Kara Danvers.

Um gemido sofrido fugiu dos lábios de Kara e ela puxou Lena bruscamente contra ela, seus dedos subiram pela estrutura delicada das costelas de Lena e ela perdeu o fôlego quando não sentiu o sutiã.

Ela grunhiu manhosamente sobre a boca de Lena e seus dedos subiram mais alguns centímetros, mas antes que pudesse chegar aonde queria Lena sorriu e a empurrou para trás, Kara tropeçou de costas para dentro do quarto.

Quando ela tinha aberto a porta?!

Kara se firmou sobre os pés, os olhos fixos nos movimentos da mão de Lena trancando a porta, Lena depositou a chave dourada sobre a pequena mesa ao lado da porta e se virou para Kara que terminou de arrancar seus tênis e os empurrou para fora do caminho.

Lena mordeu o lábio inferior e se aproximou lentamente de Kara, a olhando como se estivesse procurando o ponto mais fraco para atacar. A mão pálida de Lena pousou no meio dos seios de Kara sobre o sutiã e Kara agarrou a mão dela com força antes que ela a empurrasse de novo.

Os olhos verdes brilharam perigosamente.

Os lábios de Kara se inclinaram para o lado em um sorriso feroz quando ela deliberadamente deu um passo para trás com a mão firmemente agarrada a mão pálida. Um sorriso lento e arrogante curvou os lábios de Lena e ela andou para frente guiando Kara até os pés da cama de casal.

Kara se sentou apoiando as mãos no colchão macio enquanto Lena dava dois passos para trás. Ela quase derreteu em uma possa fervente quando Lena começou a puxar lentamente à camiseta por cima da cabeça. Seus dedos agarraram o edredom com força quando os seios pálidos e duros, a barriga curvada para dentro e os ossos proeminentes do quadril foram totalmente expostos. Então Lena desceu a mão para o botão da calça jeans e Kara a observou assombrada abrir o zíper e deixar a peça cair no chão.

Algum barulho humilhante deve ter escapado dela porque um sorriso perverso se abriu no rosto de Lena. Os olhos azuis se fixaram na calcinha vermelha e delicada como se ela fosse uma espécie de tabua de salvação, o que naquele momento não soava tentador, não quando o que Kara queria era afundar.

Lena começou a retirá-la lentamente, Kara agarrou mais um punhado do edredom e apertou até as juntas dos dedos ficarem brancas.

Quando Lena deu um passo à frente deixando a calcinha para trás, Kara livrou as mãos e fincou as unhas sobre sua própria coxa coberta pelo jeans. Lena deu um último passo e Kara a agarrou pelos quadris a puxando para se posicionar sobre suas pernas.

— Te assustei, princesa?– Lena murmurou suavemente deixando um beijo próximo a boca de Kara.

—Um pouco, para falar a verdade– Kara respondeu apertando com mais força a pele pálida com os dedos, instintivamente guiando o quadril de Lena para rebolar sobre ela. O calor das coxas pálidas passou pela barreira frágil da calça e se infiltrou na pele de Kara como lava e ela respirou fundo para não entrar em combustão.

— E eu ainda nem a coloquei para dormir– Lena murmurou contra seu pescoço mexendo o quadril lenta e provocantemente contra ela enquanto soltava o sutiã de Kara atrás das costas.

Kara mordeu o lábio com força e aumentou a pressão dos dedos contra a pele pálida, e então se inclinou para frente e beijou o ombro delicado de Lena se segurando para não fincar os dentes na carne.

Lena suspirou contra o ouvido dela e Kara raspou os dentes na pele, um som baixo e muito feminino escapou da boca de Lena e Kara passou os braços acima da cintura dela e a puxou e apertou com força contra o próprio tronco enquanto pressionava o nariz contra a clavícula frágil e respirava fundo. Ela sorriu e beijou o osso saltado.

Lena estava ali, nua e no colo dela, e seria só dela e apenas dela durante toda a noite.

Ela rosnou baixinho e então virou os dois corpos bruscamente contra o colchão. Lena ofegou e o som reverberou por todo o corpo de Kara.

Kara apoiou os cotovelos na cama e sustentou seu peso enquanto olhava para Lena, que estava mordendo o lábio inferior com força, as duas mãos agarradas à cintura de Kara e as pernas espaçadas.

—Essa princesa aqui não vai dormir tão cedo – Kara sussurrou e então se abaixou e beijou os lábios macios de Lena com força.

Lena a beijou de volta, áspero e firme, as mãos deslizando e apalpando todos os centímetros de pele das costas de Kara. Lábios, línguas e dentes lutando pelo controle, seus gemidos e grunhidos ecoando pelas paredes do quarto.

Lena soltou um gemido quase animalesco quando as virou na cama e se levantou já agarrada à parte da frente da calça de Kara. Ela a desabotoo com urgência e eficiência e Kara se ergueu levemente para que ela pudesse puxar a peça por suas pernas rapidamente e então a jogasse sobre a mesa ao lado da porta.

Kara a ouvir murmurou alguma coisa baixinho antes de se sentar no colo dela novamente e empurrar o peito de Kara para que ela se deitasse na cama.

— Você fica aqui– Lena disse prendendo as mãos de Kara aos lados do próprio rosto e as coxas travando seu quadril no colchão.

Kara grunhiu baixinho pela posição, os olhos descendo pelo tronco nu de Lena até os meios das pernas. Ela podia sentir o calor e aquilo a estava matando lentamente.

Kara sabia que podia virar seus corpos facilmente, mas havia certa satisfação em ter Lena a olhando de cima com os olhos como uma floresta a meia noite, em ter seu quadril sobre seu ventre derramando fogo liquido sobre sua pele.

Os olhos verdes correram devagar e com fome sobre os seios e sobre a barriga de Kara. Satisfação encheu seu estômago pelo modo como os olhos de Lena a percorriam, como se estivessem se decidindo qual parte devorariam primeiro.

Lena mexeu o quadril lentamente contra ela e Kara soltou as mãos com um puxão e agarrou o tronco de Lena e a trouxe para baixo.

—E seu lugar é aqui– Ela grunhiu atacando os lábios inchados com fúria. — Você está me matando.

Enquanto devorava cada centímetro da boca sobre a sua, Kara decidiu que nunca iria se enjoar dela, queria Lena e a queria para sempre.

Suas mãos desceram pelas costas estreitas, os dedos de uma das mãos afundando no traseiro de Lena enquanto sua outra mão espalmou o espaço entre as omoplatas delicadas. Os dentes afiados de Lena se fecharam duramente sobre o lábio inferior de Kara quando ela trocou suas posições facilmente.

Kara olhou demoradamente para dentro dos olhos verdes e decidiu que Lena poderia ter o controle em outro momento, um momento em que ela iria de bom grado provar seu veneno, mas naquele momento o controle seria dela, e isso não estava aberto a discussões. Kara se abaixou e a beijou e recebeu um pequeno grunhido.

Kara apoiou os cotovelos sobre o colchão e com uma ultima mordida no lábio inferior de Lena ela se afastou. Um sorriso deslizou por seus lábios quando não encontrou nenhum vestígio do cansaço que havia nos olhos verdes quando Lena abriu a porta. Seus olhos se moveram os poucos centímetros para cima e seu sorriso se tornou maroto quando ela se inclinou para frente e beijou cada uma das sobrancelhas de Lena.

Coisinhas malditas.

Lena bufou divertida e correu as unhas por suas costas fazendo sua pele queimar e seu quadril empurrar para baixo.

Lena mordeu o lábio inferior, mas não foi o suficiente para impedir o pequeno gemido de escapar de sua garganta, Kara empurrou novamente e Lena grunhiu e agarrou os fios de cabelo em sua nuca e a puxou para baixo, mas quando seus lábios estavam quase se chocando Kara desviou os lábios para o maxilar pálido e o beijou delicadamente. Lena suspirou pesadamente contra seu ouvido e Kara levantou a cabeça e assistiu quase hipnotizada Lena inclinar o pescoço para trás, se oferecendo. Um pequeno rosnado rasgou sua garganta quando Kara se inclinou e devorou cada centímetro de pele.

Seus dedos afundaram na lateral de uma das coxas magras e Kara puxou uma das pernas de Lena para fora do colchão para se enroscar contra ela, seus dentes se fecharam no queixo pálido quando ela sentiu a outra perna espelhar o movimento e se enrolar em volta de sua cintura também. As unhas curtas de Lena afundaram contra seus ombros enquanto seus quadris se empurravam lentamente.

Os dedos de Kara deslizaram entre suas barrigas e seu polegar apertou suavemente o ponto mais sensível entre as pernas de Lena, um gemido estrangulado pulou para fora da garganta de Lena e seus dedos se arrastaram loucamente por suas costas.

Kara deslizou a ponta do nariz contra a bochecha de Lena e fechou os lábios sobre seu ponto de pulso. Os dedos de Lena se embrenharam em seus cabelos ao mesmo tempo em que seu pescoço se inclinava mais para o lado, e então os segundos se tornaram infinitos, e tudo o que Kara sabia era que aqueles instantes seriam os mais importantes de sua vida.

Quando ela trilhou seu caminho para longe do pescoço de Lena e pousou sobre seus seios havia uma pequena confusão de marcas sobre o pescoço pálido, como pegadas na neve.

Lena puxou o cabelo de Kara para no segundo seguinte empurrar a cabeça dela contra seu corpo, Kara se deliciou com as contorções e com os pequenos grunhidos e rosnados em seu ouvido enquanto seus dentes e sua língua torturavam o corpo sob o seu demoradamente.

As pernas ao redor de seu quadril ficaram tensas quando os dedos de Kara deslizaram mais para baixo, trilhando um caminho reto e demorando até chegar à inclinação que desejava, onde a ponta de seu dedo indicador e médio testaram a suavidade do terreno. Foi como tocar veludo e os dentes de Kara se fecharam sobre o bico rosado do seio direito de Lena quando seu dedo indicador escorregou facilmente para dentro.

Calor envolveu Kara ao mesmo tempo em que uma enxurrada de xingamentos deixava os lábios de Lena. E que boca suja tinha Lena Luthor quando queria.

Kara deslizou o segundo dedo pra dentro e afundou no calor apertado adorando o modo como o corpo de Lena se moldava contra seus dedos e o modo como seus dentes se fecharam na pele de seu ombro.

Ela olhou para cima e encontrou os olhos verdes a encarando sem piscar, ela olhou para as mãos de Lena agarradas a punhados do lençol e de alguma forma sua mão conseguiu se afundar mais. Lena prendeu o lábio inferior entre os dentes com força.

Por um segundo Kara apenas sentiu; a respiração ofegante contra os fios de cabelo, o corpo magro e quente abaixo do seu, a pressão ao redor de seus dedos, os ofegos e grunhidos femininos.

Ela soltou os seios de Lena com uma última e pequena mordida e desceu os lábios sobre os de Lena em um beijo quase doce antes de afundar o rosto na curva do pescoço fino e entre os fios de cabelo negro.

Kara se posicionou sobre as costas de sua mão e movimentou os dedos, os lábios e dentes de Lena se fecharam na base de seu pescoço e seus dedos se afundaram nos músculos delicados de suas costas e Kara adorou a dor suave que brotou dos pontos de pressão e quase se desfez quando as unhas curtas desceram por suas costas rasgando seu caminho, tatuando em sua pele todo seu prazer.

Seus movimentos foram cuidadoso, precisos e buscavam um único objetivo; se fundir a Lena até que ela não soubesse qual parte pertencia a seu corpo, até que sua mente se tornasse uma tela em branco onde ela pudesse pintar um recomeço, um caminho entre florestas de pinheiros.

Quando o corpo de Lena se inclinou abaixo do seu para fora do colchão e dentes afiados se fincaram em sua pele, o prazer atingiu o limite e rasgou seu caminho através de Kara como uma trilha ardente que ameaçou desfazê-la em cinzas.

Por um tempo tudo o que ela conseguiu ouvir foi silêncio, sua mente estava vazia pela primeira vez em mais de um ano e Kara se perguntou se já havia se sentido tão bem antes.

As linhas de fogo lentamente se acalmaram e recuaram até o centro de seu estômago deixando seus músculos relaxados. Kara permaneceu em silêncio, tentando puxar ar suficiente para os pulmões enquanto Lena cuidava da mordida em seu ombro com caricias suaves. Kara acariciou as coxas magras com os dedos e esfregou o nariz contra o ombro pálido carinhosamente antes de deixar um beijo delicado sobre a pele. Seus olhos se fecharam e ela se concentrou na respiração de Lena, no modo como suas barrigas e seios se tocavam, no calor abaixo dela.

Ela não queria pensar na porta de possibilidades infinitas que havia se escancarado bem a sua frente, mas era literalmente impossível com a respiração suave de Lena batendo contra seu ouvido, com seus dedos fazendo os desenhos mais aleatórios possíveis em suas costas, com o aperto frouxo de suas pernas em sua cintura.

Kara sorriu suavemente antes deixar um beijo quase casto contra a pele pálida.

A porta podia esperar para quando ela tivesse a mente no lugar, porque naquele momento ela só havia uma coisa que ela queria.

Quando Kara olhou para Lena, seus olhos estavam tão escuros, cativantes e famintos que ela teve que se abaixar e a beijar novamente demoradamente.

Kara desenlaçou as pernas de Lena de sua cintura e a barriga de Lena ficou tensa quando ela começou a trilhar seu caminho para baixo.

Ela olhou para cima com o rosto sobre o quadril de Lena e encontrou os olhos verdes a encarando pesadamente, ela olhou para as mãos de Lena agarradas a punhados de lençol e sorriu.

Kara afastou as pernas pálidas lentamente e abaixou o rosto ainda mais devagar, se divertindo com a frustração nos olhos verdes e lutando contra a própria fome.

Os lábios dela encontraram a pele quente e úmida e então o quarto se diluiu nos gemidos e no gosto de Lena.


Ela acordou com um barulho abafado vindo do lado de fora da porta trancada do quarto.

A cortina estava aberta e raios fracos de sol manchavam o piso branco da varanda e batiam na porta de vidro fechada. Nenhuma das duas havia pensado em fechá-la ou se importado o suficiente na noite passada.

Nem mesmo havia passado pela cabeça de Kara, não com Lena nua e cavalgando sobre ela.

O peso da cabeça de Lena era confortável sobre seu peito e a perna magra, pálida e descoberta pelo lençol que estava encaixada no quadril de Kara a fazia se sentir quente, principalmente quando se lembrava delas circulando sua cintura há algumas horas atrás.

Kara levantou a mão que estava sobre a de Lena que estava agarrada ao seu seio e esfregou os olhos.

Ela calculou que já deveria ser mais de oito da manhã.

Os fios negros do cabelo de Lena estavam uma pequena bagunça cobrindo grande parte do torço de Kara, eles eram macios contra a pele bronzeada.

Soltando a outra mão da cintura de Lena, Kara correu os dedos suavemente pelos cabelos escuros, delicadamente desfazendo os nós, e os penteando com os dedos enquanto Lena ressoava confortavelmente sobre seu peito. Havia alguma coisa muito tranquilizadora sobre isso.

Passaram-se alguns minutos antes de outro barulho soar de algum lugar dentro da casa e corpo de Kara instantaneamente se colocar tenso, os movimentos dela acabaram acordando Lena.

—... Hidrogênio?– Lena murmurou se sentando e então olhando para os lados e encontrando os olhos de Kara, um pequeno sorriso começava a se desenhar em seus lábios quando alguém bateu na porta da sala, bateu não, quase a arrombou.

O coração de Kara disparou.

Ela pulou da cama e pegou a calça de cima da mesa e vestiu em segundos, a camiseta dela não estava no quarto e ela pegou a camiseta de Lena e saiu para o corredor ainda a vestindo.

A cama rangeu suavemente quando Lena se levantou também.

Era uma invasão? Lionel havia mandado alguém para se vingar?

Do fim do corredor Kara viu com alívio que a porta ainda estava de pé, mas a pessoa do outro lado continuava batendo insistentemente.

Ela mal tinha chegado à sala quando uma figura pequena usando um pijama vermelho saiu do lado esquerdo de onde Kara presumia que ficava a cozinha e caminhou até a porta.

—Não abra!– Kara tentou não gritar, mas Luna se virou com um pulou e o copo de leite cor-de-rosa que a criança tinha nas mãos se espatifou no chão.

O líquido se espalhou pelo piso.

As pancadas pararam por duas batidas de coração e então recomeçaram mais violentamente e uma voz masculina gritou alguma coisa do outro lado.

Kara afastou Luna para o lado e olhou pelo olho mágico.

Os olhos dela se arregalaram e ela deu um passo para trás quase pisando nos cacos de vidro.

Merda.

—Quem é?– Lena apareceu na sala amarrando um roupão vinho.

—É para você– Kara murmurou se afastando.

—O quê...?– Lena a olhou confusa e se virou para olhar pelo olho mágico, então abriu a porta rapidamente.

Sra. Luthor! Que bom que esta viva!

O porteiro entrou correndo no apartamento e escorregou no leite no chão, ele deslizou até o meio da sala, mas conseguiu permanecer em pé.

Ele olhou loucamente ao redor da sala e quando seus olhos se encontraram com os de Kara ele apontou um dedo para ela e rosnou por trás do bigode:

Você!

De olhos arregalados Kara deu um passo para trás e então caiu de costas na poltrona.

—Sr. Lee, espere – Lena pediu entrando na frente do homem antes que ele pudesse alcançar Kara. —Está tudo bem, Sr.Lee! Não há necessidade disso!

—Essa mulher me enganou!– O porteiro grunhiu tentando olhar para Kara através de Lena — Está cheio de fotógrafos e jornalistas lá embaixo!

— O que?– Kara perguntou ajoelhada sobre a poltrona e olhando para o homem sobre o ombro de Lena— Não fui eu! Não sou jornalista!

— Então por que meus seguranças então tendo que lidar com aqueles abutres?! Olhe isso!– Ele afastou o cabelo esbranquiçado da testa e mostrou uma pequena marca vermelha— Fui agredido!

— Não fui eu!

— Eu quero provas!

—Parem de gritar! – Lena gritou.

Kara pulou da poltrona sobre a mesa de centro e caiu perto do sofá próximo à janela onde tinha localizado sua jaqueta. Ela revirou os bolsos até encontrar a carteira e então a escancarou diante do porteiro.

Kara o observou apertar os olhos para ler.

— FBI?– Ele perguntou muito surpreso para o gosto de Kara— Você?

— Qual é o problema?– Kara semicerrou os olhos e abaixou a carteira que foi repentinamente tirada de sua mão por Luna.

— Que legal!– A menina exclamou na pausa silenciosa que se seguiu.

Kara olhou para Lena que parecia um pouco perdida.

Por fim o porteiro pigarreou:

— Se você é mesmo do FBI– Ele disse como se ainda não acreditasse— Vá lá fora e tire aquela multidão do meu posto!

— Não estou a serviço – Kara grunhiu— E se estivesse, não é o meu trabalho!

O porteiro fez uma careta por alguns segundos e quando o silêncio se estendeu por mais de um minuto ele começou a se retirar.

— Estou de olho em você garota, FBI ou não, não me importo. Desculpe por isso Srta. Luthor. Foi uma averiguação de emergência. E não se preocupe vou me livrar dos abutres.

Kara revirou os olhos.

— Claro, obrigada Sr.Lee, me ligue se precisar de alguma coisa, até mais tarde.

Lena fechou a porta e apoiou as costas contra ela com um suspiro.

Kara passou os dedos pelo cabelo bagunçado e então caminhou até a janela e olhou para baixo.

Havia alguns seguranças vestidos com ternos escuros tentando conter uma multidão de pelo menos trinta pessoas lá embaixo, algumas apontavam câmeras para o prédio e outros seguravam microfones com os respectivos símbolos das emissoras para quem trabalhavam.

Quem havia revelado a localização de Lena? Um vizinho? E por quê?

— Bem, certamente não era assim que eu esperava acordar – Lena murmurou apertando levemente o bíceps de Kara, calor irradiou por seu braço.

— E como era?– Ela perguntou os olhos ainda fixos lá embaixo.

— Com você embaixo de mim – Lena disse baixinho e Kara sentiu o rosto pegar fogo.

Ela se virou para olhar para Lena e sentiu um frio na barriga. Os olhos verdes estavam mais escuros do que segundos atrás.

— Por que não–

— Porque você está usando a camiseta da minha mãe?

Kara e Lena se viram abruptadamente.

Luna estava parada no centro da sala olhando com confusão para a camiseta de Kara, ela ainda estava segurando a carteira dela e na outra mão um celular, os dois objetos esquecidos momentaneamente.

— Bem... – Kara pigarreou sem jeito.

—Ah, meu deus!– Lena exclamou de repente fazendo Kara pular —Sua professora!

—A Sra. Jackson não vai vir hoje– Luna disse muito confiante.

— Ela ligou?– Lena perguntou desconfiada caminhando até a filha.

—Não.

—Luna, o que você está fazendo com meu celular?

—Hum... Jogando?

Lena pegou o celular da mão de Luna que imediatamente correu, contornou Kara e se escondeu atrás do sofá.

Lena mexeu no aparelho silenciosamente durante alguns segundos e quando ela levantou os olhos Kara começou a calcular quanto tempo de castigo Luna iria ganhar.

—Luna Luthor!– Lena gritou — Você mandou uma mensagem para a Sra. Jackson se passando por mim?!

—Não– Luna sussurrou baixinho e sumiu completamente atrás do sofá.

Kara escondeu o sorriso.

Que coisinha terrível.

— "Sra. Jackson– Lena leu— não precisa vir hoje, na verdade, não precisa vir nunca mais, a Sra. é muito chata e minha filha está melhor sem você. Tchau."

— Isso foi – Kara engoliu o que ia dizer quando os olhos verdes a fuzilaram— muito errado, errado além da conta, sem duvidas.

— Acho que já sei quem ligou para os jornalistas– Lena disse e Kara arregalou os olhos.

— Você acha que foi ela? Vingativo. Devíamos fazer alguma coisa a respeito. – ela disse — Talvez...

O olhar cansado de Lena a informou que ela já sabia as medidas que tinha que tomar e que não queria falar sobre isso, não agora. Ela sorriu brevemente para Kara quando ela ficou em silêncio.

— Muito bem – Lena disse guardando o celular em um bolso no roupão — Você fez sua escolha Luna, depois do café da manhã irei ligar para o Sr. Turner, ele foi meu professor de matemática e português durante o ensino fundamental.

— Ele ainda está vivo?– Luna chiou de seu esconderijo e Kara teve que morder o interior da bochecha com força para não rir.

—Muito vivo– Lena disse estudando o rosto de Kara cuidadosamente— E pelo que ouvi ainda muito ávido por alunos engraçadinhos. Ele é ótimo, a cada piadinha ele faz o aluno escrever uma página inteira em português, vou conversar com ele e ver se ele aumenta para duas. Você vai adorar a conjugação de verbos e os verbos irregulares em português.

Kara viu Luna se encolher pelo canto dos olhos.

Ela agradeceu em silêncio por sua mãe ser mais compressiva enquanto ela crescia. O máximo que ela tinha feito foi cortar a grama da vizinha.

Kara sentiu o rosto queimar, mas não encontrou os olhos de Lena. Ela gostava de viver, muito mais depois da noite de ontem.

— Venham comer– Lena chamou e se virou e os olhos de Kara foram para a bunda modelada no roupão felpudo.

Luna bateu nela quando passou no caminho para a cozinha e olhou para Kara com os olhos semicerrados por cima do ombro antes de correr atrás da mãe.

As bochechas de Kara pegaram fogo.

Ela tinha sido flagrada.


—Então você e a mamãe estão namorando?– Luna perguntou com uma pequena careta enquanto comia o chantilly de cima da panqueca.

Kara ergueu os olhos para Lena do outro lado da mesa.

Ela havia ajudado Lena a preparar a massa das panquecas e cortar as frutas enquanto Luna esperava sentada a mesa de braços cruzados e emburrada, de vez em quando olhando para Kara com desconfiança, mas ela parecia mais feliz depois que Kara trocou a camiseta que vestia. Elas tinham conversado baixinho sobre algumas coisas, principalmente a vingança da professora, e Lena havia feito algumas provocações sobre a noite anterior que deixaram Kara mortificada, mas elas não haviam conversado exatamente sobre o que elas eram agora.

Lena encontrou os olhos dela com uma pergunta muda e Kara balançou suavemente a cabeça em acordo, o coração dela disparou quando Lena sorriu divertida.

— Sim– Lena disse a filha, ela ainda estava zangada com Luna.

— E o que namoradas fazem?– Luna perguntou depois de sugar o leite cor de rosa por um canudinho de metal.

— Elas conversam – Kara disse cortando a panqueca de chocolate enquanto encarava o copo de suco verde que Lena levou a boca com uma careta.

— E elas brincam também?

—Hum... Às vezes – Kara murmurou se lembrando da noite passada. Lena devia ter pensado a mesma coisa porque as bochechas pálidas coraram de repente.

— E o que mais?

— Elas saem juntas, compartilham sua vida entre outras coisas – Lena murmurou desviando os olhos para o celular que vibrou sobre a mesa.

—Então eu também quero uma namorada.

—Não!– Lena gritou tão alto que Kara se assustou e quase cortou o dedo com a faca — Você não pode!

Kara engoliu uma garfada da massa para esconder o sorriso.

— Por quê?– Luna perguntou cutucando a panqueca com o garfo.

— Porque você é uma criança, e crianças não namoram, e... E... E você está de castigo!

Lena olhou para Kara como se quisesse que ela dissesse alguma coisa. Kara limpou a boca com o guardanapo e olhou para Luna.

—Esquecemos de dizer que namorada também se beijam anão das trevas. E acredite você só vai beijar alguém quando tiver cabelos brancos na cabeça e rugas no rosto.

Lena riu baixinho do outro lado da mesa.

Beijar?– Luna pronunciou a palavra como se estivesse engolindo veneno — Não quero mais. Prefiro um lagarto.

Kara jurou que ouviu um suspiro aliviado vindo de Lena.

—E você vai beijar o lagarto?– Kara perguntou divertida.

—Só se ele quiser.

Kara gargalhou e encontrou os olhos de Lena que a observava com um sorriso e com uma sobrancelha levantada por trás do copo de suco horrível que estava bebendo.

— E você vai vir morar com a gente?

Kara se virou e estudou cuidadosamente o rosto de Luna, buscando qualquer sinal de insegurança, desgosto ou qualquer coisa que sinalizasse que ela não queria Kara por perto. Mas para sua surpresa por trás do mau humor, os olhos verdes quase brilhavam. Foi como derramar água morna sobre ela, a derreteu de um modo diferente do que ela estava acostumada com Lena.

— Não, meu amor– Lena respondeu delicadamente por ela— Mas tenho certeza de que vocês duas irão se ver com muita frequência, estou certa?

Kara olhou para Lena e sorriu levemente.

— Sempre que você quiser– Kara respondeu e se virou para Luna— E você também anão das trevas.

—E você vai me ensinar a ser uma agente do FBI?

Lena lançou um olhar de aviso para Kara, olhar que ela adorou ignorar.

—Claro– Ela respondeu—Não que eu ache que você precise de muito treinamento. Você desbloqueou o celular da sua mãe e escreveu uma mensagem para sua professora se passando por ela, sem um erro de ortografia. E o melhor, ela acreditou! E você só tem seis anos!

— Quase sete – Luna disse e parecia uma informação muito importante. — Meu aniversario é na semana que vem.

—Certo, você será uma garota crescida e o que você vai querer de presente?

—O que eu quiser?– Luna perguntou animada se inclinando tanto na direção de Kara que quase se deitou sobre a mesa.

—Não ouse – Lena avisou olhando para Kara, que piscou para ela— Você não vai converter minha filha.

—Ela já é uma rebelde sem causa, Lena, e há pouco que você ou eu possamos fazer.

Luna que estivera esse tempo olhando com olhos brilhantes para Kara exclamou alto:

—Quero um lagarto!

Kara abriu a boca para falar, mas escolheu ficar em silêncio quando Lena esfaqueou a panqueca no prato.

—Vamos conversar sobre isso – Ela declarou olhando para Kara e então se virou para a filha—Não irei esquecer tão rápido o que você fez hoje Luna, e nem o vaso que você quebrou na semana passada ou mesmo quando fingiu tomar banho há dois dias e muito menos...

Kara observou com diversão a criança murchar sobre a lista de acusações que parecia não ter fim.

Lena a pegou sorrindo e Kara rapidamente desviou os olhos para o prato, mas o sorriso ainda continuou estampado em seu rosto pelo restante do café da manhã.

E ai? Curtiram?

Só falta um capítulo, galera! :(

See you later!

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